• Nenhum resultado encontrado

CAMAÇARI II – GOV MANGABEIRA C3 circuito simples (obra associada à UHE

AÇÕES COMPLEMENTARES

3.4 REGIÃO NORTE 1 Pará

DESCRIÇÃO DO SISTEMA

A área norte do estado do Pará é atendida atualmente através de um único circuito em 500 kV entre a UHE Tucuruí e a SE Vila do Conde com 329 km de extensão. A SE Vila do Conde 500/230/69 kV, com três autotransformadores de 750 MVA, é responsável pelo atendimento de aproximadamente 78% de todo o mercado do estado do Pará, incluindo o complexo Albrás/Alunorte, com uma demanda atual de 644 MW.

O atendimento à área nordeste do estado, se faz a partir da subestação de Vila do Conde, através de um sistema de transmissão com duas LTs 230 kV Vila do Conde – Guamá – Utinga, com 68 km de extensão, e da subestação Utinga sai uma LT em 230 kV, com 94 km de extensão, até a subestação de Santa Maria.

O restante do mercado do estado do Pará (22%) é atendido a partir de sistemas radiais derivados da UHE Tucuruí onde destacam-se o sistema Tramoeste, com 662 km de extensão, formado por um circuito em 230 kV, partindo da UHE Tucuruí, passando por Altamira, Transamazônica e chegando até Rurópolis, no extremo oeste do estado.

A integração dessa malha de transmissão da Rede Básica, com o sistema de distribuição da CELPA que atende ao estado do Pará, é feita através das subestações 500/230/69 kV de Tucuruí, Marabá e Vila do Conde, das subestações 230/69 kV de Guamá, Utinga e Altamira, da subestação 230/138 kV de Rurópolis, da subestação 230/138/69 kV de Santa Maria e da subestação 230/34,5 kV Transamazônica.

CONDIÇÕES DE ATENDIMENTO

(a) Atualmente, em condições normais de operação, o atendimento ao estado do Pará é adequado, isto é, nenhum critério é violado.

(b) O atendimento à área de Belém e ao nordeste do estado do Pará depende integralmente da disponibilidade da LT 500 kV Tucuruí – Vila do Conde. A contingência deste circuito provoca corte de carga da ordem de 1300 MW em 2002. A solução para este problema é a instalação da LT 500 kV Tucuruí – Vila do Conde - C2, cuja concessão foi objeto de recente leilão conduzido pela ANEEL, estimando-se a entrada em operação deste circuito em junho de 2002. Ressalta-se que o atendimento à condição normal de operação, sem que haja violação de critérios até junho de 2002, está associado a implantação de dois bancos de capacitores de 230 kV – 55,5 Mvar na SE Utinga, ainda não autorizados pela ANEEL.

Considerando a entrada em operação da LT 500 kV Tucuruí – Vila do Conde o sistema de transmissão da Rede Básica, atende o critério de contingência simples no eixo Tucuruí – Vila do Conde, bem como a perda de um dos autotransformadores de Vila do Conde, sem que haja perda temporária de carga, em todo o horizonte do estudo (2004).

(c) O atendimento específico ao nordeste do estado do Pará, que compreende as áreas Bragantina e metropolitana de Belém, depende de ampliações na Rede Básica. Atualmente, constam do Programa de Licitação de Concessão de Linhas de Transmissão da ANEEL, com previsão de lançamento do edital em junho de 2001, as LT 230 kV Vila do Conde – Utinga e Utinga – Santa Maria. Entretanto, estudos de planejamento de longo prazo recém concluídos pelo CCPE indicam que a melhor

alternativa para atendimento à essas áreas é a implantação de uma LT 230 kV Vila do Conde – Santa Maria (via Castanhal), com 179 km de extensão. Considerando a implantação dessa linha de transmissão, essas áreas atendem ao critério de contingência em todo o horizonte do estudo (2004).

A LT 230 kV Vila do Conde – Santa Maria, se faz necessária, já a partir de 2001, para que se possa atender o critério de contingência. Quando da perda de um dos circuitos 230 kV Vila do Conde – Guamá verifica-se sobrecarga no circuito remanescente, que para ser evitada torna-se necessário um corte de carga da ordem de 33 MW.

O atendimento a SE Santa Maria é realizado através de um único circuito implicando, portanto, no não atendimento ao critério de contingência. Entretanto, considerando o segundo circuito 500 kV Tucuruí – Vila do Conde, em operação, em condições normais, o desempenho do sistema é satisfatório até 2004, mesmo com a configuração atual.

(d) Quanto ao atendimento às cargas da CELPA derivado da SE Marabá, verifica-se que a perda do único autotransformador 500/230/69 kV provoca um corte de carga da ordem de 188 MW, em 2002, além de deixar indisponível o compensador síncrono desta subestação, de grande importância para a operação da interligação Norte/Nordeste. A solução para este problema é a implantação do segundo banco de autotransformadores, conforme indicado no PAR 2001-2003, ainda em análise pela ANEEL.

(e) Com relação ao sistema radial que atende à área do Tramoeste verifica-se que não é possível atender ao critério de contingência de linhas de transmissão havendo necessidade de desenvolver um estudo de planejamento de longo prazo visando equacionar essa questão. Ressalta-se que o atendimento a essa área, em condição normal de operação, é satisfatório em todo o horizonte estudado (2004).

AÇÕES COMPLEMENTARES

1. Incluir a LT 230 kV Vila do Conde – Santa Maria (via Castanhal) no Programa de Licitação de Concessão de Linhas de Transmissão da ANEEL, com previsão de lançamento do edital em junho de 2001, no lugar das LTs 230 kV Vila do Conde – Utinga e Utinga – Santa Maria, conforme proposto nos estudos recém concluídos pelo CCPE (ANEEL).

2. Equacionar a concessão do 2o banco de autotransformadores 500/230 kV da SE

Marabá e dos bancos de capacitores 230 kV – 55,5 Mvar da SE Utinga, propostos no PAR anterior (2001-2003) (ANEEL).

3. Desenvolver estudos de planejamento de longo prazo para definir o suprimento à área do Tramoeste (CCPE).

3.4.2 Tocantins

DESCRIÇÃO DO SISTEMA

O atendimento ao estado do Tocantins, especificamente às áreas norte e centro, é efetuado em 69 kV a partir da SE Imperatriz 500/230/69 kV, localizada no estado do Maranhão, e em 138 kV a partir da SE 230/138/69 kV Porto Franco, também localizada no estado do Maranhão. Dessas subestações partem duas linhas de transmissão respectivamente, em 69 kV e 138 kV que convergem para a SE Tocantinópolis de onde deriva o sistema de 138 kV da CELTINS.

A área central do estado, principalmente a capital Palmas, é suprida através da subestação de Miracema 525/138 kV que secciona a interligação Norte/Sul.

Existe também uma interligação em 138 kV entre as subestação de Porangatu da CELTINS, localizada no extremo sul do estado, e a SE Alvorada da CELG. Esta interligação somente opera quando de contingências no sistema.

CONDIÇÕES DE ATENDIMENTO

Em condições normais de operação e ao longo de todo o período analisado, o sistema de transmissão da Rede Básica que atende o estado do Tocantins apresenta desempenho satisfatório. Entretanto, não é possível evitar cortes de carga no caso de contingência em transformadores nas subestações de Porto Franco (MA) e Miracema. A perda de transformadores nessas subestações provoca perda temporária de carga no estado. Outro problema visualizado, é o fato de que o atendimento a subestação de Porto Franco (MA) é efetuado através de um único circuito em 230 kV e ainda não se tem uma solução de longo prazo que permita atender o critério de contingência simples da LT 230 kV Imperatriz - Porto Franco. A perda desse circuito, também provoca perda temporária de carga no estado.

AÇÕES COMPLEMENTARES

1. Desenvolver estudos de planejamento de longo prazo para indicar soluções, para atendimento ao eixo 230 kV Imperatriz – Porto Franco (CCPE).

3.4.3 Maranhão

DESCRIÇÃO DO SISTEMA

A malha de transmissão da Rede Básica que atende ao estado do Maranhão é compreendida por duas linhas de transmissão em 500 kV vindas de Tucuruí, passando por Imperatriz e Presidente Dutra. Da SE Presidente Dutra partem dois circuitos também em 500 kV até a SE São Luís II, com 301 km de extensão. A SE São Luís II se interliga com a SE Teresina, no estado do Piauí, através de um circuito em 230 kV, com 390 km de extensão. A SE São Luís II 500/230 kV, com três autotransformadores de 600 MVA, é responsável pelo atendimento de aproximadamente 80% de todo o mercado do Estado do Maranhão, incluindo a carga da Alumar, com uma demanda atual de 722 MW.

Da subestação de São Luís II derivam duas linhas de transmissão em 230 kV, com 19 km de extensão, para atender a área metropolitana de São Luís. Além disso, existe um circuito radial em 230 kV, com 111 km, que vai da SE Imperatriz até Porto Franco, que atende também parte das cargas do estado do Tocantins. O atendimento a Coelho Neto é efetuado através de uma derivação da LT 230 kV Teresina – Peritoró, com 78 km de extensão.

A integração dessa malha de transmissão da Rede Básica, com o sistema de distribuição da CEMAR que atende ao estado do Maranhão, é feita através das subestações 500/230/69 kV de Imperatriz e Presidente Dutra, das subestações 230/69 kV de São Luís I, Peritoró e Coelho Neto e das subestações 230/138/69 kV de Miranda II e Porto Franco.

CONDIÇÕES DE ATENDIMENTO

(a) Em condições normais de operação, atualmente o atendimento ao estado do Maranhão é adequado, ou seja, nenhum critério é violado.

(b) Considerando a condição contingência simples, o sistema só atende a perda das LTs 230 kV São Luís II - São Luís I e Miranda II – Peritoró.

(c) A perda de uma das LTs 500 kV Presidente Dutra – São Luís II em dezembro/2001, após atuação de medidas operativas, provoca um corte de carga da ordem de 30 MW. A perda das LTs 230 kV São Luís II – Miranda II e Teresina – Peritoró provocam cortes de carga, respectivamente, de 46 MW e 52 MW em 2001, chegando a 79 MW e 89 MW em 2004. Ressalta-se que, quando da perda da LT 230 kV Teresina – Peritoró perde-se também, a carga da SE Coelho Neto, devido ao atendimento a essa subestação ser efetuado através de uma derivação nesta linha. A perda do único circuito 230 kV, em derivação, para Coelho Neto provoca perda total da carga de Coelho Neto, que chega a 27 MW em 2004.

A solução estrutural proposta pelo CCPE para atender plenamente ao critério de contingência simples no eixo São Luís – Teresina, bem como perda de uma das LTs 500 kV Presidente Dutra – São Luís II, é a instalação da LT 230 kV Presidente Dutra – Peritoró e do compensador estático 230 kV (-70, 150) Mvar na SE São Luís II. Considerando essas obras, a operação do elo 230 kV São Luís II – Teresina fechado e o seccionamento da LT 230 kV Teresina – Peritoró em Coelho Neto, formando as LTs 230 kV Teresina – Coelho Neto e Coelho Neto - Peritoró, verificam-se condições adequadas de operação nesta área em todo o horizonte analisado.

Saliente-se que a entrada em operação da linha de transmissão Presidente Dutra – Peritoró 230 kV acarreta um aumento de cerca de 100 MW na capacidade de transmissão da interligação Norte – Nordeste, no período que antecede a operação do

através de um circuito em 230 kV vindo de Imperatriz. A perda deste circuito compromete o atendimento às cargas dessa área e parte das cargas do estado do Tocantins. Entretanto, como ainda não existe para esse eixo, uma solução visualizada para possibilitar o atendimento ao critério de contingência simples, o ONS, no PAR 2001/2003, encaminhou ao CCPE a necessidade de desenvolver um estudo visando equacionar essa questão. Ressalta-se que o atendimento a essa área, em condição normal de operação, é satisfatório em todo o horizonte estudado.

AÇÕES COMPLEMENTARES

2. Desenvolver estudos de planejamento de longo prazo para indicar soluções, para atendimento ao eixo 230 kV Imperatriz – Porto Franco (CCPE).

3. Equacionar a concessão da linha de transmissão Presidente Dutra – Peritoró 230 kV, do compensador estático 230 kV ( 0, 150 ) Mvar da SE São Luís II e o seccionamento da linha de transmissão Teresina – Peritoró em Coelho Neto, previstas neste PAR ( ANEEL/CCPE/ONS).

3.5 REGIÃO NORDESTE