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Os procedimentos gerais de pesquisa foram subdivididos em quatro etapas. a primeira refere-se ao levantamento do referencial teórico sobre urbanismo, renda, sistema de transportes, formação das cidades brasileiras, cidades médias e modelagem. esse levantamento permitiu identificar as variáveis durt mais apropriados para modelagem; a segunda à modelagem do fenômeno da mobilidade urbana por transporte sustentável para um conjunto de cidades médias brasileiras; a terceira à aplicação e análises do modelo e a quarta concerne às conclusões. A Figura 3.1 apresenta a estrutura metodológica da modelagem.

50 Figura 3.1: Estrutura metodológica da modelagem

3ª etapa: Conclusões 2ª etapa:

Modelagem, Validação, Aplicação e Análise 1ª etapa: Revisão Teórica e Levantamento de dados Tópicos: • Demografia; • Urbanismo; • Renda; • Sistema de Transportes. • Formação das cidades às cidades médias brasileiras. • Sustentação teórica para modelagem. • Escolha das variáveis independentes para modelagem. • Levantamento de dados. • Explicar a mobilidade urbana nas cidades médias brasileiras pela ótica DURT.

• Conhecer o potencial de criação de viagens por cada unidade de variável DURT, isoladamente e em conjunto com as variáveis DURT entre si.

• Conhecer as variáveis que mais contribuem para a geração de viagens. • Descobrir relações entre as

variáveis DURT para criação da mobilidade urbana sustentável.

• Apontar lacunas para novos estudos.

• Examinar modelos. • Criar variáveis dummy .

• Modelar Mobilidade para conjunto de cidades. • Enunciar o modelo.

• Aplicar o modelo.

• Análisar os resultados da aplicação entre cidades distintas .

• Investigar os efeitos forma urbana (del, cat e mv) sobre o quantitativo de viagens das cidades.

Variável dependente do modelo:

Mobilidade Urbana por Transporte Sustentável (proxy) =

Viagens por Transporte Coletivo ____________________________

População

Como explicar a mobilidade urbana por transporte sustentável nas cidades médias brasileiras integrando variáveis DURT, a fim de permitir que gestores possam elaborar políticas públicas com vistas a reduzir ou eliminar as externalidades negativas decorrentes da mobilidade?

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A pesquisa teve por foco identificar quais os possíveis tipos de modelos para uso no estudo, sendo que o modelo matemático revelou importantes contribuições para a modelagem que visa a explicação da mobilidade. Esse modelo pôde ser classificado quanto aos objetivos, à relação casualidade-resultado e aos modos de formulação, bem como serviu para conceituar variáveis qualitativas e quantitativas, traçando a relação dessas variáveis entre si e introduzindo os conceitos de linearidade, não-linearidade, correlação e regressão.

A continuidade da pesquisa indicou o modelo econométrico, cuja base é o modelo matemático associando variáveis originadas da economia, como o ideal para a formulação do modelo desejado. Esse modelo também se mostrou adequado para uso de mais de duas varíaveis concomitantes - regressão múltipla - e indicou como pressupostos da regressão a linearidade dos coeficientes, a normalidade dos resíduos, a homoscedasticidade dos resíduos, ausência de auto-correlação serial dos resíduos e a multicolinearidade. Serviu também para identificar quais os testes estatísticos capazes de responder à questão da validade estatística da amostra quanto ao atendimento desses pressupostos.

A revisão da literatura mostrou o modelo econométrico como o mais adequado por incluir com facilidade o uso de variáveis dummy (ou binárias) para representar as características qualitativas pertinentes à forma urbana das cidades. Contribuiu também para dar solução ao problema da escassez de dados com o uso da técnica de corte transversal (cross-section).

As principais fontes desses dados relativos às variáveis de pesquisa foram obtidos diretamente nos portais do IBGE, Denatran e institutos de pesquisa cidades foram coletados por meio do software SOMABRASIL, da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (EMBRAPA) e na Associação Naciaonal de Transporte Público (ANTP). As principais fontes de coletas de dados foram as contidas na Tabela 3.1.

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Tabela 3.1: Fontes para coleta de dados

Variável Fonte Endereço

Quantidade de Viagens por passageiros por transporte público Secretarias de Mobilidade Urbana ou de Transporte público das cidades

Diretamente nas Secretarias de Mobilidade Urbana de cada Município.

População Total IBGE - Canais - Cidades http://www.cidades.ibge.gov.br/xtras/home.php

PEA IBGE - Base SIDRA-

Tabela 616

http://www.sidra.ibge.gov.br/bda/tabela/listabl.asp?z= t&c=616

Frota para cálculo de TMC,TMI e TML DENATRAN-Relatórios Estatísticos - Frota http://www.denatran.gov.br/index.php/estatistica/237- frota-veiculos

Área para cálculo da DU

SOMABRASIL - Embrapa

http://mapas.cnpm.embrapa.br/somabrasil/webgis.ht ml

Os dados foram tabulados no software excel e importados para o software Statistical Package for the Social Sciences (SPSS), a partir do qual foram calculados os coeficientes da regressão e realizados os testes estatísticos. De acordo com Hair et al. (2005), no meio científico, disciplinas tem utilizado técnicas multivariadas em pesquisa por meio de programas estatísticos atualmente disponíveis em computadores pessoais, como é o caso do SPSS.

O cálculo da área urbana das cidades foi realizado a partir de ferramentas do portal SOMABRASIL, desenvolvido e disponibilizado pela EMBRAPA. O SOMABRASIL também foi utilizado para a determinação do diâmetro do círculo considerado no cálculo do índice de forma F, que foi empregado na caracterização do delineamento da cidade. O desenho urbano das cidades foi classificado de acordo com o sistema de classificação apresentada no Apêndice 7.4.

A validação dos modelos tiveram por fundamento a verificação dos pressupostos para regressão múltipla, a análises estatísticas e a aplicação em cidades para as quais foram encontrados dados.

Embora a modelagem matemática vise a previsão de fenômenos no futuro, permitindo a verificação da mutação em um sistema e simulações (Ferrari, 1982; Morettin e Toloi, 2006), a aplicação do modelo formulado visou entender a formação pretérita das viagens.

As análises de formação de viagens tiveram por fundamento a verificação da quantidade criada ou reduzida da proxy VTC/pop por cada variável DURT. Nessa etapa foi calculada a participação de cada variáveil DURT na criação ou redução de viangens

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quando aplicadas as quantidades (valores) de cada variável ao respectivo coeficiente. O produto dessa multiplicação possibilitou identificar o percentual da participação do aumento ou redução de viagens provocado por cada variável.

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