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5 DISCUSSÃO

5.2 PRINCIPAIS PROCEDIMENTOS CIRÚRGICOS

métodos diagnósticos eram comumente utilizados em animais com suspeitas dessa doença. A maioria das pancreatites em gatos eram crônicas.

5.1.7 Lipidose Hepática

Muitos dos casos estão associados ao estresse oxidativo e podem chegar a induzir a lesão hepatocelular adicional (LITTLE, 2018). Nos gatos que apresentaram lipidose hepática, a maior parte dos casos estavam associados a quadros de estresses agudos ou crônicos. É a consequência do equilíbrio energético negativo, ocorre a mobilização do tecido adiposo periférico e acúmulo de lipídio intra-hepático.

É potencialmente letal e multifatorial, na maioria dos casos existe uma doença primária que causa anorexia e induz a doença. A mobilização de gordura periférica que excede a capacidade hepática. Em alguns animais a inapetência é causada por estresse ambiental, como programas de perda de peso, mudanças na dieta, mudança de moradia ou de proprietários, perda ou introdução de novos animais ou membros da família, transporte e confinamento acidental. Pode não apresentar ação necroinflamatória, mesmo assim a colestase grave. A síndrome está associada a várias deficiências metabólicas (MERCK, 2014)

O tratamento baseia-se no fornecimento de um suporte nutricional adequado, que permita a reversão do estado catabólico existente, associado à administração adequada de fluido terapia e resolução de complicações clínicas, como vómito, (SILVA, 2012). Os gatos apresentando essa síndrome eram tratados com a sondagem esofágica enquanto permanecer com anorexia e os outros sinais sejam tratados.

5.2 PRINCIPAIS PROCEDIMENTOS CIRÚRGICOS

As principais cirurgias que ocorreram durante o período são de ordem reprodutivas, ortopédica, urológica e odontológicas. Porém os procedimentos odontológicos foram apenas profilaxias dentárias e extrações.

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Grande parte das cirurgias dessa ordem realizadas foram cirurgias eletivas de castração, porém, ocorreram muitos casos de Ovariosalpigohisterectomia terapêutica para a solução de piometras. Os principais casos foram de piometras abertas, bastante sintomáticas que chegaram em estágio emergencial, houve o caso de uma felina com piometra fechada em que a condição foi descoberta ao acaso durante a cirurgia de herniorrafia diafragmática.

A Ovariosalpigohisterectomia é o tratamento de escolha para piometras, para evitar recidivas e piometras de coto. Associado a isso deve ser realizado a fluido terapia e antibioticoterapia de amplo espectro, a mesma deve permanecer por via oral de 7 a 10 dias após a cirurgia. (MERCK, 2014)

O tratamento de eleição é a opção cirúrgica associada a terapia medicamentosa, sendo avaliada de acordo com a gravidade do quadro clínico. (BALARIN, 2018). Foram realizados o tratamento cirúrgico e antibioticoterapia em todos as femeas que apresentaram essa doença, para evitar futuras complicações.

5.2.2 Cirurgias Ortopédicas

Os problemas ortopédicos foram os que mais ocorrem em cães, isso pode ocorrer devido ao fato de muitas dessas doenças possuírem caráter hereditário em algumas raças de cães e dos casos de acidentes automobilísticos citados anteriormente.

Cerca de dois terços de atendimentos na clínica cirúrgica veterinária são enfermidades ortopédicas. Ossos longos possuem um maior destaque, visto que são 45% de todos os tipos de fraturas (SIQUEIRA et al., 2015)

Além disso, segundo Caplan (2014), para a maioria de procedimentos ortopédicos, é necessário que o profissional tenha desenvolvido habilidades cirúrgicas dessa natureza e estar familiarizado com o instrumental cirúrgico necessário. Na região da grande Florianópolis, não existem muitos locais com médicos veterinários aptos e com equipamentos para realizar cirurgias desse tipo, aumentando assim a prevalência dos animais com essas afecções no HVD.

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6 CONSIDERAÇÕES FINAIS

O estágio final é a parte do curso em que o acadêmico mais consegue ter a experiência de o que é ser um médico veterinário na área em que se deseja trabalhar, especialmente por ser um curso muito amplo, abordando muitas espécies e áreas.

A oportunidade de realizá-lo no Hospital Veterinário Darabas proporcionou conhecimento prático em diversas áreas da clínica e cirurgia de pequenos além de vivenciar diversas situações e dificuldades que ocorrem rotineiramente ao trabalhar neste cambo e muitas vezes, aprendendo a lidar com elas.

Foi muito proveitoso acompanhar a rotina de um grande hospital da região, com uma equipe de profissionais especializada e sempre disposta a esclarecer dúvidas e auxiliar quando necessário.

45 REFERÊNCIAS

BALARIN, Pedro Henrique Stipp. Relação do uso de contraceptivos com

piometra em cadelas atendidas no Hospital Veterinário da Universidade Federal da Paraíba no período de 2014 a 2018. 2018. 33 f. TCC (Graduação) - Curso de

Medicina Veterinária, Universidade Federal da Paraíba, Areia, 2018

CAPLAN, Elaine R. Cirurgia do olho: fundamentos de cirurgia ortopédica e tratamento de fraturas. In: FOSSUM, Theresa W. Cirurgia de pequenos animais.

4.ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2014. p.817-886.

CARDOSO, Catarina Flaspoehler Barreto Gomes. Abordagem da pancreatite

canina e felina: do diagnóstico clínico ao diagnóstico histopatológico. 2014. 125 f.

Dissertação (Mestrado) - Curso de Medicina Veterinária, Universidade de Lisboa, Lisboa, 2014.

FERREIRA, Gabriel Thadeu Nogueira Martins et al. Aspectos clínicos do enxerto conjuntival 360º e do implante da membrana amniótica criopreservada no tratamento de úlceras de córnea em cães. Red de Revistas Científicas de América Latina y El

Caribe, España y Portugal, Londrina, v. 34, n. 3, p.1239-1252, maio 2013.

GREENE, Craig E. Doenças infecciosas em cães e gatos. 4.ed. Rio de Janeiro: Editora Guanabara Koogan Ltda., 2015.

JHONSON, Ann L. Fundamentos de Cirurgia Ortopédica e Tratamento de Fraturas. In: FOSSUM, Theresa W. Cirurgia de pequenos animais. 4.ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2014. p.2913- 3088.

LARA, V. M.. Complexo respiratrio felino: principais agentes infecciosos. Ars

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LITTLE, Susan. O gato: medicina interna. Rio de Janeiro: Roca, 2018.

MERCK. Manual Merck de Veterinária. 10.ed. São Paulo: Roca, 2014.

NELSON, Richard W.; COUTO, C. Guillermo. Medicina interna de pequenos

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SILVA, Fábia Capeleiro Henriques Siqueira da. Lipidose hepática felina. 2012. 89f. Dissertação (Mestrado) - Curso de Medicina Veterinária, Universidade Técnica de Lisboa, Lisboa, 2012.

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SIQUEIRA, Rafael C. et al. Estudo retrospectivo da ocorrência de fraturas em ossos longos nos cães atendidos durante o período de 2006 a 2013 na universidade de Marília - SP/Brasil. Revista Portuguesa de Medicina Veterinária, Marília, v.1, n.10, p.94-98, jan. 2015.

VIDANE, Atanasio Serafim et al. Incidência de fraturas em cães e gatos da cidade de Maputo (Moçambique) no período de 1998-2008. Ciência Animal Brasileira,

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WILLARD, M. D. Manifestações Clínicas dos Distúrbios Gastrointestinais. In: ETTINGER, S. J.; FELDMAN, E. C. Tratado de Medicina Interna Veterinária: doenças do cão e do gato. 5.ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan LTDA, 2008. p.351-372.

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