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5. RESULTADOS E DISCUSSÕES

5.7. PRODUÇÃO DA ACMR DENTRO DO SISTEMA DE

Algumas das informações descritas a seguir, foram retiradas do Relatório Técnico realizado pelo Departamento Técnico (DPTE) em conjunto com o Departamento de Coleta de Resíduos Sólidos (DPCR) da COMCAP, que teve por objetivo avaliar a estrutura e as condições de trabalho de todas as unidades de triagem em que a COMCAP destina os materiais recicláveis que são recolhidos através do programa de coleta seletiva.

Entre maio de 2013 a abril de 2014, a COMCAP recolheu seleti- vamente uma quantidade total de 12.248,18 toneladas, que foram desti- nados a 23 unidades de triagem pertencentes aos municípios de Floria- nópolis, São José, Palhoça, Biguaçu e Santa Amaro da Imperatriz (COMCAP, 2014). A tabela 31 abaixo, mostra detalhadamente os mu- nicípios e a quantidade de material enviado a cada um.

Tabela 31: Quantidade de material enviada às unidades de triagem dos municípios entre maio/2013 a abril/2014.

Fonte: COMCAP (2014).

No município de Florianópolis, existem sete centrais de triagem parceiras da COMCAP, que foram responsáveis por triar 49,36% do total dos materiais recicláveis coletados pela coleta seletiva entre a- bril/2013 a maio/2014 (COMCAP, 2014). Conforme apresentado na figura 69, entre as Unidades de Triagem de Florianópolis, a ACMR, é a

que mais recebeu material, ou seja, foram enviadas 5.054 toneladas de material no período de um ano, o correspondente a 83,69%.

Figura 69: Relação das centrais de triagem que a COMCAP destina os materiais recicláveis provenientes do programa de coleta

seletiva (abril/2013 a maio/2014) Fonte: COMCAP (2014)

As tabelas 32 e 33, mostram a quantidade de material recolhida pelo programa de coleta seletiva municipal, de janeiro de 2013 à de junho de 2014, e a participação da ACMR dentro deste programa, com o total de material enviado à Associação e a quantidade de rejeito coletado pela COMCAP e destinado ao aterro sanitário

.

Tabela 32: Relação do material recolhido pela coleta seletiva da COMCAP da quantidade de material enviado a ACMR e da quantidade de rejeito produzida no período de janeiro a dezembro de 2013

Fonte: Coleta Seletiva COMCAP (2013).

Tabela 33: Relação do material recolhido pela coleta seletiva da COMCAP da quantidade de material enviado a ACMR e da quantidade de rejeito produzida no período de janeiro a dezembro de 2014

Fonte: Coleta Seletiva COMCAP (2014).

Janeiro 1.227.460 44,07 Fevereiro 927.330 54,64 Março 940.330 56,72 Abril 994.840 50,68 Maio 894.570 53,05 Junho 866.320 50,33 Julho 941.600 51,82 Agosto 999.012 47,34 Setembro 935.620 34,76 Outubro 972.575 43,62 Novembro 947.370 48,82 Dezembro 1.107.995 42,59 Soma 11.755.022 47,98 462.550 471.915 5.640.627,00

Mês Materia Recebido ACMR

(kg) 540.980 506.700 533.360 504.210 474.530 436.030 129.970 24,37 141.220 28,01 487.950 472.912 325.230 424.260 77.390 18,24 67.420 14,58 76.630 16,24 1.319.800,00 23,40 2013 117.620 24,79 120.330 27,60 107.020 21,93 93.750 19,82 87.090 26,78 Rejeito (Kg) Rejeito (%) 176.910 32,70 124.450

Material total recolhido (Kg) 24,56 Material recebido ACMR (%) Janeiro 1.204.795 38,99 Fevereiro 913.737 34,10 Março 963.605 43,11 Abril 969.850 30,06 Maio 997.828 39,08 Junho 924.390 45,62 2014

Mês Materia Recebido (kg) Rejeito (Kg) Rejeito (%)

469.720 165.530 35,24

311.550 64.540 20,72

415.385 105.860 25,48

291.500 65.620 22,51

389.930 71.190 18,26

Material total recolhido (Kg)

Material recebido ACMR (%)

Conforme observado na tabela 32, janeiro de 2013, é o mês em que há maior volume de resíduos sólidos recicláveis coletados, e o mês em que a ACMR recebeu a maior quantidade de resíduos recicláveis, sendo que, das 1227,460 toneladas coletadas 540,980 toneladas foram enviadas a esta associação, e o restante enviados às unidades de triagem parceiras da COMCAP. A partir de maio de 2013, houve uma redução na quantidade de material enviada à ACMR, em decorrência do início das obras.

Em setembro, houve a menor quantidade de material descarrega- do na associação, sendo o mês em que os associados se deslocaram para a tenda de triagem. Neste período de obras ocorreu uma evasão de asso- ciados que contribuiu para a diminuição da capacidade de triagem da associação.

Quanto aos percentuais de rejeito, observa-se maior quantidade no mês de janeiro, a qual foi sendo reduzida ao longo dos meses, devido principalmente a redução na quantidade de material enviada a Associa- ção. Cabe enfatizar que a oferta de grande quantidade de material está associada ao maior desperdício dele, onde percebe-se que os índices de rejeito são enormes quando a quantidade de materiais enviados a Asso- ciação é grande. Quando é destinado pouco material a ACMR, a triagem é portanto de melhor qualidade, ou seja, não há acúmulos e o material não estraga. A grande maioria costuma apenas pegar o material que recente foi descarregado, e o que já estava estocado acaba apodrecendo.

Já no ano de 2014, conforme tabela 33, a quantidade de reciclá- veis coletados pela COMCAP também foi maior no mês de janeiro, sendo o equivalente a 1204,8 toneladas, porém, devido a continuação das obras que foram finalizadas apenas em abril de 2014, a quantidade de material escoada a ACMR, conforme valores apresentados na tabela 33 foi reduzida em relação ao ano anterior.

No mês de abril, foi o mês que menos foi enviado material a As- sociação, devido principalmente a alguns dias não trabalhados, em vir- tude de treinamentos, da limpeza e organização da central para a inaugu- ração do novo modelo produtivo em momento solene. No mês de maio com a instalação de uma das esteiras, houve um aumento na entrega de material, porém ainda menor que a maioria dos meses de 2013.

Conforme monitoramento percebeu-se que com a o inicio da exe- cução das obras muitos dos associados foram buscar emprego em outras unidades de triagem, pois não aceitaram a ideia de modificar o sistema de trabalho que executavam. Sendo assim, com a redução no número de trabalhadores, houve também uma redução na quantidade de material enviada a Associação, conforme tabela 32 e 33, pois muito material

acabava ficando estocado no galpão de descarga, perdendo sua qualida- de, tendo como destino final o aterro sanitário.

A partir do mês de junho, com a instalação da segunda esteira, houve um aumento na quantidade de material enviado a Associação, pois a produção teve um aumento significativo, conforme apresentado na tabela 12, do item 5.4 acima . Conforme monitoramento, apesar de ter reduzido a quantidade de trabalhadores na Associação, os presentes trabalharam praticamente todos os dias da semana, com maior freqüên- cia.

Em janeiro de 2014, os associados voltaram a triar na central, po- rém em meio as obras. A quantidade de rejeito, conforme figura 21, produzida de janeiro a abril, foi alta em relação a quantidade de material enviada a Associação. Algumas das razões para este aumento do rejeito são as mesmas do que já foi comentado para o ano de 2013.

Além de diminuir esforços e aumentar a produtividade, o novo modelo produtivo tem por finalidade diminuir a quantidade de rejeito encaminhado ao aterro sanitário, e conforme observado na tabela 33 acima, já houve êxito entre maio e junho de 2014, em relação aos de- mais meses deste mesmo ano.

Os principais materiais encaminhados para o rejeito na ACMR, são bandejas de iogurte, plásticos de suporte para bolo, plásticos de salgadinho e bolachas laminados, lamina de raio-X, plásticos que estala, copos descartáveis, bandejas de isopor (marmitas), isopor, roupas, lâm- padas fluorescentes, eletrônicos, tonner, pilhas/baterias, disquete, celu- lar, cartucho de tinta, entre outros.

É importante enfatizar que ainda faltam compradores para deter- minados tipos de materiais, como pacotes de salgadinhos, bolachas (Plásticos que “estalam), lâminas de Raio-X, detalhados mais adiante. Conforme observado, há uma grande quantidade destes materiais que chegam diariamente a ACMR, porém, quando triados, os mesmos são encaminhados diretamente ao rejeito.

De acordo com informações coletadas in loco com os associados, com novo modelo produtivo, onde os materiais são descarregados no galpão de descarga, e posteriormente armazenados em big bags por meio das esteiras, têm-se materiais de melhor qualidade para a etapa de triagem, pois não existem maiores quantidades de materiais acumulados no galpão de triagem, e o material que vem nos bags, são bem selecio- nados pelas pessoas responsáveis pela alimentação das esteiras.