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Procedimentos

No documento Alves Janice TM 2012.pdf (páginas 45-48)

3. METODOLOGIA

3.6. Procedimentos

A realização do presente estudo implicou a implementação de diversos procedimentos. Inicialmente contactou-se por escrito os coordenadores das instituições envolvidas, nomeadamente a Sra. Diretora Executiva do ACES Algarve II - Barlavento, ao Sr. Presidente da assembleia do Centro de Apoio Social e Cultural de Usseira e do Centro de Dia da Zambujeira do Mar, a fim de se solicitar autorização formal para a realização do estudo. Como resposta ao nosso pedido de autorização formal, o estudo foi considerado autorizado pelos órgãos coordenadores de todas as instituições envolvidas (Anexo V).

Após a emissão da autorização formal, por escrito, contactou-se os responsáveis, equipa de enfermagem e administrativos locais no sentido de se obter a sua colaboração na sinalização de utentes com mais de 75 anos e passar-se às fases seguintes de seleção e constituição da amostra, sendo que todos os potenciais participantes com quem se estabeleceu contacto e que respeitavam os critérios de inclusão definidos foram convidados a participar voluntariamente, bem como lhes foi facultado e apresentado o documento informativo (Apêndice B), que continha informação acerca da natureza, objetivos, procedimentos envolvidos e das entidades promotoras do presente estudo.

A recolha de dados foi realizada de forma faseada com cada participante, em dois dias (não consecutivos) e levada a cabo pelas investigadoras, segundo um protocolo de avaliação pré-definido. O registo e recolha dos dados foi realizado presencialmente (em

formato papel e posteriormente transcrito para uma base de dados informática) e este processo decorreu entre o início de junho de 2012 e o final de agosto de 2012.

3.6.1. Treino de Competências/Estudo Piloto

O treino de competências teve o intuito de simular os procedimentos que iriam ser realizados no estudo propriamente dito, de forma a otimizar a sua execução e minimizar eventuais falhas que surgissem e que fossem passíveis de modificação prévia e garantir a exequibilidade do projeto.

O estudo piloto, consistiu na aplicação do protocolo de avaliação a 7 participantes com mais de 75 anos, sendo que estes participantes foram automaticamente excluídos como potenciais sujeitos da amostra de investigação. Antecedendo à sua participação, foi- lhes explicado o objetivo do estudo piloto, a finalidade da recolha de dados, a apresentação dos instrumentos a avaliar, a entidade que promovia o estudo e a necessidade do consentimento informado assinado.

Esta fase, que decorreu em abril de 2012, teve como principais objetivos: a) testar o protocolo de avaliação, nomeadamente a sua adequabilidade e duração, considerando a compreensão da descrição, das instruções de preenchimento, das interpretações dos scores e ordem de aplicação dos instrumentos; b) treino de competências dos investigadores na aplicação dos instrumentos de avaliação; c) validar os instrumentos de avaliação construídos - questionário de caracterização do participante e de caracterização da AF; e d) treinar as competências do investigador na avaliação dos níveis de AF e comportamentos sedentários através do Compêndio dos METs.

A implementação do protocolo de avaliação no estudo piloto foi cronometrado, onde se registou os seguintes tempos de aplicação: questionário de caracterização, com um tempo médio de duração de 21 minutos, MMSE, duração de aplicação 18 minutos, o YPAS, tempo de aplicação 15 minutos, e a SF-12 duração de 7 minutos, com um tempo total de aplicação entre 50 a 55 minutos. Pelo que se concluíu que o protocolo poderia ser aplicado em 2 dias, alternados, com a duração de 25 a 30 minutos em cada sessão. No primeiro dia seria aplicado a MMSE, Questionário de caracterização da amostra e diário de AF e SF-12; e no segundo dia o YPAS e a END.

Considera-se esta etapa de extrema importância, uma vez que permitiu corrigir e modificar o questionário, resolver problemas imprevistos e verificar a redação e a ordem

das questões (Fortin, 2003). Durante esta fase foram detetadas algumas falhas que foram sujeitas a modificações, assim, sentiu-se a necessidade de alterar e simplificar algumas das questões do questionário de caracterização da amostra, nomeadamente a questão de com quem vive, optando-se por retirar a quantidade de elementos que vive na casa, e de acrescentar detalhadamente o tipo de AF regular e da sua duração, considerou-se que seria pertinente acrescentar uma questão relativa a hábitos de risco/antecedentes pessoais, no caso de se detetar alguma condição de saúde que condicionasse a implementação do protocolo de avaliação ou alguma situação de risco.

Relativamente ao diário, a aplicação foi relativamente fácil porque os participantes no estudo-piloto eram muito organizados na gestão do seu dia a dia e das suas atividades, contudo, poderia ser mais complicado com pessoas menos organizadas. Uma estratégia para colmatar estas dificuldades passaria pela aplicação de questões orientadoras, sugerir atividades (e a pessoa responder se realiza ou não) e depois de reunir as atividades incentivar a pessoa a distribuí-las pelos dias da semana, consoante a sua semana tipo. Quando o participante referia hábitos regulares de AF aproveitava-se o momento para perguntar o horário a que costuma realizar a atividade, porque facilitaria o preenchimento do diário.

Outra dificuldade detetada centrou-se ao nível da duração das atividades, porque geralmente os participantes respondiam, por exemplo, “passei a ferro a tarde toda”, uma forma de contornar esta dificuldade foi complementando com a informação fornecida previamente, por exemplo “então se acaba de arrumar a cozinha às 14H e costuma fazer a caminhada às 16H, para passear o cão, passou a ferro entre as 14H e as 16H?”, no sentido de organizar a informação facultada. Assim, aquando o preenchimento do diário poder-se-ia começar por questionar e preencher as atividades que são fixas, as atividades que o sujeito realiza todos os dias, à mesma hora, porque desta forma poderá ser mais fácil compreender a duração das outras atividades.

Terminada esta fase iniciou-se o processo de constituição da amostra. Foram, então sinalizados os utentes com idade igual ou superior a 75 anos e os mesmos foram contactados via telefone e contacto presencial a solicitar a sua colaboração. Foi então agendado um contacto presencial com os potenciais participantes que aceitaram participar, tendo-lhes sido explicado detalhadamente o teor do projeto e assinado o consentimento informado, passando-se então à aplicação do protocolo de avaliação.

No documento Alves Janice TM 2012.pdf (páginas 45-48)

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