• Nenhum resultado encontrado

5) CAPITULO 3 Efeitos de dois tipos de manejos agrícolas da matriz nas

5.5. O Modelo

5.7.3. Potencial de modelos qualitativos para resolução de problemas em

Como os dados biológicos básicos são difusos, imprecisos e encontrados essencialmente em baixa resolução (Salles & Bredeweg, 2006), modelos numéricos que dependem de relações precisas podem desconsiderar as variações naturais dos dados, de modo que suposições irrealistas são muitas vezes feitas. Portanto, os modelos que sacrificam a precisão em detrimento do realismo e generalidade são necessários (Levins, 1966). O modelo aqui descrito visa compreender e prever o impacto da intensificação agrícola da matriz sobre as aves que habitam um mosaico de floresta-savana. Tal modelagem não poderia ser feita usando modelos numéricos, porque dados sobre relações numéricas precisas sobre as aves habitando paisagens heterogêneas são raros e, no caso do Cerrado, ausentes. No entanto, é improvável que o modelo tenha capturado todas as relações relativas ao sistema em estudo (nenhum modelo poderia). A construção de modelos qualitativos requer a exclusão das relações que podem existir em certas circunstâncias específicas, ou em outra escala espaço-temporal, mas pode não ser relevante para os sistemas de dinâmica global.

Finalmente, o raciocínio qualitativo têm se mostrado uma poderosa ferramenta para a construção de modelos ecológicos e modeladores devem ser encorajados a usar esta técnica para explorar este tipo de modelagem em suas potencialidades de previsão. Aqui, apresenta-se um exemplo de como raciocínio qualitativo pode ser usado para prever comportamentos de sistemas biológicos em diferentes cenários, oferecendo uma abordagem causal para a tomada de decisão usando dados de baixa resolução.

5.8. Conclusão

Ambas as práticas agrícolas tiveram impacto negativo sobre a comunidade de aves do Cerrado, apoiando a ideia de que áreas grandes e numerosas devem ser conservadas sem influências humanas (por exemplo, Unidades de Conservação). No entanto, as duas práticas agrícolas produziram impactos muito diferentes nas aves. A agricultura intensiva leva ao declínio de espécies não-florestais, pois influencia diretamente a matriz. No que se refere as espécies florestais, a agricultura intensiva mantem generalistas estáveis e leva a diminuição dos especialistas. Isso acontece porque a agricultura intensiva afeta negativamente a suplementação (comportamento de uso da matriz como um habitat extra para alimentação e defesa do território) e a dispersão através da matriz (porque diminui a permeabilidade às espécies florestais). Uma vez que generalistas florestais são mais vágeis e menos sensíveis do que os especialistas, o efeito de resgate por parte de populações que habitam fragmentos florestais vizinhos pode prevenir o declínio de generalistas.

O Manejo tradicional desestabilizou as espécies não-florestais, mas não teve efeito sobre ambos os grupos florestais. Dessa forma, no que se refere a conservação de aves, tal manejo deve ser preferível à agricultura intensiva, corroborando a hipótese do trabalho.

5.9. Referências

Altieri, M.A. 1999. The ecological role of biodiversity in agroecosystems. Agric Ecosyst Environ 74(1-3), 19–31.

Altieri, M.A. 2002. Agroecology: the science of natural resource management for poor farmers in marginal environments. Agric. Ecosyst. Environ. 93(1-3), 1–24.

Andrade, R.D., Marini, M.Â. 2001 Bird movement between natural forest patches in southeast Brazil, in: Albuquerque, J.L.B., Cândido, Jr, J.F., Straube, F. C., Roos A.L. (Eds) Ornitologia e Conservação: da ciência às estratégias. Ed. Unisul, Tubarão.

Angelsen, A., Kaimowitz, D. 2001. Agricultural technologies and tropical deforestation. CABI, Walingford.

Antongiovanni, M., Metzger, J.P. 2005. Influence of matrix habitats on the occurrence of insectivorous bird species in Amazonian forest fragments. Biol. Conserv. 122(3), 441–451.

Azevedo, C.S., Ferraz, J.B., Tinoco, H.P., Young R., Rodrigues, M. 2010. Time– activity budget of greater rheas (Rhea americana, Aves) on a human-disturbed area: the role of habitat, time of the day, season and group size. Acta. Ethol. 1–9. Balmford, A., Green, R., Scharlemann, J. 2005. Sparing land for nature: exploring the

potential impact of changes in agricultural yield on the area needed for crop production. Glob. Chang. Biol. 11(10), 1594–1605.

Beddington, J.R., Free, C.A., Lawton, J.H. 1978. Characteristics of successful natural enemies in models of biological control of insect pests. Nat. 273(5663), 513. Begon, M., Harper, J.L., Townsend, C.R. 1996. Ecology: individuals, populations, and

communities. Wiley-Blackwell, Maden.

Beissinger, S.R., & Westphal, M.I. 1998. On the use of demographic models of population viability in endangered species management. Journal Wildl. Manag. 821–841.

Belfrage, K., Björklund, J., Salomonsson, L. 2005. The effects of farm size and organic farming on diversity of birds, pollinators, and plants in a Swedish landscape. Ambio. 582–588.

Bélisle, M., Desrochers, A., Fortin, M.J. 2001. Influence of forest cover on the movements of forest birds: a homing experiment. Ecol. 82(7), 1893–1904.

Benton, T.G., Vickery, J.A., Wilson, J.D. 2003. Farmland biodiversity: is habitat heterogeneity the key? Trends Ecol Evol. 18(4), 182–188..

Benton, T.G. 2007. Managing farming"s footprint on biodiversity. Science, 315(5810), 341.

Boscolo, D., Candia-Gallardo, C., Awade, M., Metzger, J.P. 2008. Importance of interhabitat gaps and stepping-stones for Lesser woodcreepers (Xiphorhynchus fuscus) in the Atlantic Forest, Brazil. Biotrop. 40(3), 273–276.

Borges Filho, H.C., Felfili, J.M. 2003. Avaliação dos níveis de extrativismo da casca de barbatimão [Stryphnodendron adstringens (Mart.) Coville] no Distrito Federal, Brasil. Revist. Árvore. 5, 27, 735–745.

Bowman, G.B., Harris, L.D. 1980. Effect of spatial heterogeneity on ground-nest depredation. J. Wildl. Manag. 44(4), 806–813.

Brannstrom, C., Jepson, W., Filippi, A. M., Redo, D., Xu, Z., Ganesh, S. 2008. Land change in the Brazilian Savanna (Cerrado), 1986-2002: comparative analysis and implications for land-use policy. Land Use Pol. 25(4), 579–595.

Bredeweg, B., Linnebank, F., Bouwer, A., Liem, J. 2009. Garp3–Workbench for qualitative modelling and simulation. Ecol Info. 4(5-6), 263–281.

Brooks, T.M., Pimm, S.L., & Oyugi, J.O. 1999. Time lag between deforestation and bird extinction in tropical forest fragments. Conserv. Biol. 13(5), 1140–1150. Brickle, N.W., Harper, D.G.C., Aebischer, N.J., Cockayne, S.H. 2000. Effects of

agricultural intensification on the breeding success of corn buntings Miliaria calandra. J. Appl. Ecol. 37(5), 742–755.

Brumbach, R., Flynn, P. 1980. Agribusiness in the Americas. Monthly Review Press, New York.

Busby, D.G., Pearce, P.A., Garrity, N.R., Reynolds, L.M. 1983. Effect on an organophosphorus insecticide on brain cholinesterase activity in White-Throated Sparrows exposed to aerial forest spraying. J. Appl. Ecol. 20(1), 255–263.

Bustamante, P.G., Correia, J.R., Lima, I.L.P., Cavechia, L.A. 2009. Recursos genéticos utilizados para a alimentação pelas famílias dos agricultores da comunidade Água

Boa 2, no município Rio Pardo de Minas.

(http://www.cnpat.embrapa.br/sbsp/anais/Trab_Format_PDF/108.pdf assessed at 19/01/2010.).

Butler, S. J., Vickery, J. A., & Norris, K. 2007. Farmland biodiversity and the footprint of agriculture. Sci. 315(5810), 381

Carson, R., 1962. Silent spring. Houghton Mifflin

Castellon, T.D., Sieving, K.E., 2006. An experimental test of matrix permeability and corridor use by an endemic understory bird. Conserv. Biol. 20(1), 135–145.

Carvalho, A., Marini, M.Â. 2007. Distribution patterns of diurnal raptors in open and forested habitats in south-eastern Brazil and the effects of urbanization. Bird Conserv. Internat. 17(04), 367–380.

Cavalcanti, R.B., Alves, M.A.S. 1997. Effects of fire on savanna birds in Central Brazil. Ornit. Neot. 8(1), 85–87.

Chamberlain, D. E., Fuller, R. J., Bunce, R. G. H., Duckworth, J. C., Shrubb, M. 2000. Changes in the abundance of farmland birds in relation to the timing of agricultural intensification in England and Wales. J. Appl. Ecol. 37(5), 771–788. Cooper, R.J., Dodge, K.M., Martinat, P.J., Donahoe, S.B., Whitmore, R.C. 1990. Effect

of diflubenzuron application on eastern deciduous forest birds. J. Wildl. Manag. 54(3), 486–493.

Desrochers, A., Hannon, S.J. 1997. Gap crossing decisions by forest songbirds during the post-fledging period. Conserv. Biol. 11(5), 1204–1210.

Diniz-Filho, J.A.F., Oliveira, G., Lobo, F., Ferreira, L.G., Bini, L.M., Rangel, T.F. 2009. Agriculture, habitat loss and spatial patterns of human occupation in a biodiversity hotspot. Sci. Agricola. 66(6), 764–771.

Donald, P.F., Evans, A.D. 2006. Habitat connectivity and matrix restoration: the wider implications of agri-environment schemes. J. Appl. Ecol. 43(2), 209–218.

Donald, P.F., Green, R.E., Heath, M.F. 2001. Agricultural intensification and the collapse of Europe"s farmland bird populations. Proc. Royal Soc. Lond. Ser. B: Biol. Sci. 268(1462), 25.

Eiten, G. 1972. The cerrado vegetation of Brazil. Bot. Rev. 38(2), 201–341.

Falkenhainer, B., Forbus, K.D. 1991. Compositional modeling: finding the right model for the job. Artif. Intell. 51(1-3), 95–143.

Faria, C., Rodrigues, M. 2009. Birds and army ants in a fragment of the Atlantic Forest of Brazil. J. Field Ornithol. 80(4), 328–335.

Faria, D., Laps, R.R., Baumgarten, J., Cetra, M. 2006. Bat and bird assemblages from forests and shade cacao plantations in two contrasting landscapes in the Atlantic Forest of southern Bahia, Brazil. Biodivers. Conserv. 15(2), 587–612.

Fischer, J., Brosi, B., Daily, G.C., Ehrlich, P.R., Goldman, R., Goldstein, J., Lindenmayer, D.B., Maning, A.D., Mooney, A.H., Pejchar, L., Ranganathan, J., Tallis, H. 2008. Should agricultural policies encourage land sparing or wildlife- friendly farming? Front. Ecol. Environ. 6(7), 380–385.

Freitas, G.H.S. 2011. História natural de dois furnarídeos (Aves: Furnariidae) endêmicos dos campos rupestres da porção meridional da Cadeia do Espinhaço, Minas Gerais. Universidade de Minas Gerais, Belo Horizonte.

Fuller, R.J., Gregory, R.D., Gibbons, D.W., Marchant, J.H., Wilson, J.D., Baillie, S.R., Carter, N. 1995. Population declines and range contractions among lowland farmland birds in Britain. Conserv. Biol. 9(6), 1425–1441.

Galetti, M. 2001. Indians within conservation units: Lessons from the Atlantic forest. Conserv. Biol. 15(3), 798–799.

Gilinsky, E. 1984. The role of fish predation and spatial heterogeneity in determining benthic community structure. Ecol. 65(2), 455–468.

Goulart, F. F., Vandermeer, J., Perfecto, I., Matta-Machado, R. (2009). Análise agroecológica de dois paradigmas modernos. Rev. Bras. Agroecol. 4(3). 76-85 Goulart, F., Vandermeer, J., Perfecto, I., Matta-Machado, R. 2011. Frugivory by five

bird species in agroforestry home-gardens. Agroforest. Syst. 82:239-246 DOI 10.1007/s10457-011-9398-z

Green, R.E., Cornell, S. J., Scharlemann, J.P.W., Balmford, A. 2005. Farming and the fate of wild nature. Sci. 307(5709), 550.

Greenberg, R., Bichier, P., Angon, A.C., Reitsma, R., 1997. Bird populations in shade and sun coffee plantations in central Guatemala. Conserv. Biol. 11(2), 448–459. Gustafson, E.J., Gardner, R.H., 1996. The effect of landscape heterogeneity on the

probability of patch colonization. Ecol. 77(1), 94–107.

Hansbauer, M.M., Storch, I., Knauer, F., Pilz, S., Kuchenhoff, H., Végvári, Z., Pimentel, R.G., Metzger, J.P. 2010. Landscape perception by forest understory birds in the Atlantic Rainforest: black-and-white versus shades of grey. Landsc. Ecol. 25(3), 407–417.

Harris, R.J., Reed, J.M. 2002. Behavioral barriers to non-migratory movements of birds. Annales Zoologici Fennici (Vol. 39, p 275–290).

Harrison, S. 1991. Local extinction in a metapopulation context: an empirical evaluation. Biol. J. Linnean Soc. 42(1-2), 73–88

IBGE 1998 Censo agropecuário 1991-1996: Goiás, número 25. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, Rio de Janeiro.

Klink, C.A., Machado, R.B. 2005. Conservation of the Brazilian cerrado. Conserv. Biol. 19(3), 707–713.

Lara, D.X., Fiedler, N.C., Medeiros, M.B. 2010. Uso do fogo em propriedades rurais do cerrado em Cavalcante, GO. Ciênc. Florest. 17(1).

Le Bourlegat, C.A., Costa, R.B. 2003. A fragmentação da vegetação natural e o paradigma do desenvolvimento rural. in: Consta, R.,B., (Ed), Fragmentação florestal e alternativas de desenvolvimento rural na região centro-oeste. Universidade Católica Dom Bosco, Campo Grande.

Levins, R. 1966. The strategy of model building in population biology. Am. Sci. 54(4), 421–431.

Lima, S.L. 2009. Predators and the breeding bird: behavioral and reproductive flexibility under the risk of predation. Biol. Rev. 84(3), 485–513.

Lima, S.L., Valone, T.J. 1991. Predators and avian community organization: an experiment in a semi-desert grassland. Oecol. 86(1), 105–112.

Loibooki, M., Hofer, H., Campbell, K.L.I., East, M.L. 2002. Bushmeat hunting by communities adjacent to the Serengeti National Park, Tanzania: the importance of livestock ownership and alternative sources of protein and income. Environ. Conserv. 29(03), 391–398.

MacArthur, R.H., MacArthur, J.W. 1961. On bird species diversity. Ecol. 42(3), 594– 598.

Machado, R.B. 2000. A fragmentação do Cerrado e efeitos sobre a avifauna na região de Brasília-DF (Tese). Universidade de Brasília, Brasília

Martin, T.E. 1988. Habitat and area effects on forest bird assemblages: is nest predation an influence? Ecol. 69(1), 74–84.

Marini, M.Â. 2001. Effects of forest fragmentation on birds of the cerrado region, Brazil. Bird Conserv. Internat. 11(01), 13–25.

Marini, M.Â. 2010. Bird movement in a fragmented Atlantic Forest landscape. Stud. Neotrop. Fauna Environ. 45(1), 1–10.

Maldonado-Coelho, M., Marini, M.Â. 2004. Mixed-species bird flocks from Brazilian Atlantic forest: the effects of forest fragmentation and seasonality on their size, richness and stability. Biol Conserv. 116(1), 19–26.

Marsden, S.J., Symes, C.T., Mack, A.L. 2006. The response of a New Guinean avifauna to conversion of forest to small-scale agriculture. Ibis. 148(4), 629–640.

Neely, C., Hatfield, R. Livestock systems. in: Farming with nature: The science and principles of ecoagriculture Scherr, S., McNeely, J. (Ed) Island Press, Washington.

Mellink, E., Riojas-López, M.E., Luévano-Esparza, J. 2009. Organchlorine content and shell thickness in brown booby (Sula leucogaster) eggs in the Gulf of California and the southern Pacific coast of Mexico. Environ. Pollut. 157(7), 2184–2188. Myers, N., Mittermeier, R.A. Mittermeier, C.G., da Fonseca, G.A.B., Kent, J., 2000.

Biodiversity hotspots for conservation priorities. Nat. 403(6772), 853–858.

Ormerod, S.J., Watkinson, A.R. 2000. Editors" introduction: birds and agriculture. J. Appl. Ecol. 37(5), 699–705.

Oliveira, W. 2009. Ecologia Populacional e extrativismo de frutos de Caryocar brasiliensis. (Dissertação) Universidade de Brasília, Brasília.

Paine, R.T. 1969. A note on trophic complexity and community stability. Am. Nat. 103(929), 91–93.

Peres, C.A. 2001. Synergistic effects of subsistence hunting and habitat fragmentation on Amazonian forest vertebrates. Conserv. Biol. 15(6), 1490–1505.

Peres, C.A., Baider, C., Zuidema, P.A., Wadt, L.H.O., Kainer, K.A., Gomes-Silva, D.A.P., Salomão, R. P., Simões, L.L., Franciosi, E.R.N., Valverde, F.C., Gribel, R., Shepard Jr, G., Kanashiro, M., Coventry, P., Yu, D. Watinkson, A., Freckleton, R.P. 2003. Demographic threats to the sustainability of Brazil nut exploitation. Sci. 302(5653), 2112.

Perfecto, I., Rice, R.A., Greenberg, R., Van der Voort, M.E. 1996. Shade coffee: a disappearing refuge for biodiversity. BioSci. 46(8), 598–608.

Perfecto, I. & Vandermeer, J. 2008. Biodiversity conservation in tropical agroecosystems. Ann. NY. Acad. Sci., 1134(1), 173–200.

Perfecto, I. & Vandermeer, J. 2010. The agroecological matrix as alternative to the land- sparing/agriculture intensification model. Proc. Nat Acad Sci. 107(13), 5786. Pianka, E.R. 1966. Convexity, desert lizards, and spatial heterogeneity. Ecol. 47(6),

1055–1059.

Ratcliffe, D.A. 1970. Changes attributable to pesticides in egg breakage frequency and eggshell thickness in some British birds. J. Appl. Ecol. 7(1), 67–115.

Revilla, E., Wiegand, T., Palomares, F., Ferreras, Delibes, M. 2004. Effects of matrix heterogeneity on animal dispersal: from individual behavior to metapopulation- level parameters. Am. Nat. 164(5):130-153.

Robertson, O.J., & Radford, J.Q. 2009. Gap-crossing decisions of forest birds in a fragmented landscape. Austral Ecol. 34(4), 435–446.

Rodrigues, V.E. & Carvalho, D.A. 2001. Levantamento etnobotânico de plantas medicinais no domínio do cerrado na regi\ ao do Alto Rio Grande-Minas Gerais. Cienc agrotec, 25, 102–123.

Roth, R.R. 1976. Spatial heterogeneity and bird species diversity. Ecol. 57(4), 773–782. Salles, P., Bredeweg, B. 2006. Modelling population and community dynamics with

qualitative reasoning. Ecol. Model. 195(1-2), 114–128.

Salles, P., Bredeweg, B., Araújo, S. 2006. Qualitative models about stream ecosystem recovery: Exploratory studies. Ecol. Model. 194(1-3), 80–89.

Savadogo, P., Sawadogo, L., Tiveau, D. 2007. Effects of grazing intensity and prescribed fire on soil physical and hydrological properties and pasture yield in the savanna woodlands of Burkina Faso. Agric. Ecosyst. Environ. 118(1-4), 80– 92.

Savory A. 1999 Holistic Management: A new framework for decision making. Island Press, Washigton DC

Sekercioglu, C.H. 2006. Increasing awareness of avian ecological function. Trends Ecol. Evol. 21(8), 464–471.

Sendoda, A.M. 2009. Efeito do manejo de fogo sobre comunidades de aves em campos sujos no Parque Nacional das Emas, GO/MS, Cerrado central. (Dissertação)

Universidade de São Paulo, São Paulo.

Shiva, V., Jafri, A.H., Shiva, V., Bedi, G. 2002. Seeds of suicide: the ecological and human costs of globalization of agriculture. Sage Publications India Pvt Ltd, Dali. Sick, H. 1997. Ornitologia brasileira Ornitologia brasileira Ornitologia brasileira. Nova

Fronteira, Rio de Janeiro.

Silva, A.K., Egito, M. 2005. Rede de Comercialização Solidária de Agricultores Familiares e Extrativistas do Cerrado: um novo protagonismo social. Rev. Agric. 2, 14–16.

Silva, J.M.C. 1995. Birds of the cerrado region, South America. Steenstrupia. 21(1), 69–92.

Silva, J.M.C., Tabarelli, M. 2000. Tree species impoverishment and the future flora of the Atlantic forest of northeast Brazil. Nat. 404(6773), 72–74.

Silva, J.M.C., Bates, J.M. 2002. Biogeographic patterns and conservation in the South American Cerrado: a tropical savanna hotspot. BioSci. 52(3), 225–234.

Stotz, D.F. 1996. Neotropical birds: ecology and conservation. University of Chicago Press.

Stouffer, P.C., Bierregaard Jr, R.O. 1995. Use of Amazonian forest fragments by understory insectivorous birds. Ecol. 76(8), 2429–2445.

Stratford, J. A., & Stouffer, P.C. 1999. Local extinctions of terrestrial insectivorous birds in a fragmented landscape near Manaus, Brazil. Conserv. Biol., 13(6), 1416–1423.

Tscharntke, T., Sekercioglu, C.H., Dietsch, T.V., Sodhi, N.S., Hoehn, P., Tylianakis, J.M. 2008. Landscape constraints on functional diversity of birds and insects in tropical agroecosystems. Ecol. 89(4), 944–951.

Tubelis, D. P., Cowling, A., & Donnelly, C. 2004. Landscape supplementation in adjacent savannas and its implications for the design of corridors for forest birds in the central Cerrado, Brazil. Biol. Conserv. 118(3), 353–364.

Uezu, A., Beyer, D.D., Metzger, J.P. 2008. Can agroforest woodlots work as stepping stones for birds in the Atlantic forest region? Biodiv. Conserv. 17(8), 1907–1922. Vandermeer, J., Carvajal, R. 2001. Metapopulation dynamics and the quality of the

matrix. Am. Nat. 158(3), 211.

Vila Verde, G.M., Paula, J.R., Caneiro, D.M. 2003. Levantamento etnobotânico das plantas medicinais do cerrado utilizadas pela populaçâo de Mossâmedes (GO). Rev. Bras. Farmacognosia, 13, 64–66.

Weld, D. & de Kleer, J. (eds.) 1990. Readings in qualitative reasoning about physical systems. San Mateo, CA: Morgan Kaufmann.

Weibull, A.C., Östman, Ö., Granqvist, A.A. 2003. Species richness in agroecosystems: the effect of landscape, habitat and farm management. Biodiv. Conserv. 12(7), 1335–1355.

Whittingham, M.J., Evans, K.L. 2004. The effects of habitat structure on predation risk of birds in agricultural landscapes. Ibis. 146, 210–220.

Wilkie, D.S., Carpenter, J.F. 1999. Bushmeat hunting in the Congo Basin: an assessment of impacts and options for mitigation. Biodiv. Conserv. 8(7), 927–955.

5.10. Apêndice: Entidades e agentes, variáveis, descrição das variáveis e espaços

quantitativos associados a mesma.

Variáveis Espaços quantitativos Descrição das variáveis

Fogo anual Máximo, Grande,

Médio, Pequeno e Zero Intensidade com que a Matriz de cerrado é queimada. Zero significa que nenhuma parte da matriz é queimada e Máximo significa que toda da matriz é queimada anualmente.

Pecuária intensiva Máximo, Grande,

Médio, Pequeno e Zero Taxa de pastoreio, sendo que Máximo é a capacidade de suporte e Zero é a ausência de gado.

Manutenção etnoecológica

Grande, Médio e Pequeno

Aqui é utilizada a definição de etnoecologia de Toledo (1992) que é a associação do córpus (repertório de símbolos e conceitos sobre a natureza) e práxis (conjunto de ações que envolve a apropriação da natureza).

Recursos financeiros Máximo, Positive e

Zero Input econômico.

Taxa de investimento financeiro

Zero e Positivo Taxa com que os investimentos financeiros são dedicados à intensificação agrícola

Recursos alimentares Máximo, Grande,

Médio, Pequeno e Zero Quantidade relativa de frutos, invertebrados, invertebrado e carcaças disponíveis para as aves na Matriz de cerrado.

Riqueza de generalistas florestais

Muito alto, Alto, Médio, Baixo e Muito baixo

Número de espécies de generalistas florestais.

Fitness e sobrevivência de generalistas florestais

Grande, Médio e Pequeno

Associação da sobrevivência e sucesso reprodutivo adulto/juvenil das populações de generalistas florestais.

Taxa de variação de

espécies generalistas

florestais

Negativo, Zero e

Positivo Direção da mudança de riqueza de generalistas florestais.

Riqueza de especialistas

florestais Muito Médio, Baixo e Muito alto, Alto, baixo

Número de espécies de aves generalistas florestais.

Taxa de variação de sps especialistas florestais

Negativo, Zero e

Positivo Direção da mudança de sps especialistas florestais.

Sobrevivência e fitness

de especialistas

florestais

Grande, Médio e

Pequeno Associação reprodutivo adulto/juvenil das populações de da sobrevivência e sucesso especialistas florestais.

Heterogeneidade

horizontal Máximo, Médio, Pequeno e Zero Grande, Medida da diversidade entre cultivos, ou seja, a riqueza de manchas de cultivo.

Taxa de intensificação Positivo e Zero Taxa com que práticas agrícolas são adicionadas

ou subtraídas do sistema.

Irrigação Máximo, Grande,

Taxa de cons. conhecimento tradicional Negativo, Zero e Positivo Tendência de manutenção/construção do conhecimento e experiências referentes ao manejo tradicional. Descreve a direção com que

Manutenção etnoecológica varia ao longo do

tempo. A abreviação "cons" se refere a conservação e/ou construção de forma a não considerar as sociedades tradicionais como museus vivos (Perfecto et al., 2009).

Mecanização Máximo, Grande,

Médio, Pequeno e Zero

Grau relativo com que maquinários agrícolas são utilizados na Matriz de cerrado.

Taxa de migração Positivo e Zero Taxa com que propágulos são emitidos do Agente

Migração

Manejo monocultural Máximo, Grande,

Médio, Pequeno e Zero

Grau com que a Matriz de cerrado é convertida em monocultivos. Máximo significa que toda a

Matriz de cerrado foi convertida em um único monocultivo.

Abundância de sítios de

nidificação Grande, Pequeno Médio e Potencial da Matriz de cerrado em prover sítios de nidificação apropriado para espécies não-florestais e florestais generalistas.

Riqueza de aves não florestais

Muito alto, Alto, Médio, Baixo e Muito baixo

Número de espécies não-florestais.

Taxa de variação de sps não florestais

Negativo, Zero e

Positivo Direção de mudança de especialistas florestais.

Sobrevivência e fitness

de sps não florestais Grande, Pequeno Médio e Associação sobrevivência dos adultos e juvenis das do sucesso reprodutivo e populações não florestais.

Quantidade de

propágulos

Pequeno, Médio, Grande

Quantidade relativa de indivíduos de aves florestais que emigram dos Fragmentos florestais vizinhos e que chegam com sucesso no Fragmento florestal alvo.

Permeabilidade às sps florestais

Máximo, Grande, Médio, Pequeno e Zero

Definida em termos de características biológicas e físicas que facilitam ou impedem o fluxo de propágulos através da matriz (Vandermeer et al., 2008).

Agrotóxicos Máximo, Grande,

Médio, Pequeno e Zero

Quantidade relativa de pesticidas que a Matriz de

cerrado é sujeita.

Extrativismo vegetal Máximo, Grande,

Médio, Pequeno e Zero Grau relativo com que vegetais não-cultivaveis são coletados.

Risco de predação Máximo, Muito alto,

Alto, Médio, Baixo

Risco percebido e real das aves/ninhos serem predados na Matriz de cerrado.

Agricultura de

subsistência Máximo, Médio, Pequeno e Zero Grande, Grau com que a Matriz de cerrado é sujeita a agricultura de subsistência.

Caça de subsistência Máximo, Grande,

Médio, Pequeno e Zero

Pressão de caça sobre populações de aves florestais e não-florestais.

tradicional adicionadas ou subtraídas da Matriz de cerrado

Complexidade da

vegetação Máximo, Médio, Pequeno e Zero Grande, Camadas de vegetação que variam de acordo com heterogeneidade de habitat no nível local. Tal variável pode ser medida com índices que contabilizam com a variação vertical e horizontal da vegetação (e.g. Roth 1976, Mas & Dietsch, 2003)

Corpos d"água Grande, Médio e

Pequeno

Quantidade relativa de água nos corpos d´água (alagados e riachos) no fragmento florestal alvo.

6. CONSIDERAÇÕES FINAIS

Historicamente, a biologia da conservação e a ecologia tem subestimado o papel da matriz de paisagem para populações que habitam manchas de habitat. Apesar disso, uma grande quantidade de estudos vem ressaltando o fato de que a matriz realmente

Documentos relacionados