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Preços retalhistas dados (valores por Mb) Tabela 25.

Valores médios observados para

a eurotarifa -dados Valores máximos definidos no regulamento para a eurotarifa -dados

Q2 2013 0,664 0,70

Q3 2013 0,424

0,45

Q4 2013 0,428

Q1 2014 0,421

fonte: ANACOM (informação baseada nas respostas dos operadores aos modelos de especificação do bEREC).

43 O conjunto de entidades composto por aquelas que não são detidas na totalidade ou na sua maioria pelo grupo empresarial em que se insere o operador.

Quanto aos preços praticados pelos operadores móveis em atividade em Portugal, a ANACOM recolheu e analisou informação no âmbito de modelos de especificação definidos pelo bEREC, para verificar as tarifas médias registadas e o cumprimento dos valores máximos definidos no regulamento. verificou ‑se que os operadores móveis portugueses têm cumprido os valores máximos estipulados no

Regulamento e apresentam ofertas alternativas para além das que correspondem aos preços máximos.

é de relevar a atuação da ANACOM para garantir que as medidas relacionadas com a transparência dos preços e com a melhoria da prestação de informações aos utilizadores sobre os preços dos serviços

de roaming, estabelecidas no Regulamento, são observadas pelos operadores. Nesse sentido, a ANACOM levou a cabo uma importante atividade de monitorização que abrangeu a análise das reclamações recebidas, a consulta aos sítios dos operadores e a recolha de informação junto dos operadores.

São ainda de notar os trabalhos desenvolvidos pela ANACOM no âmbito da proposta de regulamento Connected Continent. A proposta da CE prevê a introdução de medidas com impacto significativo a nível dos serviços de roaming, tendo a ANACOM procedido a uma análise com vista a apresentar comentários às propostas que decorriam tanto da proposta original da CE, como das alterações decorrentes da abordagem do Parlamento Europeu.

Em particular, são de destacar as propostas relacionadas com a implementação de Roam like at home (RLAH) que, em síntese, permitiriam aos utilizadores aceder aos serviços de roaming internacional ao preço dos seus serviços domésticos, identificando ainda a possibilidade de serem estabelecidos limites de utilização razoável no âmbito dos serviços de roaming que viessem a ser prestados através de RLAH.

Neste âmbito, a ANACOM partilha dos objetivos da CE em apoiar o reforço do mercado interno das comunicações eletrónicas e

criar as condições ideais para um maior investimento, no interesse dos consumidores europeus e da economia europeia em geral, mas foram identificadas algumas reservas às medidas previstas tendo em conta o seu impacto nos mercados nacionais. Desde logo, procurou ‑se evidenciar os riscos associados a uma medida do tipo do RLAH, com possibilidade de situações de compressão de margens nos países onde os preços no retalho são mais baixos do que os preços grossistas de roaming. Alertou‑ ‑se também para o facto de esta medida poder não permitir refletir adequadamente os custos específicos subjacentes aos serviços de roaming e condições específicas de determinados países e operadores, relacionados com a existência de operadores/países que recebem muito tráfego em roaming e com a sazonalidade na utilização dos serviços de roaming internacional.

A ANACOM participou no grupo de trabalho do bEREC que analisou as questões referidas, com vista a contribuir para a elaboração de posições comuns sobre as matérias mais relevantes. O objetivo era identificar aspetos que necessitariam de maior clarificação ou, eventualmente, de alterações, com vista a permitir salvaguardar condições que, a longo prazo, conduziriam a um impacto mais positivo nos mercados e na salvaguarda dos interesses dos utilizadores finais.

10. SEGuRANçA DAS COMuNICAçõES

As competências e atribuições da ANACOM em matéria de segurança das comunicações têm vindo a aumentar, fruto da evolução do quadro europeu e do contexto nacional. Recorde ‑se que, em 2013, na sequência da revisão do Plano Nacional de Emergência de Proteção Civil, tinham sido atribuídas novas competências à ANACOM nesta matéria. Por outro lado, com a aprovação e entrada em vigor dos seus novos estatutos, a ANACOM integrará as atribuições e competências da anterior Comissão de Planeamento de Emergência das Comunicações (CPEC).

Esta nova situação permite a obtenção de sinergias, quer ao nível da atuação desta Autoridade, quer na articulação com outras entidades, que facilitam a atuação nesta área e uma abordagem mais integrada aos problemas. um aspeto de grande relevância numa altura em que se exige uma nova dinâmica em situações de crise, emergência ou guerra, catástrofes naturais ou calamidades.

Neste contexto, é preocupação da ANACOM contribuir para a construção de um quadro legal que suporte as ações a desenvolver com vista à prevenção, resposta e recuperação nas situações referidas, e dotar ‑se dos recursos necessários para poder desenvolver a estratégia definida, em articulação com as demais entidades com responsabilidades no planeamento civil de emergência.

é ainda de relevar que as comunicações de emergência, em particular o 112, estão num processo de modernização com a implementação a curto prazo do planeado CONor44, que agrega

os centros de atendimento da metade norte do território continental, a que se seguirá a implementação do serviço eCall, em preparação.

Entre as ações levadas a cabo pela ANACOM em matéria de segurança das comunicações importa destacar, pela sua relevância, a instalação do centro de reporte de notificações que será tratado em maior detalhe no ponto seguinte.

10.1. Segurança e integridade das redes e serviços

Componente fundamental nesta matéria, entrou em operação a 12 de junho de 2014 o centro de reporte de notificações (CRN) de violações de segurança ou perdas de integridade com impacto significativo no funcionamento das redes e serviços de comunicações eletrónicas, disponível 24 horas por dia, sete dias por semana.

O quadro abaixo detalha em termos percentuais, por causa reportada raiz, as violações de segurança ou perdas de integridade ocorridas durante o ano 2014:

44 Centro Operacional Norte do 112, cuja implementação faz parte da 3.ª fase do 112.pt.

Notificações de violações de segurança ou perdas de integridade – 2014