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Principais acordos econômicos com o Brasil

No documento Como Exportar Colômbia (páginas 31-63)

Os acordos econômicos mais importantes envolvendo Brasil e Colômbia ocorrem no âmbito da ALADI e do MERCO- SUL, com vistas à formação de uma zona de livre comércio. Tais acordos estabelecem preferências tarifárias para determi- nados produtos brasileiros.

O mais recente é o Acordo de Complementação Econô- mica-ACE n.º 59, conhecido como CAN-MERCOSUL, que en- trou em vigência para os dois países em janeiro e fevereiro continuação da página anterior

Outros negros de carbono 714 0,7% 4.516 4,6% 7.757 5,4%

Produtos farmacêuticos 11.180 10,3% 5.855 5,9% 5.881 4,1%

Outros medicamentos contendo ácidos monocarboxílicos, em doses 3.739 3,5% 740 0,8% 1.606 1,1%

Outros medicamentos c/ compostos de função amina, em doses 810 0,7% 381 0,4% 912 0,6%

Medicamento c/ outros estrogenios/progestogenios, em doses 827 0,8% 722 0,7% 832 0,6%

Outros medicam. contendo produtos para fins terapêuticos, em doses 3.794 3,5% 2.581 2,6% 413 0,3%

Gorduras, óleos e ceras animais ou vegetais 0 0,0% 5.751 5,8% 4.502 3,1%

Óleos de dendê, em bruto 0 0,0% 5.433 5,5% 3.883 2,7%

Obras diversas 2.096 1,9% 3.016 3,1% 3.346 2,3%

Vidro e suas obras 2.508 2,3% 2.366 2,4% 3.190 2,2%

Instrumentos e aparelhos de ótica e fotografia 587 0,5% 2.663 2,7% 2.914 2,0%

Fibras sintéticas ou artificiais descontinuas 4.606 4,3% 4.129 4,2% 2.434 1,7%

Subtotal 90.624 83,6% 89.116 90,5% 133.200 93,0%

Demais Produtos 17.722 16,4% 9.402 9,5% 10.060 7,0%

TOTAL GERAL 108.346 100,0% 98.518 100,0% 143.260 100,0%

Fonte: MDIC/SECEX/ Sistema ALICE

Grupos de produtos listados em ordem decrescente, tendo como base os valores apresentados em 2004. (1) Dados preliminares.

de 2005. Este acordo prevê diminuição gradual das alíquotas aplicáveis pela Colômbia a alguns produtos brasileiros, em ra- zão das dissimilaridades existentes entre os níveis de indus- trialização dos parceiros.

ACESSO AO MERCADO

1. Sistema Tarifário

Nomenclatura

A classificação de mercadorias utilizada pela Colômbia é a “Nomenclatura Aduaneira Comum dos Países Membros do Acordo de Cartagena (Pacto Andino)” – NANDINA. Os seis pri- meiros dígitos são iguais aos do Sistema Harmonizado e, por- tanto, iguais à Nomenclatura Comum do Mercosul –NCM. Utili- zam-se dez dígitos para classificar os bens em nível detalhado. Para consultar o código do produto na NANDINA, acesse, na in- ternet, http://www.comunidadandina.org/brujula/brujula.asp. Para pesquisar o código na Nomenclatura Comum do Mercosul (NCM), cuja base é também o Sistema Harmonizado, acesse o link Serviços/Pesquisa de NCM, disponível na página inicial da Braziltradenet, http://www.braziltradenet.gov.br. Para con- sultar a correspondência entre posições NANDINA e NALADI/ SH, acesse o site www.aladi.org. Basta clicar, na home page, em “Tarifas Nacionais e Nomenclaturas” e, nessa página, em “Sistema de Informações de Comércio Exterior”. Nesta última página, clicar em “Correlações entre Nomenclaturas”.

Estrutura da tarifa

A Colômbia concede ao Brasil tarifas preferenciais esta- belecidas em negociações da ALADI - Associação Latino-Ame- ricana de Integração e em acordos bilaterais. A seguir encon- tram-se descritos os acordos firmados no âmbito da ALADI. Tais acordos contêm a relação de mais de 800 produtos nego- ciados e a margem de preferência percentual que será aplica- da no momento da importação:

AAP-10 - Acordo de Alcance Parcial de Renegociação Decreto nº 99.136, promulgado em 13/03/1990;

AAP-11 Acordo para a Criação da Zona de Livre Comér- cio entre o Mercosul e a Comunidade Andina”. (Acordo de Al-

cance Parcial nº 11 ao Amparo do Artigo 14 do TM-80) Decreto 2.873, promulgado em 10/12/1998;

ACE-39 Acordo de Complementação Econômica nº 39 Decreto 3.138, promulgado em 16/08/1999;

AQPC- Acordo Quadro para a Promoção do Comércio Mediante a Superação das Barreiras Técnicas ao Comércio

Decreto 2.697, promulgado em 30/07/1998;

CEC - Acordo de Alcance Parcial de Cooperação e Inter- câmbio de Bens nas Áreas Cultural, Educacional e Científica

Decreto nº 97.487, promulgado em 09/02/1989;

CEC – 7 - Acordo Regional nº 7 de Cooperação e Inter- câmbio de Bens nas Áreas Cultural, Educacional e Científica

Decreto 3.380, promulgado em 13/03/2000;

LECS - Acordo de Alcance Parcial para Liberação e Ex- pansão do Comércio Intra-Regional de Sementes

Decreto nº 775, promulgado em 22/03/1993;

PREC - Acordo para Recuperação e Expansão do Comér- cio Intra-regional

Decreto nº 97.499, promulgado em 10/02/1989; e

PTR - Acordo de Alcance Regional de Preferência Tari- fária Regional

Decreto nº 90.782, promulgado em 03/01/1985.

ACE 59 – Acordo de Complementação Econômica Co- munidade Andina-MERCOSUL– 2005

Decreto nº 5.361 de 31 de janeiro de 2005

O ACE 59 é o acordo mais recente envolvendo os dois países, e prevê a aplicação de contingentes de importação a produtos brasileiros com data de início de vigência específica.

ACESSO AO MERCADO

Exemplos de alíquotas “ad valorem” preferenciais para o Brasil Produto Alíquota Peixes vivos 3,3% Flores 8,8% Café moído 17,6% Café descafeinado 17,6% Erva mate 10%

Óleos vegetais brutos 16%

Produtos de aço inoxidável De 2,5 a 5%

Partes de compressores Isento

Máquinas domésticas de lavar louça 7,5%

As tarifas de importação aplicadas aos produtos cons- tam no “Arancel Armonizado de Colombia”, que trazem a rela- ção das mercadorias com o código NANDINA e as alíquotas dos impostos de importação e do IVA.

Os produtos agropecuários possuem tarifas variáveis, estabelecidas com base no sistema andino de faixas de preços da Comunidade Andina, com o objetivo de controlar o custo de importação sujeito a instabilidade ou distorção provocadas pelos preços internacionais.

Outras tarifas

Internamente, incide o IVA – Imposto sobre Valor Agre- gado, com alíquota genérica de 15%, que tem por base de cálculo o valor CIF da mercadoria importada somado a todas as tarifas e gravames de importação. Existem alíquotas especiais, como: 10%, aplicada a sabões, manteigas, gorduras animais e azeites vegetais; 35%, para aguardentes e licores; entre 0,7% e 13,1% para alguns produtos alimentícios como carnes, ovos e produtos lácteos, produtos vegetais, água mineral, sal, al- guns produtos farmacêuticos e de higiene, etc. Além do IVA, incide sobre bebidas alcoólicas um imposto específico sobre o consumo.

2. Regulamentação de Importação

Licença de Importação.

Na Colômbia existem três regimes de importação:

Livre: Para mercadorias que podem ingressar no terri- tório aduaneiro colombiano sem nenhum inconveniente ou re- querimento especial por parte da alfândega. Abrange a maioria das mercadorias, sendo necessário apenas o registro de im- portação e a licença de importação, que é automática;

Licença Prévia: Nesta modalidade estão incluídos prin- cipalmente produtos químicos para o tratamento de narcóti- cos, armas, munições e explosivos, assim como bens usados, imperfeitos, mercadorias objetos de liquidação, importações não reembolsáveis, produtos para os que se solicite isenção de direitos de alfândega e os apresentados por entidades oficiais, com exceção de gasolina e uréia importados pela Ecopetrol.

O principal objetivo da licença prévia é permitir ao Esta- do efetuar controles sobre as importações, com o objetivo de proteger a indústria nacional colombiana; controlar o nível de estoque de divisas e proteger o consumidor e a saúde pública. Com o mecanismo da licença prévia, o Governo pode controlar a demanda futura de câmbio, restringir consumos considera- dos supérfluos e coordenar a política de importações de acordo com os planos de desenvolvimento econômico e social.

No regime de licença prévia enquadram-se os bens usa- dos, defeituosos, os que têm alguma isenção alfandegária; as importações do setor público e as importações sem cobertura cambial (aquelas que não implicam saída de divisas do país, como por exemplo, investimentos estrangeiros, donativos, prêmios etc.).

Produtos de importação proibida: Armas químicas, bio- lógicas e nucleares; resíduos nucleares ou tóxicos, aldrina, heptacloro, dieldrina, clordano, confecloro e seus compostos, lindano isolado ou composto com outras substâncias, resíduos

ACESSO AO MERCADO

consistentes em mistura líquida de adubos não elaborados qui- micamente e equipamentos bélicos.

Direitos Antidumping e Direitos Compensatórios.

Desde 1993 existe um regime para a imposição de tais direitos às importações de determinados produtos, com vis- tas a restabelecer as condições de competitividade, distorcidas por práticas desleais no comércio internacional.

O MINCOMERCIO procede às investigações sobre im- portações de produtos originários dos países do Acordo de Cartagena (Pacto Andino) que são objetos de “dumping” ou de subsídios, quando causam ou ameaçam causar prejuízo im- portante a setor significativo da indústria nacional, ou reduzem sensivelmente a capacidade de produção estável na Colômbia. As investigações sobre as importações de produtos originários de países membros do Acordo de Cartagena são submetidas à Junta do Acordo.

Dumping

A Colômbia considera existir “dumping” quando o preço de exportação de um produto em seu país de origem, excluin- do-se os custos de fretes e seguros, é menor do que o preço normal praticado no mercado interno.

Subsídios

Sem prejuízo das disposições do Acordo sobre Subsídios e Medidas Compensatórias da Organização Mundial do Comér- cio (OMC), considera-se que uma importação foi subsidiada quando a produção, transporte ou exportação do bem impor- tado ou ainda de suas matérias–primas e insumos, recebeu di- reta ou indiretamente qualquer auxílio, benefício, estímulo ou incentivo do Governo, de entidades públicas ou de empresas de economia mista do país de origem da mercadoria.

Os direitos “antidumping” ou direitos compensatórios- consistem basicamente em uma taxa imposta ao produto im-

portado quando tem preço inferior ao preço base fixado pela MINCOMERCIO. Esses direitos são calculados com base no que se considera valor suficiente para eliminar o prejuízo causado à economia nacional, notadamente ao ramo industrial a que pertence o produto.

Não são aplicadas medidas de retaliação comercial ou restritivas a produtos brasileiros.

Importações Via Postal

Incluem-se nesta modalidade os envios de correspon- dência, pequenos pacotes postais e as remessas urgentes via aérea sempre e quando o seu valor comercial não exceder a US$ 1.000,00. As mercadorias importadas nestas condições estão livres de desembaraços alfandegários.

As correspondências podem ser: cartas, cartões pos- tais, impressos, envios fonopostais, pacotes e remessas pos- tais, remessas ocasionais de mercadorias que não impliquem relação comercial estável, ou seja, que não superem seis (6) unidades da mesma classe, cujo peso não exceda a 20 kg e suas medidas não superem 1,5 metros, em qualquer de suas dimensões.

É proibida a importação de mercadorias com restrições legais ou administrativas por esta via, isto é, as que inclu- am armas, publicações que atentem contra a moral e os bons costumes, produtos precursores na elaboração de narcóticos, estupefacientes ou drogas não autorizadas pelo Ministério de Saúde e mercadorias cuja importação se encontre proibida pelo artigo 81 da Constituição Colombiana ou por acordos in- ternacionais aos que tenha aderido ou venha a aderir a Co- lômbia.

As importações devem ser efetuadas através de em- presas autorizadas pela Direção Aduaneira, que entregam a guia aérea geral, e a declaração de conteúdo que acompa- nham cada pacote à autoridade aduaneira. A importação por via postal deve pagar os tributos aduaneiros de acordo com sua classificação tarifária e as disposições tributárias corres- pondentes.

ACESSO AO MERCADO

Importações de Amostras de Mercadorias sem Valor Co- mercial

Não se requer licença prévia de registro para as impor- tações de amostras sem valor comercial que se destinam a fins promocionais e publicitários, experiências e ensaios técnicos e científicos ou como protótipos de produtos não destinados à comercialização.

O valor unitário de cada mercadoria não deve exceder US$ 50 nem ultrapassar a quantidade de 10 unidades por re- messa. No caso de quantidades maiores, deve-se assinalar a menção “mercadorias sem valor comercial” na embalagem ou empacotamento original, desde que o valor total da remessa não exceda US$ 1.000.

Há necessidade de licença de importação para os bens incluídos na lista de produtos com licença prévia, para amos- tras sem valor comercial que não se encaixem nas condições anteriormente mencionadas, para jóias e pedras preciosas em geral, bem como para artigos manufaturados e metais precio- sos, ouro e seus derivados, prata e metais do seu grupo.

Regulamentação Especial. Normas Técnicas.

a) Animais, adubos, fertilizantes, embriões, ovos em- brionários para incubação, alimentos e derivados de origem animal transformados: sua importação requer permissão sani- tária outorgada pelo ICA (Instituto Colombiano Agropecuário). Em quase todos os casos é necessário o certificado sanitário oficial e o certificado de origem do produto, que é concedido pela autoridade competente do país de origem. Os produtos devem ingressar pelos portos previamente indicados e ser au- torizados pela autoridade aduaneira colombiana.

b) Óleos e azeites vegetais, óleos de origem animal, áci- do esteárico e oléico, amido, arroz e cevada para consumo; estearina, glúten, grãos, filetes de trigo, sementes de soja (exceto para semeadura), farinhas de trigo, milho e sementes

oleaginosas, malte; milho para consumo; sorgo (exceto para semeadura): a importação desses produtos requer autorização prévia do Ministério da Agricultura da Colômbia.

c) A importação de alimentos para animais também requer autorização do Ministério da Agricultura; os medica- mentos de uso veterinário necessitam de registro e licença de venda concedido pelo Instituto Colombiano Agropecuário.

d) Os adubos, fertilizantes, desfolhantes e inseticidas requerem, para sua importação, além do registro, a permis- são sanitária prévia, a licença prévia do Instituto Colombiano Agropecuário e devem ingressar na Colômbia pelos portos in- dicados pelas autoridades competentes.

e) A importação de fibras vegetais, forragens, peças de madeira, plantas e partes de plantas, grãos para moagem e extração de óleos vegetais, requer permissão sanitária prévia da autoridade colombiana competente. Alguns destes produ- tos somente podem ingressar pelos portos indicados, e devem estar acondicionados em recipientes ou em contêineres espe- ciais.

f) Sebo e gordura bovina, sorgo e trigo para moagem e consumo requerem licença prévia do Ministério da Agricultura. Quando os grãos se destinam à semeadura, são exigidos tes- tes para comprovação de eficácia.

g) Em relação à importação de produtos químicos rela- cionados com a produção e elaboração de estupefacientes e psico-fármacos, existe um regime estrito: são requeridas per- missões prévias para a inscrição perante o “Conselho Nacional de Estupefacientes”. Tanto o “Conselho Nacional de Estupe- facientes” quanto o Ministério da Saúde exercem vigilância e controle muito rígidos sobre o importador, que deve apresentar informações periódicas sobre a utilização desses produtos, os quais somente podem ingressar na Colômbia pelas alfândegas autorizadas.

h)Os produtos relacionados com a saúde humana, tais como alimentos naturais e elaborados e aditivos para alimen- tos, requerem certificados de aptidão sanitária outorgados pela autoridade competente do país de origem. Ademais, de- vem cumprir com requisitos sanitários, licença sanitária, en- trar pelos portos indicados e ser transportados por veículos com licença sanitária.

i) A importação de materiais farmacêuticos, medica- mentos e materiais odontológicos, produtos biológicos, produ- tos homeopáticos, matérias-primas da indústria farmacêutica, suturas, gases, algodões, gesso, esparadrapos, cosméticos e toucas cirúrgicas requerem registro sanitário prévio junto ao Instituto Nacional de Vigilância de Medicamentos e Alimentos para cumprimento de regulamentações sobre rótulos.

j) Para a importação de bebidas alcoólicas é necessário cumprir certos requisitos sanitários e obter registro sanitário, inscrição do importador, realizar análises laboratoriais e entrar somente pelos portos indicados, além de obter aprovação do Instituto

Nacional de Vigilância de Medicamentos e Alimentos. Adicionalmente, deve-se obter certificado sanitário oficial con- cedido pela autoridade competente do país de origem do pro- duto.

k)Os produtos para higiene e outros de uso doméstico, tais como sabonetes, detergentes, desinfetantes, desodoran- tes, alvejantes, ceras e gomas devem cumprir requisitos so- bre embalagem, empacotamento e rótulo especial, além de certificado sanitário oficial concedido pela autoridade compe- tente do país de origem do produto e aprovação do Instituto Nacional de Vigilância de Medicamentos e Alimentos.

Além disso, para obter o registro de licença de impor- tação dos produtos que estão submetidos ao cumprimento de normas técnicas oficiais colombianas ou regulamentos técni- cos, o exportador deve apresentar ao MINCOMERCIO o certifi-

cado de conformidade com a norma técnica colombiana ou re- gulamento técnico respectivo, expedido pela Superintendência da Indústria e Comércio ou pelos órgãos de certificação cre- denciados ou reconhecidos. Este certificado de conformidade aplica-se para uma variedade de produtos, tais como panelas de pressão, ceras para pisos, bombas e geradores elétricos, transformadores, baterias, extintores, equipamentos hidráuli- cos, velas, câmaras pneumáticas, etc.

Embalagens, Empacotamento e Rótulos

Além das condições exigidas para os produtos menciona- dos anteriormente, os regulamentos aduaneiros colombianos estabelecem condições especiais de embalagem, empacota- mento e rotulagem para importação de produtos comestíveis, farmacêuticos e materiais considerados perigosos ou tóxicos.

Em relação aos produtos comestíveis, deve-se indicar claramente no rótulo o nome do produto, ingredientes, peso, identificação dos fabricantes e número de licença sanitária ofi- cial.

Nos produtos farmacêuticos, deve-se indicar claramen- te no rótulo o nome comercial do medicamento e a indicação de sua utilização (médica, veterinária e odontológica), indicar o peso e o volume do produto e sua composição, assim como a data de validade do medicamento e o número de licença sanitária oficial.

Em caso de produtos perigosos ou tóxicos, é necessário mencionar no rótulo o grau de toxicidade do produto e cum- prir com as disposições da ONU a respeito de embalagens e rótulos.

Marcas e Patentes

A Decisão 344 da Comissão do Acordo de Cartagena é uma norma de caráter comunitário, que tem aplicação pre- ferencial em matéria de propriedade industrial na Colômbia. Os países membros do Acordo de Cartagena concedem paten-

os campos da tecnologia, sempre que estas forem inéditas e sejam suscetíveis de aplicação industrial. A patente tem uma vigência de 20 anos, contados a partir da data de apresenta- ção das respectivas solicitações e seu titular está autorizado a explorar a invenção patenteada em qualquer país membro. Em todo caso, devem-se pagar taxas periódicas, de conformidade com as disposições da autoridade nacional competente, sob pena de caducidade da patente.

O registro de uma marca terá a duração de 10 anos, contados a partir da data de concessão, e poderá ser renovado indefinidamente por períodos similares. Entende-se por marca todo sinal perceptível capaz de distinguir no mercado produtos ou serviços produzidos ou comercializados por uma empresa de produtos e serviços idênticos ou similares. A marca coletiva serve para distinguir a origem ou qualquer outra característica comum de produtos ou de serviços de empresas diferentes que se utilizam da marca sob o controle de um titular.

Regime Cambial

Os residentes no país e os residentes no exterior que efetuam operações de câmbio na Colômbia devem apresen- tar uma Declaração de Câmbio junto às entidades cambiais devidamente autorizadas, (intermediários financeiros e casas de câmbio). Esta declaração deve ser apresentada e assinada pessoalmente por quem realiza a operação ou seu represen- tante, e nela constarão informações sobre o montante, suas características e demais condições da operação.

O mercado cambial colombiano é constituído pelas divi- sas que devem ser canalizadas obrigatoriamente através dos intermediários de câmbio, assim como as divisas que, embora estejam isentas dessa obrigação, sejam canalizadas volunta- riamente por meio desses empresários.

São obrigatoriamente canalizadas através do mercado de câmbio:

a) a importação e exportação de bens;

b) as operações de endividamento externo celebradas

por residentes no país, assim como os custos financeiros ine- rentes às mesmas;

c) os investimentos de capital estrangeiro no país, as- sim como seus rendimentos;

d) os investimentos financeiros em títulos emitidos ou em ativos existentes no exterior, assim como seus rendimen- tos, salvo os que se encontram em divisas no mercado livre;

e) os avais e garantias em moeda estrangeira; f) as operações cambiais; e

g) as operações de derivados.

O importador colombiano deve canalizar através do mercado cambial os pagamentos para a cobertura de suas im- portações. No caso de se conceder um prazo superior a seis meses para saldar as importações, deverá ser realizado um depósito em moeda oficial colombiana, junto ao Banco de la República, equivalente a um percentual do montante total da operação.

3. Documentação e Formalidades

Embarques: deverá ser considerada a regulamentação específica vigente no país de origem e embarque de merca- dorias.

Desembaraço Aduaneiro: quando as mercadorias che- gam ao porto colombiano, deve-se informar o serviço adua- neiro, com vistas a providenciar o registro de mercadorias, manifesto de carga ou guia aérea, que devem ser entregues à alfândega para o desembarque e desembaraço das merca- dorias.

O desembaraço das mercadorias deve ser feito no prazo de 2 dias após o desembarque no aeroporto ou 5 dias após o

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