• Nenhum resultado encontrado

PRODUÇÃO E DIFUSÃO ESPECIFICAS E RELATIVAS À BIOTECNOLOGIA E

CAPITULO 8: MECANISMO PARA SENSIBILIZAÇÃO, EDUCAÇÃO E IMPLICAÇÃO DO

8.3. PRODUÇÃO E DIFUSÃO ESPECIFICAS E RELATIVAS À BIOTECNOLOGIA E

A Comissão Nacional Para a Biossegurança, através do seu Comité Técnico para a Informação e Sensibilização deve elaborar uma estratégia nacional de comunicação específica à problemática da biossegurança na Guiné-Bissau baseada nas abordagens de comunicação harmonizadas no quadro do CRB e nas recomendações dos relatórios da 5.ª e 6.ª reunião do CNC.

Uma vez que existam canais para a difusão de informação, a produção de um programa de informação, formação e sensibilização sobre os OGM e OVM deve ser da responsabilidade de especialistas de informação, em colaboração com os centros de produção de saber, tendo em conta a diversidade do público destinatário e a qualidade de mensagem a difundir.

8.3.2. Informação, Sensibilização e participação do Publico

Sensibilização, educação/formação e participação são os três principais domínios de informação do público previstos ao abrigo dos artigos 9 e 10 do novo regime legislativo sendo estes direitos consagrados no âmbito do Plano Nacional de Gestão Ambiental (PNGA, 2004) e nas obrigações gerais constantes na proposta de legislação sobre avaliação e auditoria ambiental no país.

Assim, de acordo com os artigos 9 e 10 do novo regime legislativo, a autoridade Nacional Competente deve criar mecanismos eficientes para promover a consciencialização e participação públicas em questões de biossegurança devendo facilitar o acesso do público à informação, promover a participação do público nos processos de tomada de decisão e tomar em conta a sua contribuição na tomada de decisão sobre os pedidos de actividades com OGM bem como velar pelo cumprimento do dever de informar que impende sobre os utilizadores e todas as entidades que exercem actividades com OGM, in natura, transformados ou seus derivados.

Informação e sensibilização do público em geral sobre os produtos e derivados de OGMs (o plano de comunicação nacional);

Pela Sensibilização espera-se consciencializar o publico sobre os riscos e as vantagens relativos à utilização dos OGM, sua manipulação e sua transferência, através:

• Da organização de campanhas de sensibilização nas médias e outros meios de informação, em todas as regiões;

• Da organização de jornadas portas-abertas, de conferências, debates, etc.;

• Da elaboração de fichas simplificadas e acessíveis ao grande publico sobre as disposições pertinentes do Protocolo de Cartagena, Convenção sobre a Diversidade Biológica e outros instrumentos jurídicos que tratam de questões de OGM;

• Da instituição ao nível nacional de redes especificas relativas as questões dos OGM.

Pela Educação e Formação pretende-se colocar a disposição do público conhecimentos necessários e suficientes para que possa compreender e agir de maneira pertinente, através:

• Da introdução de temas relativos ao ambiente nos programas escolares e universitários; • Da elaboração de mecanismos de difusão de informação sobre programas educativos

específicos no quadro da educação formal e informal;

• Do reforço de capacidades dos representantes das médias públicos e privados, das ONG, das colectividades locais e representantes das organizações de base, para que possam desempenhar com eficácia o seu papel de educador do público sobre as questões do OGM; • Do apoio às actividades extra escolares que favoreçam o despertar da consciência

ambiental, designadamente, concursos e teatros escolares.

Pela Participação do público, visa-se implementar mecanismos que permitam ao vasto público influenciar efectivamente a tomada de decisão em todas as etapas, através:

• De disponibilização de mecanismos adaptados e que permitam o retorno da opinião e da contribuição do público no processo de tomada de decisão relativo ao transporte, manipulação e utilização dos OGM e OVM

• Estes mecanismos devem basear-se nas boas práticas lições apreendidas de implementação de legislação relativa à avaliação de impacto ambiental onde a consulta pública constitui um requisito legal essencial

8.3.3. Temas prioritários relativos à Biotecnologia e Biossegurança

As acções de sensibilização poderiam ser desenvolvidas a volta de temas específicos tais como: A potencialidade de utilização da biotecnologia moderna e dos OGM, por exemplo, no domínio agrícola, médico e tratamento de água e lixos.

Os impactos negativos da utilização da biotecnologia moderna e dos OGM, por exemplo, riscos da perda de agro-biodiversidade, riscos de destruição de insectos úteis, riscos de contaminação da diversidade biológica, impacto sanitários e culturais, e desafios económicos, políticos e estratégicos.

A identificação e a exemplificação, através de produtos à base dos OGM no mercado nacional, podem constituir um meio bastante eficiente para a sensibilização do público sobre as vantagens e os riscos da utilização da biotecnologia moderna.

8.3.4. Grupos alvo

Porque são detentores da autoridade legal, do poder de decisão e do saber, o primeiro grupo alvo a considerar seria constituído por decisores políticos, parlamentares, quadros técnicos da administração pública e a comunidade científica.

A seguir viriam os operadores económicos, em particular, os importadores e exportadores, os grandes agricultores, e os comerciantes em geral.

As associações de defesa dos consumidores, as medias, os sindicatos, as ONG, as organizações juvenis e das mulheres, as colectividades locais, as organizações que enquadram os camponeses tradicionais, constituiriam o grupo alvo com o qual se poderia contar nas campanhas de sensibilização e na difusão de mensagens destinadas, enfim, ao grupo alvo mais importante, a saber, a população em geral.

Programas de sensibilização, de informação e formação específicos seriam produzidos pelos profissionais e destinados para cada um destes grupos.

CAPÍTULO 9. ESTRATÉGIA PARA A REALIZAÇÃO DOS OBJECTIVOS DO

QUADRO NACIONAL DE BIOTECNOLOGIA E BIOSSEGURANÇA

Foram retidos 8 eixos ou opções estratégicas prioritários para a realização da Quadro Nacional de Biotecnologia e Biossegurança na Guiné-Bissau: