4.3 Ambiente de Pesquisa
4.3.2 Prefeitura Municipal de Fortaleza
A Prefeitura Municipal de Fortaleza mostrou ser uma interessante fonte de pesquisa para a consecução deste trabalho, em razão de ser uma entidade governamental de grande porte, pois é responsável por um orçamento de cerca de R$ 3,4 bilhões, conforme balanço do ano de em 2009, um dos maiores das unidades federativas do Brasil, e por possuir, em sua estrutura, um órgão de Controladoria, denominado Controladoria Geral do Município.
Com relação à estrutura, o Artigo 83, da Lei Orgânica do Município de Fortaleza, estabelece que a administração municipal deva ser constituída da seguinte forma:
A administração municipal é constituída dos órgãos integrados na estrutura administrativa da Prefeitura e de entidades dotadas de personalidade jurídica própria, obedecidos os princípios da legalidade, finalidade, razoabilidade, motivação, impessoalidade, moralidade, publicidade, transparência e participação popular, bem como os demais princípios constantes da Constituição Federal e Estadual.
Por meio da Lei Municipal n° 8.608, de 26/12/2001, a estrutura administrativa da Prefeitura Municipal de Fortaleza definida em órgãos da administração direta e indireta.
Os órgãos da administração direta são órgãos de vinculação diretamente ao dirigente máximo da Prefeitura Municipal de Fortaleza, divididos em: Órgãos Centrais de Administração; Órgãos de Assistência Direta e Imediata ao Prefeito; Secretarias Municipais de Governo; Secretarias Executivas Regionais; e Ouvidoria Geral do Município. A Figura 5 representa o organograma da estrutura da Prefeitura Municipal de Fortaleza.
Figura 5 – Organograma da Estrutura da Prefeitura Municipal de Fortaleza
Fonte: Prefeitura Municipal de Fortaleza
Para que se tenha uma melhor compreensão sobre o organograma apresentado na Figura 5, cada um dos órgãos ali disposto será descrito a seguir:
1) Os Órgãos Centrais de Administração – são aqueles de direção máxima municipal e são compostos pelo Gabinete do Prefeito e Gabinete do Vice- Prefeito;
2) Órgãos de Assistência Direta e Imediata ao Prefeito – têm a função de assessoramento direto ao chefe do Poder Executivo Municipal e possuem a seguinte composição: (i) SEPLA - Secretaria de Planejamento e Orçamento; (ii) PGM - Procuradoria Geral do Município; e (iii) CGM - Controladoria Geral do Município (exerce a função de coordenação, execução e avaliação de auditorias de Gestão e de Sistemas, suporte aos controles contábeis, controle e prestação de contas de convênios e contratos e do sistema de informática, em consonância com as políticas e diretrizes formuladas pela administração municipal);
3) Secretarias Municipais de Governo – a Prefeitura de Fortaleza possui sete Secretarias Municipais de Governo, de caráter articulador, com propósito de dar ao gestor apoio administrativo e propiciar uma melhor gestão de meios e recursos. Tais Secretarias têm as seguintes finalidades: (i) SDE - Secretaria de Desenvolvimento Econômico; (ii) SEINF - Secretaria Municipal de Infra- estrutura e Controle Urbano; (iii) SEMAM - Secretaria Meio Ambiente e Serviços Urbanos; (iv) SMS - Secretaria Municipal de Saúde; (v) SEDAS - Secretaria Municipal de Educação e Assistência Social; (vi) SEFIN - Secretaria de Finanças do Município; (vii) SAM - Secretaria de Administração do Município;
4) Secretarias Executivas Regionais – com o propósito de descentralizar as atividades de governo, foram delineadas, a partir de critérios populacionais e da dinâmica da Cidade de Fortaleza, seis regiões, cada uma administrada de forma direta por uma Secretaria Executiva Regional. A Figura 6 traz a divisão geográfica do Município de Fortaleza por Secretaria Executiva Regional e suas respectivas denominações de I a VI;
5) Ouvidoria Geral do Município – mesmo não demonstrada no Organograma (Figura 5), consta da Estrutura da Prefeitura Municipal de Fortaleza a Ouvidoria Geral do Município, que é a instância administrativa responsável por acolher reclamações, denúncias, elogios, críticas e sugestões dos cidadãos quanto ao atendimento prestado pelos diversos órgãos municipais.
Figura 6 – Divisão da Cidade de Fortaleza em seis Regiões Administrativas
A administração municipal de Fortaleza conta também com Órgãos Colegiados, compostos por membros de determinadas Secretarias Municipais que, sob a presidência do Prefeito, deverão reunir-se uma vez por mês, para deliberarem sob assuntos de sua competência, conforme definido em lei. De acordo com a Lei Municipal n° 8.608/01, os Órgãos Colegiados da Prefeitura Municipal de Fortaleza são os seguintes: COPAM – Conselho de Orientação Político-Administrativo; CPE – Conselho de Planejamento Estratégico.
Já os Órgãos da Administração Indireta são compostos pelas fundações, empresas públicas, sociedades de economia mista e autarquias constituídas para produção de bens e serviços inerentes às atividades de governo.
Com base na Lei Municipal n° 8.608/01 e nas informações contidas no portal da Prefeitura Municipal, foi possível verificar a existência dos seguintes Órgãos da Administração Indireta no Município de Fortaleza:
a) IJF – Instituto Dr. José Frota;
b) IMPARH – Instituto Municipal de Pesquisas, Administração e Recursos Humanos;
c) IPM – Instituto de Previdência do Município; d) FUNCI – Fundação da Criança e da Família Cidadã;
e) FUNCET – Fundação de Cultura, Esporte, Lazer e Turismo; f) IPEM – Instituto de Pesos e Medidas do Município;
g) ETUFOR – Empresa de Transportes Urbanos de Fortaleza S/A;
h) AMC – Autarquia Municipal de Trânsito, Serviços Públicos e Cidadania de Fortaleza;
i) EMLURB – Empresa Municipal de Limpeza e Urbanização;
j) ACFOR – Autarquia de Regulação, Fiscalização e Controle dos Serviços Públicos de Saneamento Ambiental;
k) Guarda Municipal de Fortaleza;
l) HABITAFOR – Fundação de Desenvolvimento Habitacional; m) CRP – Centro de Referência do Professor;
n) UEM – Unidade de Execução Municipal; o) CTI – Comissão de Tecnologia da Informação.
Assim, a partir do que foi apresentado, pôde-se conhecer um pouco da história de Fortaleza, sua estrutura organizacional e funcionamento de sua Prefeitura, a qual, pelo seu
tamanho e importância no cenário político-econômico nacional é, reconhecidamente, uma importante fonte de pesquisa para estudo de temas relativos à área governamental.