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Procedimentos de seleção do local e participantes da pesquisa

4. MÉTODO

4.4 Procedimentos de seleção do local e participantes da pesquisa

Em um primeiro momento foi realizado contato com a Secretaria Municipal de Educação a fim de solicitar autorização para a realização da pesquisa. O projeto foi submetido à análise pelo comitê de Educação Especial, recebendo posteriormente autorização para o desenvolvimento da pesquisa nas escolas da rede municipal de educação (ANEXO B). Paralelamente, foi realizado contato com a Diretoria Estadual de Ensino a fim de verificar/ mapear em quais escolas estaduais havia alunos com deficiência. Contudo, tanto na rede estadual quanto na municipal este levantamento ainda não havia sido realizado de forma sistemática, dessa forma, os dirigentes fizeram algumas sugestões das escolas que poderiam ser procuradas e informaram que esse contato deveria ser realizado diretamente junto aos dirigentes das escolas.

A partir das sugestões realizadas pela Secretaria de Educação e da Diretoria de Ensino, foi realizada uma lista com o nome e telefone de algumas escolas municipais de ensino fundamental I que atendiam estudantes com deficiência e uma lista com algumas escolas estaduais sugeridas pela diretoria de ensino. Foi realizado inicialmente contato com as escolas por meio de telefone de forma a verificar se, de fato, havia crianças com deficiência nas escolas e, em caso positivo, era solicitado que fosse marcada uma entrevista com o diretor/ e ou Coordenador pedagógico e Professor de Educação Física da escola, a fim de apresentar a pesquisa, verificar o interesse da escola e do professor em participar da pesquisa e solicitar a autorização de realização da mesma nas dependências da instituição (APÊNDICE D e E).

A partir do levantamento realizado junto à Secretaria Municipal de Educação e à Diretoria de Ensino, foram identificadas seis escolas estaduais e quatro escolas municipais com estudantes com deficiência matriculados. É importante ressaltar que esse número não se referia ao número total de escolas estaduais e municipais que possuíam crianças com deficiência matriculadas no município em questão, mas sim o número de escolas contatadas para a participação na pesquisa.

Assim, foram realizadas visitas em cada uma das escolas com a finalidade de apresentar os objetivos de pesquisa e verificar o interesse do professor de EF em participar do estudo e da escola em receber a pesquisa e obter autorização da direção. Das dez escolas contatadas, quatro

escolas e seus respectivos professores apresentaram interesse e disponibilidade em participar do estudo. Contudo, em uma das escolas a professora não tinha horário para que os encontros pudessem acontecer. Dessa forma, três professores de EF participaram da pesquisa.

Portanto, após o aceite foi realizada uma reunião com cada um dos professores em suas respectivas escolas a fim de esclarecer possíveis dúvidas relacionadas ao projeto assim como apresentar e esclarecer a proposta de programa com base na Consultoria colaborativa. Considerando as diferentes realidades vivenciadas por cada professor e que estes possuíam dificuldades e desafios igualmente distintos, o programa de consultoria colaborativa, assim como todo o processo de coleta de dados, foi desenvolvido concomitantemente e de forma independente em cada escola.

Para tanto, o programa de intervenção em Consultoria Colaborativa em Educação Física Adaptada foi desenvolvido paralelamente em três diferentes escolas e foi organizado a partir de quatro diferentes etapas, a saber: Etapa 1: Aproximação e estabelecimento de vínculos com a comunidade escolar; Etapa 2: Identificação, definição do problema a ser solucionado e Planejamento do plano de ação; Etapa 3: Implementação do programa de consultoria colaborativa; Etapa 4: Avaliação do programa de Consultoria Colaborativa. A realização do serviço de consultoria em quatro etapas foi definida com base em Heikinaro-Johansson, Sherrill e French (1995), Block e Conatser (1999) e Idol, Nevin e Paolucci-Whitcomb (2000) e de acordo com a realidade da escola e envolvidos na pesquisa.

Os critérios de inclusão adotados para a seleção dos participantes foram: professores efetivos da rede municipal ou estatual de ensino que ministrassem aulas de Educação Física em turmas com estudantes com deficiência (estudantes com deficiência, transtorno global do desenvolvimento ou altas habilidades/Superdotação); ter as Atividades de trabalho pedagógico individual (ATPI)8 ou o horário de trabalho pedagógico individual (HTPI) na escola em que

trabalha com o aluno com deficiência; querer receber o serviço de consultoria. Assim, os professores foram selecionados a partir de uma amostra por conveniência.

8 No estado de São Paulo, são utilizadas as nomenclaturas: Atividades de trabalho pedagógico individual (ATPI) ou

Horário de trabalho pedagógico individual (HTPI) para se referir à carga horária de trabalho destinados a atividades pedagógicas extraclasse.

4.4.1 Participantes:

Participaram do estudo três professores de Educação Física da rede regular de ensino que ministravam aulas para estudantes com deficiência matriculados em turmas comuns. O papel de consultor em Educação Física foi exercido pelo pesquisador.

QUADRO 2: Caracterização dos professores participantes da pesquisa

Fontes: Elaboração própria. Legenda (M) Masculino (F) feminino EFA- Educação Física Adaptada, TGD- Transtorno Global do Desenvolvimento.

Informações gerais Formação inicial e continuada Experiência docente Estudante

Participante Sexo Idade Rede de

ensino Nível de ensino atuante Ano de formação em Educação Física/ Curso Disciplina EFA Pós- graduação Área da pós- graduação Experiência No ensino regular Experiência com estudantes com deficiência no ensino regular P1 M 49 Municipal Fundamental I e II Licenciatura

Plena- 1990 Não Sim

Educação Especial De 4 a 6 anos De 1 a 3 anos E 1- 5 º série – deficiência física P2 F 47 Estadual Fundamental I Licenciatura Plena em Educação Física 1992- Pedagogia- 2014 Não Não ____ ___ Mais de 17 anos De 1 a 3 anos E 2- 3ª série- TGD P3 M 61 Estadual Fundamental II e Ensino Médio Licenciatura em Educação Física- 1983- Não Sim Educação Física Escolar- Redefor- à distância Mais de 17 anos (31 anos) De 4 a 6 anos 2º ano do ensino médio- Cegueira Consultor F 31 ___ ___ Licenciatura em

Educação Física- Sim Sim

Mestrado em Educação

Especial