PREGÃO – Gênero textual apresentado na forma oral.

52. ASSENTADA em juízo

AUTOS Nº

ESCRIVANIA DO CRIME E DAS FAZENDAS PÚBLICAS DESTA COMARCA.

ASSENTADA

Aos 16 e dias do mês de novembro de 2000 as 13:30 horas, na sala de audiência deste Juízo, presente o Ex.mo.Sr. Dr. NOME, Meritíssimo Juiz de Direito desta Comarca, presente ainda a ilustre representante do Ministério Público na pessoa da Dra. NOME, comigo escrivã, ordenou o MM. Juiz de Direito ao Porteiro dos auditórios que apregoasse as partes nos autos em epígrafe, dando sua fé haver comparecido o denunciado Luiz Henrique de Paula Ferreira, e os defensores. Drs. nome e Dr. nome. Compareceram ainda, as testemunhas regularmente intimadas. Em Seguida passou-se a inquirição da primeira testemunha.

PRIMEIRA TESTEMUNHA

NOME, Qualificação, sabendo ler e escrever. Aos costumes disse nada. Testemunha compromissada na forma da lei inquirida respondeu: Que confirma o depoimento de Folhas 20/22 prestado perante autoridade policial; Que o local onde o depoente estava ate o local onde ocorreram os fatos dava uma distância de aproximada de dez a doze metros; Que o depoente afirma e que no momento dos disparos do local onde ele estava somente dava para ver a traseira do carro NOME e NOME2; que o declarante afirma que a vitima no

momento dos fatos estava embriagada; Que antes da ocorrência dos fatos o depoente não sabia que a vitima e o denunciado já haviam tido algum desentendimento porém após os fatos ficou sabendo através de terceiro que os dois já haviam discutido que o depoente afirma quer acusado pediu para a vitima tirar o carro pois queria sair tendo que esta lhe respondeu para sair para atrás que neste momento acusado afirmou que para trás não tinha jeito pois tinha outro carro; que neste momento o depoente ficou sabendo por terceiros que a vitima falou para acusado se quisesse sair passasse por cima, Que o depoente afirma que acusado funcionou o veiculo tendo encostado no veículo da vítima empurrando-o; Que o veiculo vítima estava estacionado há mais ou menos de um a dois metros do veículo do denunciado; que neste momento o veiculo da vitima afastou-se um pouco; Que no momento em que acusado começou a empurrar o carro a vitima sacou do revólver e passando por trás do carro do denunciado foi em direção as bombas do posto; que neste momento o senhor NOME tentou tomar a arma da vitima sem sucesso; que um dos funcionários do posto ainda pediu para que os dois parassem com aquilo; que a vitima se dirigiu para detrás da bomba e gritando que não era moleque proferiu dois disparos em direção ao carro de acusado; que neste momento o depoente ainda escutou mais quatro ou cinco disparos no total; Que o depoente afirma que não dava para ver o denunciado acusado efetuando os disparos pois não tinha visão do local onde o mesmo estava, Que o depoente acha que o denunciado efetuou os disparos de dentro do carro; Que a vitima foi andando de costas em direção ao caixa do posto sendo que neste momento o denunciado saiu do local; que o depoente com intuito de se proteger estava de um veiculo estacionado na área do posto, que a vitima caiu atrás do caixa sendo que o depoente se dirigiu ate o local para prestar socorro; Que no momento em que a vitima estava andando em direção ao caixa após efetuar o disparos esta cambaleou e parou para olhar o revolver colocando a mão no bolso não sabendo o depoente se este recarregou a arma; que no momento em que o depoente olhou a vitima pela primeira vez nos viu perfuração de bala na parte frontal do abdômen somente sabendo o que havia acontecido quando a vitima começou a perder a cor; que o depoente afirma que no momento em que acusado estava dentro do bar este nos estava com a arma na cintura; que o socorro a vitima foi prestado rapidamente não sabendo o depoente quem chamou, que o depoente afirma que a distância que a vitima e o denunciado no momento da troca de tiros era de aproximadamente entre 08 e 10 metros sendo que entre

os dois havia bomba de diesel e um filtro. Dada a palavra ao ministério Público as suas perguntas respondeu: que na data da ocorrência dos fatos era época de campanha política; Que o depoente afirma que trabalhou voluntariamente para o partido político e que no local havia concentração de pessoas que apoiava o candidato quem concorria as eleições com o numero xx; Que o depoente afirma que fazia umas duas horas que o mesmo estava no local, que acusado chegou ao local posteriormente ao depoente; que o depoente afirma que o denunciado chegou ao local bem depois do depoente não sabendo precisar quanto tempo; que o depoente não sabe precisar o que acusado foi fazer no bar porém o mesmo estava no local conversando com algumas pessoas; Que o depoente afirma que o denunciado pediu para que Nome pagasse uma latinha de cerveja para ele pois o mesmo estava sem carteira ou sem dinheiro sendo que somente se recorda de acusado ter bebido esta cerveja, Que o depoente ficou sabendo não sabe afirmar ao certo quando ocorreu a briga entre a vitima e o denunciado porém acha que a mesma se deu há algum tempo atrás, que o depoente não sabe se a vitima e denunciado eram inimigos que o carro que estava estacionado atrás do carro do denunciado estava a uma distancia aproximada de um a dois metros porem o depoente afirma que o carro de acusado só poderia sair do local se fosse retirado o veiculo que estava estacionado atrás ou na frente; Que o carro do acusado estava estacionado há mais ou menos dois metros da bomba; Que o proprietário do veiculo que estava estacionado atrás do veiculo do denunciado estava dentro do bar, Que o depoente acredita que a vitima ao estacionar seu veiculo não sabia que estava estacionando em frente ao carro de acusado; Que o depoente afirma que a vitima quando estava sóbria era boa de pontaria que inclusive já cassaram juntos anteriormente; Que o depoente afirma que o carro afastou apenas a distância para que o denunciado pudesse sair sendo que o carro desceu mais um pouco, Que o depoente afirma que o carro da vitima estava engatado e que por isso parou quando o denunciado o empurrou com seu veiculo, Que o depoente ficou sabendo que a arma de acusado estava dentro do carro; Que o depoente afirma que sabia que o denunciado possuiria uma arma porem nunca viu a mesma com o denunciado nem mesmo dentro do seu veiculo, Que o depoente afirma que não tem conhecimento de que o denunciado no período político já havia sido abordado pela polícia por denuncias de estar andando armado, Que o denunciado apenas afirmou ao depoente que o carro da policia estava andando atrás do mesmo porem não informando o motivo, Que antes da ocorrência dos

fatos o depoente ficou sabendo através de terceiros que em determinada ocasião denunciado chegou a apontar uma arma de fogo para NOME que o depoente não tomou conhecimento de que Luiz Henrique havia apontado arma de fogo para uma pessoa Distrito de Nome. Dada a a palavra ao assistente de acusação as suas perguntas respondeu; que o depoente reafirma que a vitima atirou primeiro pois não havia escutado nenhum barulho de disparo antes de ver a vitima atirando sendo que no momento em que o denunciado atirou também viu o clarão do tiro. Dada a palavra ao Dr. nome as suas perguntas respondeu: Que o depoente afirma que no local havia áreas vazias para estacionamento mais afastadas do bar que quando a vitima chegou ao local esta parecia estar bastante embriagada porem não estava fora de si, Que no momento em que estava chegando o veiculo da vitima apagou e ao religar o veiculo o mesmo acelerou o carro patinando; Que o depoente afirma que a vitima e o denunciado possuíam posições políticas contrárias nesta eleição, Que o depoente acha que da maneira com que a vitima chegou ao local era como uma afronta as pessoas que ali estavam pois eram de conhecimento notório na cidade que aquele bar era freqüentado por simpatizante do candidato que concorri as eleições municipais com o número xx sendo que a vitima apoiava o candidato; Que o depoente afirma que um dos proprietários do posto era candidato a vereador pela coligação encabeçada pelo candidatos a prefeito nºxx Que o depoente afirma que no momento da ocorrência dos fatos o denunciado estava com uma bota de gesso e que o mesmo estava com dificuldades para se locomover; Que a vitima bebia freqüentemente e que era costume o mesmo ficar embriagado, Que o depoente afirma que a vitima não trabalhava sendo que o mesmo era sustentado por sua mãe, Que quando vítima chegou ao local este estava acompanhado de nome, Que o depoente afirma que na hora dos fatos não havia outras pessoas com a vitima; Que após ocorrência dos fatos algumas pessoas que estavam no pit dog nas proximidades do posto chegaram ao local , Que o depoente afirma que nome também havia ingerido bebida alcoólicas não dando para perceber se estavam embriagados, Que o depoente afirma que não olhou os objetos que estavam dentro do carro da vitima porem ficou sabendo através de terceiros que no carro havia uma arma de cano longo; Que o carro da vitima foi retirado do local imediatamente após a ocorrência dos fatos pelo Sr. nome e opor uma pessoa conhecida como apelido, Que o depoente afirma que a pessoa conhecida como apelido pediu para que não retirassem o veiculo sendo que a pessoa conhecida como

apelido1 falou que assumia a responsabilidade pela retirada do mesmo, Que a vitima não tinha um bom relacionamento familiar estando separado da esposa, que a vitima tinha o costume de andar armado que o depoente afirma que o costume tinha de andar armado era conhecido publicamente. Dada a palavra ao Dr. nome as suas perguntas: Que o pais do depoente foi candidato a vereador nas eleições municipais, Que a vitima estava trajando uma camiseta, um casaco de camuflagem um calça jeans botas ou botinas e estava usando um chapéu de couro de lebre; Que o depoente não tem conhecimento se a vitima no momento do crime estava portando um capus com abertura apenas no olhos, Que o depoente tem conhecimento que a própria mãe da vitima já teve que chamar a policia para interferir na briga entre ele e seus irmãos e entre estes e sua mãe, Que o depoente ficou sabendo através de terceiros que a vitima havia falado que iria matar um homem que estava saindo com a ex-mulher do mesmo; Que a esposa da vitima é sobrinha do delegado de cidade, Que o filho do delegado somente chegou ao local após a ocorrência dos fatos; Que o depoente afirma que nome filho do delegado costumava andar freqüentemente com a vitima, Que o depoente afirma que realmente conversou com a promotora de justiça porem foi uma conversa informal e que muitos dos assuntos abordados eram opinião própria do depoente; Que o depoente afirma que foi ele quem procurou a promotoria para perguntar se havia sido arrolada tanto pela acusação quanto pela defesa. Do que para constar encerrei o presente termo que depois de lido e achado conforme vai devidamente assinado por mim escrivã que digitei e assino.

JUIZ DE DIREITO PROMOTOR DE JUSTIÇA

ADVOGADOS DENUNCIADO TESTEMUNHA