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possís'eis nem todos os significados das informações extraídas Assim, cabe ao professor reforçar

certas características ao realizar a análise dos dados para que os alunos percebam, por meio do exemplo prático, o tipo de pensamento utilizado e façam por si mesmos as análises necessárias, utilizando um certo grau de analogia.

Não se trata de condicionar os alunos a repetirem o que observaram, mas sim de oferecem

a possibilidade de utilizarem o que observaram como uma referência, um roteiro para que eles possam realizar a$ análises necessárias. O uso de mais de um tipo de recurso visual pode auxiliam

na construção e elaboração de hipóteses ou argumentos antes não percebidos por meio de um único recurso.

Box Plot - Gráfico de Caixas

Conforme detalhado no Capítulo 2, o gráfico do tipo óoz pZot ou gráfico de caixas transmite algumas informações importantes para análise exploratória de dados uma vez que é construído a partir de algumas medidas descritivas. Utilizando uma mesma escala, obtemos a Figura 6.4 que apresenta os boz pZots (gráfico de caixas) dos dois grupos de notas. A Figura 6.5 apresenta os óos pZots tendo sobrepostos os valores individuais que seriam os pontos dos dot pZots (gráfico de pontos) já apresentados. Pfannkuch e Horton (2009) ressaltam a inlpropriedade do uso de gráfico de caixas com um número pequeno de observações, chegando a sugerir que haja pelo menos 15 observações

para que o mesmo seja construído.

A partir da Figura 6.5, percebe-se um deslocamento de posição entre as duas caixas, caracte-

rística já percebida por llieio do gráfico de pontos. Assim, conforme já verificado pela análise do gráfico de pontos, percebe-se que as notas do período diurno tendem a ser lnaioies que as notas do período soturno. Os componentes que constituem esse gráfico como os qualtis, mediana, máximo

c mínimo também saião analisados a seguia parti- a conipaiação dos grupos. Utilizando o gráfico

apresentado tarrlbéin é possível verificar a amplitude dos valores, intervalo interquaitil IQ, o valor máximo e mínimo de cada amostra. Todas essas verificações conduzem aos mesmos resultados que as verificações feita\s anterioimenl.e poi meio do gráfico dc ponl.os e das iitedidas descritivas c poi isso não serão repetidas.

6.3 CONIPARAÇAO ENTREDOISGRUPOS USO DEINFERENCIAINFORb4AL 67

Gráfico de caixas(boxplQt)

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Figui'a 6.5: Grei/ico de Caãzas ÍBoz PZotJ comi Grc{/!co de Porltos Sobreposto

Comparando os tamanhos das caixas dos dois períodos pode-se dizer que são, visualmente, de

tamanhos diferentes, pois a segunda caixa, referente aos dados do período diurno, é ligeiramente

maior, ou seja, apresenta um intervalo interquartil maior. Isso pode sugerir que, de acordo com a

análise visual das caixas, a variabilidade entre os dados do período diurno sda ligeiramente maior do que a variabilidade entre os dados do período noturno (mas é sutil, além da indicação já vista de mesma amplitude dos dois grupos).

Percebe-se que a haste superior da caixa referente ao período diurno está totalmente acima da haste superior da caixa referente ao período noturno. Isso mostra que os 25% maiores valores do período diurno são todos maiores ou iguais ao maior valor encontrado no período noturno.

Ao verificar a mediana da caixa referente ao período diurno percebe-se que o Q3 da caixa referente ao período noturno está abaixo dela. Em outras palavras, 75% dos valores das notas do

período noturno estão abaixo da mediana do período diurno:

e

Comparação numérica 'Fn hi i ] npã n ,] nq d n dn Medidas Descritivas

No início da seção, apresentamos uma organização dos dados brutos já ordenados. Em seguida à obtenção dos dados, além das representações visuais que se podem obter a partir deles, é esperado um resumo dos dados por meio de medidas descritivas. Esse procedimento visa extrair algum tipo de informação dos dados que irão corroborar ou complementar as informações obtidas a partir dos gráficos.

Neste ponto, de cálculos de estatísticas descritivas, as abordagens tradicionais de textos ou

de sala de aula valorizam os cálculos e as técnicas destinando um tempo excessivo com contas e diminuindo o tempo disponível para iefiexão, pala construção dos significados e das relações ent,re as medidas resumo. Como resultado desse tipo de abordagem, alguns alunos se tornam aptos com

relação aos cálculos, mas nem sempre sabem seu significado nem tampouco sua relação com as

características arnostiais. Outros alunos simplesmente abandonam, pois tendo dificuldades com os cálculos nem chegatn a questionar seu significado

68 COÀIPARAÇAOENTREDOISGRUPOS 6.3

A partir dos dados brutos obtemos as medidas descritivas, calculadas para n - 25, (neste

trabalho o desvio padrão está sendo calculado cona n no denominador) apresentadas na Tabela 6.3:

'lhbela 6.3: .ü/Caídas Resumo

Com as medidas descritivas em mãos é possível compalai numericamente divei-sos aspectos de

uma amostra. Uma das possibilidades iniciais é comparei cada medida uma a uma.

Ao analisar a Tabela 6.3: verifica-se que a média amostial, o primeiro quartel, a mediana e o

terceiro quartel apresentam valores maiores para as notas do período diurno. Isso vai na mesma linha já sugerida de um deslocamento entre as medidas no sentido de que os valores nas notas do período diurno tendem a ser maiores do que as notas do período noturno.

A variabilidade pode sei medida, como mencionado anteriormente, pela amplitude. Mas há ou- tras possibilidades, já apresentadas e discutidas no Capítulo 2, que são o IQ (3' Quartel - I' Quartil) e o desvio padrão.