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3. RELATO DA APLICAÇÃO E ANÁLISES

3.1. Primeira Aula

Na primeira aula, os alunos foram levados para a sala de vídeo. Havia 24 alunos presentes. O intuito dessa aula foi apresentar aos alunos o projeto de pesquisa, explicando como aconteceriam nossas próximas aulas.

Para que os alunos se sentissem à vontade, iniciei a apresentação contando sobre a minha trajetória acadêmica. Foi um momento descontraído com os alunos, principalmente quando questionaram minha idade e perceberam que ainda eram muito novos (entre 5 e 7 anos) quando eu já estava ingressando na Universidade. Nesse momento comentei o fato de ter desistido da Universidade logo no primeiro semestre, pelo fato de ser muito jovem e ter muitas dúvidas a respeito da carreira profissional e muitos se colocaram em seu lugar, por não saberem ainda qual curso escolher. Descrevi as dificuldades que enfrentei ao trabalhar e estudar no primeiro ano do curso e a maioria disse que também tem receio de passar por isso.

Em seguida, expliquei o que é o mestrado profissional e o que é o produto educacional, fruto da pesquisa acadêmica em questão. Apresentar a trajetória acadêmica fez com que os alunos conhecessem a minha realidade, motivando-os a fazer parte do projeto de pesquisa.

Dando sequência, apresentei as metodologias IpC e EsM, informando os objetivos de sua utilização, vantagens e benefícios para o provimento da aprendizagem ativa. Em seguida, esclareci sobre as TL, informando como eles deveriam proceder para se cadastrar na plataforma Moodle. Quando eu disse que eles teriam tarefas semanais, muitos reclamaram, mas a turma foi acalmada com a informação de que eles teriam um prazo suficiente para fazer

as atividades e que o objetivo maior era a participação dos mesmos nas atividades, que seriam avaliados pelo seu esforço e não pelas respostas certas ou erradas.

Como as aulas nessa turma ocorriam nas quintas e sextas-feiras, combinei com eles que o material das TL seria disponibilizado na sexta às 14h e ficaria disponível para acesso até terça, às 23h59min, para que eu tivesse tempo suficiente de fazer a análise das respostas e adequar a aulas às suas dificuldades.

Em seguida, perguntei aos estudantes se eles sabiam o que era experimento remoto e a resposta foi não. Apesar de responder que não sabia o que era experimento remoto, o estudante E1 disse que “deve ser algo que fica muito longe da gente, não podemos manusear”. Concordei que o intuito do experimento remoto é de não ser manuseado presencialmente (apesar de ser possível fazê-lo), mas que poderia ser manipulado via internet.

Para facilitar a comunicação, os alunos sugeriram eu fizesse parte do grupo deles no aplicativo WhatsApp, já que os encontros presenciais ocorriam apenas duas vezes durante a semana. Dessa forma, qualquer dúvida em relação ao acesso à Moodle ou à realização das atividades poderia ser resolvido de forma mais rápida.

Os alunos receberam o Temo de Consentimento Livre e Esclarecido (Apêndice C) e foram informados de que as aulas seriam filmadas e gravadas, mas que as imagens não seriam divulgadas. Nesse momento alguns alunos questionaram que não queriam ter sua imagem gravada e novamente reforcei que o objetivo das filmagens não era para fins de divulgação, apenas para análise posterior pela pesquisadora e todos concordaram em assinar o documento. Os alunos foram orientados a entregar o termo assinado por eles e pelos responsáveis na próxima aula.

Para finalizar a primeira aula, orientei os alunos a responder uma pesquisa sobre a Cultura Digital para que eu pudesse avaliar a aplicabilidade do projeto.

3.1.1. Questionário de Identificação da Cultura Digital

Para avaliar a relação dos estudantes com as tecnologias de informação e comunicação, foi solicitado que os alunos respondessem o questionário sobre sua Cultura Digital (Apêndice A). O questionário foi viabilizado no Google Forms11 e os alunos receberam o link via Moodle e WhatsApp. 14 alunos responderam às perguntas.

A aplicação desse questionário foi importante para analisar a viabilidade do projeto, pois os alunos teriam que acessar a internet regularmente para fazer a leitura dos materiais de

estudo, responder às TL e, posteriormente, utilizar o experimento remoto. Como a escola não tinha disponibilizado o laboratório de informática, esse acesso dos alunos deveria ser feito de outro local, por isso nos asseguramos de que isso seria possível.

Dos 14 alunos que responderam ao questionário, apenas um deles afirmou não ter acesso à internet, nem por computador e nem pelo celular, mas em conversa posterior com esse aluno ele informou que poderia acessar da casa de um amigo, portanto sua participação no projeto não ficaria comprometida.

Além disso, 12 dos alunos informaram que utilizavam o WhatsApp regularmente, o que facilitou a comunicação entre os alunos e a professora. Todos os alunos afirmaram ser a favor da utilização do celular em sala de aula, entretanto 6 afirmaram concordar com restrições. Em conversa posterior em sala, questionei quais seriam essas restrições. A aluna A2 disse que “não sou a favor de usar o celular o tempo todo, porque a gente tem que copiar um pouco no caderno também. Às vezes a gente salva as coisas no celular e depois até esquece, no caderno não”.

Portanto, mesmo com as restrições de infraestrutura da escola, os alunos se mostraram dispostos e verificamos que seria viável a utilização das TIC previstas nesse projeto de pesquisa.

Em relação aos objetivos de aprendizagem, podemos verificar que os objetivos A e B foram atingidos parcialmente, pelos alunos que responderam ao questionário. Ao serem perguntados sobre a utilização do celular e de novas tecnologias em sala de aula, a maioria disse ser favorável, fator importante para o andamento das próximas aulas.

3.2. Segunda Aula