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PARTE II – REFERENCIAL EMPÍRICO

5.1 PROCEDIMENTOS DA FASE DESCRITIVA DA PESQUISA

Com base nos resultados obtidos na pesquisa exploratória, iniciou-se a segunda fase da pesquisa, denominada de pesquisa quantitativa ou descritiva. Esta fase permitiu obter as informações necessárias à continuidade do projeto e ao efetivo alcance dos objetivos propostos. De acordo com Hair Jr., Bush e Ortinau (2000), o método descritivo é uma coleta estruturada de dados, submetido a um número considerável de respondentes. Em congruência aos autores, Malhotra (2006) destaca o caráter conclusivo e reforça que, normalmente, é tal tipo de pesquisa utilizado para descrever características ou funções do mercado. Desta forma, a pesquisa descritiva está intimamente relacionada à quantificação de informações.

Sendo assim, Malhotra (2006) descreve tal método como um dos principais de pesquisa em marketing também denominado de survey. O método survey é caracterizado por um questionário estruturado, aplicado a uma amostra de uma população que tem como fundamento provocar informações específicas dos respondentes sobre seus comportamentos, intenções, percepções, motivações e características. Baseado nestas possíveis informações, o método survey se enquadra perfeitamente nos objetivos propostos para o estudo.

A utilização dos atributos identificados na fase qualitativa operacionalizada por meio de uma escala intervalar, do tipo Likert, de sete pontos (CHURCHILL Jr., 1995; KUMAR; AAKER; DAY, 1999), contendo, em seus extremos: (1) Totalmente insatisfeito e (7) Totalmente satisfeito. A escala do tipo Likert exige que os entrevistados indiquem um grau de sua percepção no que tange à cada afirmação ou pergunta, facilitando o entendimento dos respondentes e o tratamento das respostas (dados) (MALHOTRA, 2006).

5.1.1 População e Amostragem

A população deste estudo foi composta por alunos cursos de pós-graduação lato sensu regularmente matriculados na UCS. Tendo em vista que, de acordo com a Pró-Reitoria de Pós-graduação (Relatório 2008), existem 1.015 alunos matriculados em cursos de pós- graduação lato sensu, conforme a Tabela 3, pretendeu-se aplicar a pesquisa a uma amostra de 521 alunos, considerando um intervalo de confiança de 97% e um erro máximo associado de 3%, atingindo, assim, uma amostra adequada ao estudo (Tabela 3).

Áreas do Conhecimento Cursos Lato Sensu Alunos Matriculados

Gestão 17 365 Direito 04 131 Humanas e Comunicação 10 199 Educação 03 47 Engenharias e Tecnologias 05 129 Saúde 04 100 Artes 02 44 Total 45 1.015

Tabela 3: Alunos matriculados em cursos lato sensu (2008)

Fonte: Pró-Reitoria de pós-graduação e Pesquisa (2008).

Considerando a população identificada, foi determinada a amostragem com o intuito de redução de tempo destinado à coleta de dados (GATES; McDANIEL Jr., 2005). Então, foi destinado à coleta de dados uma amostra não-probabílistica na qual cada elemento da população tem uma probabilidade conhecida de ser selecionada, diferente de zero (MALHOTRA, 2006). Para tanto, a técnica não-probabilística que se utilizou é a amostragem estratificada, para apresentar uma maior eficiência, onde a população original é dividida em subconjuntos com base em fatores relacionados à característica de interesse da população e depois é realizada uma amostra aleatória simples entre os elementos dos subconjuntos determinados.

A implementação da amostra estratificada se constitui em classificar a população dos subconjuntos, onde dividiu-se os cursos pelos Centros Acadêmicos de Conhecimento, considerando, assim, os fatores que estejam relacionados com o comportamento de interesse (GATES; McDANIEL Jr., 2005). Após isso, foram determinadas as proporções da população nos diversos subgrupos ou extratos, conforme segue na Tabela 4.

Filosofia e Educação 07 47

Ciências Exatas e Tecnologias 11 57

Ciências Biológicas e da Saúde 09 47

Artes e Arquitetura 04 21

Total 100 521

Tabela 4: Definição da composição da amostra

Fonte: Pró-Reitoria de pós-graduação e Pesquisa (2008).

Como último procedimento da definição de amostra selecionou-se amostras por conveniência separadas de acordo com cada extrato, controlando o número de alunos por àreas de conhecimento.

5.1.2 Validação do Instrumento de Coleta de Dados

O instrumento de coleta de dados, ou questionário de pesquisa, diz respeito a uma técnica estruturada, que consiste em um conjunto de indagações que devem ser respondidas pelo entrevistado, de forma padronizada (MALHOTRA, 2006; MILAN, 2006).

Para a elaboração deste instrumento, foi utilizado a relação de atributos resultante da fase exploratória. Assim que estruturado o instrumento de coleta de dados, foi procedida a validação de conteúdo (KINNEAR; TAYLOR, 1996), que consiste em uma avaliação subjetiva da representação dos aspectos estudados (MALHOTRA, 2006). Neste sentido, o instrumento de coleta de dados foi submetido a dois experts da àrea, professores do curso de Mestrado em Administração da UCS, que validaram o questionário de pesquisa.

Na seqüência foi implementado um pré-teste ou teste piloto, que consiste na aplicação do questionário em campo a uma pequena amostra de respondentes, com o objetivo de corrigir deficiências no instrumento de coleta de dados e avaliar o tempo de aplicação do mesmo (AAKER; KUMAR; DAY, 2004), assegurando ao pesquisador a consistência do instrumento. Como finalização, o instrumento de coleta de dados foi submetido, portanto, a um pré-teste com 10 alunos da pós-graduação lato sensu da UCS, a fim de se verificar a

facilidade de compreensão das perguntas e do preenchimento das respostas, bem como o tempo necessário para o auto-preenchimento do questionário de pesquisa e a existência de questões que precisam ser alteradas.

Na aplicação do pré-teste, verificou-se um tempo médio de dez minutos para responder ao questionário. De forma geral, os respondentes não demonstraram dificuldades consideráveis. Sendo assim, a questão número 2, relativa à competência dos colaboradores de serviço de apoio, foi acrescentado o explicativo (Secretaria, xeróx,...), para eliminar as dúvidas dos respondentes. Também, foi retirada a questão número 14 “presteza dos funcionários do serviço de apoio”, que estava subeentendida na questão número 4 “agilidade dos serviços de apoio”. Considerando que algumas alterações foram necessárias e pertinentes, os dez questionários provenientes do pré-teste não foram incorporados na amostra final. Como resultado final, pode-se verificar, no anexo B, o questionário de pesquisa aplicado.

5.1.3 Coleta e Processamento dos Dados

Para que o estudo tivesse êxito, fez-se necessária uma ordenação quanto à coleta de dados e quanto ao prazo de aplicação e de recolhimento dos questionários, evitando atrasos no cronograma das atividades (MALHOTRA, 2006). A aplicação dos questionários foi feita pela própria pesquisadora nas diversas turmas, fazendo uma breve explicação do instrumento com o intuito de fortalecer a importância do estudo.

O processo de coleta de dados foi realizada no mês de setembro de 2008 e, devido aos calendários flexíveis dos cursos de pós-graduação lato sensu, os questionários foram aplicados respeitando e controlando os extratos identificados nos subconjuntos da amostragem estratificada.

Conforme foram sendo aplicados os questionários, os mesmos foram sendo processados. Cada questionário recebeu um número de controle, sendo inspecionados um a um, para a digitação dos dados. Com o banco de dados formatado, realizou-se uma revisão minuciosa e partiu-se para a preparação dos dados e para as análise estatísticas.