2. Ciclo de Vida do Serviço
3.4. Processos da Estratégia de serviço
O portefólio de serviço descreve os serviços de um provedor de serviço que são em desenvolvimento, que estão em produção, novos desenhos, novas ideias e também contêm os serviços antiquados. O portefólio de serviço não é visível para o cliente. Propósito e objectivos
O propósito da gestão de portefólio inclui (David Connon, 2011: 170):
Garantir que o provedor de serviço tenha a composição correcta de serviços para atender aos resultados de negócio;
Acompanhar os investimentos em serviços durante o seu ciclo de vida; Assegurar que os serviços estão claramente definidos e vinculados com a
realização de resultados de negócio.
Os objectivos da Gestão de portefólio de serviços são (David Connon, 2011: 170): Fornecer um processo e mecanismos para habilitar a organização a investigar e
decidir sobre quais serviços oferecer, com base em uma análise de retorno potencial e um nível aceitável de risco;
Manter o portefólio de serviços prestados, de acordo com as necessidades de negócio;
Fornecer um mecanismo para a organização avaliar como os serviços
possibilitam de realizar sua estratégia e responder as mudanças em ambiente interno e externo;
Controlar quais serviços são oferecidos, sob quais condições e em que nível de investimento;
Analisar quais serviços não são mais viáveis e quando eles deveriam ser aposentados.
Âmbito
O âmbito da gestão de portefólio de serviço é acompanhar os serviços usando o portefólio de serviço. Este portefólio é composto por três elementos:
Pipeline de serviço (serviços propostos ou aprovados/priorizados para desenvolvimento);
Catálogo de serviço (serviços em produção ou disponíveis para implantação); Serviços obsoletos (serviços aposentados).
A figura abaixo apresenta o portefólio de serviço:
Figura 30 Portefólio de serviço
Fonte: Versão original extraída de Estratégia de Serviço
Portefólio de serviço fornece uma estrutura para tomada de decisão que ajudara a responder aos seguintes tipos de questões (David Connon, 2011: 170):
Por que o cliente compraria estes serviços? Por que os devem comprar de nós?
Quais são os preços ou modelos de cobrança?
Quais são os nossos pontos fortes e fracos, prioridades e riscos; Como e quais recursos e capacidades serão distribuídos?
Por meio do portefólio de serviço podemos identificar os recursos de TI comuns usados/alocados para avaliar, desenhar, transferir, operar e melhorar os serviços. O portefólio de serviço pode ser usado para priorizar onde estes recursos devem focar para garantir que os serviços com prioridade tenham a atenção merecida.
3.4.2. Gestão Financeira
A Gestão Financeira é um processo complexo que se aplica a todos os tipos de provedores de serviço, e serve como base para realização de negócios. Em qualquer organização questionam-se os custos para serviços de TI.
Propósito e objetivos
Todos os processos do ITIL têm um propósito estabelecido, descrevendo para que serve o processo. O propósito da gestão financeira para serviços de TI inclui (David Connon, 2011: 201):
Assegurar o nível de orçamento apropriado para desenhar, desenvolver e entregar serviços que atendam à estratégia da organização;
Identificar o equilíbrio entre o custo e a qualidade do serviço;
Manter o equilíbrio da oferta e procura entre provedor de serviço e seus clientes. Os objectivos da gestão financeira para serviços de TI incluem (David Connon, 2011: 201):
Definir e manter uma estrutura para identificar, gerir e comunicar os custos; Avaliar o impacto financeiro de estratégias novas ou alteradas no provedor de
serviço;
Facilitar o serviço e activos do cliente para assegurar que a organização atenda a seus objetivos;
Entender relacionamento entre despesas e receitas; Gerir e reportar gastos no fornecimento dos serviços;
Executar políticas e práticas financeiras no fornecimento de serviços; Contabilizar o dinheiro gasto na criação, entrega e suporte de serviços;
Previsão financeira para saber se o provedor de serviço é capaz de atender aos serviços pedidos (orçamento);
Se for o caso, definir um framework para cobrança pelos serviços oferecidos. Âmbito
A gestão financeira para serviços de TI contém três subprocessos principais (David Connon, 2011: 202):
Planeamento orçamental:
Faz a previsão e controla o gasto de dinheiro;
Consiste num ciclo de negociações periódicas para definição de orçamentos futuros (normalmente anuais), monitorização diária e ajustes dos orçamentos; Contabilidade:
Possibilita à organização de TI contabilizar a forma como seu dinheiro é gasto (identificando custos por cliente, serviço, actividade);
Envolve sistemas de contabilidade, incluindo livros de registo, centros de custos, etc.;
Deve ser supervisionada por alguém com formação em contabilidade. Cobrança:
Em muitos casos é uma parte opcional deste processo;
Necessária para emitir cobranças aos clientes pelos serviços fornecidos a eles; Deve ser baseada em práticas e sistemas de contabilidade.
3.4.3. Gestão de relacionamento com o negócio Propósito e objectivos
O propósito da Gestão de Relacionamento com o negócio é duplo (David Connon, 2011: 256):
1. Estabelecer e manter um relacionamento de negócio entre o provedor de
serviços e o cliente, baseado no entendimento do cliente e suas necessidades de negócio;
2. Identificar as necessidades do cliente e assegurar que o provedor de serviços é capaz de atender a estas necessidades, considerando que as necessidades de negócio mudam ao longo do tempo e assegurando que as expectativas do cliente não excedem o que ele está disposto a pagar e o que o provedor pode entregar. Os objectivos de relacionamento com o negócio são (David Connon, 2011: 256):
Assegurar que o provedor de serviços entenda a perspectiva de serviço do cliente;
Assegurar níveis altos de satisfação do cliente;
Estabelecer e manter uma relação construtiva entre o provedor de serviços e o cliente;
Identificar mudanças no ambiente do cliente e tendências de tecnologia para os serviços existentes;
Identificar os pontos da tecnologia que podem afectar a utilização de serviço; Trabalhar com o cliente para assegurar que os serviços serão capazes de entregar
valor;
Separar em casos onde existirem requisitos contraditórios para serviços de diferentes unidades de negócio;
Estabelecer um processo formal para receber e fazer escalação de reclamações de clientes.
O âmbito de Gestão de relacionamento com negócio está dividido em duas partes (David Connon, 2011: 256):
Nos provedores de serviços internos, o escopo é alinhar os objectivos do negócio com as actividades do provedor de serviços;
Nos provedores externos, o âmbito é maximizar o valor do contracto por meio da satisfação do cliente.
3.5. Adoção de ferramentas para automatização de serviços