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CAPÍTULO 4 RESULTADOS E DISCUSSÕES

4.3. Segunda Etapa Avaliação de Matérias Primas

4.3.3. Profundidade do Ataque de Corrosão ASTM G110-92 para as Ligas Avaliadas

A profundidade de corrosão foi medida usando uma técnica de metalografia quantitativa conforme descrita no item 3.6.5 desta Dissertação e realizadas em uma amostra de cada liga avaliada (A356 e 356). Este método possibilitou avaliar os danos causados tanto na superfície bruta de fusão, como na superfície usinada e são apresentados nas tabelas 4.4 para as amostras da liga A356 e na Tabela 4.5 para a amostra da liga 356.

Tabela 4.4 - Valores obtidos por microscopia ótica permitindo a medição da profundidade de penetração da corrosão para a amostras estudadas da liga A356.1

Nº da medida 1 2 3 4 5 6 7 8 9 Média Desvio Padrão

Profundidade para

Superfície Usinada (µm) 84 23 21 63 18 56 18 79 37 44 27

Profundidade para

Superfície Bruta (µm) 96 117 306 133 272 686 108 80 25 203 203

Tabela 4.5 - Valores obtidos por microscopia ótica permitindo a medição da profundidade de penetração da corrosão para a amostra estudada da liga 356.1

Nº da medida 1 2 3 4 5 6 7 8 9 Média Desvio Padrão

Profundidade para

Superfície Usinada (µm) 188 154 265 318 148 185 130 438 176 222 101 Profundidade para

Superfície Bruta (µm) 139 136 373 110 223 180 145 136 191 181 80

Segue abaixo uma série de Figuras obtidas de uma amostra da liga A356, ilustrando as diferentes intensidades de corrosão encontradas em uma superfície usinada de uma mesma amostra.

Figura 4.14(a). Figura 4.14(b) Figura 4.14(c). Metalografias da superfície usinada após ataque de corrosão ASTM G110-92 (liga A356)

Para comparação dos danos causados na superfície bruta de fusão em relação aos danos causados na superfície usinada, segue abaixo uma série de figuras obtidas de uma amostra da liga A356, ilustrando as diferentes intensidades de corrosão encontradas em uma

superfície bruta de fusão de uma mesma amostra.

Figura 4.15(a) Figura 4.15(b) Figura 4.15(c) Metalografias da superfície bruta de fusão, após ataque de corrosão ASTM G110-92 (liga A356).

Com relação ao aspecto superficial das amostras analisadas pode-se observar uma menor variação nos valores de profundidade de corrosão medidos nas amostras usinadas e variações muito grandes nas medições realizadas nas superfícies brutas de fusão.

Também é possível perceber comparando as figuras da série 4.14 (superfície usinada) com as figuras da série 4.15 (superfície bruta de fusão) que, na face bruta de fusão existem maior área superfícial sem ataque de corrosão significativo, se comparados com a superfície usinada. Isto se deve provavelmente ao fato de que a camada de óxido formada durante o processo de solidificação possui uma maior resistência à corrosão comparada com a face usinada para a referida liga e respectivo ensaio.

Destaca-se aqui o ocorrido com a face bruta de fusão da liga A356, onde se observa profundidade de corrosão excessiva em alguns dos pontos analisados, sugerindo a existência de defeitos superficiais nesta amostra e que estes contribuíram para um incremento do valor médio calculado. Estas observações permitem afirmar que o acabamento superficial da amostra tem uma influência significativa na ocorrência de corrosão intergranular em ligas de Alumínio de fundição e que o processo de fundição também pode atuar no sentido de aumentar ou reduzir a suscetibilidade à corrosão em função da obtenção de superfícies com melhores ou piores acabamentos superficiais.

Também verificou-se grandes variações nas medidas de profundidade obtidas para as superfícies usinadas, podendo ser considerado que estes pontos são provenientes da

dissolução localizada da superfície passiva, característica dos materiais formadores de película protetora (passiváveis). Esta afirmação pode ser melhor visualizada com o auxílio da figura 4.15(b) e pela tabela 4.4, onde se destaca o ponto 6 (686 µm) que se refere a uma das profundidades da superfície bruta de fusão.

A figura 4.16 apresenta de forma gráfica, os valores da tabela 4.4, permitindo visualizar todas as medições de profundidade de penetração da corrosão efetuadas para as amostras estudadas da liga A356.1

0 100 200 300 400 500 600 700 800 1 2 3 4 5 6 7 8 9 Número da imagem Profundidade Máxima (µ m) A1 - Usinada A1 - Bruta

Figura 4.16 – Valores de profundidade de penetração da corrosão para a liga A356. (Identificação A1b)

A avaliação da liga 356 seguiu os mesmos procedimentos para a avaliação da liga A356 demonstrada acima. Segue abaixo uma série de Figuras obtidas de uma amostra da liga 356, ilustrando as diferentes intensidades de corrosão encontradas em uma superfície usinada de uma mesma amostra.

Figura 4.17(a) Figura 4.17(b) Figura 4.17(c) Metalografias da superfície usinada, após ataque de corrosão ASTM G110-92 (liga 356).

Segundo a figura 4.17, assim como o caso da figura 4.14, observou-se profundidades de corrosão excessivas em alguns dos pontos da amostra estudada, onde se destaca o ponto 8 (438 µm) da tabela 4.5 que se refere a uma das medidas de profundidade na superfície usinada. Porém salienta-se que, as profundidades médias (superfície bruta de fusão e superfície usinada), podem ser consideradas semelhantes, tendo em vista o grande desvio ocorrido na obtenção dos resultados segundo o método adotado.

Pode-se também considerar que, novamente as variações muito grandes nas medições realizadas são provenientes da dissolução localizada da película protetora (passivada). Destaca-se aqui que para esta liga (356) é possível perceber que na face bruta de fusão, a camada de óxido formada durante o processo de solidificação não possui uma grande diferença quanto à resistência à corrosão com relação à superfície usinada, como ocorrido para a amostra da liga A356.

Esta afirmação pode ser visualizada com o auxílio da figura 4.18 que ilustra as medidas de profundidade da superfície bruta de fusão e da superfície usinada e pela tabela 4.5, onde pode-se verificar que os valores médios obtidos foram semelhantes.

0 50 100 150 200 250 300 350 400 450 500 1 2 3 4 5 6 7 8 9 Número da imagem Profundidade Máxima (µ m) M3 - Usinada M3 - Bruta

Figura 4.18 –Valores de profundidade de penetração da corrosão para a liga 356 (identificação M3).

onde fosse eliminada a maior profundidade, como já foi considerada proveniente de defeitos localizados da superfície passivada, poder-se-ia então obter os seguintes resultados para os dois casos acima descritos na figura 4.16 e tabela 4.4 (amostra A356) e na Figura 4.18 tabela 4.5 (amostra 356). A tabela 4.6 apresenta os mesmos valores de profundidade da tabela 4.4, porém para esta tabela é eliminado o ponto de maior profundidade de penetração da corrosão, exemplificando o método acima proposto.

Tabela 4.6 - Valores obtidos por MO permitindo a medição da profundidade de penetração da corrosão para as amostras estudadas da liga A356.

Nº da medida 1 2 3 4 5 6 7 8 9 Média Desvio Padrão

Profundidade para

Superfície Usinada (µm) X 23 21 63 18 56 18 79 37 39 24

Profundidade para

Superfície Bruta (µm) 96 117 306 133 272 X 108 80 25 142 97

A figura 4.19 ajuda visualizar os resultados do método acima proposto onde é eliminado o ponto de maior de maior profundidade.

0 50 100 150 200 250 300 350 1 2 3 4 5 6 7 8 9 Número da imagem Profundidade Máxima (µ m) A1 - Usinada A1 - Bruta

Figura 4.19 – Mesmos valores da figura 4.16, eliminando-se a maior profundidade medida para a amostra da liga A356.1 (identificação A1b).

A tabela 4.7 apresenta os mesmos valores de profundidade da tabela 4.5, porém para esta tabela é eliminado o ponto de maior de maior profundidade de penetração da corrosão.

Tabela 4.7 - Valores obtidos por MO permitindo a medição da profundidade de penetração da corrosão para a amostra estudada da liga 356.

Nº da medida 1 2 3 4 5 6 7 8 9 Média Desvio Padrão

Profundidade para

Superfície Usinada (µm) 188 154 265 318 148 185 130 X 176 196 64

Profundidade para

Superfície Bruta (µm) 139 136 X 110 223 180 145 136 191 158 37

A figura 4.20 ajuda visualizar os resultados do método acima proposto onde é eliminado o ponto de maior de maior profundidade.

0 50 100 150 200 250 300 350 1 2 3 4 5 6 7 8 9 Número da imagem Profundidade Máxima (µ m) M3 - Usinada M3 - Bruta

Figura 4.20 – Mesmos valores da figura 4.16, eliminando-se a maior profundidade medida para a amostra da liga 356.1 (identificação M3).

Pode-se observar, segundo as tabelas 4.6 e 4.7 e com o auxílio das figuras 4.19 e 4.20 que os resultados apresentam menores desvios, sugerindo que estes resultados refletem melhor o desgaste total causado pela corrosão para as amostras ensaiadas.

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