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CAMAÇARI II – GOV MANGABEIRA C3 circuito simples (obra associada à UHE

CONDIÇÕES DE ATENDIMENTO (a) Área metropolitana de Salvador

4 SÍNTESE DAS CONDIÇÕES DE DESEMPENHO DAS INTERLIGAÇÕES REGIONAIS

4.1 PRINCIPAIS CONCLUSÕES

4.1.1 Resumo da capacidade de transmissão entre Regiões

A tabela 4.1.1-1 resume as capacidades máximas de transmissão obtidas para cada interligação, onde os seguintes aspectos são observados:

(a) Os valores indicados na tabela são limites em cada interligação e não podem ser praticados simultaneamente, visando essencialmente alimentar as análises energéticas; (b) Os valores limites foram obtidos considerando em operação as obras indicadas na

tabela 4-2;

(c) Além das obras relacionadas na tabela 4-2, foram consideradas em operação as seguintes instalações que possibilitam ganhos energéticos :

− 2o transformador 525/230 kV da SE Londrina;

− transformador 500/138 kV da SE Angra dos Reis; − 3o transformador 750/345 kV da SE Tijuco Preto;

− 2o transformador 500/440 kV da SE Água Vermelha;

− compensação série no 3o circuito em 750 kV entre Itaberá e Tijuco Preto;

− 6o, 7o, 8o e 9o bancos de capacitores de 200 Mvar – 345 kV da SE Tijuco Preto;

− conclusão da conversão para 500 kV dos circuitos de 230 kV entre Luiz Gonzaga e Fortaleza até junho de 2002; e

− implantação das melhorias necessárias para eliminação das restrições de transmissão no sistema de 525 kV que interliga as usinas do rio Iguaçu.

(1) SE-N N-SE NE-N N-NE Recebimento Nordeste Recebimento Sudeste P 0 900 900 7400 2002 (2) M 1000 900 0 1100 1100 7300 L 500 1100 1100 5400 P 500 900 900 7400 2002 (3) M 1000 900 700 1100 1100 7300 L 1000 1100 1100 5400 P 600 1900 2650 9500 2003 M 1950 1950 700 1650 2500 9300 L 600 1600 2300 7500 P 600 1500 2550 9500 2004 M 1950 1950 700 1800 2500 9300 L 600 1600 2200 7500 P 400 1750 2400 9500 2005 M 1950 1950 700 2100 2600 9300 L 600 1700 2600 7500

(1) condições de carga: pesada (P), média (M) e leve (L).

(2) considerando a conversão para 500 kV entre Luiz Gonzaga e Fortaleza incompleta (trecho entre Banabuiú e Fortaleza com três circuitos em 230 kV).

(3) considerando a conversão para 500 kV entre Luiz Gonzaga e Fortaleza concluída.

4.1.2 Avaliação preliminar de restrições ao despacho de usinas

Com o objetivo de identificar situações onde possa haver restrição ao despacho pleno de usinas, em função de limitação da capacidade de transmissão nas interligações, foi feita uma análise de balanço de carga x geração em cada subsistema. A avaliação, basicamente elétrica, buscou quantificar a geração nas Regiões Sul e Norte que, atendidos os mercados desses subsistemas, levam ao esgotamento das respectivas capacidades de exportação através de interligações inter-regionais, ou seja procurou-se avaliar o montante de excedente, em termos de percentual da geração local , que poderia ser despachado, atendendo o mercado local e exportando o excedente, sem que fossem atingidos os limites de transmissão.

Nesta análise simplificada, os valores de geração no Sul e no Norte que poderiam ser exportados, foram obtidos como se segue:

(a) Geração Sul = Mercado Sul + Recebimento pelo Sudeste

Obs.: para a composição do Recebimento pelo Sudeste, Itaipu foi considerada gerando 6.300 MW. A parcela do mercado do Mato Grosso do Sul não atendida por geração local foi adicionada ao mercado do Sul.

(b) Geração Tucuruí = Mercado Norte + Capacidade Norte-Nordeste + Capacidade Norte-Sul

Obs.: a capacidade Norte-Sul é determinada pelo fluxo que chega em Serra da Mesa que é resultante da composição da potência oriunda da Região Norte com a geração na UHE Lajeado. O que pode ser exportado de Tucuruí através da interligação Norte/Sul depende, portanto, do despacho da UHE Lajeado. No sentido de fixar um dos parâmetros, nesta análise foi considerada a UHE Lajeado gerando 800 MW.

Nesta análise, aos mercados do Sul e do Norte foi acrescentado 5% para representar as perdas. Os valores de geração obtidos segundo (a) e (b) foram comparados com a capacidade instalada em cada Região, considerando as usinas hidrelétricas e termelétricas, bem como as importações de outros países, contempladas nos estudos que resultaram neste PAR 2002-2004 e apresentadas na tabela 4.1.2-1. Ressalta-se que para fins desta análise, não foram considerados fatores limitantes ao despacho das usinas e interligações internacionais, seja por questões hidrológicas, seja por questão de indisponibilidade de unidades geradoras e/ou conversoras.

Excedente do Sul UHE

Itaipu

Recebimento pelo Sudeste

SE

S

~ 6300 MW Excedente do Sul Excedente de Tucuruí 800 MW Capacidade Norte-Nordeste Capacidade Norte-Sul

N

NE

SE

~ UHE Lajeado

(MW)

2002 2003 2004 2005

Região Sul 15.923 15.923 15.923 15.923

UHE Tucuruí 4.500 5.625 6.750 7.875

As figuras a seguir apresentam os resultados obtidos. INTERLIGAÇÃO SUL/SUDESTE

Despacho no Sul para atingir limite Sul/Sudeste

73% 91% 94% 98% 62% 79% 82% 85% 0% 57% 60% 62% 0% 10% 20% 30% 40% 50% 60% 70% 80% 90% 100% 2002 2003 2004 2005 % da capacidade Instalada

Pesada Média Leve

Os seguintes aspectos podem ser destacados da análise da figura:

(a) do período analisado, 2002 é o ano que se configura como o mais crítico em relação a possíveis restrições de transmissão ao escoamento de geração entre o Sul e o Sudeste. Nesse ano, que antecede a entrada da LT 500 kV Bateias Ibiuna, há um incremento significativo na capacidade instalada no Sul com a entrada em operação da UHE Machadinho e da 2a etapa da conversora de Garabi;

(b) em 2002, considerando a configuração com nove máquinas em operação na UHE Itaipu – 60 Hz, o limite de recebimento do Sudeste é atingido com as fontes da Região Sul despachadas em cerca de 73% (na carga pesada) e 62% (na carga média) da capacidade instalada. Na carga leve, o limite de recebimento do Sudeste é inferior ao despacho das nove máquinas na UHE Itaipu. Nesse caso, só seria possível transferir energia do Sul para o Sudeste com até sete máquinas despachadas em Itaipu;

(c) apesar de simplificada, a análise indica claramente a importância da entrada em operação da LT 500 kV Bateias-Ibiúna já em 2002;

(d) em 2003, a partir da operação da LT 500 kV Bateias – Ibiúna, a capacidade de transmissão entre o Sul e o Sudeste aumenta bastante, o que se traduz na possibilidade de se escoar um valor de despacho mais elevado até se atingir o esgotamento da capacidade de recebimento pelo Sudeste: 91% na carga pesada, 79% na média e 57% na leve;

(e) para os anos seguintes, com o crescimento do mercado na Região Sul, o excedente exportável para o Sudeste decresce, fazendo com que o limite de recebimento do Sudeste seja atingido para valores de despacho ainda mais altos;

(f) observa-se que, após a entrada da LT Bateias-Ibiúna, seria possível despachar mais de 90% (na carga pesada) e de 80% (na carga média) da capacidade instalada do Sul sem que a capacidade de transmissão para o Sudeste fosse atingida. Por outro lado, o valor obtido para a condição de carga leve (cerca de 60%) indica que, mesmo após a expansão da interligação Sul/Sudeste, pode haver restrição ao escoamento da energia entre estas Regiões. Essa questão torna-se mais relevante caso se confirme a realização do programa de termelétricas previstas para o Sul, o que pode acrescentar cerca de 3.000 MW à capacidade instalada da Região. Adicionalmente a possibilidade de se contar com 10 máquinas despachadas na UHE Itaipu também sinaliza para a necessidade de se ampliar a capacidade de transmissão entre as regiões Sul e Sudeste; e

(g) a necessidade de expansão da interligação Sul/Sudeste após a entrada da LT 500 kV Bateias – Ibiúna está sendo avaliada através de estudos eletro-energéticos conduzidos pelo ONS e pelo CCPE, que deverão ser concluídos até julho do corrente. Nestes estudos estão sendo consideradas as seguintes alternativas de obras que poderão ser implantadas, isoladamente ou em conjunto :

- LT 500 kV Londrina Campinas; - LT 500 kV Salto Santiago – Bateias; - LT 500 kV Salto Santiago – Ivaiporã.

Despacho em Tucuruí para atingir limites N/NE e N/S