• Nenhum resultado encontrado

3.3 Objetivos de Pesquisas Futuras

3.3.3 Principal Desafio para o Framework baseado em Categorias Modelo

Categorias Modelo de Quillen

Como visto em §1.3.6, existem três problemas com o framework baseado em jogos: (1) o problema do fragmento/extensão; e (2) o problema da uniformidade; e (3) o fato de nada podermos fazer quanto a (1) e (2).

Primeiro, devemos lembrar que o framework baseado em categorias modelo, proposto por mim nesta tese, não é apenas uma nova técnica para encarar os problemas que surgem com o enfraquecimento da noção de localidade (que por sua vez é uma maneira de lidar com a rigidez da localidade baseada em isomorfismos), mas, antes, uma nova abordagem para encarar o problema. Ou seja, se a rigidez da noção de localidade baseada em isomorfismos não permite, em certos casos, a aplicação de técnicas baseadas em localidade, então a primeira coisa que vem à mente é enfraquecer tal noção. Essa foi a estratégia (ARENAS; BARCELÓ; LIBKIN, 2005). A estratégia proposta aqui, no entanto, é a seguinte: em vez de enfraquecermos a noção de localidade em razão de um certo ambiente, nós devemos buscar um novo ambiente onde a noção possa ser aplicada. Assim, o framework baseado em categorias modelo, proposto por mim nesta tese, tem as óbvias vantagens de não precisar retornar a jogos, e de possuir uma alternativa para o problema da uniformidade, ou seja, o framework proposto por mim aqui possui as ferramentas para lidar com a metade do problema (3). Mas, e quanto ao problema (1)? Tal problema é o principal desafio do framework baseado em categorias modelo.

A pergunta que se coloca é: as ferramentas para tratar (2) podem ser utilizadas para tratar (1)? Como sabemos, a maleabilidade de fazer com que extensões e fragmentos de lógicas herdem propriedades que garantam a propriedade de localidade vem do fato de que a relação sob a qual repousa a localidade ser a relação de isomorfismos de vizinhanças. Sendo assim, obviamente que se temos um ambiente onde, por exemplo, podemos ter todos os isomorfismos, a maleabilidade a cerca de herança de propriedades que garante localidade pode ser mantida, diferente do caso do framework baseado em jogos, onde nenhum tal ambiente pode ser encontrado.

Enfim, ainda não possuo uma ideia clara de como provar que o framework baseado em categorias modelo não possui o problema (1). Mas, tal problema se configura, sem nenhuma dúvida, como o maior desafio para o framework proposto por mim aqui, e a sua resolução provará que, de fato, o framework baseado em categorias modelo é melhor do que o framework baseado em jogos.

Referências Bibliográficas

ADÁMEK, J. et al. Weak factorization systems and topological functors. Appl. Categ.

Structures, 10(3):237–249, 2002.

ALLENDER, E. Circuit complexity before the dawn of the new millennium, in: Proc. 16th

Conf. on Foundations of Software Technology and Theoretical Computer Science, Lecture Notes in Computer Science, Vol. 1180, Springer, Berlin, pp. 1–18, 1996.

ARENAS, M., BARCELÓ, P.; LIBKIN, L. 2005, Game-based Notions of Locality over Finite Models, acessado em https://homepages.inf.ed.ac.uk/libkin/papers/apal.pdf BENEDIKT, M.; KEISLER, H. J. On expressive power of unar counters. Proc. Intl. Conf.

on Database Theory (ICDT’97), Springer LNCS 1186, 1997.

DONG, G.; LIBKIN, L.; WONG, L. Local properties of query languages. Theoretical

Computer Science, to appear. Extended abstract in ICDT’97, LNCS vol. 1186, pp. 140-

154, 1997.

DROZ, J-M. Quillen Model Structures on the Category of Graphs, arXiv:1209.2699v1 [math.CO], 2012.

DROZ, J-M.; ZAKHAREVICH, I. 2015, Model Categories with Simple Homotopy Categories, Theory and Applications of Categories, Vol. 30, No. 2, pp. 15-39, 2015. DWYER, W.G.; SPALINSKI, J. Homotopy Theories and Model Categories, in Handbook

of Algebraic Topology, (Edited by I.M. James), Elsevier Science B.V., pp.73-126, 1995.

EILENBERG, S.; MAC LANE, S. Group Extensions and Homology, Annals of

Mathematics, 43757–831, 1942.

EILENBERG, S.; MAC LANE, S. General Theory of Natural Equivalences, Transactions

of the American Mathematical Society, 58231–294, 1945.

EILENBERG, S.; ZILBER, A.J. Semi-simplicial complexes and singular homology, Ann.

of Math. (2) 51 (1950), pp. 499-513. MR 0035434 (11,734e)

ETESSAMI, K. Counting quantifiers, successor relations, and logarithmic space, J.

FAGIN, R. Generalized First-Order Spectra and Polynomial-Time Recognizable Sets, in

Complexity of Computation, (ed. R. Karp) SIAM-AMS Proc. 7, (27-41), 1974.

FAGIN, R.; STOCKMEYER, M.; VARDI, M. On monadic NP vs monadic co-NP,

Information and Computation, 120, pp. 78-92, 1994.

FONIOK, J. 2007, Homomorphisms and Structural Properties of Relational Systems. Tese de Doutorado. Acessada em https://kam.mff.cuni.cz/ foniok/these.pdf

GABRIEL, P.; ZISMAN, M. Calculus of fractions and homotopy theory, Ergebnisse der

Mathematik und ihrer Grenzgebiete, Band 35, Springer-Verlag New York, Inc., New York,

1967. MR 0210125 (35 1019)

GAIFMAN, H. On local and non-local properties, Logic Colloquium ’81, North Holland, 1982.

GRÄDEL, E. 2007, Finite Model Theory and Descriptive Complexity. In Finite Model

Theory and Its Applications, pp. 125–230. Springer-Verlag.

GROHE M.; SCHWENTICK T. 1998, Locality of order-invariant first-order formulas. In: Brim L., Gruska J., Zlatuška J. (eds) Mathematical Foundations of Computer

Science 1998. MFCS 1998. Lecture Notes in Computer Science, vol 1450. Springer,

Berlin, Heidelberg

HANF, W. Model-theoretic methods in the study of elementary logic. In J.W. Addison

et al., eds., The Theory of Models, North Holland, pp. 132–145, 1965.

HARTSHORNE, R. Residues and duality, Lecture notes of a seminar on the work of A. Grothendieck, given at Harvard 1963/64. With an appendix by P. Deligne. Lecture Notes in Mathematics, No. 20, Springer-Verlag, Berlin, 1966. MR 0222093 (36 5145)

HELLA, L. Logical hierarchies in PTIME, Informat. Comput. 129, pp. 1–19, 1996. HOVEY, M. 1999, Model categories. Surveys and Monographs of the Amer. Math. Soc. KAN, D. Abstract homotopy. III, Proc. Nat. Acad. Sci. U.S.A. 42, pp. 419-421, 1956. MR 0087937 (19,440a)

KAN, D. Adjoint Functors, Transactions of the American Mathematical Society, 87 pp. 294–329, 1958.

KOLAITIS, Ph.; VÄÄNÄNEN, J. Generalized quantifiers and pebble games on finite structures. Annals of Pure and Applied Logic, 74, pp. 23–75, 1995.

LIBKIN, L. On the forms of locality over finite models. In Proc. 12th IEEE Symp. on

Logic in Computer Science (LICS’97), Warsaw, Poland, pp.204-215, 1997.

LIBKIN, L. Locality of queries and transformations. WoLLIC Preliminary Version, 2005. LIBKIN, L. On counting logics and local properties. ACM Trans. on Comput. Logic, 1 (1), pp. 33–59, 2000.

LIBKIN, L.; WONG, L. Lower bounds for invariant queries in logics with counting.

Theoretical Computer Science 288, pp. 153–180, 2002.

MAC LANE, S. The Development and Prospects for Category Theory, Applied Categorical

Structures, 4129–139, 1996.

MAC LANE, S. 1998, Categories for the Working Mathematician, 2nd edition, Springer, Berlin.

MAY, P. J. Simplicial objects in algebraic topology, Chicago Lectures in Mathematics,

University of Chicago Press, Chicago, IL, 1992.

MAY, P.; PONTO, K. More concise algebraic topology. Chicago Lecturesin Mathematics.

University of Chicago Press, Chicago, IL, 2012.

MILNOR, J. The geometric realization of a semi-simplicial complex, Ann. of Math. (2) 65, 357-362. MR 0084138 (18,815d), 1957.

NESETRIL, J.; OSSONA DE MENDEZ, P. Tree depth, subgraph coloring and homomorphism bounds. European J. Comb., 27(6):1022-1041, 2006.

PARBERRY, I.; SCHNITGER, G. Parallel computation and threshold functions, J.

Comput System Sci. 36, pp. 278–302, 1988.

QUILLEN, D.G.Formal properties of over-determined systems of linear partial differential equations, Ph.D. thesis, Harvard University, 1964.

QUILLEN, D.G. 1967, Homotopical Algebra, SLNM 43, Springer, Berlin.

RAZBOROV, A.;RUDICH, S. Natural proofs, J. Comput. System Sci. 55, 24–35, 1997. RIEHL, E. Categorical homotopy theory, volume 24 of New Mathematical Monographs. Cambridge University Press, Cambridge, 2014.

ROSSMAN, B. 2007, Homomorphisms and First-Order Logic, acessado em https://pdfs.semanticscholar.org/bc4e/0b69c02c916f419cbcde68e4f74c43ac394e.pdf. SCHWENTICK, T.; BARTHELMANN, K. Local normal forms for first-order logic with applications to games and automata. STACS’98, pp. 444-454, 1998.