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PROCESSOS PARA A CONSTRUÇÃO DO LEIA Integram este tópico os seguintes itens:

5 LEIA: LABORATÓRIO PARA O ESTUDO INTEGRADO DA ARQUITETURA

5.2 PROCESSOS PARA A CONSTRUÇÃO DO LEIA Integram este tópico os seguintes itens:

▪ Elementos Participativos: Instituições, Coordenadorias, Corpo Docente e

Corpo Discente;

▪ Aspectos Institucionais: Hierarquia Institucional e Hierarquia Funcional; ▪ Aspectos Técnicos/Operacionais e Ambientação;

▪ Aspectos Pedagógicos e suas Abordagens Teóricas.

Todos estes itens, constituintes da estruturação e funcionalidade do LEIA, foram construídos a partir das pesquisas geral e específica. Portanto, para maior compreensão da estrutura modular do laboratório foram inseridas informações

referentes à estas junto a alguns sub-itens dos tópicos abaixo apresentados, por entende-se que estes podem esclarecer ou simplesmente ilustrar o assunto em questão.

Também se recorre ao estilo de fonte itálico, para definir a classificação dos elementos da pesquisa, fixada em: muito, razoavelmente, pouco, raramente ou

nada, procurando maior padronização das respostas e conferindo, assim, maior

fidelidade a estas e credibilidade ao trabalho de pesquisa desenvolvido entre os acadêmicos.

5.2.1 Elementos Participativos

Os participantes do projeto, enquanto representantes do universo pesquisado, compõem-se de:

▪ Instituições de Ensino Superior (IES):

Para o trabalho de implementação do ambiente virtual como suporte ao estudo presencial da Arquitetura e do Urbanismo, propõe-se, inicialmente, o desenvolvimento das atividades do projeto nas seis (6) faculdades representantes do universo pesquisado, visto que:

1. a apresentação e a promoção do projeto LEIA efetuada nas faculdades em questão durante o trabalho de entrevista e pesquisa nelas desenvolvido, auxilia consideravelmente a entrada do projeto nestas Instituições;

2. de acordo com análise feita sobre o questionário de pesquisa apresentado e entrevistas realizadas, todas estas faculdades manifestam interesse na implementação do projeto e, mais ainda, revelam-se dispostas a intervir favoravelmente quanto aos requisitos técnicos e pedagógicos para a efetivação do laboratório.

▪ Coordenadorias:

Uma vez que o ensino suportado pelo computador, em todas as esferas acadêmicas tem se mostrado consideravelmente marcante, a fase organizacional e experimental do LEIA nas faculdades de AU terá grande relevância e poder decisório frente às projeções e perspectivas para a manutenção do projeto. Cabendo, portanto, às coordenadorias, o empenho de instruir professores e alunos, no sentido de oferecer e facilitar a prática de alternativas pedagógicas viáveis que consolidem o estudo colaborativo e a utilização de ferramentas tecnológicas a serviço da pesquisa e do trabalho acadêmico em geral.

▪ Corpo Docente:

Cada disciplina do curso contempla ao menos um (1) professor/tutor, responsável pela ementa disciplinar. Dentro do contexto do LEIA, suas atribuições, basear-se-iam em:

1. orientar e instruir os alunos quanto aos mecanismos e uso das tecnologias durante o desenvolvimento dos exercícios requisitados;

2. ser o elo de ligação entre o LEIA e os alunos, agenciando o entendimento entre o instrumento de estudo e o estudante;

3. estabelecer bases pedagógicas que utilizem todo o potencial das ferramentas disponíveis do laboratório para a promoção do aprendizado de Arquitetura e do Urbanismo;

4. motivar a contínua reciclagem e capacitação educacional e profissional, firmando-se como facilitador neste processo;

5. gerenciar o estudo colaborativo e dirigir equipes de trabalho, estimulando o exercício da prática profissional, através das ferramentas disponíveis no laboratório virtual.

▪ Corpo Discente:

Inicialmente, propõe-se dispor do conjunto de alunos integrantes do primeiro ano de curso das referidas Instituições deste estudo, para a fase introdutória do projeto LEIA. Justifica-se esta alternativa por três motivos relevantes, entre outros:

1. há grande curiosidade e crédito pelo projeto descrito no âmbito acadêmico do primeiro ano de AU, o que representa uma atitude natural diante do ingresso à faculdade e requerimento a novos empreendimentos. Os alunos apresentaram sugestões e críticas, bem como suscitaram questionamentos quanto ao tempo estimado para a implementação do LEIA, seus equipamentos, abrangência, orientações de uso, desenvolvimento e interferências junto ao ensino presencial, etc;

2. os acadêmicos do primeiro ano dos cursos de graduação, não só na AU, mas de uma maneira geral, comumente se mostram mais dispostos às novas técnicas e procedimentos educacionais do que os alunos anteriormente inscritos nos cursos, que se apresentam mais hostis às mudanças tanto de ordem metodológica nas disciplinas como de ordem organizacional das faculdades como um todo. Justifica-se o caso, neste estudo, por entender-se que, qualquer ação inferida ao processo de ensino-aprendizagem altera, às

vezes significativamente, o estágio atual deste, podendo perturbar o andamento do curso ou dos hábitos escolares já compreendidos e assimilados pelos alunos, professores e demais colaboradores deste;

3. facilidade de acesso pelas equipes de suporte do LEIA para as orientações e instruções de uso e manutenção emergenciais, exigidas para a prática do projeto junto aos alunos deste período, já que estes ainda não se encontram sugestionados pelos demais colegas ou influenciados pela rotina acadêmica clássica no terceiro grau.

Quanto ao perfil acadêmico, segundo os resultados obtidos na pesquisa, evidencia-se uma média de 37 alunos por turma de primeiro ano e 19 alunos por turmas de terceiro ano, com 73,40% do total destes distribuídos na faixa etária dos 17 aos 22 anos.

Constatou-se ainda, segundo dados da pesquisa específica que: dos entrevistados, 92,55% possui computador em casa, com 87,88% destes tendo acesso a Internet e 82,45% dispondo de CD-ROM. Como todas as faculdades questionadas possuem Laboratório de Informática disponíveis aos alunos do Curso, estes itens relacionados indicam facilidades nas condições de acesso ao ambiente LEIA, já que o instrumento principal de trabalho, no caso, o computador, está inserido no cotidiano dos acadêmicos (incluindo-se nestes os professores) da AU, de uma maneira geral.

Ainda sob a ótica dos alunos, verificou-se que 43,43% deles, representantes de uma maioria, utiliza pouco o computador, mas em contrapartida, também a maioria (38,09%) tem pouca dificuldade na sua utilização e raramente (39,36%) se reciclam a respeito; sobre a freqüência de uso para o estudo em geral, é razoável sua utilização para 41,51% dos entrevistados, sendo que, para o estudo da arquitetura, a maior parte (33,34%), apesar de não corresponder a um grande número, raramente dispõe-se dele.

Estes dados, examinados conjuntamente, servem como agentes motivadores às transformações nas práticas escolares pelos alunos do Curso, visto que, mesmo dispondo-se das tecnologias que podem agir como ferramentas auxiliadoras no estudo e no exercício profissional, os alunos relutam, ou não dispõem de orientações adequadas, para a utilização deste instrumento em todo o seu potencial colaborador.

ambiente LEIA, neste sentido, auxiliar os acadêmicos, por seu contínuo agenciamento capacitativo no que se refere à prática das tecnologias adotadas.

Portanto, num processo caracterizado pela mutualidade, diálogo e parceria, como é o caso do LEIA, onde a aprendizagem essencial está no “aprender a aprender” e o conhecimento mais importante é o conhecimento de si mesmo, da capacidade de auto/determinar-se, da responsabilidade sobre o aprender e da autonomia intelectual (qualidades estas que, novamente, reportam-se às teorias estudadas), é fundamental que o aluno passe a refletir sistemática e criticamente sobre o que, para que e como se pode aprender, a partir do conhecimento de sua individualidade, qualidades e dificuldades no processo da aquisição do saber.

Por ocasião do início do ano letivo de 2002 da PUC/PR, a Professora Ana Maria EYNG proferiu discurso aos docentes onde aludiu sobre a aprendizagem que: “aprender a aprender, implica em aprender estratégias de como planificar e examinar as próprias realizações, para identificar as causas das dificuldades, verificar, avaliar, revisar e criar” e ainda: “aprender a aprender, no contexto atual, pautado nos pressupostos da construção do conhecimento, modifica e amplia conceitos e papéis aplicados ao processo formativo, tais como: o conceito de aprendizagem, o papel do professor, o papel do aluno e a finalidade do processo” (EYNG, 2002, p.1).

Assim sendo, baseado nestes pressupostos e no quadro desenvolvido por ARETIO (apud LANDIM, 1997, p.37), delineia-se aqui uma nova representação sobre as características comparativas entre o sistema de ensino presencial tradicional e o suportado pelas novas tecnologias da informação e comunicação (TIC), de acordo com as variáveis Instituição (estrutura/administração), Docentes, Discentes e Comunicação/Recursos, para maior entendimento do LEIA enquanto apoio ao ensino presencial:

ENSINO PRESENCIAL TRADICIONAL ENSINO APOIADO