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9. Conclusões

9.3 Pontos positivos e limitações

Como em qualquer projeto, também neste houve pontos positivos e negativos durante a exe- cução do mesmo. Desta feita, identificou-se quais os aspetos positivos e limitações verificados durante a execução desta dissertação, sendo que, para cada limitação encontrada, é descrito o processo tido em conta para minimizar o seu impacto ou até a ultrapassar.

Limitações

- Dificuldade de definição do âmbito do projeto: Numa fase inicial foi complicado definir um âmbito de ação dos Modelos de Decisão, nomeadamente, sobre que variáveis incluir no processo de tomada de decisão, uma vez que, não existe qualquer estudo realizado especificamente em compreender em que variáveis se baseia um aluno do Ensino Superior Português para realizar a sua candidatura ao Ensino Superior. Esta indefinição demorou algumas semanas o que levou ao atraso do planeamento estruturado. No entanto, através do estudo das expectativas dos alunos aquando a sua candidatura ao Ensino Superior, através dos questionários diminuiu o impacto desta limitação, fazendo com que fosse possível criar uma série de pressupostos que definiram o panorama atual da situação.

- Planeamento da intervenção da área da Psicologia: Em consequência do atraso verificado no ponto anterior, foi difícil estabelecer atempadamente um contacto com a área da Psicologia, uma vez que, apenas faria sentido marcar uma reunião com uma entidade desta área quando estives- sem definidas as variáveis que iriam compor os Modelos de Decisão. De forma a não condicionar os prazos estipulados para o desenvolvimento desta dissertação foi realizada uma primeira reu- nião, sem o âmbito do projeto estar concluído, onde se apresentou o projeto à Professora Maria do Céu Cunha para que fosse adiantado trabalho no que diz respeito à compreensão do problema e objetivos. Desta feita, quando se realizou então uma reunião para analisar o âmbito, esta pri- meira fase de compreensão já estava concluída.

- Análise de Sensibilidade: Uma vez que este projeto contempla apenas o desenvolvimento dos Modelos de Decisão não foi possível realizar uma análise de sensibilidade mais completa. Foi portanto idealizada como deveria estar definida a sensibilidade do modelo neste contexto especí- fico. Numa fase posterior, com os Modelos de Decisão já implementados e com uma grande quantidade de registos de respostas de utilizadores poderá fazer-se uma nova abordagem a este ponto para verificar se, de facto, o conceito de sensibilidade definido está a ser cumprido.

- Fase de Testes: Da mesma forma que no ponto anterior, não foi possível realizar uma fase de testes como se queria, foram verificadas algumas limitações, uma vez que os Modelos de Decisão não foram implementados. O único teste ao desempenho dos modelos foi efetuado atra- vés da simulação e pela análise dos outputs para os perfis fictícios criados.

- Disponibilização de indicadores: Uma vez que o Modelos ainda não está disponibilizado aos utilizadores finais, não é possível disponibilizar indicadores de negócio às entidades envolvidas. Numa fase futura (cerca de 10 meses depois de ser disponibilizado online), poder-se-á construir estes indicadores já com uma base de informação interessante. Optou-se apenas por idealizar os indicadores que poderão vir a ser criados e o respetivo impacto na atividade das entidades a que estão associados.

Pontos Positivos

- Acompanhamento do Projeto: O sucesso deste projeto deve-se também em boa parte à equipa docente que o acompanhou. Desde o esclarecimento inicial da definição dos objetivos e espectativas, ao acompanhamento do desenvolvimento do projeto propriamente dito, foi constante a preocupação em garantir a solução final com um elevado critério de qualidade através de reuni- ões periódicas e uma disponibilidade total no que diz respeito à resolução de conflitos internos do desenvolvimento do projeto e esclarecimento de dúvidas. Sem dúvida que, sem este nível de acompanhamento do projeto a solução a que se chegou seria diferente.

- Alcance dos Modelos de Decisão: Numa fase inicial do projeto surgiu a ideia de realizar o mesmo projeto num âmbito mais reduzido, considerando apenas uma das áreas da DGES ou um grupo de cursos específicos (engenharias, ciências, etc.). No entanto, numa análise detalhada das espectativas dos utilizadores do sistema, mas tendo em consideração o facto de que o alargamento do projeto iria requerer um esforço maior, optou-se por alargar o âmbito do projeto de forma a satisfazer as necessidades de todo e qualquer utilizador.

- Solução para as variáveis vocacionais: Na definição inicial dos objetivos deste projeto foi detetada a importância de os modelos analisarem variáveis vocacionais e logo à partida se consi- derou este aspeto como um dos maiores desafios do projeto uma vez que, se estaria a “caminhar” numa área bastante distinta da área de formação dos intervenientes no desenvolvimento do mesmo. No entanto, e muito pelo apoio dado pela Professora Maria do Céu Cunha, este processo foi agilizado da melhor forma possível, tendo sempre por base uma forte componente de comuni- cação. Desde o esclarecimento do conteúdo do projeto, tanto a nível do âmbito como das compo- nentes técnicas, houve sempre um acompanhamento da docente da Escola de Psicologia da Uni- versidade do Minho, quer em reuniões periódicas, quer em contacto constantes por email.

- Critérios de ponderação e Interação do utilizador com o modelo: Um dos fatores críticos do sucesso do modelo de dados obtido é o facto de este estar preparado para operar sob um sistema de ponderação que será “gerido” pelo utilizador. Uma vez que será este a decidir que peso vai ter cada uma das variáveis no processo de tomada de decisão pode-se concluir que 2 utilizadores que até podem dar as mesmas respostas ao questionário irão receber outputs diferentes se atribuírem pesos diferentes às variáveis. Isto confere ao sistema uma caraterística muito importante que é o facto de conseguir criar uma grande distinção de respostas de forma a poder satisfazer as espec- tativas de cada utilizador.

- Plano de implementação: Apesar de este projeto não incidir sobre a fase de implementação dos Modelos de Decisão foi criado um plano para essa mesma fase que contém uma série de diretrizes que devem ser garantidas por um projeto desse cariz.

- Fontes de informação: O facto de todas as variáveis que compõem o modelo de decisão estarem baseadas em material científico ou em estudos desenvolvidos através de facto reais cre- díveis permite dizer que o sistema é fiável e consistente.

- Evolução do projeto: Um dos pontos positivos desta dissertação foi o facto de se ter dado continuidade a um projeto que começou a ser desenvolvido no 4º ano do Mestrado em Engenharia e Gestão de Sistemas de Informação da Universidade do Minho, isto porque, serve como um reconhecimento ao trabalho e dedicação realizados na altura.

- Metodologia selecionada: O facto de ter sido selecionada metodologia Action Research facili- tou bastante o desenvolvimento do projeto. Por exemplo, aquando da passagem da fase Intelli- gence para Choice, as variáveis vocacionais ainda estavam a ser tratadas pela área da Psicologia. No entanto, para não atrasar o projeto, foram desenvolvidos modelos sem a componente vocaci- onal e a respetiva análise. Posteriormente, quando estas variáveis foram disponibilizadas, através da metodologia, foi possível encontrar métodos para voltar atrás nas fases de desenvolvimento e acrescentar esta componente na definição das variáveis, nos respetivos modelos e análise dos mesmos.

- Mercado: O facto de não existir nenhuma aplicação semelhante no mercado atual (entenda- se por semelhante, que mostre ao utilizador o output com base em variáveis dos mais diversos contextos, numa ponderação sobre a qual o mesmo tem influência) foi importante para o sucesso

deste projeto, uma vez que, não havendo concorrência direta pode-se garantir que, uma vez im- plementada, a plataforma tem reunidas todas as condições para ter sucesso.

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