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PRÉ-LEITURA / EDUCAÇÃO LITERÁRIA

No documento Soluções Livro Para Textos (páginas 33-38)

Leitura expressiva do poema disponível na Faixa 8 do CD áudio que acompanha o manual. 1.1. O “português” evocado ao longo do poema é Luís de Camões.

Sugestão de tópicos a abordar:

− Tópicos referentes à biografia de Luís Vaz de Camões evocados no poema:

• Dados biográficos: embarcou para Ceu ta, cumprindo serviço militar e aí perdeu um olho (vv. 8-15); escreveu Os Lusíadas (vv. 16-27); • Dados lendários: ao naufragar, salvou Os Lusíadas a nado (vv. 32-39).

− Tópicos referentes à opinião de Ca mões sobre Portugal: rege-se pelo amor à pátria e à nação; autodefine-se como “Português/de Portugal” (vv. 64-65); encara o povo português de forma nacional e coletiva, como “gente/de um só pensar” (vv. 82-83); a sua obra reflete essa gente e essa pátria (vv. 104-107).

1.2. Sugestão:

A atividade de leitura poderá ser complementada com uma atividade de recitação e/ou dramatização do poema.

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Nota: Mais informações sobre a vida e a obra de Jorge de Sena em http://www.letras.ufrj.br/lerjorgedesena/port/ (consult. em 05-12-2012).

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EDUCAÇÃO LITERÁRIA / LEITURA

1.1. O título é muito relevante para a compreensão do poema, na medida em que apresenta o sujeito poético e os seus destinatários – Luís de Camões e os seus contemporâneos. 1.2. No título recorre-se à terceira pessoa do singular (“dirige-se”) para se apresentar o sujeito poético do poema; ao longo do texto, colocando-se, ficcionalmente, no papel de Camões, o sujeito poético ex pressa os seus sentimentos na primeira pessoa (“Podereis roubar-me tudo”, v. 1), recorrendo constantemente à segunda pessoa do plural (“Podereis”, v. 1, “sa beis,” v. 16, “pilhais”, v. 17) para interpelar o destinatário apresentado no título do poema.

2. a. vv. 1-8; b. Constatação da possibilidade de usurpação das palavras, ideias e estilo por outros escritores; c. vv. 9-11; d. vv. 12 a 25; e. Previsão de consequências futuras para os usurpadores (o es quecimento, ao contrário de Camões, que será por todos louvado).

3. a. Através da enumeração e da gradação, identifica-se, por ordem de importância, a diversidade e a quantidade de motivos pelos quais a escrita camoniana ficou conhecida.; b. A enumeração, a gradação e o assíndeto realçam o não reconhecimento de que Camões poderá ser alvo – desde a não citação/esquecimento à valorização dos usurpadores.; c. Nestes versos salienta-se a repetição do pronome indefinido “tudo” (que sintetiza os motivos que tornaram a escrita camoniana célebre) e do pronome/determinante posses- sivo “meu”, que sugere a autenticidade/originalidade da sua obra; para além disso, o advérbio “laboriosamente” é usado ironicamente, já que não há “labor” no ato de pilhar; finalmente o verbo pilhar é metafórico, tendo o sentido de copiar/plagiar.

4.1. Resposta pessoal. Sugestão de resposta:

A obra de Camões influenciou profundamente a nossa cultura, como poeta (na medida em que foi um renovador da língua portuguesa, tornando-se um modelo a seguir ao nível da literatura) e como patriota (sendo um símbolo da nacionalidade e da identidade portuguesa, como se pode comprovar pela comemoração do feriado do dia 10 de junho, Dia de Portugal, de Camões e das Comunidades Portuguesas). Assim, podemos concluir que este poeta é uma referência na língua, na literatura e na cultura nacionais. GRAMÁTICA

1. a. Verbo poder, na segunda pessoa do plural do futuro simples do indicativo. b. Verbo saber, na terceira pessoa do plural do futuro simples do conjuntivo. c. Verbo fingir, na segunda pessoa do plural do presente do indicativo. d. Verbo fazer, na segunda pessoal do plural do condicional composto.

1.1. a. Tereis podido; b. tiverem sabido; d. faríeis.

2. a. Tudo me poderá ser roubado por vós.; b. E depois eu poderei não ser citado por vós, ser suprimido [por vós], ser ignorado [por vós]. TRABALHO DE PESQUISA / ESCRITA

1.1. Resposta pessoal.

Sugestão de resposta:

Almada Negreiros (1893-1970) foi pintor, desenhador, vitralista, poeta, ro man cista, ensaísta, crítico de arte, conferencista e dramaturgo. Tendo sido um impulsionador do Futu- rismo em Portugal, participou ativamente na sociedade, através de uma escrita interventiva. Algumas das suas obras mais conhecidas são Manifesto Anti-Dantas (publicado na revista Orpheu), Ultimatum Futurista às Gerações Portuguesas do Século XX e Cena do Ódio.

Materiais de apoio ao profesor

Grelha de avaliação da escrita disponível no CD de Recursos.

Pág. 196 PRÉ-LEITURA 1.1. a., c., e., f.

Leitura expressiva do texto disponível na Faixa 9 do CD Áudio que acompanha o manual.

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EDUCAÇÃO LITERÁRIA / LEITURA

1.1. a. 1 e 2; b. O sujeito poético dirige-se ao sino, descrevendo as suas badaladas tristes.; c. 3 e 4. 2.1. b.; 2.2. c.; 2.3. a.; 2.4. c.

3. a. Neste verso o sujeito poético, através da apóstrofe, interpela o sino, conferindo-lhe o estatuto de confidente.; b. O sujeito poético personifica o sino, caracterizando-o como triste – e sugerindo, assim, a sua própria tristeza.; c. Recorrendo à comparação (som do sino/sonho), o sujeito poético associa o carácter irreal do som do sino ao passado longín- quo.; d. Nestes versos estão presentes a anáfora e a antítese. Com o recurso à anáfora, o sujeito poético reforça o efeito que o sino tem sobre si; com a antítese, enfatiza a ideia de que o passado está cada vez mais “longe” e, por consequência, a saudade desse passado está cada vez mais “perto”.

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Poema “O menino de sua mãe”, de Fernando Pessoa, lido por Luís Gaspar, e respetiva transcrição disponíveis no CD de Recursos.

Págs. 198-199 PRÉ-LEITURA 1.1. Resposta pessoal. EDUCAÇÃO LITERÁRIA / LEITURA

1.1. O sujeito poético está inquieto porque não se sente bem seja só, seja acompanhado: quando está só, deseja ter companhia; quando está com os outros, deseja estar só. 1.2. O sujeito poético conclui que deseja sempre estar numa outra situação, diferente daquela em que efetivamente se encontra; tal conclusão é introduzida pelo conector “Enfim”.

2. “Ser feliz é ser aquele./E aquele não é feliz.” O poeta considera que para ser feliz tem de deixar de ser ele próprio (“eu”) para passar a ser outra pessoa (“aquele”); no entanto, mesmo sendo outra pessoa, também não é feliz.

2.1. O recurso expressivo é o paradoxo.

2.2. O sujeito poético não consegue ultrapassar o seu “eu”, ao demonstrar que sabe que o outro não pensa da maneira desejada, que possui pensamento e vontade autónomos – o que acabará por não o satisfazer.

3.1. b.

3.2. a. 1.ª pessoa do singular (“estou”, “quero”); b. Generalização; c. 1.ª pessoa do singular (“eu”, “quis”); d. 3.ª pessoa do presente do indicativo ou do futuro do conjuntivo com valor genérico (“faz”, “quer“, “é”, “falha”, “fizer”, “Fica”).

3.2.1. O sujeito poético, ao tomar cons ciê ncia da sua situação, sente-se insatisfeito e infeliz. ORALIDADE

Materiais áudio e vídeo

Canção “Estou além”, de António Variações, disponível no CD de Recursos.

1. O poema de Fernando Pessoa mostra-nos um sujeito poético em contradição consigo próprio. A canção de António Variações aborda o mesmo tema. A insatisfação é uma característica própria do ser humano e, por isso, vemo-la explorada em textos de autores diferentes – isto porque ambos se sentem insatisfeitos com as condições que vivem num determinado momento, ambicionando algo diferente, mas tendo consciência de que não ficariam satisfeitos se atingissem o que ambicionam.

2.1. Resposta pessoal.

Sugestão de resposta: Este sentimento de descontentamento constante traduz-se, no ser hu mano, em angústia e desalento, o que é claramente negativo. Porém, esta insatisfação também poderá, positivamente, ser o motor de mudanças e avanços que fogem ao conformismo e acomodamento relativamente ao já co nhe cido.

Materiais áudio e vídeo

Pág. 200

Combinações de rima

Seguimos a perspetiva de Cel so Cunha e Lindley Cintra, Nova Gramática de Português Contemporâneo (uma das gramáticas de re ferência preconizadas pelos no

vos Progra- mas de Português do Ensino Básico).

Relativamente à rima interpolada, ao contrário do estabelecido por aqueles autores (que consideram a existência de rima interpolada quando o primeiro verso rima com o quarto e o segundo, com o terceiro, segundo o esquema ABBA), costuma também aceitar-se como interpolado o esquema ABCA.

Pág. 201 EXERCíCIO

1. Este soneto reproduz as regras formais do modelo italiano, sendo composto por catorze versos de cas silábicos (In|ci|tam| no|ssos| ós|cu|los| ar|den(tes)!), distribuídos em duas quadras e dois tercetos, com o esquema rimático ABBA ABBA CDC DCD (rima interpolada e emparelhada nas quadras e cruzada nos tercetos).

Materiais áudio e vídeo

“O soneto”, pequena antologia selecionada e lida por Luís Gaspar, e respetiva transcrição disponíveis no CD de Recursos. Pág. 202

PRÉ-LEITURA

Materiais áudio e vídeo

Poema “E tudo era possível”, declamado por Elisabete Caramelo, disponível no CD de Recursos.Biografia e poesia de Ruy Belo, ditas por Luís Gaspar, e respetiva transcrição disponíveis no CD de Recursos. 1.1. c.

Pág. 203

EDUCAÇÃO LITERÁRIA / LEITURA

1.1. Na sua juventude, o sujeito poético tinha um conhecimento baseado na imaginação/não experienciado (“antes de ter saído/da casa de meus pais disposto a viajar”), gostava de ler (“eu conhecia já o rebentar do mar/das páginas dos livros que já tinha lido”) e era sonhador.

1.1.1. Quando era jovem, ainda que não tivesse tido oportunidade de contactar com novas realidades e de descobrir outros destinos e mundos, o sujeito poético já conhecia aquilo que os livros lhe mostravam. Através da leitura e da sua imaginação, conseguia ter uma visão abrangente do mundo.

1.2. A juventude foi uma época de ex trema importância para o sujeito poético, pois nesse tempo não havia limitações nem barreiras para a realização do que desejava e sonhava (vv. 9-10; v. 14).

2.1. Nessa “outra vida” havia um mundo de possibilidades, “era tudo florido”. O sujeito poético acreditava que, se quisesse, havia solução para tudo. A sua vida atual é carac- terizada pela saudade de um tempo que já passou, de um tem po de pureza em que, através dos sonhos, tudo era possível.

3. O sujeito poético pretende dizer que, quando se é criança, parece não haver limites para aquilo que se pode fazer. 4.1. Resposta pessoal.

Sugestão de resposta: A repetição da expressão “e tudo era possível” reforça a ideia de que, quando se é jovem/sonhador, tudo se pode realizar e não há entraves para aquilo que se considera impos sível.

5. O poema é constituído por duas quadras e dois tercetos. As rimas são interpoladas e emparelhadas, segundo o es quema rimático ABBA ABBA CCD EED. Os versos são dodecassilá- bicos: Na| mi|nha| ju|ven|tu|de an|tes| de| ter| sa|í (do).

5.1. Este texto é um soneto.

5.1.1. A última estrofe pode ser considerada “chave de ouro”, na medida em que apresenta um conteúdo bastante significativo, que contribui para a interpretação do poema: a infância é uma fase da vida poderosa, devido às capacidades de imaginação, sonho e simplificação da realidade.

GRAMÁTICA

1.1. Verso 3 – Eu já o conhecia/Eu co nhecia-o, já; Verso 7 – E era só ouvi-lo falar; Verso 12 – Só sei que o tinha. 1.1.1. a. 12; b. 3; c. 7.

2.1. O pronome precede a forma verbal porque a frase em que se insere tem um advérbio de negação (“não”). Pág. 204

PRÉ-LEITURA

Materiais áudio e vídeo

Declamação do poema “O recreio” por Mário Viegas disponível no CD de Re cursos. 1.1. Resposta pessoal.

Sugestão de resposta: Os sons monótonos do balouço e do vento, a par com a entoação e a declamação pausada de Mário Viegas, parecem sugerir uma sensação de calafrio, de arrepio e um sentimento de desconforto e até receio.

Pág. 205

EDUCAÇÃO LITERÁRIA / LEITURA 1.1. a.

1.2. c.

2.1. A atitude do menino pode ser considerada perigosa, uma vez que ele se encontra a baloiçar perto de um poço, num “balouço” em mau estado, cuja corda se encontra prestes a rebentar. Perante a possibilidade real de cair ao poço, a criança continua a baloiçar.

2.2. O sujeito poético reage de for ma displicente, quase indiferente (já notou que a corda estava “esgarçada”, mas isso não parece incomodá-lo) e até ironiza, ao dizer que se a criança morrer afogada, se acaba a “folia”.

3.1. B., D., C., A.

4.1. A expressividade do poema é realçada pelas reticências, pelo travessão (sinais de pontuação) e pelos parênteses curvos (sinais auxiliares de escrita).

4.1.1. As reticências marcam a suspensão do pensamento e da frase, criando um ritmo regular, que sugere a indiferença do sujeito poético (vv. 4, 6, 10, 12, 13, 15-18); os travessões introduzem comentários/reflexões subjetivos (vv. 5,11); os parênteses curvos marcam um aparte pa ra esclarecimento imediato (v. 8).

4.2. O poema é constituído por seis estrofes – três quadras e três dísticos intercalados. 4.2.1. c.

5.1. No título, a noção de recreio remete para um espaço que se associa a crianças e no qual estas brincam alegremente, sendo, portanto, um espaço conotado com a diversão e a alegria. No início do poema, a referência ao “balouço” e ao “menino de bibe” parece comprovar essa característica do espaço do recreio. No entanto, à medida que o poema se desenvolve, o conceito de recreio passa a estar associado a uma ideia de perigo, de possível morte e até da aceitação natural da mesma.

Pág. 206 PRÉ-LEITURA

1.1. A monotonia reside no monocromatismo do ambiente, do ruído da chuva a cair, sempre igual, no aborrecimento que um dia de chuva provoca. 1.2. Resposta pessoal.

Sugestões de tópicos de resposta: hábitos enraizados, um trabalho repetitivo, uma música/livro/filme/… pouco interessantes; uma voz monocórdica… Pág. 207

EDUCAÇÃO LITERÁRIA / LEITURA

Leitura expressiva do texto disponível na Faixa 10 do CD Áudio que acompanha o manual.

1. Trata-se do romance da sua vida.

1.1. Esse romance caracteriza-se como “monótono”, sendo as suas palavras “iguais”, “inalteráveis”, “semelhantes”. 1.2. O “viver” é marcado pelo “cansa ço” e pela “pobreza”.

1.3. “Andar como os dementes pelos can tos a repisar/o que já ninguém quer ouvir” (vv. 5-6).

2.1. Compõem a “matéria” da escrita o “desprecioso tempo à deriva” do sujeito poético, o seu queixar-se, castigar e lamentar, exercidos “sem qualquer esperança”, meramente “por desfastio”.

2.1.1. Essa matéria não é exclusiva do sujeito poético, pois trata-se de uma miséria “comum e conhecida”, logo ex tensiva aos outros, ao ser humano em geral. 3. “Monotonia. Arte, vida…” (v. 14).

4.1. A metáfora está presente em “Gume frio, acerado, tenaz, eloquente. / Sino de poucos tons, impressionante.“ (vv. 18-19) – nestes versos, a monotonia é associada ao “Gume” e ao “sino” (e às respetivas características). Ao ser associada ao “gume” de uma espada “frio, acerado, tenaz, eloquente”, a monotonia é comparada a algo que causa sofrimento, incómodo, perturbador. O mesmo carácter perturbador é sugerido pela metáfora do “sino” – já que este, embora de poucos tons, como convém à monotonia, é “impressio- nante”, marca, perturba.

4.2. Os recursos expressivos são a aliteração e a assonância de sons nasais (“interminamente repetir um/monóto no romance, o romance da minha vida”, vv. 1-2), a enumeração (“Queixar-me, castigar e lamentar”, v. 8), o assíndeto (“Começar, recomeçar, interminamente repetir”, v. 1), a repetição (“Monotonamente, monotonamente.”, v. 13) e a pontuação, nomeadamente as reticências, que marcam a suspensão do pensamento (vv. 3-4) e o ponto final a substituir a vírgula (v. 14). Esses recursos expressivos, pelo seu carácter repetitivo, marcam uma cadência melancólica, que transmite a ideia de monotonia expressa no poema.

5.1. Segundo o sujeito poético, a monotonia proporcionou-lhe “a arte da verdade”, a “pobreza” e “a constância”. Esses dons têm uma aceção positiva – sendo conotados com a autenticidade, a ausência de importância dada aos bens materiais e a perseverança/firmeza.

5.2. Resposta pessoal.

Sugestão de resposta:

Sendo a monotonia a instância a que o sujeito poético apela, não admira que este peça o desinteresse, a indiferença perante o que ocorre, perante todo o tipo de entusiasmos… 6. O poema “Monotonia” adapta-se ao título da obra Um dia e outro dia, pois remete para um quotidiano cinzento, mo nótono, habitual.

GRAMÁTICA

1. a. e b. Orações subordinadas substantivas relativas.

1.1. São substantivas pois têm uma função sintática tipicamente desempenhada por gru pos nominais – nomeadamente com ple mento direto (a.) e predicativo do sujeito (b.). ESCRITA

1.1. Resposta pessoal. Pág. 208

PRÉ-LEITURA

1.1. Na ilustração, um rapaz, absorvido pelo espaço natural que o rodeia, está a caminho da escola, de modo bastante despreocupado. Pág. 209

EDUCAÇÃO LITERÁRIA / LEITURA

1.1. A reflexão do sujeito poético é motivada pela lembrança do percurso feito diariamente em direção à escola, o Colégio Francês.

1.2. A ida para a escola parecia ser um momento desagradável para o sujeito poético – já que que aquilo que o esperava era um diretor antipático (“um sorriso […] cínico”) e severo (“a palmatória na gaveta da secretária”).

2. a. 5 e 6; b. 3 e 4; c. 9 e 10; d. 7 e 8; e. 1 e 2. OUTROS TEXTOS / ORALIDADE

1.1. Em ambos os textos está presente a revolta do sujeito poético contra o modelo de ensino que lhe foi ministrado: trata-se de um modelo opressor, que condiciona a liberdade (III – “musgo de voo/ asas de gaiola”; XIX – “(De pé, humilhado diante do quadro preto.)/Errei as contas no quadro.”, baseado em castigos físicos (III, “a palmatória na gaveta da secretária”), e na humilhação dos alunos (“(De pé, humilhado diante do quadro preto)”) – a escola é, em ambos os textos, encarada como um local de sofrimento (centrado na repreensão e na punição do erro) e de aprisionamento, em que não há lugar para a liberdade e o sonho.

No entanto, se no poema III se foca o sofrimento causado pela recordação do passado escolar, no poema XIX incide-se na oposição entre a escola e a liberdade/sonho (vv. 7-10).

Pág. 210 PRÉ-LEITURA

Materiais áudio e vídeo

Canção “Porque”, integrado no projeto “Negros de luz – Canções da Inquietação”, disponível no CD de Recursos.

1.2. O poema provoca a inquietação e o desconforto, pois foca a oposição entre a justiça e a injustiça, a verdade e a mentira, a corrupção e a honestidade. Pág. 211

EDUCAÇÃO LITERÁRIA / LEITURA

1.1. a. 1, 2-3, 5-6; b. 4; c. 7; d. 8; e. 11; f. 13.

1.2. A oposição é marcada pela conjunção adversativa “mas” e pelo advérbio de negação “não”.

Nota: A oposição é ainda marcada pela conjunção “e”, no verso 12, cujo valor, neste poema, é também de contraste (e não apenas de adição).

1.3. O comportamento dos “outros” re ge-se pela habilidade interesseira, que leva a comportamentos oportunistas e calculistas – perpetuando a injustiça so cial; o comporta- mento do destinatário do poema rege-se pela honestidade, pela coragem e pela capacidade de de nunciar a injustiça.

2.1. Os recursos expressivos são a metáfora, a anáfora e o paralelismo antitético. A anáfora e o paralelismo antitético (isto é, as construções frásicas paralelas/semelhantes – “Porque os outros […] mas tu não.”) está presente em todas as frases do poema, realçando a diferença do comportamento de duas entidades opostas – “os outros” e “tu”. Para além disso, os comportamentos são apresentados de forma metafórica: nos versos 5 e 6, por exemplo, o sujeito poético recorre à metáfora para caracterizar o comportamento dissimulado, baseado no culto da aparência (“caiados”; “calada”) dos “ou tros”, comportamento que tem origem na podridão moral (“onde germina calada a podridão”). Nota: Esta metáfora sugere, ainda, a preponderância da morte (“túmulos”; “podridão”).

3. b. Ao longo do poema, o sujeito poético pretende denunciar a injustiça dos “outros” e enaltecer o comportamento do seu destinatário que, movido por um comportamento coerente, luta pela justiça e pela verdade.

GRAMÁTICA

1.1. “Porque os outros se mascaram” – oração subordinada adverbial causal.

1.2. a. “mas tu não” (vv. 1, 4, 7, 10, 13); b. “E se vendem” (v. 8); “E tu vais de mãos dadas com os perigos.” (v. 11); c. “o que não tem perdão” (v. 3); “Onde germina calada a podridão.” (v. 6); d. “Para comprar o que não tem perdão.” (v. 3).

1.3. v. 1: mas tu não te mascaras; v. 4: mas tu não tens medo; v. 7: mas tu não te calas; v. 10: mas tu não és hábil; v. 13: mas tu não calculas. 1.4. Exemplo de resposta: Admiro-te/tenho esperança num mundo melhor…, porque os outros calculam mas tu não.

Pág. 212

PowerPoint® Didáticos

PowerPoint® “Oração subordinada: substantiva relativa e adjetiva relativa” disponível no CD de Recursos e no e-Manual. Pág. 213

EXERCíCIOS

1.1. a. onde tu pensas; b. Quem entrar no final; c. com quem as convidou; d. quem acabou de chegar; e. a quem estava presente; f. onde nos vimos pela primeira vez. Todas são orações subordinadas substantivas relativas.

1.1.1. a. Predicativo do sujeito; b. Sujeito; c. Complemento oblíquo; d. Complemento direto; e. Com plemento indireto; f. Modificador do grupo verbal.

2. e 2.1. a. O gelado que comi era delicioso. – oração subordinada adjetiva relativa restritiva; b. A equipa do Tiago, que fez um péssimo jogo, regressou ao balneário. – oração subordinada adjetiva relativa explicativa; c. Gostava de ouvir os poemas que escreveste. – oração subordinada adjetiva relativa restritiva; d. O médico que operou o meu irmão já se reformou. – oração subordinada adjetiva relativa restritiva; e. Este grupo, cujo trabalho estava excelente, terá a melhor nota. – oração subordinada adjetiva relativa explicativa.

3. a. Modificador apositivo do no me; b. Modificador da frase. Pág. 214

PRÉ-LEITURA

1. Todas as imagens são fragmentos – os dois primeiros são o que resta, aleatoriamente, de uma obra antiga; o último, uma parte extraída, voluntariamente, de uma pintura. Leitura expressiva do texto disponível na Faixa 11 do CD Áudio que acompanha o manual.

Materiais projetáveis

Pág. 215

EDUCAÇÃO LITERÁRIA / LEITURA

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