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EDITAL PARA APOIO ÀS ATIVIDADES DE CONSOLIDAÇÃO DA CADEIA DE VALOR DA BORRACHA

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CHAMAMENTO PUBLICO Nº. 002/2014

1 EDITAL PARA APOIO ÀS ATIVIDADES DE CONSOLIDAÇÃO

DA CADEIA DE VALOR DA BORRACHA

1- OBJETO DO APOIO

O objeto do presente Edital consiste em selecionar Planos de Gestão, de forma a obter apoio financeiro não reembolsável para o desenvolvimento de atividades de consolidação da Cadeia de Valor da Borracha, conforme a finalidade, regras e diretrizes do Programa de Desenvolvimento Sustentável do Estado do Acre – PDSA – FASE II.

2. PÚBLICO BENEFICIÁRIO E LOCALIDADE

Produtores (as) familiares envolvidos na Cadeia de Valor da Borracha no Estado do Acre, especificamente:

• Povos e comunidades tradicionais; • Produtores (as) rurais familiares;

• Assentados (as) da Reforma Agrária em Projetos de Assentamento Extrativista e em Reservas Extrativistas - RESEX;

• Comunidades ribeirinhas extrativistas.

3. DA PARTICIPAÇÃO

3.1. Poderão participar do Edital:

a) Poderão apresentar Planos de Gestão as associações de produtores rurais, cooperativas extrativistas e agroextrativistas, centrais de associações de produtores rurais, formalmente organizadas, na modalidade de subvenção direta, nas condições estabelecidas no Edital;

b) Poderão apresentar Planos de Gestão grupos de produtores (as) não

organizados formalmente, na modalidade de subvenção indireta, através da

SEAPROF, nas condições estabelecidas no Edital.

3.2 Cada entidade proponente poderá submeter, no âmbito do presente Edital, apenas um Plano de Gestão, assumindo a responsabilidade pela realização integral da proposta apresentada e apoiada.

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CHAMAMENTO PUBLICO Nº. 002/2014

4. DAS CATEGORIAS DOS PLANOS DE GESTÃO PARA

DESENVOLVIMENTO DE ATIVIDADES DE CONSOLIDAÇÃO DE CADEIAS DE VALOR FLORESTAIS E AGROFLORESTAIS

4.1. Os Planos de Gestão passíveis de apoio no âmbito da Cadeia de Valor da Borracha devem se enquadrar em, ao menos, uma das seguintes categorias:

4.1.1 - Investimentos diretos na implantação da Cadeia de Valor, para a produção, como:

a) Implantação de Seringais de Cultivo na Forma de Consórcios Agroflorestais -Preparo da área com mecanização (destoca e gradagem) e correção da acidez e adubação do solo, aquisição e plantio de mudas de seringueiras, frutíferas, madeireiras e anuais (com o objetivo de formação de consórcios agroflorestais), bem como os tratos culturais e fitossanitários necessários à condução dos plantios; b) Manejo de Seringais Nativos - Aquisição e distribuição de materiais, insumos e utensílios para extração e manejo de seringais nativos, abertura e manutenção de estradas vicinais (varadouros), infraestrutura de armazenamento, processamento e transporte da borracha;

c) Infrestrutura, materiais, insumos e equipamentos para armazenamento e beneficiamento da borracha natural nativa.

4.2. Independentemente da categoria da proposta, não serão apoiados ítens ou atividades isoladamente. Isto é, não serão considerados Planos de Gestão passíveis de apoio aqueles que consistam de itens isolados e/ou grupos formados por menos de dez produtores (as), nas condições do Edital, devendo os ítens financiáveis obrigatoriamente estar vinculados aos objetivos e resultados esperados no Plano de Gestão.

5. DO VALOR E CARÁTER DE APOIO

5.1. Para esta seleção será destinado o montante de R$ 5.900.000,00 (cinco milhões e novecentos mil reais) sendo:

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3 b) R$ 650.000,00 (seiscentos e cinquenta mil reais) para coleta de borracha em seringais nativos;

c) R$ 550.000,00 (quinhentos e cinquenta mil reais) para implantação de infraestrutra de armazenamento e beneficiamento de borracha em comunidades extratisvistas.

5.2. O apoio financeiro de que trata este Edital tem caráter não reembolsável;

5.3. Nenhuma família produtora, durante a execução do projeto, poderá receber apoios

acima de U$S 10.000,00 (dez mil dólares). O subsídio acima apresentado corresponde

a 80% dos custos, ainda com o aporte de no mínimo 20% de contrapartida. Os recursos de contrapartida poderão ser financeiros ou não financeiros e serão apresentados conforme especificado no Plano de Gestão.

5.4. Serão selecionados, no âmbito deste Edital, Planos de Gestão desde que eles alcancem a nota mínima prevista no item 8.2.2 deste Edital.

5.5. Os recursos destinados ao apoio financeiro das propostas selecionadas, a partir deste Edital, são oriundos do PDSA II.

5.6. Os bens a serem financiados nos Planos de Gestão que forem apoiados no âmbito deste Edital, deverão ser utilizados exclusivamente nas finalidades contratadas, só podendo ser vendidos, doados ou dados em garantia com expressa anuência do BID e Governo do Estado do Acre.

5.7. As propostas deverão ter duração de 12 (doze) a 24 (vinte e quatro) meses, podendo sofrer alteração na fase de análise técnica (item 10.1).

5.8. A proponente deverá oferecer contrapartida, no mínimo, equivalente a 20% (vinte por cento) do valor solicitado ao PDSA II.

5.8.1. A contrapartida da proponente, a que se refere o subitem anterior, poderá ser financeira e/ou bens ou serviços contemplados no Plano de Gestão, desde que economicamente mensuráveis.

5.8.2. Independentemente de a contrapartida ser oferecida em bens e/ou serviços, deverá ser comprovável e constar do orçamento da proposta.

6. DOS PLANOS DE GESTÃO

6.1. As propostas dos Planos de Gestão (modelo de roteiro no Anexo III) deverão representar os interesses coletivos de produtores e poderão ser apresentadas por:

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CHAMAMENTO PUBLICO Nº. 002/2014 6.1.1. Na modalidade direta:

(i) Associações de produtores rurais, cooperativas extrativistas e agroextrativistas, centrais de associações de produtores rurais, formalmente

organizadas.

6.1.2. Na modalidade indireta: (i) SEAPROF.

6.1.3. Não poderão ser apoiadas entidades como igrejas, clubes, associações de funcionários públicos, ou outras cujo objeto social não se adequem ao objetivo do presente Edital.

6.2. O Plano de Gestão deverá comprovar que seus gestores têm capacidade e/ou experiência prévia em:

a) Promoção de atividades econômicas potenciais da região em que se pretende atuar, com ênfase na construção de arranjos produtivos ou cadeias de valor florestais e agroflorestais;

b) Estímulo às formas associativas de produção e comercialização; c) Articulação de projetos comunitários; e

d) Apoio à gestão de projetos comunitários.

6.3. A responsabilidade pela elaboração e pela implantação do Plano de Gestão é, integralmente, da entidade proponente, cabendo-lhe, entre outras atribuições:

a) A inscrição do Plano de Gestão;

b) Aquisição de bens e/ou contratação de serviços para execução das atividades e gestão financeira dos recursos contratados no âmbito deste Edital, quando aplicável;

c) Celebração de instrumento jurídico para doação/cessão de uso dos bens financiados com os beneficiários responsáveis no âmbito desta Edital, quando aplicável;

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5 f) Acompanhamento na execução e resultados das atividades;

g) Demais atribuições necessárias ao bom e fiel cumprimento das exigências estabelecidas para o Plano de Gestão, bem como para sua implantação, monitoramento e prestação de contas.

6.3.1. Os Planos de Gestão, em todas as suas etapas, poderão contar com assessoramento do Gestor da Cadeia;

6.3.2. A elaboração do Plano de Gestão por qualquer proponente será uma atividade

não remunerada;

6.3.3. Todos os Planos de Gestão deverão ser revisados pelo Gestor da Cadeia antes da etapa de inscrição. Cabendo a SEAPROF indicar os Gestores.

6.4 Os Planos de Gestão se basearão, entre outras, nas seguintes intervenções:

I - intervenções coletivas de produtores, buscando reduzir os custos de transação para a provisão de assistência técnica e extensão rural;

II - intervenções que respondam às necessidades dos produtores para atendimento de demandas de mercado de acordo com as cadeias de valor florestais e agroflorestais priorizadas pelo Conselho Estadual de Desenvolvimento Rural e Florestal Sustentável – CDRFS conjuntamente com as ações, áreas e comunidades a serem apoiadas;

III - viabilidade do ponto de vista técnico, ambiental e econômico; e IV - implantação baseada em metas verificáveis e mensuráveis no tempo. 6.5 O Plano de Gestão deve incluir:

I - objetivos e metas com base em um diagnóstico da adequação à realidade e da viabilidade das atividades propostas, incluindo: indicação de cadeia de valor ou atividade produtiva preexistente ou justificativa para implantação de nova atividade, análise dos estrangulamentos dos processos produtivos numa determinada região de atuação, indicação do canal de distribuição e de comercialização dos bens e serviços, dentre outros;

II - indicação dos investimentos que irão contribuir para promover o adensamento da cadeia de valor sustentável e otimizar os recursos a serem destinados às atividades em uma determinada região, integrantes de uma ou mais cadeias de valor;

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III - estimativa do número de famílias a serem beneficiadas e justificativas, indicando a experiência prévia da entidade representativa dos beneficiários que está apresentando o Plano de Gestão;

IV - previsão de assistência técnica e extensão rural (ATER) especializada e outros serviços necessários para o acompanhamento da implantação das atividades (exemplos: capacitação e gestão);

V - processo participativo de discussão coletiva com os produtores envolvidos na elaboração da proposta e demonstração do benefício coletivo da mesma;

VI - contrapartida dos produtores ou suas organizações, equivalente a no mínimo de 20% (vinte por cento) do valor solicitado. Essa contrapartida pode ser financeira ou bens ou serviços contemplados no Plano de Gestão, desde que financeiramente mensuráveis, tais como: apoio logístico, infraestrutura, mão-de-obra, entre outros; VII - cronograma físico-financeiro de atividades;

VIII - parceiros e seus papéis no Plano de Gestão;

IX - proposição de indicadores para monitoramento dos resultados gerados pela proposta.

6.6 Gastos elegíveis:

6.6.1. Investimentos diretos de implantação das Cadeias de Valor para:

(i) Implantação e adequação da infraestrutura de armazenamento da produção de borracha através da construção e reforma de armazéns em comunidades florestais; (ii) Aquisição e distribuição de bens semoventes e barcos para transporte da produção. 6.6.2. Independentemente da categoria da proposta, não serão apoiados itens ou atividades isoladamente. Isto é, não serão considerados Planos de Gestão passíveis de apoio aqueles que consistam de itens isolados e/ou grupos formados por menos de dez produtores (as), nas condições do Edital, devendo os itens financiáveis obrigatoriamente estar vinculados aos objetivos e resultados esperados no Plano de Gestão.

6.7 Não são financiáveis:

a) pagamento de salários ou qualquer tipo de remuneração a servidores públicos e empregados públicos;

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7 c) pagamento de dívidas;

d) pagamento de impostos ou tributos; e) compra de armamentos;

6.8. Aspectos ambientais

6.8.1 De acordo com a Resolução Conjunta CEMACT/CFE Nº 003, de 2008 e suas atualizações (Anexo I), normas do Instituto de Meio Ambiente do Estado do Acre (IMAC) e demais Legislação Vigente.

6.8.2 Não são elegíveis os projetos que:

a) Afetem negativamente ou se localizem em áreas de preservação permanente (APP), assim consideradas de acordo com a legislação, ou em UC de proteção integral;

b) Signifiquem a perda de habitats naturais ou interfiram negativamente em áreas de uso de comunidades indígenas ou outros grupos humanos em situação de vulnerabilidade;

c) Causem qualquer tipo de dano a espécies da flora ou da fauna consideradas pela legislação como ameaçadas ou em perigo de extinção;

d) Exijam necessariamente o uso de produtos que afetem a saúde pública;

e) Impliquem desmatamento ou o uso não sustentável de áreas cobertas por florestas naturais em relação à linha de base do ZEE estadual (2006);

f) Efetivamente provoquem a poluição dos corpos d’água.

6.8.3 São condições de emprego de agrotóxicos durante a execução dos projetos de plantio agroflorestal:

a) Manuseio, armazenagem e eliminação das embalagens e resíduos do uso de agrotóxicos serão realizados segundo a legislação estadual pertinente, a Lei 7.802 (11/07/1989) e seus regulamentos, principalmente as “Diretrizes e orientações referentes à autorização de registros, renovação de registro e extensão de uso de produtos agrotóxicos e afins - nº 1 (9/12/1991)”, ratificada pela Portaria da Secretaria Nacional de Vigilância Sanitária do Ministério da Saúde nº 03 (16/01/1992);

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b) Não poderão ser empregados agroquímicos de Classe I - Produtos Extremamente Tóxicos e de Classe II - Produtos Altamente Tóxicos, que equivalem respectivamente às categorias Ia e IB das normas da Organização Mundial da Saúde (OMS);

c) O uso dos agroquímicos de Classe III - Produtos Medianamente Tóxicos e Classe IV - Produtos Pouco Tóxicos deverá ser de modo a assegurar a proteção do meio ambiente e garantir a saúde e a segurança alimentar dos agricultores e dos consumidores.

6.9. O proponente deverá enviar, no ato da inscrição da proposta, os seguintes documentos:

a) 01 (uma) via preenchida do Plano de Gestão impressa em papel Formato A4, na fonte 'Arial', tamanho 11 (onze) e espaçamento entre linhas de '1,5 linha', com sumário e páginas numeradas seqüencialmente e devidamente assinada por seu representante legal;

b) 01 (uma) via da proposta, em formato digital (em mídia física);

c) Cópia simples da ata de criação da entidade proponente devidamente registrada no cartório civil competente;

d) Cópia simples do registro de CNPJ regular da entidade proponente;

e) Cópia simples do CPF e RG dos representantes legais da entidade proponente; f) Ata de Reunião/Assembléia, para grupos de produtores formalmente organizados, assinada pelo representante legal, comprovando que o Plano de Gestão representa os interesses coletivos dos produtores por ela representados; g) Termo de Compromisso (Anexo II) assinado, para grupos de produtores não organizados formalmente, assinado por todos os representantes, comprovando que o Plano de Gestão representa os interesses coletivos dos produtores por ele representado.

6.10. Documentos relativos a autorizações específicas poderão ser exigidos no decorrer da análise, conforme peculiaridades da proposta em questão (como por exemplo, autorizações da FUNAI, do INCRA, do ICMBio, Secretaria Estadual de Meio Ambiente, dentre outras).

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9 6.12. O Plano de Gestão deverá manter a regularidade ambiental, perante os órgãos ambientais competentes, durante toda a sua execução.

6.13. Os Planos de Gestão poderão ser apoiados desde que atendam às exigências e procedimentos do PDSA II.

7. DA INSCRIÇÃO

7.1. A inscrição é gratuita e pressupõe a concordância da entidade proponente com todos os termos deste Edital.

7.2. As inscrições deverão ser feitas da seguinte forma:

Protocolo de ofício contendo os documentos elencados no item 6.9 do Edital na:

COMISSÃO ESPECIAL DE LICITAÇÃO - 01

Rua do Aviário, nº 927 – Bairro Aviário Rio Branco/AC

-CEP 69900-660 - Fone: (0**68) 3215 - 4600 - e-mail: cel1.licitacao@ac.gov.br

7.3. SESSÃO PÚBLICA

a) As inscrições ocorrerão no período de 31/03/2014 a 29/04/2014. b) Abertura dos envelopes: 30/04/2014, às 07:30 horas

7.4. Serão consideradas inválidas as inscrições: a) enviadas por fax ou e-mail;

b) enviadas após o período estabelecido no item 7.3 deste Edital;

c) que não atenderem às exigências contidas neste Edital, sejam quanto à forma, documentação, formulários ou número de vias a serem apresentadas;

d) idênticas a outras propostas, ainda que enviadas por diferentes proponentes. 7.5. Ao encerramento das inscrições, estas serão encaminhadas à UCP/PDSA FASE II.

8. DO FLUXO DE PROCESSAMENTO DAS PROPOSTAS NO COMITÊ DE SELEÇÃO

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8.1.1. A habilitação documental, a ser realizada pela CEL - 01, consistirá na verificação da entrega de todos os documentos relacionados no item 6.9 e atendimento aos demais requisitos previstos neste Edital.

8.1.2. A avaliação cadastral preliminar consistirá no levantamento de eventuais apontamentos cadastrais em nome da proponente e de seus administradores que possam comprometer a viabilidade da concessão do apoio financeiro não-reembolsável, conforme os procedimentos operacionais do PDSA II.

8.1.3. As propostas que atenderem aos requisitos do item 8.1.1 e cuja avaliação cadastral preliminar, prevista no item 8.1.2, não represente óbice à concessão do apoio financeiro passarão a fase de Classificação e Seleção.

8.2. Da classificação e seleção:

8.2.1 Os filtros de análise dos Planos de Gestão são: a) Elegibilidade;

b) Pertinência técnica; c) Qualidade técnica;

Coletividade – serão aceitos apenas Planos de Gestão apresentados por grupos de

produtores, seja a partir de organizações formalmente constituídas como cooperativas e associações. Cada grupo deverá representar pelo menos 10 (dez) famílias de produtores rurais (conforme características apresentadas no ítem 2 deste Edital);

Qualificação dos produtores – é necessário relacionar os números das DAPs

(Documento de Aptidão ao PRONAF) dos produtores beneficiários do Plano de Gestão, quando couber;

Qualificação da representação coletiva dos produtores – a organização

representativa dos produtores deverá comprovar a experiência prévia na articulação de projetos comunitários, promoção de atividades econômicas potenciais na região que se pretende atuar, com ênfase na construção de arranjos produtivos ou cadeias de valor.

Definição das Cadeias de Valor – os Planos de Gestão devem oferecer alternativas

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11 Pesos na avaliação – os critérios com peso 2 no processo de avaliação serão: (I)

número de famílias beneficiadas, (II) renda familiar gerada pelo projeto proposto, (III) sustentabilidade dos resultados após o término deste financiamento.

Os critérios com peso 1 serão: (IV) Clareza na definição dos objetivos e na metodologia da proposta, (V) Relação entre o número de famílias beneficiadas e o valor solicitado, (VI) Integração com políticas públicas e (VII) Questões de gênero e juventude.

A pertinência técnica analisará se o Plano de Gestão está adequado às atividades promovidas pelo PDSA II previstas em cada Edital.

A avaliação de qualidade técnica permitirá ranquear os Planos de Gestão apresentados nas propostas relativas a um edital, levando em conta:

a) A análise da proposta técnica (sua adequação aos objetivos e finalidades propostos e capacidade de gestão da organização/grupo proponente);

b)Avaliação dos custos propostos (a partir dos preços praticados no mercado local/regional e da pertinência do investimento frente aos objetivos e finalidades propostos);

c) Modelo de gestão, considerando as responsabilidades de cada um dos integrantes do Plano de Gestão (organização representativa, produtores e parceiros);

d)Regras de Uso e Manutenção quando houver uso comum de bens ou infraestrutura;

e) Benefícios e custos do Plano de Gestão, identificando efeitos diretos e indiretos de sua implantação; e

f) Análise de aspectos ambientais, principalmente quanto ao Relatório de Gestão Ambiental.

8.2.2. A classificação e a seleção das propostas serão realizadas pelo Comitê de Seleção (composto de acordo com o previsto no item 9.1), especialmente constituído para esse fim, a qual atribuirá notas de 1 a 4 (onde a nota 1 indica baixo atendimento e a nota 4, alto atendimento) de acordo com os critérios e pesos definidos na tabela abaixo. A nota dada a cada critério deverá ser multiplicada pelo peso definido na tabela e o resultado de cada multiplicação deve ser somado de forma a determinar a pontuação final de cada proposta.

Critério Peso

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Renda familiar gerada pelo projeto proposto 2

Sustentabilidade dos resultados após o término deste financiamento

2

Clareza na definição dos objetivos e na metodologia da proposta

1

Relação entre o número de famílias beneficiadas e o valor solicitado

1

Integração com políticas públicas 1

Questões de gênero e juventude 1

8.2.3. As propostas serão classificadas em ordem decrescente de pontos.

8.2.4. Em caso de empate na pontuação, serão priorizadas as propostas com maior pontuação nos critérios de maior peso.

8.2.5. Serão eliminadas as propostas que não atenderem aos requisitos mínimos da proposta previstos neste Edital.

8.2.6. Serão publicadas em jornais de grande circulação no Acre, as notas de todos os Planos de Gestão avaliados pelo Comitê de Seleção, não cabendo recurso do resultado.

8.2.7. O prazo para a publicação das notas, previsto no cronograma integrante deste Edital, poderá ser prorrogado mediante decisão do Comitê de Seleção. Tal prorrogação será divulgada pelo CDRFS em jornais de grande circulação no Acre e via rádio.

8.2.8. A classificação da proposta não confere direito subjetivo à contratação da colaboração financeira nem ao efetivo aporte de recursos por parte do PDSA II.

9. DO COMITÊ DE SELEÇÃO

9.1. O Comitê de Seleção será a instância que analisará os Planos de Gestão e será composto por dois (2) representantes de órgãos governamentais (SEAPROF e

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13 (definidos pelo CDRFS. O processo de escolha das representantes para participação do comitê de seleção dos Planos de Gestão está descrito no Anexo IV deste Edital.

9.1.1. A participação nos Comitês de Seleção de Planos de Gestão é atividade não remunerada.

9.1.2. As ONGs participantes de um Comitê de Seleção não poderão assessorar a elaboração dos Planos de Gestão ou serem contratadas para prestar serviços aos beneficiários no período correspondente ao edital a que o Comitê de Seleção está vinculado.

9.1.3. As ONGs interessadas em compor um Comitê de Seleção de Planos de Gestão do PDSA II devem manifestar seu interesse formalmente, por meio do envio ao CDRFS de uma “Carta de Interesse” com argumentos que demonstrem que essa organização tem capacidade de: representação do público beneficiário e de avaliação dos Planos de Gestão.

9.1.4. As instituições representadas no Comitê deverão indicar, além dos membros titulares, igual número de suplentes.

10. DO ENVIO AO BANCO

10.1. As propostas selecionadas pelo Comitê de Seleção passarão na ordem de classificação, para a fase de análise a ser realizada pela UCP. Esta fase visa verificar as informações fornecidas pelo proponente e quaisquer outras informações necessárias, podendo ser solicitados documentos complementares não solicitados anteriormente. 10.2. Os Planos de Gestão aprovados pelo Comitê de Seleção e revisados pela UCP, serão enviados ao Banco e terão sua validade consolidada com a Não Objeção.

11. DA CONTRATAÇÃO

11.1. Caberá à SEAPROF, gestora da Cadeia de Valor da Borracha, formalizar os contratos com as entidades selecionadas e com seus respectivos Planos de Gestão aprovados, utilizando seus procedimentos internos.

11.2. As minutas dos contratos a serem firmados irão em anexo com os Planos de Gestão aprovados pelo Comitê de Seleção e terão sua validade consolidada com a não objeção ex-ante pelo Banco.

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12.1. Os recursos destinados ao pagamento das subvenções econômicas serão repassados pela UCP para a SEAPROF, e esta realizará os repasses às organizações contratadas, quando Subvenção Direta. Quando indireta, o aporte de recurso ocorrerá direto para a Subexecutora (SEAPROF), que atenderá os beneficiários dos Planos de Gestão selecionados e auditados, de acordo com o cronograma previamente definido e conforme o alcance dos resultados previstos.

12.2. A solicitação e a liberação de recursos para as propostas contratadas serão feitas conforme o cronograma de desembolso apresentado e mediante o cumprimento das condições estabelecidas no contrato celebrado entre a SEAPROF e as entidades proponentes.

12.3. A liberação de recursos para atividades que utilizem recursos naturais ou envolvam atividades potencial ou efetivamente poluidoras estará condicionada, quando for o caso, à apresentação de licença ambiental de instalação emitida pelo órgão ambiental competente, bem como ao cumprimento de demais exigências estabelecidas no contrato celebrado entre a entidade proponente e a SEAPROF.

12.4. O primeiro pagamento poderá ser feito como adiantamento, contra fatura de um gasto previsto no orçamento do Plano de Gestão, quando Subvenção Direta.

13. DISPOSIÇÕES GERAIS

13.1. A responsabilidade pelo acompanhamento das atividades previstas no Plano de Gestão, pela prestação de contas, assim como pelo atendimento às condições contratuais dependerão das especificidades de cada proposta apoiada e serão definidas no instrumento contratual.

13.2. O Governo do Acre terá o direito de divulgar, distribuir e exibir os produtos de divulgação decorrentes da realização das propostas selecionados no presente Edital, em quaisquer meios e suportes de comunicação.

13.3. As propostas inscritas e não selecionadas, acompanhadas da respectiva documentação, serão disponibilizadas aos proponentes 30 (trinta) dias após a data da publicação do resultado final da seleção, e estarão à disposição das mesmas que, às suas expensas, poderão recolhê-las, no prazo de 60 (sessenta) dias. Após o referido prazo, a SEAPROF não se responsabilizará pela guarda das mesmas.

13.4. Após o envio da proposta original, é vedada a inclusão de qualquer documento ou informação até a divulgação da classificação final da seleção.

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CHAMAMENTO PUBLICO Nº. 002/2014

15 13.5. As entidades proponentes se responsabilizam pela veracidade das informações prestadas no âmbito deste Edital, sujeitando-se, em caso de não veracidade, à eliminação do processo seletivo.

13.6. O presente Edital obedecerá ao seguinte cronograma:

Evento Datas

Lançamento do Edital 31/março/2014

Abertura das inscrições 31/março a 29/abril de 2014 Último dia para as inscrições 29 de abril de 2014

Sessão Pública 30/abril/2014, às 07:30 horas

Análise e seleção das propostas 5 a 9 de maio de 2014 Divulgação de propostas selecionadas

pelo Comitê de Análise (*)

9 de maio de 2014

(*) a data de divulgação das notas poderá ser prorrogada pelo Comitê de Seleção. 13.7. Os casos omissos no presente Edital serão decididos pelo CDRFS.

13.8.Todas as atividades inerentes à execução dos Planos de Gestão obedecerão de forma rigorosa as Políticas de Aquisições/Contratações do BID.

As despesas referentes às execuções dos Planos de Gestão deverão ser comprovadas mediante apresentação de relatórios de gastos com os devidos documentos comprobatórios (apresentação de Notas Fiscais), devidamente atestados pelos responsáveis técnicos indicados SEAPROF.

14. GLOSSÁRIO

Os significados dos termos e siglas utilizadas neste Edital estão apresentados a seguir:

• Banco Interamericano de Desenvolvimento – BID: instituição multilateral de crédito financiadora, PDSA II.

• Contrato de Empréstimo: instrumento que caracteriza a operação de crédito contratada entre o Governo do Estado do Acre e o Banco Interamericano de Desenvolvimento.

• Governo do Estado do Acre: mutuário do empréstimo e contraparte no, PDSA II.

• Secretaria de Estado de Planejamento (SEPLAN) – órgão da administração direta do Governo do Estado do Acre e órgão executor do Programa, ao qual se vinculará a Unidade de Coordenação do Programa (UCP).

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CHAMAMENTO PUBLICO Nº. 002/2014

• UCP - Unidade de Coordenação do Programa - constituída pela SEPLAN, responsável pela gestão técnica, administrativa e financeira do Programa.

• Secretaria de Estado de Extensão Agroflorestal e Produção Familiar (SEAPROF) - órgão da administração direta do Governo do Estado do Acre e entidade subexecutora do Programa.

• Secretaria de Estado de Desenvolvimento Florestal, da Indústria, do Comércio e dos Serviços Sustentáveis (SEDENS) - órgão da administração direta do Governo do Estado do Acre e entidade subexecutora do Programa.

• Conselho Estadual de Desenvolvimento Rural e Florestal Sustentável (CDRFS) – de âmbito institucional, criado pelo Decreto N.º 8.423, de 11/08/2003, com as seguintes finalidades e competências: (i) propor políticas públicas de superação da pobreza; (ii) aprovar a concepção do PRONAF e programa de reforma agrária no estado; (iii) reconhecer os conselhos municipais vinculados e apreciar suas deliberações para as políticas do setor; (iv) estimular a diversificação das atividades econômicas; (v) estimular a constituição de conselhos municipais; e (vi) formular e aprovar o Plano Estadual de Desenvolvimento Rural Sustentável. • Gestores de Cadeias – profissionais contratados para realizar a articulação entre

as organizações envolvidas nas cadeias produtivas agroflorestais sustentáveis, a serem apoiadas pelo Programa, de acordo com as regras e procedimentos descritos neste Regulamento Operacional, de forma a facilitar o alcance dos objetivos propostos.

• Plano de Gestão – conjunto de atividades, investimentos e demais apoios, definido em edital, que deverá ser apresentado pelos potenciais beneficiários para acesso às Subvenções Econômicas do PDSA II previstas neste Regulamento.

• Contratos: instrumentos firmados entre as organizações de produtores organizados e fornecedores do setor privado para a provisão de insumos e serviços, para a execução das atividades previstas em propostas selecionadas. Estes instrumentos devem definir, entre outros aspectos, o valor dos recursos envolvidos, os prazos, as suas condições de pagamento ou liberação e as responsabilidades específicas dos signatários quanto à aquisição de bens e execução de serviços.

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CHAMAMENTO PUBLICO Nº. 002/2014

17 insumos e serviços, para a execução das atividades previstas em propostas selecionadas. Estes instrumentos devem definir, entre outros aspectos, o valor dos recursos envolvidos, os prazos, as suas condições de pagamento ou liberação e as responsabilidades específicas dos signatários quanto à aquisição de bens e execução de serviços.

• Relatório de Monitoramento de Projeto - PMR: sistema gerencial para acompanhamento do desempenho dos projetos financiados pelo BID, que classifica o progresso na execução e o alcance dos resultados e efeitos, conhecido pela sigla em inglês (“Project Monitoring Report”) e atualizado a cada seis meses.

• Plano Operacional Anual – POA: plano elaborado pelos beneficiários, dentro do primeiro trimestre de cada ano de execução de um programa, que apresenta as atividades a serem desenvolvidas, seu cronograma de execução e os respectivos custos, bem como, as correções e os ajustes às metas.

• Beneficiários - determinados para cada subcomponente do Programa, de acordo com o que se estabelece neste Regulamento.

• Subvenções econômicas – subsídios financeiros repassados aos beneficiários que tiverem seus Planos de Gestão selecionados para execução das atividades específicas previstas.

• Recursos de Contrapartida - recursos aportados pelos beneficiários do Programa. A contrapartida poderá ser financeira (R$) ou não-financeira (mão-de-obra familiar, participação em reuniões, treinamentos, seminários, infraestrutura comunitária (galpões, sede para reuniões, etc.).

• Produtores organizados – produtores que fazem parte de organizações como cooperativas e associações de produtores devidamente formalizadas. São potenciais beneficiários de atividades contempladas neste Regulamento.

• Produtores não-organizados – produtores individuais, que não fazem parte de organizações de produtores. São potenciais beneficiários de atividades contempladas neste Regulamento.

• Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (PRONAF) – destina-se ao apoio financeiro das atividades agropecuárias e não agropecuárias (turismo rural, produção artesanal, agronegócio familiar e outras prestações de serviços no meio rural, compatíveis com a natureza rural) exploradas mediante emprego direto da força de trabalho do produtor rural e de sua família.

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CHAMAMENTO PUBLICO Nº. 002/2014

• Declaração de Aptidão ao PRONAF (DAP) – documento que identifica os beneficiários do Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar – PRONAF, conforme a Lei de ATER (No. 12.188, de 11/01/2010).

• Assistência Técnica e Extensão Rural (ATER) – serviço de educação não formal, de caráter continuado, no meio rural, que promove processos de gestão, produção, beneficiamento e comercialização das atividades e dos serviços agropecuários e não agropecuários, inclusive das atividades agroextrativistas, florestais e artesanais.

• Rede de ATER – organizações públicas e privadas, com ou sem fins lucrativos, previamente credenciadas, e que atendem os pré-requisitos estabelecidos pela Lei de ATER (No. 12.188 de 11/01/2010) com corpo técnico multidisciplinar, abrangendo as áreas de especialidade exigidas para a atividade de provisão de assistência técnica e extensão rural para os agricultores familiares e extrativistas do Acre.

• Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (IBAMA) –autarquiafederal vinculada aoMinistério do Meio Ambiente(MMA) e foi criado pela Lei nº 7.735 de 22/2/1989. É o órgão responsável pela execução da Política Nacional do Meio Ambiente (PNMA), instituída pela lei Nº 6.938, de 31/8/1981, e desenvolve diversas atividades para a preservação e conservação do patrimônio natural, exercendo o controle e afiscalização sobre o uso dos recursos naturais (água, flora, fauna, solo, etc.). Também cabe a ele conceder licenças ambientaisparaempreendimentosde sua competência.

• Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) –autarquia federal, vinculada ao MMA, integrando o Sistema Nacional do Meio Ambiente (SISNAMA). Foi criado pela lei No. 11.516, de 28/8/2007. É responsável pela administração das Unidades de Conservação (UC) federais, além de fomentar e executar programas de pesquisa, proteção e conservação da biodiversidade em todo o Brasil. O ICMBio tem também a função de executar as políticas de uso sustentável dos recursos naturais renováveis e de apoio ao extrativismo e às populações tradicionais nas UC federais de uso sustentável.

• Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) – autarquia sob regime especial, ou seja, uma agência reguladora, criada pela Lei Nº 9.782, de 26/1/1999, vinculada ao Ministério da Saúde por Contrato de Gestão, e caracterizada pela independência administrativa, estabilidade de seus dirigentes

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19 produção e da comercialização de produtos e serviços submetidos à vigilância sanitária, inclusive dos ambientes, processos, insumos e tecnologias a eles relacionados.

• Organizações não governamentais (ONGs) – organizações da sociedade civil, que se caracterizam como um grupo social organizado, sem fins lucrativos, constituído formal e autonomamente, caracterizado por ações de solidariedade no campo das políticas públicas e pelo legítimo exercício de pressões políticas em proveito de populações excluídas das condições da cidadania. Não há no direito brasileiro qualquer designação de ONG, juridicamente elas são associações ou fundações.

• Organização da Sociedade Civil de Interesse Público (OSCIP) – pessoas jurídicas (grupos de pessoas ou profissionais) de direito privado sem fins lucrativos criadas por iniciativa privada, que obtêm um certificado/qualificação emitido pelo Ministério da Justiça, de acordo com a lei No. 9.790 de 23/03/99, ao comprovar o cumprimento de certos requisitos, especialmente os derivados de normas de transparência administrativas. Em contrapartida, podem celebrar com o poder público termos de parceria, que dão maior agilidade e razoabilidade na prestação de contas.

• FSC Brasil – Conselho Brasileiro de Manejo Florestal, organização independente, não governamental, sem fins lucrativos, e que representa o Forest Stewardship Council A.C. (FSC) no Brasil, tendo como objetivo principal promover o manejo e a certificação florestal no país.

• GIZ – Cooperação Alemã para o Desenvolvimento.

• CEMACT – Conselho Estadual de Meio Ambiente, de Ciência e Tecnologia, uma das instâncias de gestão do Sistema Estadual de Meio Ambiente.

• PDC: Programa de Desenvolvimento Comunitário;

• Comitê de Seleção: Instância de análise dos Planos de Gestão e será composto por dois (2) representantes de órgãos governamentais (SEAPROF e SEDENS) e dois (2) representantes de organizações não governamentais definidos pelo CDRFS;

• Subvenção Direta: Mecanismo de apoio financeiro aos Planos de Gestão apresentados, aprovados e executados diretamente por grupos de produtores (as) organizados formalmente e/ou suas representações;

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• Subvenção Indireta: Mecanismo de apoio financeiro as demandas apresentadas por grupos de produtores (as) não organizados formalmente e executados pelas Subexecutoras do PDSA II.

Anexos

Anexo I– Normas do IMAC

Anexo II– Modelo de Termos de Compromisso

Anexo III– Roteiro do Plano de Gestão

Anexo IV – Elegibilidade das ONGs participantes do comitê de seleção de Planos de Gestão

Anexo V – Roteiro para o monitoramento das atividades previstas nos Planos de Gestão

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Anexo I

Normas do IMAC

Procedimentos para licenciamento - Manejo florestal comunitário

GOVERNO DO ESTADO DO ACRE

SECRETARIA DE ESTADO DE MEIO AMBIENTE - SEMA Conselho Florestal Estadual – CFE

Conselho Estadual de Meio Ambiente, Ciência e Tecnologia - CEMACT

Publicado no DOE Nº 9.870 19/08/2008

RESOLUÇÃO CONJUNTA CEMACT/CFE N°. 003 DE 12 DE AGOSTO DE 2008

O Conselho Estadual de Meio Ambiente, Ciência e Tecnologia - CEMACT e o Conselho Florestal Estadual - CFE, no uso das atribuições e competências que lhe são conferidas pela Lei nº 1.022, de 21 de janeiro de 1.992, e pela Lei de Florestas do Estado nº 1.426 de 27 de dezembro de 2001;

Considerando a Resolução Conjunta CEMACT/CFE nº 001 de 21 de maio 2008, que teve como objetivo instituir a Comissão Temporária de Normatização das Atividades de Manejo Florestal Sustentável, para a elaboração de uma proposta normativa referente ao procedimento de licenciamento para Plano de Manejo Florestal Sustentável, no âmbito do Estado do Acre;

Considerando ainda as deliberações das Plenárias das Reuniões Extraordinárias Conjuntas entre os Conselhos CEMACT e CFE, realizadas nos dias 20 de maio, 30 de julho e 12 de agosto de 2008;

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RESOLVEM: CAPÍTULO I

DISPOSIÇÕES PRELIMINARES

Art. 1º Esta Resolução visa disciplinar o licenciamento, monitoramento e a fiscalização das áreas objeto de manejo florestal no Estado do Acre.

Parágrafo único. Para os fins e efeitos desta resolução, define–se:

I - Licenciamento Ambiental: procedimento técnico-administrativo para a concessão de Licença Prévia - LP, Licença de Instalação - LI e Licença de Operação - LO para empreendimentos, atividades e serviços efetiva ou potencialmente poluidores e/ou degradadores do meio ambiente;

II - Licença de Operação: licencia a operação dos empreendimentos, atividades e serviços de impacto local, por competência direta ou através de poderes delegados, após verificação do efetivo cumprimento das exigências constantes nas licenças anteriores;

III - Autorização Ambiental: ato administrativo discricionário e precário pelo qual a Administração Pública consente que o particular exerça a atividade no seu próprio interesse;

IV - Autorização para Exploração – AUTEX: documento expedido pelo órgão competente que autoriza o início da exploração da Unidade de Produção Anual - UPA e especifica o volume máximo por espécie permitido para exploração, com a validade de vinte e quatro meses;

V - Proponente: pessoa física ou jurídica que solicita ao IMAC a análise e aprovação do PMFS e que após a aprovação tornar-se-á detentora do PMFS;

VI - Detentor: pessoa física ou jurídica, ou seus sucessores no caso de transferência, em nome da qual é aprovado o PMFS e que se responsabiliza por sua execução;

VII - Ciclo de corte: período de tempo, em anos, entre sucessivas explorações de produtos florestais madeireiros ou não-madeireiros numa mesma área;

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VIII - Intensidade de corte: volume comercial das árvores derrubadas para aproveitamento, estimado por meio de equações volumétricas previstas no PMFS e com base nos dados do inventário florestal cem por cento - IF 100 %, expresso em metros cúbicos por unidade de área (m³/ha) de efetiva exploração florestal, calculada para a UPA;

IX - Área de Manejo Florestal – AMF: conjunto de Unidades de Manejo Florestal que compõe o PMFS, contíguas ou não, localizadas em um único Estado;

X - Unidade de Manejo Florestal – UMF: área do imóvel rural a ser utilizada no manejo florestal;

XI - Unidade de Produção Anual – UPA: subdivisão da Unidade de Manejo Florestal, destinada a exploração em um ano;

XII - Unidade de Trabalho – UT: subdivisão operacional da Unidade de Produção Anual; XIII - Área de efetiva exploração florestal: é a área efetivamente explorada na UPA, considerando a exclusão das áreas de preservação permanente, inacessíveis e outras eventualmente protegidas;

XIV - Plano Operacional Anual – POA: projeto técnico a ser apresentado ao IMAC, contendo as informações com a especificação das atividades a serem realizadas na UPA no período de doze meses;

XV – Relatório de Atividades: documento encaminhado ao IMAC, com a descrição das atividades realizadas na UPA, com o volume explorado e informações sobre cada uma das UTs (quando houver);

XVI - Inventário Florestal cem por cento - UF 100%: é o levantamento de dados que permite a mensuração de todos os indivíduos de interesse existentes na área de floresta demarcada para a execução do POA;

XVII - Vistoria Técnica: é a avaliação de campo para subsidiar a análise, acompanhar e controlar rotineiramente as operações e atividades envolvidas na AMF;

XVIII - Resíduos da exploração florestal: cascas, galhos, sapopemas, raízes e restos de troncos de árvores caídas, provenientes da exploração florestal, que podem ser utilizados como subprodutos do manejo florestal.

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XIX - Regulação da produção florestal: procedimento que permite estabelecer um equilíbrio entre a intensidade de corte e o tempo necessário para o restabelecimento do volume extraído da floresta, de modo a garantir a produção florestal contínua; XX - Manejo Florestal Sustentável: é a administração da floresta para obtenção de benefícios econômicos e sociais, visando à manutenção dos mecanismos de sustentação do ecossistema objeto do manejo;

XXI - Plano de Manejo Florestal Sustentável – PMFS: é o documento técnico a ser apresentado ao IMAC, que inclui o zoneamento da propriedade distinguindo as áreas de exploração, as zonas de preservação permanente e os trechos inacessíveis, adotando técnicas de exploração para diminuir os danos à floresta, estimativas do volume a ser explorado, tratamentos silviculturais e, quando for o caso, abordando os métodos de monitoramento do desenvolvimento da floresta após a exploração;

XXII - Floresta de terra–firme: floresta que nunca é alagada e se espalha sobre uma grande planície, ou encontra-se em regiões de divisores de águas;

XXIII - Floresta de várzea: florestas periodicamente inundadas pelas cheias dos rios; XXIV - Floresta primária: também conhecida como floresta em clímax ou mata virgem, é a floresta intocada ou aquela em que a ação humana não provocou significativas alterações das suas características originais de estrutura e de espécies;

XXV - Floresta secundária: floresta secundária ou em regeneração é aquela resultante de processos naturais de sucessão, após supressão total ou parcial da floresta primária por ações antrópicas ou causas naturais;

XXVI - PMFS individual: é o Plano de Manejo Florestal Sustentável cujo detentor é individualizado através de pessoa física ou jurídica;

XXVII - PMFS empresarial: é o Plano de Manejo Florestal Sustentável cujo detentor é uma pessoa jurídica e destina-se ao suprimento de matéria-prima de uma empresa florestal;

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XXVIII - PMFS comunitário: é o Plano de Manejo Florestal Sustentável cujo detentor é uma associação ou cooperativa;

XXIX - Exploração mecanizada: é a operação florestal com a utilização de máquinas em todas as fases de exploração da floresta;

XXX - Exploração semimecanizada: é a operação florestal com a utilização parcial de máquinas nas fases de exploração da floresta, podendo ser utilizado conjuntamente tração animal;

XXXI - Diâmetro Mínimo de Corte: é o diâmetro mínimo estabelecido para autorização de supressão de indivíduos que compõem a floresta, para fins de manejo.

CAPÍTULO II

DOS ASPECTOS GERAIS DO LICENCIAMENTO AMBIENTAL

Art. 2º Os procedimentos técnicos para elaboração, apresentação, execução e avaliação técnica de Planos de Manejo Florestal Sustentável – PMFSs nas florestas primitivas e suas formas de sucessão no Estado do Acre observarão o disposto nesta Resolução.

§ 1º Compete ao IMAC a análise e aprovação de que trata o caput deste artigo nos seguintes casos:

I - nas unidades de conservação de uso sustentável criadas pelo Estado; II - nas florestas privadas;

III - nas distintas categorias de projetos de assentamentos.

§ 2º Os detentores de áreas de manejo florestal situadas em uma faixa de dez quilômetros no entorno das Unidades de Conservação e Terras Indígenas deverão solicitar, por meio do IMAC, a anuência ao Gestor da Unidade de Conservação ou à FUNAI, conforme o caso, para que o Licenciamento ambiental seja concluído.

§ 3º Nos termos da Resolução CONAMA nº 378/2006, compete ao IBAMA o licenciamento de PMFSs em áreas superiores a cinqüenta mil hectares.

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§ 4º O IMAC solicitará aos Gestores de Unidade Conservação a relação das atividades dispensadas de anuências ou que já tenham anuência prévia definida ou ainda as condicionantes já estabelecidas para o licenciamento ambiental.

Art. 3º O licenciamento das atividades de manejo florestal sustentável será condicionado à regularização ambiental da propriedade por meio da Certidão Ambiental Rural (CAR) e Licenciamento Ambiental Rural (LAR), com exceção das Unidades de Conservação.

§ 1º Os PMFSs cujas áreas indicadas não cumpram o disposto no caput deste artigo ficarão condicionados à assinatura de Termo de Compromisso com o IMAC, com prazo máximo de cumprimento de um ano, no qual serão estabelecidas as condições para o licenciamento ambiental.

§ 2º Para os PMFSs apresentados até o ano de 2010, o Termo de Compromisso terá, durante seu prazo de vigência, o mesmo efeito do licenciamento e da Certidão previstos no caput. Não havendo cumprimento das condições estabelecidas no Termo, será imposta a suspensão do respectivo PMFS até a total regularização, nos termos do art. 50 desta Resolução.

Art. 4º Os PMFSs e os respectivos POAs, em florestas de domínio público ou privado, deverão ser previamente licenciados e autorizados para exploração pelo Instituto de Meio Ambiente do Acre – IMAC, observando o disposto nesta Resolução.

Art. 5º O PMFS deverá observar aos seguintes fundamentos técnicos e científicos: I - caracterização do meio físico e biológico;

II - intensidade de exploração compatível com a capacidade da floresta;

III - ciclo de corte compatível com o tempo de restabelecimento do volume de produto extraído da floresta;

IV - promoção da regeneração natural da floresta; V - adoção de sistema silvicultural adequado; VI - adoção de sistema de exploração adequado;

VII - monitoramento do desenvolvimento da floresta remanescente (quando previsto); VIII - adoção de medidas mitigadoras dos impactos ambientais e sociais.

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Art. 6º Os PMFS e os POAs, cuja análise e aprovação não forem de competência do IMAC, deverão ser submetidos à unidade do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis – IBAMA.

CAPÍTULO III

DA DOMINIALIDADE E MODALIDADES DE PLANO DE MANEJO FLORESTAL SUSTENTÁVEL

Seção I

Das categorias de Plano de Manejo Florestal Sustentável – PMFS

Art. 7º Para fins desta Resolução e para fins de cadastramento, os PMFSs classificam-se nas seguintes categorias:

I - quanto à dominialidade da floresta: a) PMFS em floresta pública; b) PMFS em floresta privada. II - quanto à modalidade: a) individual; b) empresarial; c) comunitário.

III - quanto aos produtos decorrentes do manejo: a) produtos madeireiros;

b) produtos não–madeireiros; c) múltiplos produtos.

IV - quanto à exploração florestal para a produção de madeira: a) mecanizado;

b) semimecanizado;

c) sem a utilização de máquinas. V - quanto ao ambiente predominante: a) em floresta de terra-firme;

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CHAMAMENTO PUBLICO Nº. 002/2014 VI - quanto ao estado natural da floresta:

a) em floresta primária; b) em floresta secundária.

Parágrafo único. Nos PMFSs deverão estar descritos os produtos que serão manejados, a intensidade, a forma de exploração, o tipo de ambiente e ainda o estado natural da floresta.

CAPÍTULO IV

DO PLANO DE MANEJO FLORESTAL SUSTENTÁVEL PARA A PRODUÇÃO DE MADEIRA Seção I

Dos parâmetros de limitação e controle da produção para a promoção da sustentabilidade.

Art. 8º A intensidade de corte, proposta no PMFS levará em consideração os seguintes aspectos técnicos:

I - nos planos de manejo que utilizarem o ciclo de corte inicial de vinte e cinco anos, a intensidade de corte máxima será de trinta metros cúbicos por hectare (30m³/ha); II - nos planos de manejo com o ciclo de corte inicial de dez anos, a intensidade de corte será no máximo dez metros cúbicos por hectare (10m³/ha);

III - a alteração do ciclo de corte somente será possível mediante a instalação e avaliação de parcelas permanentes na área do PMFS, conforme metodologia preconizada pela Rede de Monitoramento da Dinâmica de Florestas na Amazônia – REDEFLOR (Decreto Ministerial MMA Nº 337/2007);

IV - a estimativa do estoque disponível (m³/ha) para exploração imediata deverá levar em consideração os seguintes aspectos:

a) o resultado de inventário florestal cem por cento para a área de cada POA; b) os critérios de seleção de árvores para o corte, previstos no PMFS; e

c) os parâmetros que determinam a manutenção de árvores por espécie, estabelecidos nos arts. 9º e 10 desta Resolução.

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Art. 9º O Diâmetro Mínimo de Corte (DMC) a um metro e trinta centímetros do solo (diâmetro à altura do peito - DAP) a ser considerado é de cinqüenta centímetros para todas as espécies.

§ 1º O IMAC poderá adotar outro DMC por espécie, desde que realizado estudo técnico que justifique a alteração.

§ 2º Para DMC abaixo de cinqüenta centímetros, o planejamento da exploração seguirá os mesmos critérios do art.

10, sendo necessário para isso levantamento cem por cento da espécie a partir de quinze centímetros de DAP no inventário de cada UPA.

Art. 10. Quando do planejamento da exploração de cada UPA, a execução do Inventário cem por cento, a partir de trinta centímetros, e a intensidade de corte observarão os seguintes critérios:

I - manutenção de pelo menos dez por cento do número de árvores por espécie, na área de efetiva exploração da UPA, que atendam aos critérios de seleção para corte indicados no PMFS, respeitado o limite mínimo de manutenção de três árvores por espécie por cem hectares.

II - manutenção de todas as árvores das espécies cuja abundância de indivíduos com Diâmetro a Altura do Peito – DAP superior ao DMC seja igual ou inferior a três árvores por cem hectares de área de efetiva exploração da UPA.

III - no relatório do Inventário Florestal cem por cento deverão constar, no mínimo: a) árvores comerciais de corte - DAP maior ou igual ao DMC;

b) árvores comerciais porta sementes - DAP maior ou igual ao DMC; c) árvores comerciais remanescentes - DAP menor que o DMC.

§ 1º A identificação das árvores inventariadas será efetuada por plaquetas numeradas, confeccionadas com material de alta durabilidade.

§ 2º Os indivíduos do Inventário Florestal cem por cento poderão ser georreferenciados por meio do uso de GPS de alta sensibilidade, a critério do detentor. § 3º Quando se fizer a opção pelo georreferenciamento de árvores no IF 100%, as faixas ou linhas virtuais, distantes cinqüenta metros umas das outras, devem ter seu início e final também georreferenciados e identificadas em campo por plaquetas. § 4º Em caso de abertura física das faixas ou linhas, deve-se:

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II - estarem distantes umas das outras por, no mínimo, cinqüenta metros;

III - no momento da vistoria de licenciamento, caso necessário, deve ser feita sua reabertura.

Art. 11. Poderão ser apresentados estudos técnicos para a alteração dos parâmetros definidos nos arts. 8º e 9º no PMFS ou de forma avulsa, mediante justificativa elaborada por seu responsável técnico, que comprove a observância do disposto nos incisos I a IX, do art. 3º, do Decreto nº 5.975, de 30 de novembro de 2006.

§ 1º Os estudos técnicos mencionados no caput deste artigo deverão considerar as especificidades locais e apresentar o fundamento técnico-científico utilizado em sua elaboração.

§ 2º O IMAC analisará as propostas de alteração dos parâmetros previstos nos arts. 8º a 9º desta Resolução, caso a caso.

§ 3º Somente poderá ser requerida a redução do ciclo de corte quando comprovada a recuperação da floresta, por meio de análise de parcelas permanentes instaladas na AMF.

Art. 12. É obrigatória a adoção de procedimentos que possibilitem o controle da origem da produção, por meio do rastreamento da madeira das árvores exploradas, desde a sua localização na floresta até o seu local de armazenamento e de desdobro, estabelecendo a cadeia de custódia para apresentação do volume explorado.

§ 1º As toras oriundas dos indivíduos abatidos deverão ser identificadas de acordo com o número do indivíduo registrado no inventário, devendo estas ser identificadas seqüencialmente em relação ao número de toras produzidas, de forma a subsidiar o controle da cadeia de custódia quando do transporte florestal.

§ 2º Poderá ser prevista a permuta de árvores selecionadas para corte por outras árvores da mesma espécie, desde que atendam os critérios determinados nos arts. 8º e 9º desta norma, sendo informado no relatório de atividades.

Seção II

Do Plano de Manejo Florestal Sustentável Individual – PMFS Individual

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Art. 14. Somente será admitido o protocolo de um PMFS para cada detentor por área. Art. 15. O Serviço Público de Extensão Florestal poderá dar suporte aos levantamentos realizados (cubagem das árvores) e planos de manejo dos pequenos produtores rurais.

Seção III

Do Plano de Manejo Florestal Sustentável Empresarial – PMFS Empresarial

Art. 16. O Plano de Manejo Florestal Empresarial será realizado por pessoas jurídicas, observando-se as normas estabelecidas no anexo II.

Art. 17. A AMF levará em conta a demanda de matériaprima do detentor do PMFS -Empresarial, a produtividade da floresta e o ciclo de corte adotado.

Parágrafo único. A AMF de que trata o caput deste artigo poderá ser composta por propriedades próprias, arrendadas ou em regime de comodato, declaradas como áreas contribuintes de matéria-prima da empresa ou parceiras contratuais, contíguas ou não, desde que o interessado ou empresa assuma, perante o IMAC, que as áreas de manejo apresentadas fazem parte de um único plano de manejo destinado a garantir o suprimento de matéria prima a empresa processadora durante o ciclo de corte.

Art. 18. A UPA será definida de acordo com a demanda anual de matéria-prima e com o ciclo de corte estabelecido.

Seção IV

Do Plano de Manejo Florestal Sustentável Comunitário – PMFS Comunitário

Art. 19. O Plano de Manejo Florestal Sustentável Comunitário - PMFS Comunitário terá como detentor e executor associações ou cooperativas de legítimos possuidores ou concessionários de glebas rurais.

Art. 20. Os Planos de Manejo Florestal Sustentável Comunitário – PMFS Comunitário deverão ser apresentados considerando o anexo III.

Art. 21. O responsável técnico pelo Plano de Manejo Comunitário poderá ser contratado pelas associações ou cooperativas ou disponibilizado por Instituição de pesquisa, de assistência técnica ou de fomento florestal.

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Art. 22. A comprovação da legitimidade da associação ou cooperativa ocorrerá mediante a apresentação de cópia dos seguintes documentos:

I - Estatuto Social, devidamente registrado em cartório ou cópia da sua publicação em diário oficial;

II – Cartão do Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica - CNPJ;

III - Ata da Assembléia que elegeu a diretoria, registrada em cartório ou cópia da sua publicação em diário oficial;

IV - Cadastro de Pessoa Física e Carteira de Identidade do seu Presidente.

§ 1º Quando a associação ou cooperativa for dirigida por colegiado, deverá apresentar os documentos de identidade e CPF da diretoria.

§ 2º Os associados ou cooperados que estiverem sendo representados pela associação ou cooperativa deverão apresentar cópia da Carteira de Identidade e do CPF.

Seção V

Da apresentação do Plano de Manejo Florestal Sustentável – PMFS e dos Planos Operacionais Anuais – POA

Art. 23. Os PMFSs e seus respectivos Planos Operacionais Anuais - POAs deverão ser protocolizados no IMAC, para análise, na seguinte forma:

I - em meio digital (CD-ROM): todo o conteúdo do Plano e POAs, incluindo textos, tabelas na forma de planilha eletrônica e dados vetoriais, com limites, confrontantes, rios e estradas, associados a um banco de dados;

II - em papel impresso: todos os itens citados no inciso anterior, com exceção do corpo das tabelas que contêm os dados originais de campo do IF 100% das árvores de porte comercial a serem manejadas e das destinadas à próxima colheita.

§ 1º O plano de manejo, o POA e os relatórios pós-exploratório deverão ser apresentados em formato PDF.

§ 2º Nos casos dos projetos de assentamento em que, no plano de uso ou instrumento similar, já houver previsão de manejo florestal sustentável, não há necessidade de solicitação de anuência do INCRA, enviando-se, entretanto, cópia à referida Instituição, impresso ou em meio digital.

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Art. 24. O PMFS será analisado e vistoriado por profissional legalmente habilitado e credenciado pelo IMAC.

§ 1º A vistoria prévia na AMF somente será realizada quando, no cruzamento das informações do PMFS com a imagem de satélite atualizada da região, houver divergências a serem constatadas em campo.

§ 2º As pendências serão comunicadas após a análise técnico-jurídica e deverão ser cumpridas para a seqüência da análise do PMFS.

§ 3º A autorização antecipada para exploração de nova Unidade de Produção Anual e da respectiva volumetria poderá ser concedida, mediante aceitação da justificativa técnica pelo IMAC e apresentação de POA atualizado, desde que seja comprovada a necessidade de matéria-prima para suprir a demanda da indústria, a inexistência de infrações ambientais e de eventuais pendências.

§ 4º Na análise, pelo IMAC, da justificativa técnica de antecipação prevista no § 3º, deverão ser levados em consideração a capacidade de exploração, a manutenção do ciclo de corte e o princípio da metodologia inicial do PMFS aprovado.

§ 5º A obstrução parcial das picadas do IF 100% não implicará no adiamento, suspensão ou cancelamento da vistoria técnica, desde que os interessados disponibilizem pessoal de apoio para auxiliar nos trabalhos técnicos do IMAC.

Art. 25. O prazo máximo para conclusão do processo de licenciamento do PMFS e/ou POA será de noventa dias corridos, contado a partir da data do protocolo, sendo que o IMAC terá:

I - até sessenta dias para apresentação das pendências técnicas e jurídicas ao requerente;

II - após o protocolo dos documentos que atendam totalmente as pendências apontadas, até trinta dias para a conclusão do processo de licenciamento.

Seção VII

Da responsabilidade pelo Plano de Manejo Florestal Sustentável – PMFS

Art. 26. No Licenciamento Ambiental do PMFS e na conseqüente expedição da Autorização para Exploração, o detentor e o proprietário deverão assinar um Termo de Responsabilidade de Manutenção de Floresta Manejada, conforme modelo do Anexo VIII.

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§ 1º O detentor terá um prazo de noventa dias para a averbação do Termo de Responsabilidade de Manutenção de Floresta Manejada à margem da matrícula do imóvel.

§ 2º O detentor do Plano de Manejo, ao receber a Licença de Operação e a AUTEX, deverá, antes da atividade de exploração, fixar placas indicativas da área de manejo na propriedade e na área do plano, conforme modelo do Anexo X.

Art. 27. A paralisação temporária da execução do PMFS não exime o detentor do PMFS da responsabilidade pela manutenção da floresta.

Seção VIII

Da responsabilidade Técnica pelo Plano de Manejo Florestal Sustentável – PMFS

Art. 28. O proponente ou o detentor de PMFS, conforme o caso, deverá apresentar Anotação de Responsabilidade Técnica – ART registrada junto ao respectivo Conselho Regional de Engenharia, Arquitetura e Agronomia – CREA dos responsáveis pela elaboração, execução e assistência técnica do PMFS, com a indicação dos respectivos prazos de validade.

§ 1º As atividades do PMFS não serão executadas sem um responsável técnico.

§ 2º A substituição do responsável técnico e da respectiva ART deve ser comunicada oficialmente ao IMAC, no prazo de quinze dias após sua efetivação, pelo detentor do PMFS.

§ 3º O profissional responsável que, por iniciativa própria, efetuar a baixa em sua ART no CREA, deverá comunicá–la oficialmente ao IMAC no prazo de 5 dias, para que o mesmo tome as providências cabíveis.

Seção IX

Da reformulação e da transferência do Plano de Manejo Florestal Sustentável

Art. 29. A reformulação do PMFS dependerá de prévia análise técnica e aprovação do órgão competente e poderá decorrer de:

I - inclusão de novas áreas na AMF, exceto para PMFS Comunitários; e, II - alteração na categoria de PMFS.

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I - apresentação de documento comprobatório da transferência firmado entre as partes envolvidas, o qual deverá conter cláusula de transferência de responsabilidade pela execução do PMFS;

II - análise jurídica quanto ao documento apresentado.

Parágrafo único. Deverá haver a contabilização, em banco de dados próprio, do saldo explorado, transportado e ainda remanescente do PMFS, devendo o mesmo ser disponibilizado ao IMAC quando assim solicitado.

Seção X

Do Plano Operacional Anual – POA

Art. 31. O detentor do PMFS deverá apresentar o Plano Operacional Anual e relatório pós-exploratório referentes às próximas atividades que realizará como condição para continuidade do Licenciamento Ambiental de Operação do Plano e a conseqüente emissão da Autorização de Exploração Florestal - AUTEX.

§ 1º Não será exigido o relatório pós-exploratório previsto no caput para o primeiro POA, exceto na sua renovação.

§ 2º O POA deverá ser apresentado de acordo com os Anexos IV e V, observando a modalidade.

§ 3º O POA deverá apresentar o IF 100% das árvores de porte comercial, considerando o estoque comercial para o segundo ciclo, para qualquer tamanho de UPA.

§ 4º A partir do segundo POA o empreendedor deverá requerer a renovação da LO, com antecedência mínima de sessenta dias do vencimento da licença.

§ 5º A LO de novo POA poderá ser expedida sem vistoria prévia a campo, desde que tenha ocorrida a vistoria pós exploratória do POA anterior.

§ 6º Quando adotado o procedimento previsto no § 4º deste artigo, e forem verificadas pendências no POA, o empreendedor do PMFS terá o prazo de trinta dias para correção, findo o qual poderá ser suspensa a LO.

§ 7º O IMAC, se necessário e a seu exclusivo critério, poderá realizar vistorias a qualquer tempo no PMFS e verificadas irregularidades tomar as providências para as medidas legais cabíveis.

§ 8º Os POAs de empreendimentos certificados por entidades reconhecidas pelo Conselho Florestal Estadual poderão ser autorizados automaticamente pelo IMAC, desde que não haja pendências.

§ 9º A emissão da AUTEX está condicionada à aprovação do POA pelo IMAC, em conformidade com o estabelecido nos parágrafos 4º e 7º deste artigo.

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Art. 32. A AUTEX será emitida considerando o PMFS e os parâmetros definidos nos arts. 5º a 8º desta Resolução e indicará, no mínimo, o seguinte:

I - a lista das espécies autorizadas e seus respectivos volumes e números de árvores médios por hectare e total;

II - nome e CPF ou CNPJ do detentor do PMFS;

III - nome, CPF e registro no CREA do responsável técnico; IV - número do PMFS;

V - município e Estado de localização do PMFS;

VI - coordenadas geográficas do PMFS que permitam identificar sua localização; VII - seu número, ano e datas de emissão e de validade;

VIII - área total das propriedades que compõem o PMFS; IX - área do PMFS;

X - área da respectiva UPA;

XI - volume de resíduos da exploração florestal autorizado para aproveitamento, total e médio por hectare, quando for o caso.

Art. 33. A inclusão de novas espécies florestais na lista autorizada dependerá de prévia alteração do POA e aprovação do IMAC.

Parágrafo único. A inclusão de novas espécies para a produção madeireira só será autorizada em áreas ainda não exploradas, respeitada a intensidade de corte estabelecida para o ciclo de corte vigente.

Art. 34. O Documento de Origem Florestal – DOF será requerido em relação ao volume efetivamente explorado, observados os limites definidos na AUTEX.

Art. 35. Após o vencimento da AUTEX, não havendo mais madeira a ser explorada e existindo madeira, em esplanada ou não, o detentor deverá solicitar, junto ao IMAC, Autorização Ambiental para aproveitamento desse recurso.

§ 1º Para a emissão da autorização ambiental para aproveitamento de madeira em esplanada, o detentor deverá apresentar o relatório técnico contendo a relação das espécies e respectiva volumetria, de forma separada por esplanada ou pátios existentes na área do plano.

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