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PORTARIA INTERINSTITUCIONAL Nº 001 DE 12 DE AGOSTO DE 2004.

ANEXO IX MODELO DE PUBLICAÇÃO

PORTARIA INTERINSTITUCIONAL Nº 001 DE 12 DE AGOSTO DE 2004.

CHAMAMENTO PUBLICO Nº. 002/2014

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O Presidente do Instituto de Meio Ambiente do Acre – IMAC, no uso das atribuições que lhe são conferidas pela Lei nº 851 de 26 de outubro de 1996 e a Lei nº 1.117 de 26 de Janeiro de 1994, Lei Estadual nº 1.426, de 27 de dezembro de 2001 o Gerente Executivo do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis - IBAMA no Estado do Acre, no uso das atribuições que lhe são conferidas pela Portaria nº 316/2000-P, DOU de 02/05/00 e Portaria nº910-P, de 16/11/99, publicada no DOU de 17/11/99, retificada pela Portaria nº761 P de 13/09/00 e do que consta na Instrução Normativa IBAMA/MMA nº 4, de março de 2002.

Considerando a necessidade de simplificar os procedimentos básicos relativos à Utilização Sustentável dos Produtos Florestais Não Madeireiros, relacionadas às populações tradicionais e produtores rurais.

Considerando a necessidade de se aperfeiçoar os procedimentos e mecanismos disponíveis, de forma a valorizar a vocação florestal da região amazônica;

RESOLVEM:

Art.1º Instituir procedimento administrativo simplificado para exploração econômica de produtos florestais não madeireiros que não envolva a supressão de indivíduos, nas Unidades de Conservação de Uso Sustentável, em Terras Indígenas, em propriedades rurais e áreas com legítimos possuidores de glebas rurais de até 500 ha, localizadas no Estado do Acre, incluindo as áreas de reserva legal, exceto em áreas devolutas da união, estado e município;

Art. 2º - Para efeito desta Portaria entende-se por:

a) produtos florestais não madeireiros ou produtos florestais diferentes da madeira são todos os de origem vegetal oriundos das florestas, sejam eles brutos ou subprodutos, tais como, frutos, sementes, folhas, raízes, cipós, cascas e exsudatos, que sejam destinados a uso medicinal, ornamental, aromático, comestível, industrial e religioso;

b) manejo florestal sustentável é um conjunto de atividades que permitem obter bens e serviços da floresta, sem reduzir sua capacidade futura de gerá-los e conservando a diversidade biológica.

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c) cadastro para exploração de produtos florestais não madeireiros – é um documento que contém informações da área e do extrativista, até este se adaptar às condições previstas nesta portaria para exploração através de Plano de Manejo Florestal Simplificado Não Madeireiro - PMFSNM. Deve ser realizado anualmente pelos interessados;

d) plano de manejo florestal simplificado não madeireiro - PMFSNM é um documento técnico que contém, além, das informações da área e do extrativista um conjunto de atividades de exploração de uma ou mais áreas de floresta, para a exploração de produtos não madeireiros, sem a supressão de indivíduos;

e) plano operacional anual – Documento que define o cronograma das atividades, área e os procedimentos de operação da exploração e manejo florestal a serem aplicados durante o ano de colheita;

f) populações agro-extrativistas tradicionais - são populações, isoladas ou em comunidades, que desenvolvem atividades agrícolas de subsistência associadas ao extrativismo de recursos naturais, em bases sustentáveis de produção, preservando os métodos, hábitos, costumes e cultura de gerações antecessoras.

Art. 3º - A exploração econômica de produtos florestais não madeireiros, que não envolva a supressão de indivíduos, efetuada por populações agro-extrativistas tradicionais, será realizada mediante cadastro e planos de manejo florestal simplificado não madeireiro – PMFSNM.

§ 1º - A exploração econômica de produtos florestais não madeireiros com de supressão de indivíduos será disciplinada em portarias específicas.

Art 4° - Os anexos I, II, III e IV especificam os documentos necessários para o cadastramento para a atividade de exploração de produtos florestais não madeireiros sem supressão de indivíduos e os anexos V,VI,VII definem os documentos e os conteúdos mínimos para o PMFSNM.

Art. 5º - O acesso aos recursos florestais não madeireiros, sem destinação comercial, com fins de consumo próprio ou de pesquisa está isento do cadastro, ou da

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Art. 6º - Os planos de manejo florestal simplificado não madeireiro – PMFSNM a serem executados em áreas de competência federal (Reservas Extrativistas, Florestas Nacionais, Terras Indígenas, e Projeto de Assentamento Agro-extrativista), sob gestão direta do IBAMA, serão protocolizados na Gerência Executiva do IBAMA/AC.

Art. 7º - Os planos de manejo florestal simplificado não madeireiros – PMFSNM a serem executados em áreas de competência estadual, serão protocolizados no IMAC a quem caberá emitir as licenças ambientais.

Art. 8º - Para o transporte dos produtos florestais não madeireiros dentro do Estado será utilizada a Autorização Especial para Transporte de Produtos Florestais Não Madeireiros - AETPFNM, a ser emitida, mediante a apresentação da Licença Ambiental/autorização de exploração, pelo detentor.

§ 1º – Nas áreas de competência federal a AETPFNM será emitida pelo IBAMA, conforme anexo VIII;

§ 2º - Nas áreas de competência do Estado a AETPFNM será emitida pelo IMAC, conforme anexo IX;

§ 3º - As Autorizações Especiais para Transporte de Produtos Florestais Não Madeireiros – AETPFNM serão emitidas sem ônus para o produtor rural;

§ 4º - Durante o período de 3 anos a partir da data de publicação desta Portaria as Autorizações Especiais para Transporte de Produtos Florestais Não Madeireiros – AETPFNM, serão emitidas com base nas informações constantes do cadastro, após esse período será obrigatório a apresentação de Plano de Manejo.

Art 9º - O transporte de produtos florestais não madeireiros para fora do Estado será efetuado com o uso de Autorização para Transporte de Produtos Florestais – ATPF, emitida pelo IBAMA;

Art 10º - O primeiro Plano Operacional Anual – POA, deverá ser apresentado juntamente com a descrição do PMFSNM; devendo o proponente apresentar os POA’s subsequentes 30 (trinta) dias antes de findado a execução do anterior.

§ 1º – A análise documental, técnica e demais deliberações sobre o PMFSNM pelo IBAMA e IMAC deverá acontecer em prazo máximo de até 45 dias;

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§ 2º - Após a análise, as pendências deverão ser comunicadas ao interessado que terá um prazo de até 45 dias, para saná-las.

§ 3º - Após sanadas as pendências, o órgão licenciador terá um prazo de 20 (vinte) dias para deferir ou indeferir o PMFSNM.

Art. 11 - Não ocorrendo deliberação do PMFSNM, no prazo estabelecido, poderá o interessado iniciar a execução das atividades previstas, informando ao órgão competente a data de início da exploração florestal.

Art. 12 - A transferência do imóvel onde está implantado o PMFSNM, por venda, doação ou outros motivos, deverá ser comunicada pelo detentor do plano de exploração, seja pessoa física ou jurídica, ao órgão competente.

Parágrafo único - Em qualquer caso que configure transferência de responsabilidade em relação ao PMFSNM, o adquirente deverá informar ao órgão competente seu interesse de manter as atividades previstas no PMFSNM.

Art. 13 - As vistorias técnicas de acompanhamento deverão ser realizadas por técnicos do órgão competente, em qualquer momento ou quando julgar necessário.

Art. 14 - Constatadas incorreções ou irregularidades, através de vistorias técnicas, na execução do PMFSNM, o detentor e o técnico responsável pela elaboração e acompanhamento serão notificados para saná-las num prazo de 45 dias.

Parágrafo único - Caberá ao órgão licenciador, em caso de descumprimento, injustificado, da notificação, tomar as medidas necessárias.

Art. 15 - A exploração de produtos florestais não madeireiros pode compreender toda a área florestal da propriedade ou posse ou fração dela, sempre discriminada em mapa, ou croqui e demarcada no campo;

Art. 16 - Os órgãos conveniados terão o prazo de 30 (trinta) dias para permutarem cópias das Licenças e Autorizações ambientais emitidas nos PMFSNM.

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Art.17 - Os requerentes de associações com produtores individuais com áreas até 500 ha estão isentos de pagamento de taxas de emissão de licenças/autorizações ambientais e de transporte.

§ 1º – O poder público poderá prestar assistência às populações agro-extrativistas tradicionais, no preenchimento do cadastro.

§ 2º – A elaboração e execução dos PMFSNM para Produtos Não Madeireiros sem supressão de indivíduos, deverá ser exercida por profissional habilitado.

Art. 18 - O PMFSNM, sem a supressão de indivíduos, será norteado pelo Manual Prático para o Manejo - MPM que reúne informações técnicas e sugestões para a exploração sustentável e estará disponível nos órgãos de assistência técnica (SEPROF e SEATER), bem como no IMAC e IBAMA

§ 1º – Caberá a Secretaria de Estado de Extrativismo e Produção Familiar – SEPROF coordenar a elaboração dos Manuais Práticos para o Manejo – MPM.

Art. 19 - O IBAMA, IMAC se comprometem a difundir esta Portaria e o Manual Prático para o Manejo, junto ao setor produtivo florestal, com apoio do Serviço de Extensão Florestal do Estado.

Art. 20 - Os extrativistas terão um prazo de três anos a contar da data de publicação dessa portaria, para se adaptar as condições de exploração através de PMFSNM. Art. 21 – Fica criado o Grupo de Trabalho permanente constituído de 02 membros do IMAC, 02 membros do IBAMA, 01 membro da SEATER e 01 membro da SEPROF, com o propósito de definir os procedimentos operacionais e acompanhar as ações de implementação desta Portaria.

Parágrafo Único – Deverá o Grupo de Trabalho elaborar Relatórios de avaliação, com periodicidade Semestral.

Art. 22 - Esta Portaria entrará em vigor a partir da data de sua publicação,revogando- se a Portaria Interinstitucional nº 001 de 200 .

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CARLOS EDEGARD DE DEUS ANSELMO ALFREDO FORNECK

Presidente do IMAC Gerente Executivo do IBAMA/AC

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