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2.   ANÁLISES REALIZADAS PARA A CARACTERIZAÇÃO DAS TINTAS DE

2.1.  ANÁLISE ESTRATIGRÁFICA DA SECÇÃO POLIDA – CROSS SECTIONS 112 

2.1.2.   Preparação da amostragem: 113

Para que as amostras pudessem ser visualizadas adequadamente no microscópio, foi necessário fazer uma seção polida das mesmas, a fim de regularizar a superfície a ser observada. Como o campo de foco do microscópio ótico é bastante restrito, quanto mais polida a superfície, melhor a visualização. O procedimento para a elaboração da secção polida da amostra desenvolveu-se conforme o explicitado a seguir:

Primeiro os pedaços contendo reboco e camadas de pintura foram quebrados para obterem-se pedaços menores e menos disformes, a fim de facilitar sua consolidação na pastilha de resina. Eles foram identificados através de um número seguido de uma letra. Cada número representa uma das 15 edificações estudadas e cada letra representa o elemento de arquitetura no qual a amostra foi coletada (Tabelas 16 e 17).

Tabela 16: Identificação das casas e seus endereços de acordo com um número de 01 a 15.

Num. Designação Endereço

01 Biblioteca Pública Pelotense Pça. Cel. Pedro Osório, 103; 02 Prefeitura Municipal de Pelotas Pça. Cel. Pedro Osório, 101; 03 Casa dois – Charqueador Vianna Pça. Cel. Pedro Osório, 02; 04 Casa seis – Albuquerque Barros Pça. Cel. Pedro Osório, 06; 05 Casa oito – Conselheiro Maciel Pça. Cel. Pedro Osório, 08; 06 Teatro 7 de Abril Pça. Cel. Pedro Osório, 160;

07 Família Assumpção Felix da Cunha, 570. Esq. Lobo da Costa; 08 Sobrado do Barão da Conceição Quinze de Novembro, 702;

09 Quinze de Novembro, 471;

10 D. Pedro II, 810;

11 D. Pedro II, 885;

12 Casarão dos Mendonça Gonçalves Chaves, 703;

13 Casa da Miss Pça. José Bonifácio, 01;

14 Pe. José de Anchieta, 1459;

15 Pe. José de Anchieta, 880.

Tabela 17: Identificação do elemento arquitetônico ao qual a amostra fazia parte, de acordo com letras.

Id. amostra Local da extração

Observações

Num Amost Identificação da etiqueta

01

A Parede

A coleta foi autorizada apenas na parte inferior da construção onde o reboco já está se soltando. Local muito umedecido.

Coletada em outubro de 2004. B Soco

C Base da Pilastra D Moldura do Portão

E Detalhe da Base da Pilastra

02

A Parede

Amostras coletadas na parte baixa do segundo pavimento, na sacada. Coletada em outubro de 2004. B Ornato C Fuste da pilastra D Parede 03 A Parede

Amostras fornecidas pela arquiteta Natália Naoumova. Foram coletadas durante seus trabalhos de prospecção das fachadas das casas de Pelotas no ano de 2001.

B Ornamento C Ornamento, pt. 19 D ? pt. 11

F ? pt. 02

04

A Parede

Amostras fornecidas pela arquiteta Natália Naoumova. Coletadas durante seus trabalhos de prospecção no ano de 2001.

B Detalhe da Platibanda C Alvenaria da Platibanda D Pilastra

05

A Parede (2º Pav, fachada lat.)1

Amostras fornecidas pela arquiteta Natália Naoumova. Coletadas durante seus trabalhos de prospecção no ano de 2001.

B Parede (2º Pav, fachada lat.)2 C Soco

D Parede entre ornamentos

06

A Óculo A fachada modificada em 1916, o interior dos óculos na lateral do prédio não foi alterado e guarda, possivelmente, as camadas de tinta mais antigas.

B Óculo C Óculo D Óculo

07 A Parede Amostras fornecidas pela arquiteta Natália

Naoumova. B Ornamentos

08 A Parede 2º pav. Amostras fornecidas pela arquiteta Natália Naoumova.

09 A Parede Amostras fornecidas pela arquiteta Natália

Naoumova. B Parede do pátio interno

10 A Parede Amostras fornecidas pela arquiteta Natália

Naoumova. B Detalhe

11

A Parede

Amostras fornecidas pela arquiteta Natália Naoumova.

B Moldura da Janela C Moldura da Porta D Soco

12 A Beiral Amostras fornecidas pela arquiteta Natália

Naoumova. No ano de 2001. B Cimalha

13

A Parede

Coletadas em outubro de 2004. B Parede (Félix da Cunha)

C Moldura da Janela 1 D Moldura da Janela 2 14 A Parede Coletadas em outubro de 2004. B Moldura da Janela C Pilastra D Moldura da janela 2 E Soco 15 A Parede Coletadas em outubro de 2004. B Parede sob a janela

C Moldura da Janela D Pilastra

E Soco (dentro da gateira)

Cada uma das amostras foi consolidada com uma solução de 10% do paralóide B- 7295 em tolueno, para tanto elas ficaram imersas na solução até que o tolueno evaporasse

95

Copolímero de etilmetacrilato e metilacrilato, produzido por Rohm And Haas, é uma das resinas mais estáveis para uso geral em conservação. Durável, não amarela, sendo compatível com outros materiais que formam filmes, tais como vinílicos derivados de celulose, borrachas cloradas e

silicones, podendo ser combinada com os mesmos para produzir películas de revestimento com larga variedade e transparência. Fonte: www.casadorestaurador.com.br/restaura_3_13.htm

completamente. A função do paralóide é consolidar os pedaços de amostra, os plastificando, assim evitando que os grãos de areia do reboco se desprendam da amostra.

Figura 108: Separação e identificação das amostras. Foto: Daniele Fonseca

Figura 109: Consolidando as amostras com paralóide B-72. Foto: Daniele Fonseca.

Depois de consolidados, os fragmentos foram moldados dentro de pastilhas de resina Cristal 20200, com 2% do catalisador MEK. O procedimento consistiu em pesar a resina, acrescentar 2% do seu peso do catalisador e misturar o material delicadamente, evitando a formação de bolhas. Preencheu-se com a resina a metade de cada forma de silicone que moldou as pastilhas, colocou-se, então, cada pedaço de amostra em um dos espaços, cuidando para que ficassem na posição correta. Preencheu-se o restante dos moldes com a resina e, com a ajuda de um palito, retiraram-se eventuais bolhas formadas. Vinte e quatro horas depois, as pastilhas puderam ser desmoldadas.

Depois de prontas, iniciou-se o processo de polimento. Primeiro, com uma lixa de número 120, as pastilhas foram lixadas até que a superfície aparente do fragmento fosse adequada para a visualização através do microscópio. Em uma politriz foram utilizadas as lixas de números 200, 400 e 600 seguidamente, o polimento final foi dado com pasta própria para polimento.

Figura 110: Pastilhas moldadas na forma de silicone. Foto: Daniele Fonseca

Figura 111: Polimento das pastilhas em politriz. Foto: Daniele Fonseca.