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Profissionais executantes de baixo rendimento 297 67

No documento Envelhecimento e violência (páginas 69-71)

“eu não tenho ajuda nenhuma do meu filho Acima de tudo do meu

Profissionais executantes de baixo rendimento 297 67

Profissionais de nível intermédio de rendimento médio e médio alto 50 11.3

Profissionais intelectuais e dirigentes de rendimento alto 12 2.7

Domésticas(os) 83 18.8

N 442 _

Sem informação 68 13.3%

Da caracterização sociodemográfica da amostra de vítimas ressaltaram os seguintes aspetos: Predominavam as mulheres e o grupo etário dos 60 aos 69 anos;

Mais de metade dos participantes era casada e residia em núcleo familiar composto sobretudo por duas pessoas;

A maioria frequentou o ensino básico ou não tinha escolaridade;

A maioria encontrava-se em situação de reforma e auferia um rendimento baixo (até 500 euros); Predominavam os “Profissionais executantes de baixo rendimento”, nos quais se incluíam os indivíduos com profissões pouco qualificadas, que trabalhavam ou tinham trabalhado por conta de outrem e por conta própria, cuja escolaridade era reduzida e que auferiam de um baixo rendimento.

Se compararmos o perfil das vítimas segundo as entidades, conclui-se que estamos perante um perfil muito semelhante, maioritariamente composto por mulheres, a residir em núcleo familiar, com uma escolaridade baixa, em situação de reforma e a auferir um rendimento baixo.

Predominavam as mulheres e o grupo etário dos 70 aos 79 anos;

Mais de metade da amostra era casada e a residir num núcleo familiar;

A maioria dos respondentes indicou ter uma escolaridade baixa (1º ciclo - 54.9%) ou sem escolaridade (40.9%); Situação de reforma e auferia um rendimento baixo (25% auferia um rendimento até 250 euros e 50% entre 251 e 500 euros) .

Predominavam as mulheres e o grupo etário dos 60 aos 69 anos;

Mais de metade das vítimas era casada e residia num núcleo familiar;

A maioria frequentou o ensino básico (63.9%) ou não tinha escolaridade (24.1%)

Situação de reforma e auferia um rendimento baixo (22.1% até 250 euros e 46.5% entre 251 a 500 euros).

Predominavam as mulheres e o grupo etário dos 60 aos 69 anos, com uma escolaridade básica (60% 1º ciclo e 15.6% ensino secundário e médio), casados e a residir num núcleo familiar;

Situação de reforma e auferia um rendimento até 500€ (53.8%. até 500 euros e 15.4% entre 501 e 1000 euros).

Predominavam as mulheres e o grupo etário dos 60 aos 69 anos;

Mais de metade da amostra era casada e residia num núcleo familiar;

A maioria dos respondentes era pouco escolarizada (65.3% 1º ciclo ou sem escolaridade - 19.7%); Situação de reforma e auferia um rendimento baixo (65.5% até 500 euros).

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// figura // Perfil das vítimas segundo a entidade de recolha de dados

//Amostra ISS, IP

//Amostra APAV

//Amostra GNR

//Amostra INMLCF, IP

// projeto Envelhecimento e Violência 68 //página

3_

três //cont.

1.3. Condições de saúde das vítimas

A caracterização do estado de saúde da amostra decorreu de uma pergunta de autorrelato para a saúde física, enquanto no caso da saúde mental se utilizou uma escala de avaliação de sintomas depressivos.

Na saúde física colocou-se a questão: tem alguma doença crónica que lhe tenha sido diagnosticada pelo seu médico? Permitia-se a enumeração até um máximo de 3 doenças. Do total de respondentes, 76.3% referiram ter pelo menos uma doença crónica. As patologias mais reportadas foram as doenças do aparelho circulatório (39.4%), as doenças das glândulas endócrinas, da nutrição e do metabolismo e transtornos imunitários (27.1%), seguindo-se as doenças do sistema osteomuscular e do tecido conjuntivo (16.3%) e os transtornos mentais (13.3%) (24).

Constatou-se que, dos 451 inquiridos, 78.8% apresentavam sintomas depressivos. Os sintomas depressivos foram mais frequentes nas mulheres (p< 0.001) e no grupo dos inquiridos com doença crónica (p= 0.002). As doenças crónicas podem-se associar, também, à funcionalidade, uma vez que algumas doenças físicas descritas (por exemplo, sequelas provocadas por AVC, doenças neurodegenerativas e osteomusculares) podem gerar limitações físicas associadas à realização das AVD.

No que diz respeito à avaliação da funcionalidade constatou-se que do total da amostra, 117 respondentes (23.0%) tinham dificuldade em executar pelo menos uma das seguintes AVD: andar, tomar banho, despir/vestir-se, deitar/levantar-se da cama, utilizar a sanita, cortar/comer comida, tarefas domésticas ou tomar os medicamentos.

As tarefas de âmbito instrumental (intituladas de tarefas domésticas), tais como ir às compras, fazer as suas próprias refeições ou limpar e arrumar a casa, constituíram as atividades mais frequentemente referenciadas pelos respondentes como difíceis de executar sem ajuda de outra pessoa (20.4%). Entre as atividades de âmbito pessoal verificou-se que os respondentes revelavam maiores dificuldades na toma do banho (11.6%). No que concerne à avaliação funcional (23),12.0% dos respondentes revelaram incapacidade moderada,

6.5% incapacidade ligeira e 4.5% incapacidade severa. A maioria (77%) era independente, não revelando qualquer incapacidade nas atividades da vida diária (Cf. Gráfico 9).

(24) Alguns exemplos das doenças referidas: “hipertensão arterial” ou “acidente vascular cerebral” (aparelho circulatório); “diabetes” ou “colesterol”

(endócrinas, da nutrição e do metabolismo) “osteoporose”, “doença osteoarticular” ou “artrite reumatoide” (sistema osteomuscular e do tecido conjuntivo) e “depressão” (transtornos mentais).

(25) Para avaliar o grau de incapacidade adotou-se um índice, calculado a partir do número de atividades da vida diária que

os indivíduos têm dificuldade em realizarem. Descrição no subcapítulo “1.3. Estado de saúde, estado funcional e redes de suporte social da população, do Capítulo II: Estudo populacional sobre a violência”.

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// gráfico // Distribuição das vítimas por nível de incapacidade (N=508)

6.5% 4.5% 77% Independente Incapacidade Ligeira_ Incapacidade Severa_ 12.0% Incapacidade Moderada_ x x x x x x x x x x x x x

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//página // projeto Envelhecimento

e Violência

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três

//cont.

Como foi mencionado anteriormente outro indicador utilizado para avaliar o papel das redes de suporte (informal e formal) foi a perceção de apoio recebido por esta mesma rede social do indivíduo.

Do quadro seguinte conclui-se que 41.1% declararam ter pessoas suficientes em quem se apoiar. Destaca-se ainda que 12.9% não tinham ninguém disponível ou não queriam ninguém e 6.9% mostraram incerteza relativamente à disponibilidade de apoio por parte da rede social.

No que diz respeito à utilização dos serviços de apoio social formal, 77 dos participantes (15.7%) referiram usufruir de pelo menos uma forma de apoio social. Destes, 6.1% referenciou o centro de dia/convívio ou uma universidade da 3ª idade, 3.7% recebia serviço de apoio domiciliário, 1.6% recebia apoio do grupo da paróquia e 4.9% recebia outros tipos de apoio (p. ex. de associações locais/ ONGs, associações recreativas e desportivas ou atividades ligadas à Igreja e ao voluntariado).

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No documento Envelhecimento e violência (páginas 69-71)