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No documento FERNANDA ELIZABETE COSTA DA CUNHA (páginas 45-62)

Capítulo III – O conhecimento e Perceção sobre o Tráfico de Seres Humanos

3.2. Método

3.2.3. Procedimentos

Primeiramente foi realizado um pedido formal a Cruz Vermelha Portuguesa Delegação de São João da Madeira (CVPDSJM), para administração dos questionários. Mediante a resposta positiva por parte da Direção da CVPDSJM, deu-se início a passagem do questionário. A recolha recorreu entre o dia 11 de Novembro a 23 de Dezembro de 2015.

A todos os participantes foram dadas informações e uma explicação referente ao estudo, sendo de seguida entregue o consentimento informado (em anexo) em formato papel para a autorização da sua participação. A administração dos questionários decorreu nas instalações da CVPDSJM durante o horário de funcionamento da instituição.

Para a análise dos dados realizamos dois procedimentos: i) para as respostas de nível qualitativo procedemos primeiramente a uma análise de conteúdo (em anexo) com vista à criação de categorias que permitissem a sua codificação e inserção base de dados; ii) as restantes respostas quantitativas foram igualmente codificadas e introduzidas no programa informático Statistical Package for Social Sciences (SPSS), versão 20.0. Foram realizadas análises de estatísticas descritiva para os dados obtidos.

3.2. Apresentação dos resultados

I – Dados Sociodemográficos

Foram inquiridos, no total, 110 indivíduos (n amostral) de ambos os sexos (cf. Tabela 1), com idades compreendidas entre os 19 e os 71 anos, sendo a média etária de 38.90 anos, com um desvio padrão de 14.36 numa amostra multimodal em que a maior frequência de idades correspondeu à faixa etária dos 26 aos 35 anos de idade. A distribuição por categorias etárias foi reveladora de uma amostra predominantemente de jovens e jovens adultos, em que a maior frequência foi nos grupos etários dos 19 aos 25, dos 26 aos 35 e dos 36 aos 45 (cf. Tabela 2).

1.1. Sexo

Respostas Frequência Absoluta Frequência Relativa (%)

Feminino 68 61.8

Masculino 42 38.2

Total/n 110 100

Tabela 1. Distribuição por frequências quanto ao sexo.

Tabela 2. Idade.

1.2. Idade

Respostas Frequência Absoluta Frequência Relativa (%)

Dos 16 aos 25 24 21.8 Dos 26 aos 35 25 22.7 Dos 36 aos 45 23 20.9 Dos 46 aos 55 14 12.7 Dos 56 aos 65 14 12.7 Mais de 65 anos 5 4.5 Total Parcial 105 95.5 Omissões 5 4.5 Total/n 110 100

No que refere a nacionalidade a amostra é maioritariamente de nacionalidade portuguesa (96.4%), havendo também uma percentagem reduzida (2.7%) de indivíduos de nacionalidade estrangeira, nomeadamente do Brasil (cf. Tabela 3 e 4).

1.3. Nacionalidade

Respostas Frequência Absoluta Frequência Relativa (%)

Portuguesa 106 96.4

Estrangeira 3 2.7

Omissões 1 0.9

Total/n 110 100

Tabela 3. Nacionalidade.

1.3.1. Se respondeu estrangeira, refira qual

Respostas Frequência Absoluta Frequência Relativa (%)

Brasil 3 2.7

Omissões 1 0.9

Não Aplicável 106 96.4

Total/n 110 100

Tabela 4. Nacionalidade estrangeira

Os participantes no estudo eram maioritariamente residentes no concelho de São João da Madeira (81.8%), havendo uma pequena percentagem de residentes em Oliveira de Azeméis (10.9%) e em Santa Maria da Feira (5.5%) (cf. Tabela 5).

1.4. Concelho de residência

Respostas Frequência Absoluta Frequência Relativa (%)

São João da Madeira 90 81.8

Santa Maria da Feira 6 5.5

Oliveira de Azeméis 12 10.9

Não responde 2 1.8

Total/n 110 100

Em termos de organização/estrutura do agregado familiar, 83.6% respondeu viver acompanhado, ao contrário dos 14.5% dos indivíduos que respondeu viver só (cf. Tabela 6).

1.5. Assinale se vive só

Respostas Frequência Absoluta Frequência Relativa (%)

Sim 16 14.5

Não 92 83.6

Não responde 2 1.8

Total/n 110 100

Tabela 6. Vive só.

Ainda relacionada com a questão anterior e atendendo aos que viviam acompanhados, constatou-se que a maioria dos inqueridos (72.7%) vive com a família nuclear, seguindo-se percentagens mais baixas para família nuclear alargada (4.5%), família alargada (2.7%), e por fim pares (1.8%) (cf. Tabela 7).

1.5.1. Se respondeu que “Não”, diga com quem vive

Respostas Frequência Absoluta Frequência Relativa (%)

Família nuclear 80 72.7

Família nuclear alargada 5 4.5

Família alargada 3 2.7

Pares 2 1.8

Não responde 4 3.6

Não aplicável 16 14.5

Total/n 110 100

As informações recolhidas permitiram verificar que a amostra era constituída por percentagens muito próximas de casados ou em união de facto (44.5%) e solteiros (41.8%), seguindo-se com uma percentagem significativa mais baixa de divorciado ou separados (12.7%) e por último viúvo (0.9%) (cf. Tabela 8).

1.6. Estado civil

Respostas Frequência Absoluta Frequência Relativa (%)

Solteiro(a) 46 41.8

Casado(a) / União de facto 49 44.5

Divorciado(a) /

Separado(a) 14 12.7

Viúvo(a) 1 0.9

Total/n 110 100

Tabela 8. Estado civil.

Em termos de escolaridade a amostra teve a percentagem mais alta no 7º ao 9º ano de escolaridade (30%), sendo seguida pelo ensino secundário 10º ao 12º ano (24.5%), ensino superior (13.6%), 1º ciclo do ensino básico 1ª a 4º classe (18.2%), 2º ciclo do ensino básico 5º ao 6º ano (8.2%) (cf. Tabela 9). Na referência “Outro” todas as percentagens têm o mesmo valor (0.9%) (cf. Tabela 10).

1.7. Escolaridade

Respostas Frequência

Absoluta Relativa (%) Frequência [1º Ciclo Ensino Básico] Do 1º ao 4º (ano/classe) 20 18.2

[2º Ciclo Ensino Básico] 5º ou 6º anos 9 8.2

[3º Ciclo Ensino Básico] Do 7º ao 9º anos 33 30.0 [Ensino Secundário] Do 10º ao 12º anos 27 24.5

Ensino Superior: Licenciatura 15 13.6

Outro 6 5.5

Total/n 110 100

1.7.1. Se respondeu “Outro”, refira qual

Respostas Frequência Absoluta Frequência Relativa (%)

Bacharelato em Fisioterapia 1 0.9

Curso profissional 1 0.9

Ensino Superior Mestrado 3 2.7

Secundário nível 4

Tecnológico 1 0.9

Não aplicável 104 94.5

Total/n 110 100

Tabela 10. Outro.

Em relação à situação ocupacional dos sujeitos que participaram neste estudo, são predominantemente desempregados (77.3%), sendo seguido de trabalhadores (11.8%), reformados (6.4%), estudantes e domésticas com percentagens iguais (1.8%), e por fim trabalhador- estudante (0.9%) (cf. Tabela 11).

1.8. Situação ocupacional

Respostas Frequência Absoluta Frequência Relativa (%)

Estudante 2 1.8 Trabalhador(a) 13 11.8 Trabalhador(a)-Estudante 1 0.9 Desempregado(a) 85 77.3 Reformado(a) 7 6.4 Doméstico(a) 2 1.8 Total/n 110 100

Tabela 11. Situação ocupacional.

No que diz respeito a área/tipo de trabalho ou estudos apresenta operários, artífices e trabalhadores similares com 22.7%, sendo seguido de por técnicos e profissionais de nível intermédio (18.2%), trabalhadores não qualificados (13.7%), pessoal de serviços e vendedores (9.1%), pessoal administrativo e similares (5.4%), especialistas das profissões intelectuais e científicas (2.7%) e por fim operadores de instalações e máquinas e trabalhadores da montagem (1.8%). Havendo ainda 26.4% que não responderam (cf. Tabela 12).

1.8.1. Refira a sua área/tipo de trabalho ou de estudos

Respostas Frequência Absoluta Relativa (%) Frequência

Pessoal dos Serviços e Vendedores 10 9.1

Operários, Artífices e Trabalhadores Similares 25 22.7

Trabalhadores não qualificados 15 13.7

Técnicos e Profissionais de nível intermédio 20 18.2 Operadores de instalações e máquinas e

trabalhadores da montagem 2 1.8

Pessoal Administrativo e Similares 6 5.4

Especialistas das Profissões Intelectuais e

Científicas 3 2.7

Total parcial

Não responde 29 26.4

Total/n 110 100

Tabela 12. Área/tipo de trabalho ou de estudos.

II – Conhecimento do tráfico de seres humanos

No que refere ao conhecimento sobre o fenómeno do tráfico de seres humanos os inquiridos responderam maioritariamente que era a exploração (54.5%) (e.g., “Exploração do ser humano”; Enganar as pessoas dizendo-lhes que vão para um emprego e depois são exploradas”), seguida da mobilidade (14.5%) (e.g., “Acho que são pessoas traficadas para outros países”; “É movimentação de pessoas entre fronteiras”), tráfico de órgãos (13.6%) (e.g., “Pessoas que são levadas contra vontade e expostas a todo tipo de violência até à sua venda para órgãos”), rapto (9%) (e.g., “Eles raptam pessoas e mulheres”; “Raptar alguém e vendê-la como se fosse um objeto ou produto”), prostituição (6.4%) (e.g., “Tráfico de mulheres para prostituição”) e por fim com frequência consideravelmente menor segue-se emigração/procura de emprego (e.g., “Enganar as pessoas dizendo-lhes que vão para um emprego e depois são exploradas”) e privação da liberdade (e.g., “Ser obrigada a ir para um sítio para onde não quer e ver-se privada da sua liberdade”), ambas com 3.6%. No item “Outros” (10.9%) está incluído ideias que os indivíduos têm sobre o fenómeno, como por exemplo o tráfico de seres

humanos é injusto ou desumano, sendo que 7.3% não responderam a questão (cf. Tabela 13).

2.1. O que entende por tráfico de seres humanos

Respostas Frequência Absoluta Relativa (%) Frequência respostas Nº de

Mobilidade 16 14.5 128 Exploração 60 54.5 Rapto 11 10 Emigração/procura de emprego 4 3.6 Privação da liberdade 4 3.6 Tráfico de órgãos 15 13.6 Prostituição 7 6.4 Violência 2 1.8 Outros 9 8.2 Não responde 8 7.3

Tabela 13. O que entende por Tráfico de Seres Humanos.

Na questão se teve acesso a informação nos últimos dois anos as percentagens ficaram próximas, o “Sim” teve 53.6% e o “Não” teve informação com 46.4%, sendo que 1.8% não respondeu (cf. Tabela 14).

2.2. Se teve acesso a informação nos últimos dois anos

Respostas Frequência Absoluta Frequência Relativa (%)

Sim 59 53.6

Não 51 46.4

Não responde 2 1.8

Total/n 110 100

Tabela 14. Teve acesso a informação nos últimos dois anos.

Em relação a pessoa ou entidade que forneceu essa informação a percentagem mais relevante foi comunicação social (47.3%), sendo seguida por percentagens com frequência consideravelmente menores, como instituições (1.8%) e órgãos de Polícia Criminal (0.9%) (cf. Tabela 15).

2.2.1. Se respondeu “Sim”, refira quem (pessoa ou entidade) tem fornecido tal informação

Respostas Frequência Absoluta Relativa (%) Frequência respostas Nº de

Comunicação social 52 47.3

55

Órgãos de Polícia Criminal 1 0.9

Instituições 2 1.8

Não se aplica 51 76.2

Não responde 3 10.0

Tabela 15. Refira quem (pessoas ou entidade) lhe forneceu tal informação.

Se considera que em Portugal existe informação suficiente sobre o fenómeno, maioritariamente “Não” com 88% e com uma percentagem menos significativa aparece o “Sim” com 22% (cf. Tabela 16).

2.3. Se considera que, em Portugal, há informação suficiente a respeito do tráfico de seres humanos

Respostas Frequência Absoluta Frequência Relativa (%)

Sim 22 20

Não 88 80

Total/n 110 100

Tabela 16. Considera que, em Portugal, há informação suficiente a respeito do tráfico de seres

humanos.

No seguimento da questão anterior, quem forneceu tal informação, aparece comunicação social com 15.4% (cf. Tabela 17).

2.3.1. Se respondeu “Sim”, refira quem (pessoa ou entidade) tem fornecido tal informação Respostas Frequência Absoluta Relativa (%) Frequência respostas Nº de

Comunicação social 17 15.4 18

Outro 1 0.9

Não se aplica 88 80

Não responde 5 4.5

III – Perceção do Tráfico de Seres Humanos

No que refere à perceção dos participantes quanto à frequência com que ocorre o tráfico de seres humanos em Portugal, resposta dos inquiridos indica maioritariamente “algumas vezes” (55.5%) acontece o tráfico em território nacional, por outro lado a quem responda “muitas vezes” (17.3%), o que quer dizer que os inquiridos têm a perceção que existe tráfico de seres humanos. Mas há quem pense não acontece “nenhuma vez” (1.8%) ou “poucas vezes” (24.5%) (cf. Tabela 18).

3.1. Atendendo à sua opinião, indique com que frequência ocorre o tráfico de seres humanos em Portugal

Respostas Frequência Absoluta Frequência Relativa (%)

Muitas vezes 19 17.3 Algumas vezes 61 55.5 Poucas vezes 27 24.5 Nenhuma vez 2 1.8 Não responde 1 0.9 Total/n 110 100

Tabela 18. Atendendo à sua opinião, indique com que frequência ocorre o tráfico de seres humanos

em Portugal.

Na questão se parece haver outros crimes relacionados com o tráfico de seres humanos a maior parte dos inquiridos respondeu que “Sim” (70%) e com uma percentagem mais baixa o “Não” (27.3%), por último 2.7% dos sujeitos não respondeu (cf. Tabela 19).

3.2. Assinale se lhe parece haver outros crimes relacionados com o tráfico de seres humanos

Respostas Frequência Absoluta Frequência Relativa (%)

Sim 77 70

Não 30 27.3

Não responde 3 2.7

Total/n 110 100

Quanto à tipologia dos crimes relacionados com o tráfico de seres humanos identificados pelos inquiridos, é de realçar a resposta exploração sexual/prostituição com a percentagem mais alta (23.4%) (e.g., “Obrigação à prostituição e ao trabalho não remunerado”), sendo seguida de tráfico de órgãos (e.g., “Recolha de órgãos”) e violência física/psicológica (e.g., “Violação, agressão, mutilação, tortura”; “Violência, violação, rapto, drogas, burlas”), ambas com 14.4%, exploração laboral (12.6%) (e.g., “Exploração no trabalho”; “Sexuais/agrícolas”), tráfico de drogas (8.1%) (Crimes relacionados com drogas, transporte”), pedofilia (4.5%), exploração de menores e ofensa à integridade física ambas com 3.6%, lenocínio e furto/roubo com 1.8%, e por fim homicídio com 1.8% (cf. Tabela 20).

3.2.1. Se respondeu que “Sim”, refira qual (ou quais)

Respostas Frequência Absoluta Relativa (%) Frequência respostas Nº de

Exploração sexual/Prostituição 32 29.1 116 Lenocínio 2 1.8 Pedofilia 5 4.5 Exploração laboral 14 12.6 Tráfico de órgãos 16 14.4 Tráfico de drogas 9 8.1 Exploração de menores 4 3.6 Homicídio 2 1.8 Furto/Roubo 2 1.8 Rapto 6 5.4

Ofensa à integridade física 4 3.6

Violência física/psicológica 16 14.4

Outros 4 3.6

Não se aplica 34 30.9

Não responde 5 4.5

No que respeita a se o tráfico de seres tem aumentado os inquiridos responderam maioritariamente “Sim” (70%), seguido do “Não” (20.9%) e por fim “Não responde” (9.1%) (cf. Tabela 21).

3.3. Assinale se lhe parece que o tráfico de seres humanos tem aumentado

Respostas Frequência Absoluta Frequência Relativa (%)

Sim 77 70

Não 23 20.9

Não responde 10 9.1

Total/n 110 100

Tabela 21. Assinale se lhe parece que o tráfico de seres humanos tem aumentado

No que diz respeito a justificação de “Sim” o tráfico de seres humanos tem aumentado, aparecem respostas como a “Vulnerabilidade socioeconómica” (18%) (e.g., “Muitas miséria nos pobres”; “As pessoas estão mais desesperadas e muitas vezes vão até para outros países sem grande informação”), “Associação a práticas ilícitas/desviantes” (17.1%) (e.g., “Aumento da criminalidade em geral; formas de ganhar dinheiro de forma ilícita”), “Perceção pessoal” (11.7%) (e.g., “Decadência de valores leva as pessoas a não terem amor ao próximo”), “Comunicação social” (9.9%) (e.g., “Cada vez mais se vê nas notícias”, “Aumento das notícias”), “Falta de informação sobre o tema” (4.5%) (Devido à situação do país e falta de informação”), “Crises políticas” (2.7%) (Por causa dos conflitos na Síria”, “Devido ao aumento de refugiados”), e por fim “Procura de emprego” (1.8%) (e.g., “Com a globalização e o agravamento do nível social e económico dos seres humanos existe uma maior “necessidade” de se submeterem e aceitarem certo tipo de promessas”) e “Globalização” (1.8%) (e.g., “Assinatura do acordo Schengen, livre circulação de pessoas e menor segurança”) (cf. Tabela 22).

3.3.1. SIM – o TSH tem aumentado porque:

Respostas Frequência Absoluta Relativa (%) Frequência respostas Nº de

Vulnerabilidade socioeconómica 20 18 75 Procura de emprego 2 1.8 Comunicação social 11 9.9 Crises políticas 3 2.7 Globalização 2 1.8 Associação a práticas ilícitas/desviantes 19 17.1 Perceção pessoal 13 11.7

Falta de informação sobre o tema 5 4.5

NÃO – o TSH não tem aumentado porque:

Respostas Frequência Absoluta Relativa (%) Frequência

11

Ausência de Informação 9 8.1

Maior atenção por parte das

autoridades 2 1.8

Não se aplica 2 1.8

Não responde 25 22.7

Tabela 22. Aumento ou não do TSH.

Em relação ao “Não” o tráfico de seres humanos não tem aumentado, as justificações vão para a “Ausência de informação” (8.1%) (e.g., “Não tenho informação para ter a ideia correta se aumentou ou não”) e “Maior atenção por parte das autoridades” (1.8%) (e.g., “Penso que as autoridades andam mais atentas e já não acontece tantas vezes”) (cf. Tabela 22).

Relativamente a perceção dos inquiridos em relação ao papel de Portugal no tráfico de seres humanos, a maioria considera que é um “País de Trânsito” (50%), seguido de um “País de Destino” (41.8%), “País de origem” (40.9%) e por fim “Nenhumas das opções anteriores” (7.3%) (cf. Tabela 23).

3.4. Indique o papel que lhe parece ser o de Portugal, no tráfico de seres humanos

Respostas Frequência Absoluta Relativa (%) Frequência

País de origem 45 40.9

154

País de trânsito 55 50

País de destino 46 41.8

Nenhuma das opções anteriores 8 7.3

Tabela 23. Indique o papel que lhe parece ser o de Portugal, no tráfico de seres humanos: País de

origem.

Em relação as razão (ões) para que as pessoas caiam mais facilmente nas redes de tráfico de seres humanos a maior percentagem recai sobre o “Pobreza/Dificuldades económicas” (83.6%), seguida do “Desemprego” (55.5%), “Migração ilegal” (48.2%), “Baixo nível de formação” (36.4%), “Crises políticas” (30.9%), “Vulnerabilidade individual" (28.2%), “Discriminação” (27.3%), “Globalização” (11.8%) (cf. Tabela 24).

3.5. Razão (ões) para que as pessoas caiam mais facilmente nas redes de

tráfico de seres humanos

Respostas Frequência Absoluta Relativa (%) Frequência

Globalização 13 11.8

Crises políticas 34 30.9

Pobreza/Dificuldades económicas 92 83.6

Desemprego 61 55.5 356

Baixo nível de formação 40 36.4

Migração ilegal 53 48.2

Discriminação 30 27.3

Vulnerabilidade individual 31 28.2

Outro 2 1.8

Tabela 24. Razão (ões) para que as pessoas caiam mais facilmente nas redes de tráfico de seres

humanos.

No que refere ao item “Outro”, mencionam “Milionários com destreza de controlar pessoas” (0.9%) e “Promessas de uma vida melhor” (0.9%) (cf. Tabela 25)

3.5.1. Se respondeu “Outra”, refira qual

Respostas Frequência Absoluta Frequência Relativa (%) Milionários com destreza de

controlar pessoas 1 0.9

Promessas de uma vida

melhor 1 0.9

Não aplicável 108 98.2

Total 110 100

Tabela 25. Outra.

No que diz respeito as pessoas mais vulneráveis a serem vítimas de tráfico de seres humanos, aparece com a maior percentagem as “Raparigas adolescentes (12 aos 18 anos)” (62.7%), sendo seguida de “Mulheres jovens adultas (19 aos 35 anos)” (56.4%), logo seguida de “Raparigas (menores de 12 anos)” (52.7%), “Rapazes (menores de 12 anos)” (47.3%), “Rapazes Adolescentes (12 aos 18 anos)” (42.7%), “Homens jovens adultos (19 aos 35 anos)” (36.4%), “Homens meia-idade (36 aos 50 anos)” (17.3%), “Mulheres meia-idade” (14.5%), e com percentagens muito mais baixas “Homens mais idade e Idosos (mais de 50 anos)” (2.7%) e “Mulheres mais idade e Idosas (mais de 50 anos)” (4.5%) (cf. Tabela 26).

3.6. Mais vulneráveis a serem vítimas de tráfico de seres humanos

Respostas Frequência Absoluta Relativa (%) Frequência

Rapazes (menores de 12 anos) 52 47.3

371

Raparigas (menores de 12 anos) 58 52.7

Rapazes Adolescentes (12 aos 18 anos) 47 42.7

Raparigas adolescentes (12 aos 18 anos) 69 62.7 Homens jovens adultos (19 aos 35 anos) 40 36.4 Mulheres jovens adultas (19 aos 35 anos) 62 56.4

Homens meia-idade (36 aos 50 anos) 19 17.3

Mulheres meia-idade (36 aos 50 anos) 16 14.5

Homens mais idade e Idosos (mais de 50 anos) 3 2.7 Mulheres mais idade e Idosas (mais de 50 anos) 5 4.5

Em relação ao tipo de relação entre a vítima e a pessoa que a envolve no tráfico de seres humanos, a percentagem mais alta vai para “Conhecidos” com 50%, de seguida os inquiridos consideraram que não existia “Nenhuma” (41.8%) relação entre as partes, no item “De trabalho” existe uma percentagem de 37.3%, quanto a existir uma ligação “De Amizade” ponderaram ter 23.6%, “Familiar” (15.5%) e por fim “Outra” com 4.5% (cf. Tabela 27).

3.7. Indique qual considera ser, geralmente, a relação entre vítima e a

pessoa que a envolve no TSH

Respostas Frequência Absoluta Frequência Relativa (%)

De Amizade 26 23.6 190 De Trabalho 41 37.3 Familiar 17 15.5 Conhecidos 55 50 Nenhuma 46 41.8 Outra 5 4.5

Tabela 27. Relação entre vítima e a pessoa que a envolve no tráfico de seres humanos.

No que concerne ao item “Outra”, foi considerado, em primeiro “Conhecimentos pela internet” (3.6%), seguido de “Anúncios de jornal” (cf. Tabela 28).

3.7.1. Se respondeu “Outra”, refira qual

Respostas Frequência Absoluta Frequência Relativa (%)

Anúncios de jornal 1 0.9

Conhecimento pela internet 4 3.6

Não aplicável 105 95.5

Total 110 100

Tabela 28. Outra.

No que diz respeito a se já teve conhecimento/contacto com uma situação de tráfico de seres humanos, apenas 3.6% respondeu que “Sim” correspondendo a 4 inquirido, e o “Não” com 96.4% (cf. Tabela 29).

3.8. Refira se já teve conhecimento/contacto com uma situação de tráfico de seres humanos

Respostas Frequência Absoluta Frequência Relativa (%)

Sim 4 3.6

Não 106 96.4

Total/n 110 100

Tabela 29. Refira se já teve conhecimento/contacto com uma situação de tráfico de seres humanos.

Os que responderam afirmativamente na questão anterior era indagado se contactou as autoridades, tendo o “Sim” (2.7%) (cf. Tabela 30).

3.8.1. Se respondeu “Sim”, assinale se contactou as autoridades

Respostas Frequência Absoluta Frequência Relativa (%)

Sim 3 2.7

Não aplicável 107 97.3

Total/n 110 100

Tabela 30. Contactou as autoridades.

Quanto as autoridades que foram contactadas aparecem PSP (2.7%) (cf. Tabela 31).

3.8.1.1. Indique qual a autoridade que contactou

Respostas Frequência Absoluta Frequência Relativa (%)

PSP 3 2.7

Não aplicável 107 97.3

Total/n 110 100

Tabela 31. Indique qual a autoridade que contactou.

Quanto a opinião dos inquiridos acerca das medidas existentes em Portugal para prevenir/combater o tráfico de seres humanos, a percentagem maior correspondeu ao “Insuficiente” (51.8%), sendo seguida de “Suficiente” (31.8%), “Bom” (10.9%), “Muito Bom” (1.8%) e 3.6% que não responderam.

3.9. Atendendo à sua opinião, classifique as medidas existentes em Portugal para prevenir/combater o tráfico de seres humanos

Respostas Frequência Absoluta Frequência Relativa (%)

Muito Bom 2 1.8 Bom 12 10.9 Suficiente 35 31.8 Insuficiente 57 51.8 Não responde 4 3.6 Total/n 110 100

Tabela 32. Atendendo à sua opinião, classifique as medidas existentes em Portugal para

prevenir/combater o tráfico de seres humano.

No documento FERNANDA ELIZABETE COSTA DA CUNHA (páginas 45-62)

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