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De forma mais sumariada elencarei algumas questões que enfrentei e encaminhei como Pró-

reitor de Pesquisa e Pós-graduação da UFU, no quadriênio 2017-2020. Foram elas:

1) retorno dos Cursos de Especialização (pós-graduação lato sensu), que possibilitou estabelecer

parcerias em canais de interface da UFU com mercado de trabalho;

2) publicação do Edital PROPP 01/2018 do Programa de Acompanhamento Institucional da Pós-

graduação (Pró-acompanhamento), para a definição de critérios ao crescimento sustentável

dos Programas da UFU;

3) fortalecimento das relações orgânicas com agências de Fomento (em 2017 foram realizados os

eventos: “Capes Day”, CNPq Day” e “Fapemig Day”);

4) modernização e ampliação de Laboratórios multiusuários;

5) incentivo à criação de Mestrados Profissionais e de ações de solidariedade por meio da criação

dos programas Minter e Dinter, bem como dos mestrados profissionais em rede (Profmat e

Profhistória);

6) aprovação da Resolução 06/2017, do Conselho de Pesquisa e Pós-Graduação, que dispõe sobre a

política de ações afirmativas para pretos, pardos, indígenas e pessoas com deficiência na Pós-

graduação stricto sensu na Universidade Federal de Uberlândia;

7) a inserção do DOI e do ORCID em todas as teses e dissertação da UFU (1.100 defesas por ano).

Trabalho este que possibilita acesso irrestrito aos textos, dando maior visibilidade as nossas

pesquisas. É importante destacar ainda que todas as Teses e Dissertação não são mais

impressas, desde o segundo semestre de 2017;

8) mecanismos de captação de recursos extraorçamentários, no sentido de promover melhorias nas

diferentes necessidades de infraestrutura, aquisição e manutenção de equipamentos para os

Programas de Pós-graduação;

9) melhorias nas Páginas dos Programas, inserindo versões trilíngues no sentido de possibilitar a

melhor visibilidade e atração de discentes do Brasil e de outros países;

10) apoio à publicação de artigos qualificados, além de promover a tradução de artigos para o inglês

ou outra língua de importância para o Programa de Pós-graduação;

11) ampliação do Programa de Pró-acompanhamento com a realização de seminários de

autoavaliação no sentido de aprimorar a busca de indicadores de qualidade para o conjunto

dos Programas de Pós-graduação;

12) realização de reuniões periódicas com o corpo técnico da Pós-graduação promovendo discussões

e troca de experiências no sentido de refinar os procedimentos administrativos rotineiros da

Pós-graduação;

13) seminários de autoavaliação de meio termo, com diferentes atores do sistema Nacional de Pós-

graduação, no sentido de promover a melhoria de indicadores que reflitam no incremento da

qualidade dos Programas no processo de avaliação da CAPES;

14) fortalecimento dos índices dos grupos de pesquisa da UFU cadastrados na base do CNPq, com

mapeamento das ações, publicações, eventos produzidos, produtos gerados e

internacionalização desses grupos;

15) criação de um comitê multidisciplinar para acompanhamento de editais e convocatórias de

fomento e financiamento de pesquisa para difusão da informação entre todas as unidades e

setores da UFU;

16) busca de investimentos públicos e privados para criação de um fundo para investimento em

pesquisa (laboratórios e novas quotas de PIBIC e PIBIT);

17) apoio à criação de links nas páginas das unidades acadêmicas para divulgação dos projetos de

pesquisa e grupos de pesquisa em formato bilíngue (português-inglês);

18) criação de um sistema de gestão de indicadores de pesquisa da Universidade;

19) promoção de capacitação para a redação de projetos e artigos científicos;

20) defesa do plano regional e nacional a pesquisa em ciências humanas, ciências sociais aplicadas

e artes;

No campo específico das ações de internacionalização, no contexto da Pós-Graduação da

UFU, nos últimos anos, destaco as seguintes:

a) participação da UFU nos acordos da Capes com Comité Français d ́Evaluation de la Coopération

Universitaire avec le Brésil (COFECUB), para internacionalização dos Programas de Pós-

Graduação em Filosofia e Engenharia Elétrica;

b) criação das Cátedras Franco-brasileira e Camões, em convênios com governos da França e

Portugal;

c) aprovação do Projeto Capes-Print-UFU (Edital Capes 041/2017), envolvendo 16 programas de

Pós-graduação, os quais têm recursos na ordem 12.9 milhões de reais, no projeto institucional,

visando à internacionalização da Pós-Graduação, em consonância com o Plano Institucional

Internacionalização da UFU;

d) aprovação da Resolução 02/2018, do Conselho de Pesquisa e Pós-Graduação, (CONPEP), que

dispõe sobre o Plano Institucional Internacionalização Universidade Federal de Uberlândia

(PrInt-UFU);

e) Regulação para a ofertas de disciplinas e atividades em Línguas Estrangeiras no âmbito dos Pós-

Graduação;

f) manutenção do Programa de Alianças para a Educação e a Capacitação (Bolsas Brasil - PAEC

OEA-GCUB-UFU), para alunos internacionais, oriundos da AL e Caribe e do Programa PEC-

PG.

Como último aspecto que quero sublinhar sobre minha participação frente da PROPP, destaco

o estabelecimento da política de Inovação Tecnológica na UFU, como também ter implantada em

todas as Unidades Acadêmicas, com a criação dos Núcleos de Inovação Tecnológica. Por outro lado,

foram criadas duas Redes de Laboratórios Multiusuários, ambos sob governança da PROPP.

A primeira destas redes é a REBIR – Rede de Biotérios de Roedores –, uma verdadeira facility,

que decorreu da necessidade de adequação imediata (no ano de 2018) do cumprimento da legislação

relacionada à experimentação animal, normatizações do Conselho Nacional de Controle de

Experimentação Animal (CONCEA), e regulamentações internacionais. A segunda, no ano de 2019

(inaugurada em novembro daquele ano), a Rede de Laboratórios Multiusuários da UFU (RELAM).

A RELAM hoje conta com dois laboratórios no Bloco 6Z-Campus Umuarama. Os equipamentos dala

são multiusuários – antes da criação da RELAM, em 2019, todos os equipamentos estavam alocados

em laboratórios de pesquisadores. Em valores atualizados a RELAM totalizam R$ 6.532.563,95 em

equipamentos de última geração.

Finalmente é importante ressaltar que estas redes, que foram criadas junto à PROPP, têm sido

um dos pontos positivos da pesquisa na UFU, pois possibilitou à comunidade científica acesso ao

conjunto de equipamentos não possível anteriormente e, portanto, se constitui hoje em modelo para

diferentes setores não somente da UFU, bem como de outras instituições brasileiras.

4.6 Fundação de Apoio Universitário - FAU

Ao assumir a presidência do Conselho Curador da Fundação de Apoio Universitário (FAU),

em novembro de 2017, encontrei a Fundação com grandes dificuldades de receitas, mas também com

grande potencial de captação de recursos, uma vez que havia sido reestabelecidos os cursos de

especialização lato sensu na UFU, com cobrança de mensalidades, asseguradas por meio de Termo

de Ajustamento de Conduta com o Ministério Público Federal e Ministério Público do Estado de

Minas Gerais.

Recebi, da Gestão Superior, a responsabilidade de gerir o processo de restruturação da FAU,

com a implementação de ações que aviesem o seu saneamento financeiro. Nesse sentido, procedeu-

se à alteração da Diretoria Executiva, em 18/02/2018, proposta e aprovada pelo Conselho Curador,

bem como um novo planejamento, o qual apontava, principalmente, a necessidade de reestruturação

administrativa. Todas as ações aprovadas pelo Conselho foram imediatamente implementadas,

resultando na rápida recuperação financeira da FAU e propiciando, ainda em 2018, o fechamento do

ano com superávit.

Em 2019 foi dado prosseguimento aos ajustes iniciados em 2018, sendo que tais iniciativas

de reestruturação se consolidaram e a FAU fechou o ano com a maior superávit desde 2012, quando

a Fundação passou a acompanhar seus resultados. Esperava-se que em 2020 os resultados fossem

semelhantes aos de 2019, o que não será possível devido ao colapso causado pela COVID-19.

Todavia, mesmo diante desse problema, de toda excepcionalidade, a FAU vem mantendo o equilíbrio

de caixa, o que é extremamente positivo, tendo em vista a gravidade da crise e de suas consequências.

Mesmo com todas as adversidades e dificuldades encontradas por mim, na condição de

presidente do Conselho Curador, foi possível implementar as mudanças e reequilibrar as finanças da

Fundação, iniciando com uma reestruturação financeira, passando pela adoção de uma nova forma de

governança e no acompanhamento diário das operações internas, demonstrado pelos resultados

bastante positivos no período de 2017 a 2020, os quais refletem não somente no campo das finanças,

mas também, administrativamente, com ganhos em eficiência, profissionalismo e na melhoria do

atendimento aos usuários da Fundação.

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