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CAPÍTULO 03 NOVOS OLHARES: RESISTÊNCIA E TRANSFORMAÇÃO

3.2 Processo de resistência: liberdade anunciada em Hibisco Roxo

Assim, é nessa direção das potenciais transformações que é possível observar, após todo o sofrimento anterior vivenciado por Kambili e as renovadas experiências sentidas dentro do núcleo familiar de sua tia, que Kambili sabia que não queria mais voltar para a casa em Enugu, espaço frio, sem amor, e agora associado à violência. A casa representa o local onde o ser encontra-se supostamente seguro, protegido de toda sorte de intempéries, é também local de intimidades, abrigo e amor:

A casa é, evidentemente, um ser privilegiado; isso, é claro, desde que a consideremos ao mesmo tempo em sua unidade e em sua complexidade (...). Porque a casa é o nosso canto do mundo. Ela é, como se diz amiúde, o nosso primeiro universo. É um verdadeiro cosmos. Um cosmos em toda a acepção do termo. (...) Aqui, com efeito, abordamos uma recíproca cujas imagens deveremos explorar: todo espaço realmente habitado traz a essência da noção de casa. (...) Em suma, na mais interminável das dialéticas, o ser abrigado sensibiliza os limites do seu abrigo. Vive a casa em sua realidade e em sua virtualidade, através do pensamento e dos sonhos. (BACHELARD, 2005, p. 24-25).

No entanto, a casa em Enugu não representa esse espaço de amor, conforto e abrigo. O desejo de fuga de casa está ligado à imagem de um espaço de violência e de intolerância. É espaço sem vida, não é o seu canto no mundo porque também não é refúgio. Kambili só consegue definir um lugar como casa e vida quando pensa no apartamento de tia Ifeoma, e isso ocorre quando Ifeoma consegue convencer Eugene a deixar seus dois filhos a passar uma semana com ela depois que Kambili saísse do hospital.

É em Nsukka, na casa desta tia, em uma conversa com Amaka, que Kambili, pela primeira vez, revela o que lhe aconteceu e quem foi o seu agressor. É no romper do silêncio que a menina consegue enfrentar a violência de outra forma em um duplo enfrentamento: silêncio e violência.

Concomitantemente com o problema vivido nos últimos dias por Kambili, tia Ifeoma enfrenta problemas administrativos na universidade em que trabalha, esses problemas de ordem administrativa se intensificam. Greve, falta de energia, falta de água, falta de estrutura básica para alunos e professores, falta de salários, questões políticas como a intervenção militar entre outros fatores criam um ambiente de tensão e insegurança externa para a família de Ifeoma, para Kambili e para Jaja. Em O Sétimo Juramento estas tensões sociais também estão postas, principalmente, no que diz respeito à organização do trabalho. Em Hibisco Roxo, a conversa com uma professora da universidade, amiga de Ifeoma, revela parte da adversidade:

“Ifeoma, do you think

you are the only one who knows the truth? (…) But,

gwakenem, will the truth feed your children? Will the truth pay

their school fees and buy their clothes?”

“When do we speak out, eh? When soldiers are appointed lecturers and students attend lectures with guns to their heads? When do we speak out?” Aunty Ifeoma´s voice was raised. But the blaze in her eyes was not focused on the woman; she was angry at something that was bigger than the woman before her. (…) I watched Aunty Ifeoma and the woman walk slowly to the door, as though weighed down by both what they had said and what they had not said. (ADICHIE, 2014, p. 223). 82

As questões sociais e históricas influenciaram o processo de construção das personagens, mas além de perceber a apreensão na conversa das mulheres, Kambili percebeu também o peso do não dito, daquilo que ficou implícito, da decisão de luta já tomada, mas ainda não posta em prática.

Desta forma, Kambili e as demais personagens, como qualquer ser humano, participam de uma substância humana que se realiza como histórica e

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- Ifeoma, você pensa que é a única que sabe a verdade? (...) Mas, gwakenem, por acaso a verdade vai alimentar seus filhos? A verdade vai pagar pela escola deles e pagar suas roupas? - E quando é que nós vamos protestar, ê? Quando os soldados virarem professores e os alunos tiverem de ir às aulas com armas apontadas para a cabeça? Quando nós vamos protestar?

Tia Ifeoma erguera a voz. Mas o fogo em seus olhos não estava focado na mulher; estava furiosa com algo maior do que a mulher que tinha diante de si. (...)

Observei tia Ifeoma e a mulher caminharem devagar até a porta, como se estivessem sentindo o peso tanto do que haviam dito quanto do que não haviam dito. (ADICHIE, 2011, p. 235).

social, dificilmente como indivíduos isolados, e sempre como humanidade. A infinitude de humanidade que contém um sujeito, o que o torna uma totalidade, se realiza materialmente de forma contingente no tempo e no espaço:

(...) de tal forma que cada instante de minha existência como indivíduo é um momento de minha concretização (o que me torna parte daquela totalidade), sendo determinado (como parte); dessa forma, eu existo como negação de mim-mesmo, ao mesmo tempo que estou sendo sou eu eu-mesmo.

Em consequência, sou o que estou sendo (uma parcela de minha humanidade); isso me dá uma identidade que me nega naquilo que também sou-sem-estar-sendo (a minha humanidade total). (CIAMPA, 2005, p. 179 -180).

Essa identidade parcial, em movimento dialético constante, surge em momentos históricos e sociais específicos, representa os possíveis movimentos das personagens em relação ao seu cotidiano como no caso de tia Ifeoma que ao conversar com uma colega de trabalho, com os ânimos alterados, acentua a identidade da professora universitária contestadora até ali guardada. Em casa, outras identidades emergem, a de mãe atenciosa, quando Papa-Nnukwu morou com ela, a de filha zelosa, a de tia incentivadora dentre outras.

Contudo, a percepção de Kambili sobre como Ifeoma e Eugene intervinham no processo de construção identitária de seus filhos emerge em uma conversa com o padre Amadi e na afirmação do sacerdote de que acreditava que os meninos do estádio podiam avançar muito mais do que pensavam e que acabavam de provar que ele estava certo:

It was what Aunty Ifeoma did to my cousins, I realized then, setting higher and higher jumps for them in the way she talked to them, in what she expected of them. She did it all the time believing they would scale the rod. And they did. It was different for Jaja and me. We did not scale the rod because we believed we could, we scaled it because we were terrified that we couldn´t. (ADICHIE, 2014, p. 226).83

A diferença de avançar, portanto, por uma crença e de avançar pelo medo fica clara para Kambili nesse ponto da narrativa. A garota consegue

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Naquele instante, percebi que era isso que tia Ifeoma fazia com meus primos, obrigando-os a ir cada vez mais alto graças à forma como ela falava com eles, graças ao que esperava deles. Ela fazia isso o tempo todo, acreditando que eles iam conseguir saltar. E eles saltavam. Comigo e com Jaja, era diferente. Nós não saltávamos por acreditarmos que podíamos; saltávamos porque tínhamos pânico de não conseguir. (ADICHIE, 2011, p. 238).

perceber as várias personagens que habitam o pai, um sacerdote controlador, chefe generoso, marido violento, mas, para a garota, a imagem de destaque é a do pai autoritário. Nota-se, por exemplo, quando Eugene estava frente a algum de seus funcionários do jornal ou frente a algum membro da sua umunna, a figura generosa com os funcionários e familiares distantes ascendia como se fosse seu modo de ser e o papel do marido violento e do pai autoritário desaparecia, era posto de lado, no entanto, isso não significava que a violência não fosse parte constitutiva de sua identidade. Este processo de composição identitária também ocorre, sem dúvida, com as demais personagens da narrativa.

Kambili percebe a relevância da crença em si e no outro para o desenvolvimento e afirmação do eu quando confronta as figuras de Eugene e Ifeoma e o que representava avançar para ambas as personagens. A medida que traça tal percurso, o papel de tia Ifeoma segue adquirindo traços cada vez mais precisos para a menina, principalmente quando a tia incentivava seus filhos a acreditar em si mesmos.

A garota sublinha a importância da crença no outro para a sua própria formação, para a formação de suas potenciais identidades e seus potenciais avanços e, nesse sentido, padre Amadi comunga das ideias de Ifeoma, pois também admite que acreditar nos meninos pobres confere crença em si mesmo e nos próprios garotos:

“You believe in those boys,” I blurted out.

“Yes,” he said, watching me. “And they don´t need me to believe in them as much as I need it for myself.”

“Why?”

“Because I need to believe in something that I never question.” (ADICHIE, 2014, p. 226).84

A identidade de padre Amadi também era formada por muitos eus: o eu pueril que mantinha o lado brincalhão e jogava bola com os meninos pobres do estádio, o eu que visitava os enfermos levando palavras de consolo, o eu que gostava de entrar no jogo de contestação com Amaka e o eu mais escondido e

84 -Você acredita nesses meninos – disse eu num impulso.

- Acredito – disse ele, me observando – E preciso acreditar neles por mim mesmo, mais até do que eles precisam de mim para acreditar em si mesmos.

- Por quê?

talvez o mais negado, aquele apaixonado por Kambili e que ia de encontro com o eu que havia feito votos para a igreja e para Deus. Alguns desses eus de padre Amadi se conflitavam e o envolviam em um dilema ético, religioso, espiritual e amoroso.

Situação que também não era fácil para Kambili, pois além dos diversos problemas que a cercavam, correspondia ao sentimento do padre Amadi. Eles não discutiam o assunto e Kambili acreditava ser rival de Deus, em uma batalha já perdida para o divino.

Além dessas tensões que dividiam Kambili, ao morar com a tia, percebe que o problema na universidade de Nsukka é grave, chegando ao ponto do fechamento da instituição por período indeterminado. Tia Ifeoma, por seu movimento ativo contrário à política de administração da direção da instituição, é coagida dentro de sua própria casa a jogar em favor da administração e Kambili, assim como sonhara com a morte do pai, sonha com a partida da tia para os Estados Unidos e um novo medo lhe invade: o da perda da nova família, que, de fato, era a única que lhe fazia algum sentido e conferia significado a sua vida:

During my fitful siesta, I dreamed that the sole administrator was pouring hot water on Aunty Ifeoma´s feet in the bathtub of our home in Enugu. Then Aunty Ifeoma jumped out of the bathtub and, in the manner of dreams, jumped into America. She did not look back as I called to her to stop. (ADICHIE, 2014, p. 230).85

Os sonhos e presságios de Kambili se embaralham com traços da realidade histórica em que está inserida. Em seu sonho, a menina encontra a tia em uma situação de ameaça, como se a tia fosse a menina na banheira com a água fervendo prestes a chegar a seus pés, mas, inusitadamente, a tia encontra uma saída para se livrar do opressor com o qual não podia lutar e que representava uma força de coação ostensiva, a saída vista por Kambili era literalmente pular para os Estados Unidos.

A princípio, o país é apontado como uma resposta para a crise política enfrentada na Nigéria, como possível solução, lugar de possibilidades e de

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Durante minha agitada sesta, sonhei que o administrador exclusivo derramava água quente nos pés de tia Ifeoma na banheira de nossa casa em Enugu. Então, tia Ifeoma pulava para fora da banheira e, como era um sonho, pulava para dentro dos Estados Unidos. Eu lhe pedia para voltar, mas ela não olhava para trás. (ADICHIE, 2011, p. 242).

escape para os sonhos de vários nigerianos, mas mesmo antes de saírem do país, a imagem idílica dos Estados Unidos se rompe na embaixada americana da Nigéria. A forma e o jeito como nigerianos eram tratados pelos funcionários da embaixada já revelava uma prévia do que a família de Ifeoma iria sofrer na suposta terra dos sonhos. Embora em face de tamanho problema, a personagem guerreira e idealista que também caracteriza Amaka sempre se manifesta em busca de uma Nigéria melhor:

“We should leave,” Obiora said. “Mom, we should leave. (…)” “What do you mean, leave? Why do we have to run away from our own country? Why can´t we fix it?” Amaka asked.

“Fix What?” Obiora had a deliberate sneer on his face.

“So we have to run away? That´s the answer, running away?” Amaka asked, her voice shrill.

“It´s not running away, it´s being realistic. By the time we get into university, the good professors will be fed up with all this nonsense and they will go abroad.”

“Shut up, both of you, and come and clean up this place!” Aunty Ifeoma snapped. It was the first time she did not look on proudly and enjoy my cousins´ arguments. (ADICHIE, 2014, p. 232). 86

Amaka crê na transformação social do país, quase como um objeto quebrado que necessita de cuidados e discorda de Obiora, contudo, a situação de embate entre os irmãos e a coerção que acabaram de passar com os homens do governo fizeram com que Ifeoma esboçasse ação distinta da de costume. Ela acabou encerrando, arbitrariamente, uma discussão entre seus filhos como uma resposta ao temor pela situação de todos. Com a constituição de uma reviravolta no cenário da família de tia Ifeoma, Jaja se posiciona e decide que não quer morar com o pai e que irá com a tia para os Estados Unidos.

Nesse palco, padre Amadi surge para levar Kambili para trançar os cabelos e a personagem pobre e feminina de Mama Joe ganha corpo para

86 - A gente precisa ir embora – afirmou Obiora. – Mãe, a gente precisa ir embora. (...)

- Como assim, ir embora? Por que precisamos fugir do nosso próprio país? Por que não podemos consertá-lo? – perguntou Amaka.

- Consertar o quê? – disse Obiora com um sorrisinho irônico bastante pronunciado.

- Então temos de fugir? Essa é a resposta, fugir? – perguntou Amaka com uma voz estridente. - Não é fugir, é ser realista. Quando chegar a hora de estudarmos na universidade, todos os professores bons vão ter se cansado de todo esse absurdo e já vão ter se mudado para o exterior.

- Calem a boca, vocês dois, e venham arrumar a casa! – ordenou tia Ifeoma.

Foi a primeira vez que ela não observou, orgulhosa, as discussões dos meus primos. (ADICHIE, 2011, p. 244 – 245).

Kambili ao contar sua história de dor e sofrimento, narra suas desventuras e conquista a empatia de Kambili. Ao longo da conversa, conhece outro eu de tia Ifeoma: aquele que divide com os pobres o pouco que tem e que não tem, por amor. Sob esta ótica, o indivíduo é constituído por personagens ou identidades que o representam em situações de interlocução em tempo e espaço determinados. Grande parte dessas personagens é representada no universo discursivo, como não poderia deixar de ser, e é o recorte do discurso de Mama Joe sobre tia Ifeoma que fará Kambili repensar a imagem que tem de sua tia:

-I have not seen that good woman in almost a month. I would be naked but for your aunty, who gives me her old clothes. I know she doesn´t have that much, either. Trying so hard to raise those children well. Kpau! A strong woman,” Mama Joe said. (ADICHIE, 2014, p. 236 – 237).87

Após conversarem sobre tia Ifeoma, Mama Joe nota algo diferente na maneira como padre Amadi trata Kambili e o analisa pelo jeito como cuida da garota e pelo cabelo de Kambili. A organização dos cabelos é elemento de aceitação ou recusa social, de aproximação de grupos sociais endógenos específicos ou segregação. Para Mama Joe, um homem não leva uma mulher para fazer os cabelos a não ser que a ame. A disposição do cabelo da mulher revelava, em alguns grupos sociais, o lugar estabelecido para essa mulher ocupar e o que se esperava dela:

St. Peter did not have the huge candles or the ornate marble altar of St. Agnes. The women did not tie their scarves properly around their heads, to cover as much hair as possible. I watched them as they came up for offertory. Some just draped see-through black veils over their hair; other wore trousers, even jeans. Papa would be scandalized. A woman´s hair must be covered in the house of God, and a woman must not wear a man´s clothes, especially in the house of God, he would say. (ADICHIE, 2014, p. 240).88

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Não vejo aquela boa mulher há quase um mês. Eu estaria nua se não fosse por sua tia, que me dá as roupas velhas dela. Sei que ela também não tem muito. Ela se esforça tanto para

criar bem aquelas crianças. Kpau! Uma mulher forte – disse Mama Joe. (ADICHIE, 2011, p.

250).

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St. Peter´s não tinha as imensas velas ou o altar de mármore trabalhado de St. Agnes. As mulheres não amarravam direito os lenços na cabeça para cobrir o mais possível o cabelo. Eu as observei enquanto elas se aproximavam para o ofertório. Algumas só colocavam véus negros transparentes sobre o cabelo; outras usavam calças, até mesmo jeans. Papa ficaria escandalizado. O cabelo de uma mulher precisa estar coberto na casa de Deus, e uma mulher não pode usar as roupas de um homem, principalmente na casa de Deus, diria ele. (ADICHIE, 2011, p. 254).

A comunidade religiosa de St. Peter estabelecia lugares diferentes para as suas mulheres, espaços de trânsito menos tensionados, como pode ser notado pela descrição da liberdade dos cabelos das mulheres da referida comunidade religiosa.

No romance Americanah, também de Adichie, a personagem central da trama, Ifemelu, também descreve algumas cenas em que, ao sair da Nigéria e se mudar para os Estados Unidos, para poder terminar o curso universitário, sofre preconceito de diversas maneiras, por ser mulher, por ser negra, por ser nigeriana, por ter sotaque, por ser pobre e também por não querer alisar o cabelo.

Em um momento específico da trama, a personagem revela a pressão de uma empresa para qual gostaria de trabalhar para que ela alisasse os cabelos e se aproximasse dos padrões de beleza estabelecidos, não só pela corporação, como também pela sociedade preconceituosa em que vive.

A questão do cabelo feminino igualmente aparece no livro Meio sol

Amarelo de Adichie, outrossim vinculada a questões sociais e de preconceito.

É possível notar, portanto, que cabelos e padrões femininos são questões recorrentes nos romances de Adichie que apontam para a valorização do cabelo negro e da cultura nigeriana tradicionalista, como formas que endossam a identidade de grupos sociais endógenos distintos.

Em Hibisco Roxo, o preconceito é relatado por uma professora, amiga de Ifeoma, como uma questão também das universidades do exterior e cita Cambridge, em que, segundo ela, era tratada como uma macaca que desenvolvera a habilidade de pensar.

Nessa cena, Obiora discorda da ideia de consertar o país exposta por Chiaku, a amiga de Ifeoma, de forma indelicada e a repressão de Ifeoma ao filho faz saltar valores de estima aos mais velhos e aos seus conhecimentos:

“I do not quarrel with your disagreeing with my friend. I quarrel with how you have disagreed. I do not raise disrespectful children in this house, do you hear me? You are not the only child who has skipped a class in school. I will not tolerate this rubbish from you! I na-anu?” (ADICHIE, 2014, p. 245).89

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- Eu não me incomodo de você discordar da minha amiga! Mas me incomodo com a maneira como você discordou! Eu não criei ninguém nesta casa para não ter respeito com os mais

Esse também era um dos motivos para Ifeoma estimar a figura de Papa- Nnukwu em sua família e uma das causas do embate com Eugene. Novamente a diferença de educação e da forma de enxergar o mundo entre os irmãos Ifeoma e Eugene influenciará também a maneira como as suas crianças constituirão seus universos. Beatrice, que sempre em silêncio e com medo