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5. ORGANIZAÇÃO DIDÁTICO-PEDAGÓGICA DA INSTITUIÇÃO

5.1. PRINCÍPIOS METODOLÓGICOS

A Instituição pauta sua ação pedagógica utilizando os seguintes princípios:

a. divulgação dos projetos pedagógicos junto ao corpo docente, ao alunado e ao corpo técnico administrativo dos cursos oferecidos pela Faculdade;

b. execução dos projetos pedagógicos dos cursos, bem como a sua revisão e atualização, em virtude do desenvolvimento do conhecimento científico ou por mudanças na legislação educacional o própria da área;

c. seleção de docentes com formação específica nas áreas em que deverão atuar e o acompanhamento, mediante análise de resultados de processos avaliativos, de sua capacidade de comunicar-se com o alunado, de incentivar o aprendizado bem como o seu grau de comprometimento com o projeto pedagógico do curso;

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27 d. atualização do acervo da biblioteca, no que concerne à pertinência e atualidade e dos serviços oferecidos e, sobretudo, na verificação dos níveis de utilização desta infraestrutura;

e. utilização segura de equipamentos, laboratórios e outros ambientes especiais, dotando-os de dispositivos de segurança, de normas de funcionamento e de técnicos aptos a verificar o cumprimento das normas, a orientar e assistir os usuários e a corrigir atos de uso equivocado ou indevido de equipamentos e instalações.

f. acompanhamento contínuo do desempenho acadêmico, de modo a identificar e intervir com apoio apropriado e em tempo hábil em processos de fracasso escolar.

g. emprego da transversalidade e interdisciplinaridade, cuidadosamente programadas em conjunto pelas diversas disciplinas, de modo a garantir o cumprimento dos objetivos educacionais ao longo de cada o programa de ensino.

A modalidade de ensino a distância incorpora outros três princípios centrais:

a. Interatividadeenvolve a troca constante das experiências do grupo por meio de ferramentas e atividades organizadas. Os indivíduos avançam em suas atividades e habilidades, realizando associações e interligando informações por meio de da participação com os outros nas atividades planejadas.

b. Cooperaçãoé a relação compartilhada que se estabelece entre os participantes para realização de atividades de interesse comum. A aprendizagem é também um processo de interaprendizagem, porque se aprende com o outro, com o grupo, com os colegas. Por isso, atividades em equipe estimulam, motivam e facilitam a aprendizagem.

c. Autonomiaé estimulada quando os estudantes são compreendidos como seres autônomos, gestores de seu processo de aprendizagem, capazes de se autodirigir e autorregular. As experiências dos estudantes são aproveitadas como recurso de aprendizagem. A construção desta autonomia depende em parte das pautas interativas proporcionadas pelo ambiente de aprendizagem. Entre os princípios acima elencados, cabe destacar aquele que incorpora transversalidade e interdisciplinaridade, como características das abordagens de conteúdos programáticos e da construção dos projetos pedagógicos e respectivos planos de ensino.

28 A União das Faculdades dos Grandes Lagos entende a interdisciplinaridade como um movimento importante de articulação entre o ensinar e o aprender. Assim compreendida, ela é assumida enquanto atitude, e se materializa nas metodologias de ensino, no currículo, nos conteúdos e na prática docente.

Na concepção dos Projetos Pedagógicos de Curso, a aplicação dessa orientação compreende várias etapas: a) pensar o currículo e preparar a grade curricular; b) estudar a integração horizontal das disciplinas; c) planejar atividades que se ajustem às finalidades científicas e profissionais que cada curso pretende atingir e que se alinhem às políticas da Instituição de Ensino Superior, d) fazer reuniões com os docentes para troca de ideias e estudo conjunto dos programas de disciplina; e) oferecer cursos para melhoria na didática e na interdisciplinaridade; f) estudar projetos, temas, tópicos, práticas ou pesquisas feitas em aula pelos alunos, com vistas à interdisciplinaridade; g) fazer aferição final da avaliação da aprendizagem e retroalimentar o projeto do curso na busca da evolução profissional do aluno.

Além disso, a definição dos níveis de complexidade do conhecimento com que serão trabalhadas as diferentes disciplinas e atividades dos cursos é essencial para estimular a prática docente. O diálogo, o engajamento, e a participação efetiva dos professores na execução do projeto e das atividades do curso são meios de fortalecer essa compreensão, que nem sempre é simples ou trivial, dado que a lógica da organização da maioria dos currículos para a graduação baseia-se na concepção positivista da ciência em que as aprendizagens partem do geral para o específico, do abstrato para o concreto, do teórico para o prático, do básico para o profissionalizante. O Projeto Pedagógico de cada curso, concebido com base nas diretrizes e orientações indicadas no Projeto Pedagógico Institucional, deve descrever em que medida as diferentes atividades do curso contemplam a interdisciplinaridade.

A transversalidade, bem como a transdisciplinaridade, é um princípio teórico do qual decorrem várias consequências práticas, tanto nas metodologias de ensino quanto na proposta curricular e pedagógica.

Essa abordagem transversal de conteúdos temáticos é fundamental na Educação Superior para a sua proposta de buscar e construir pontos de referência que permitam incorporar outras formas de aprendizagem e formação que existam na realidade regional na qual está inserida uma Instituição de Educação Superior.

No Brasil, a proposta de incluir os temas transversais no contexto educacional, deu-se a partir de 1998, após a Lei de Diretrizes e Bases - Lei nº 9394/96 e também à apresentação do documento dos Parâmetros Curriculares Nacionais (PCNs -

29 Educação Básica). De acordo com os PCNs, os temas transversais proporcionam a inserção de questões sociais à estrutura curricular, implicando uma metodologia de ensino interdisciplinar e preocupada em respeitar a faixa etária de cada aluno.

Atualmente, considerados como temas que estão voltados para a compreensão e para a construção da realidade social e dos direitos e responsabilidades relacionados com a vida pessoal e coletiva bem como com a afirmação do princípio da participação política, os temas transversais são inseridos na formação superior, e possibilitam abordar, por exemplo, a Educação Ambiental, a diversidade cultural e a Educação das Relações Étnico Raciais; a Educação em Direitos Humanos, a Educação Inclusiva. O Projeto Pedagógico Institucional da União das Faculdades dos Grandes Lagos, com o propósito de atender aos objetivos institucionais de oferecer educação de qualidade, a fim de colaborar com o desenvolvimento local e regional, cumprindo sua função e responsabilidade social no atendimento à comunidade de São José do Rio Preto e de valorizar uma formação voltada a um perfil humanista, preocupado com o equilíbrio ambiental, a cultura nacional e o saber científico, incorpora abordagem transversal de conteúdos temáticos.

E assim procede preferencialmente para permitir e garantir a abordagem de temas essenciais para o desenvolvimento da sociedade brasileira, que são inclusive objeto de legislação específica, quais sejam:

· Resolução CNE/CP nº 01 de 17/06/2004 com referência à Educação das Relações Étnico Raciais;

· Resolução CNE/CP nº 1 de 30/05/2012, relativa à Educação em Direitos Humanos;

· Resolução CNE/CP nº 2 de 15/06/2012, relativa à Educação Ambiental.