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O reconhecimento, a nível político europeu, de que a educação e formação de forma continuada, (aprendizagem ao longo da vida), são essenciais para o desenvolvimento social e económico, induziu à criação de políticas educativas e organizações que efetivassem esse preceito. O enfoque da estratégia da UE nesta matéria, assoma na cooperação entre os países europeus, cujos contributos do trabalho e aprendizagem em comum, se afiguram fortificantes na revitalização do velho continente.

As diretrizes da UE ganharam ímpeto no âmbito do programa de trabalho pormenorizado conjunto sobre os objetivos dos sistemas de educação e de formação (programa de trabalho ―Educação e Formação 2010‖), em que a Comissão Europeia propôs a adoção de parâmetros de referência europeus aplicáveis aos sistemas de educação e formação em domínios cruciais para a realização do objetivo estratégico fixado pelo Conselho Europeu de Lisboa, a saber, fazer da Europa ―a economia do conhecimento mais competitiva e mais dinâmica do mundo‖41 até 2010.

Deparamo-nos com estes fundamentos no artigo 165.o do TUE nos seguintes pontos:42

1. A União contribuirá para o desenvolvimento de uma educação de qualidade, incentivando a cooperação entre Estados-Membros e, se necessário, apoiando e completando a sua ação, respeitando integralmente a responsabilidade dos Estados-Membros pelo conteúdo do ensino e pela organização do sistema educativo, bem como a sua diversidade cultural e linguística;

2. Incentivar a mobilidade dos estudantes e dos professores, promover a cooperação entre estabelecimentos de ensino.

41

http://europa.eu/legislation_summaries/education_training_youth/general_framework/c10241_pt.htm

acedido em 16/03/2013

42 Artigo 165.o do TUE versão consolidada do tratado sobre o funcionamento da União Europeia - parte

3: as políticas e ações internas da união - título 12: a educação, a formação profissional, juventude e desporto - artigo 165.°(ex-artigo 14 TCE) Jornal Oficial nº 115 de 09/05/2008 p. 0120 – 0121 disponível em http://europa.eu/lisbon_treaty/library/index_pt.htm acedido em 16/03/2013

Podemos afirmar que o nosso trabalho se enquadra na perfeição nestes dois pontos, posto que no ponto um se ajusta toda a organização do nosso sistema educativo, principalmente o Programa de Inglês43 assente na transversalidade do domínio sociocultural. Encontra-se igualmente vertido no PE da ESP, quando anteriormente referimos o trabalho desenvolvido para a excelência44, ou seja, um ensino de qualidade, o qual ecoa nos objetivos do projeto Comenius na ESP.45

O ponto 2 afigura-se como base de incentivo ao projeto Comenius desenvolvido na ESP, o qual nasceu da nossa vontade (enquanto docente) de proporcionar aos nossos alunos a oportunidade de experienciarem realidades culturais que engrandecessem a sua condição de cidadãos europeus, e enriquecer a nossa experiência individual, como professora de Inglês, (código universal de comunicação), no seguimento dos pressupostos da aprendizagem ao longo da vida.46

3.1 Comenius como resultado de uma visão docente

A educação acompanha a ciência, e o princípio de causa e efeito evoluiu para um paradigma construtivista, inter-relacional e sociocultural, princípios ligados às teorias da Quântica e da Relatividade que concebem o sujeito e o objeto como organismos vivos e interativos, considerando a necessidade de diálogo do indivíduo consigo próprio e com o outro, na busca da comunhão com o Universo. O discente é envolvido no se processo de construção de desenvolvimento, produzindo seres capazes de criar, pensar e reconstruir conhecimento. (cf. Moraes, 1997: 25).

Se, por um lado, o mundo global aproximou o ser humano como nunca antes havia sido possível, o avanço tecnológico provocou igualmente desequilíbrios sociais, em função do poder capitalista, ser ou não detentor das novas tecnologias, emergindo a

43

Cf. subcapítulo 1.4. A cidadania nos programas de Inglês de 10.º e 11.º e no QECRL

44 Cf. subcapítulo 2.1.4. Componente humana e organizacional 45 Cf. subcapítulo 3.3. Comenius, excursus experiencial

46Aprendizagem ao Longo da Vida é um dos benchmarks do Parlamento Europeu, disponível em http://europa.eu/legislation_summaries/education_training_youth/general_framework/c11064_pt.htm

necessidade de os valores do ser humano se basearem na partilha, na inter-relação, em última análise, valias de permuta de informação, conhecimento e criatividade. Maria Cândida Moraes afirma que o mundo globalizado requer: ― (…) uma nova ecologia cognitiva, traduzida na criação de novos ambientes de aprendizagem que privilegiem a circulação de informações, a construção do conhecimento pelo aprendiz, o desenvolvimento da compreensão e, se possível, o alcance da sabedoria objetivada pela evolução da consciência individual e coletiva.‖ (1997: 27)

Surge o professor mediador, desaparecendo o professor como transmissor de conhecimento. É um paradigma emergente que parte do princípio de que na era da internet, o professor não é a única, e, muito provavelmente, nem a mais importante fonte do conhecimento. As transformações sociais tornam a realidade dinâmica, flexível e inacabada, sendo a inteligência que garante ao ser humano a capacidade para conferir mudanças às suas próprias experiências. Neste contexto, o indivíduo social possui capacidades para provocar alterações e imprimir mudanças, as quais se operacionalizam, na maioria das vezes, na escola. Este é um postulado que já John Dewey defendia: ―A educação não é preparação nem conformidade. Educação é vida, é viver, é desenvolver, é crescer.‖ (1971: 29)

O discente é constantemente bombardeado com informação proveniente de diversas fontes, cabendo ao docente, mais do que transmitir saber, articular experiências em que o aluno reflita sobre a sua relação com o mundo e o conhecimento, assumindo um papel ativo no processo ensino-aprendizagem. O desafio está, por conseguinte, na abordagem do docente em ser capaz de utilizar estratégias que incorporem as novas tecnologias a favor da aprendizagem exigindo do discente não apenas o seu investimento intelectual, mas também emocional, sensitivo, intuitivo, estético, etc., isto é, o indivíduo na sua totalidade.

A educação intercultural, na escola, começa quando o professor ajuda o educando a descobrir- se a si mesmo. Só então este poderá pôr-se no lugar do outro e compreender as suas reações, desenvolvendo empatias A educação intercultural consolida-se, quando o professor propicia a igualdade de oportunidades de todos os grupos presentes na escola e o respeito pela pluralidade, num plano democrático de tomada de decisões e de gestão de espaços de diálogo e de comunicação entre todos. (Bizarro e Braga, 2005: 58)

Se não há verdades absolutas a serem ―ministradas‖, também não há um mundo externo ao indivíduo a ser comunicado. As perceções da realidade relativizam-se no sentido de que cada indivíduo experiencia uma vivência única, causando uma deslocação do ―eixo de ensino-aprendizagem‖, uma vez que a escola dá mais importância ao processo do que ao resultado em si. Os métodos baseados na transmissão de conhecimentos estão imersos numa perspetiva do mundo limitada às conceções racionais, empíricas e analíticas da realidade. Estas não podem de forma alguma ser totalmente colocadas de lado, e completamente substituídas, já que o conhecimento concreto é assegurado por um indivíduo mais velho capaz de guiar. Os seus constrangimentos surgem na sua limitação a dimensões estanques, tornando impeditivo que o discente aceda a dimensões alargadas do mundo real, numa descoberta de ―dentro para fora‖, especialmente numa comunidade educativa com um ambiente estimulante. William Doll salienta: ―When this new and subtler form of order comes to schooling, the relations between teachers and students will change drastically. These relations will exemplify less the knowing teacher informing unknowing students, and more a group of individuals interacting together in the mutual exploration of relevant issues.‖ (1993: 3)

Esta visão holística da educação exige uma nova prática docente, novos ambientes que extrapolem o espaço da sala de aula, ocupando não só os espaços sociais da escola, mas também os disponíveis na comunidade, através da realização de atividades colaborativas em que as vivências sejam experienciadas individualmente e/ou em grupo; atividades que privilegiem a dinâmica de projetos, em que o aluno assuma responsabilidades reais perante o mundo que o rodeia; atividades cuja avaliação seja focada no processo de autorrealização em detrimento de uma mera avaliação de conteúdos. Ron Miller sustenta esta visão quando afirma: ―(…) such teaching would recognise students‘ different aptitudes and interests and would therefore provide a variety of learning models and content rather than a narrowly prescribed curriculum devoid of content they might really care about.‖ (1997: 215)

Reconhecemo-nos nesta visão holística em que a escola acaba por se ver situada numa constelação de influências e de outras instituições que com ela interatuam permanentemente, recebendo e dando influxos que tornam singular cada experiência. É nesta aceção que integramos a nossa prática docente, numa constante demanda de

proporcionar situações de ensino-aprendizagem motivadoras e reais, pautada por uma dinâmica de construção que integra o testemunho do conhecimento científico com a vivência de realidades distintas, promotora da autorrealização, criando espaços onde o discente descubra a sua identidade. Como assinala Roberto Carneiro: ―A educação Intercultural é atualmente um alicerce indispensável daquela Educação Cívica que permite aspirar a uma maior harmonia na Cidade dos Homens.‖ (2001: 71)

Na qualidade de docente de uma língua estrangeira, Inglês, sentimos a responsabilidade, e ao mesmo tempo orgulho em tal privilégio, de sermos parte da formação integral dos alunos. A importância da aprendizagem de línguas não se limita a apenas mais um complemento de formação, pelo contrário, é fundamental e uma ferramenta poderosa para o desenvolvimento do cérebro, tornando-se deste modo numa mais-valia como auxiliar de desenvolvimento de todas as áreas do saber. Estudos recentes na área da neurociência mostram que:

Aprender uma segunda língua torna o cérebro mais ágil e pode ajudar os alunos a melhorarem outras áreas de aprendizagem. Além disso, num mundo poliglota, com as distâncias entre países progressivamente encurtadas, saber comunicar noutros idiomas revela-se cada vez mais importante – o monolinguismo é já entendido como o ―analfabetismo do século XXI‖.47

Assumimos a nossa prática docente como o grande desafio de conseguir que o aluno aprenda a aprender, que desperte a vontade de uma aprendizagem ao longo da vida que lhe assegure sucesso na sua carreira futura. Neste contexto, enquadra-se na perfeição o nosso estudo de caso – um projeto Comenius, que é a operacionalização do trabalho que visamos empreender, porquanto numa estratégia global, valem as alianças e as sinergias. Revemo-nos na opinião de Steve Barkley segundo o qual: ―Research shows that teachers‘ skill development markedly increases when opportunities for practise and feedback are provided.‖ (2011: 7)

47

O Poder do cérebro bilingue, artigo publicado no número 1069 da Revista Visão, de 29 de agosto de

2013, cedido pela Revista Time, em que foi publicado a 29 de julho de 2013, artigo de Jeffrey Kluger, The

Power of the Bilingual Brain, disponível em:

O educador vence quando conquista definitivamente os educandos para as suas intenções, encarando estas como a capacidade de aplicação do conhecimento adquirido a todas as situações de vida que se lhes deparem, sendo capazes de reinventar o que conhecem para criar algo novo. Relativamente a este grande objetivo do ensino, Jorge Rio Cardoso lembra: ―O professor deve ter consciência de que o objetivo do ensino não é que os alunos saibam o conteúdo do ensino, mas antes que saibam, de forma consolidada, aplicar o que aprenderam.‖ (2013: 57)

À semelhança de que acreditamos no desenvolvimento da prática docente enquadrada num largo conjunto de pessoas e saberes, também acreditamos que esse é o caminho da qualidade e eficiência, na linha de pensamento de Glasser:

While quality is difficult to define precisely, it almost always includes caring for each other, is always useful, has always involved hard work on someone‘s part, and when we are involved with it, as either a provider or a receiver, it always feels good. Because it feels so good, I believe all of us carry in our head a clear idea of what quality is for ourselves. (Glasser,1993: 37)

3.2 Comenius, uma designação nobre

A Comissão Europeia iniciou em 1995 o Programa Aprendizagem ao Longo da Vida: educação para todos, o qual suporta projetos de interação europeia entre diferentes agentes da educação. Comenius é um dos seus ramos de atuação – programa destinado ao ensino secundário, e é nosso desiderato discorrer um pouco sobre tão nobre designação.

Jean Amos Comenius, bispo, professor, cientista, filósofo, escritor, nasceu em 28 de março de 1592, na cidade de Uhersky-Brod, na Morávia, Europa central, região que pertencia ao antigo Reino da Boémia e hoje integra a República Checa; viveu e estudou na Alemanha e na Polónia, vindo a falecer em 15 de novembro de 1671 em Amsterdão, na Holanda. Reconhecido globalmente como grande lutador pela fraternidade entre os povos e as igrejas, a Conferência Internacional da UNESCO em Nova Deli (Índia), em 1956, decidiu a publicação de todas as suas obras pelo organismo e designou-o como um dos primeiros propagadores das ideias que inspiraram – quase 300 anos depois – a fundação da UNESCO. De acordo com Jean Piaget:

The most surprising, and in many respects the most modern, aspect of his doctrine has been kept till the last—his ideas on education for everyone and for all peoples, and (what is still more astonishing) on the international organization of public education. This side of his work is what is most likely to interest UNESCO, and in some respects Comenius may be regarded as one of that Organization‘s precursors. (Piaget,1993: 183)

A educação foi possivelmente a preocupação maior deste grande pensador. Numa época em dominava o sistema educativo dos Jesuítas dedicado às elites, a sua visão de uma educação universal abalou o status quo, pois que obrigava a toda uma revolução na organização social em direção à democracia. Jean-Marc Berthoud, citando Heyberger, mostra o grande legado que a humanidade herdou através dos princípios fundamentais na magnífica obra do filósofo, A Grande Didática:48

Tous les hommes doivent être éduqués et instruits en toute chose parce que leur destination, avant même l'au-delà pour lequel la grâce suffirait, est de participer à la création d'un royaume de Dieu sur la terre. (…)Tous les enfants, ceux des riches, des nobles et des puissants comme ceux des pauvres, ceux des villes comme ceux des moindres hameaux, doivent jouir du même privilège : recevoir l'instruction scolaire. (…) Le devoir s'impose également d'instruire les enfants qui sont moins doués. (…) Mais qu'arrivera-t-il, si tous sans distinction, artisans et paysans, reçoivent ainsi la même éducation ? Si cette instruction est convenablement donnée, (…) tous posséderont la faculté de concevoir, de choisir, de poursuivre ce qui est bon et utile. Tous sauront adapter leurs désirs aux intérêts de leur vie et en déterminer les limites raisonnables. Il faut instruire aussi bien les futurs chefs de la société humaine que ceux qui en seront les soutiens les plus humbles. De leur propre gré, et par amour de l'ordre, ceux-ci s'imposeront d'obéir et de travailler avec bonne volonté. (…) Ce qui a introduit dans les affaires du monde tant d'inquiétude et de violence, c'est l'inégalité de l'éducation. (Heyberger apud, Berthoud 117s)

As preocupações de Comenius não se limitaram em apontar caminhos de pessoalização relativamente aos discentes. Foi muito mais além, revolucionando os postulados da época relativamente aos mestres/professores, à disciplina e ao papel da escola.

48 Berthoud, Jean-Marc, ―Jean Amos Comenius et les sources de l'idéologie pédagogique - L'inspirateur des réformes scolaires modernes‖disponível em http://www.vbru.net/src/avpc/comenius.html acedido em 16/03/2013

Serein et affectueux, il traitera ses élèves avec une douceur et une indulgence paternelles, avec fermeté, mais sans sévérité, et il aura pour chacun une parole bienveillante d'encouragement. Par l'attrait de sa personnalité, il gagnera la confiance et l'estime des élèves ; ainsi pourra se réaliser la communion spirituelle du maître et de l'élève. «Transformer l'école en un lieu de joie et de bonheur», c'est le but vers lequel tend toute ma méthode, répète Comenius à chaque instant. (…) Il faut y établir (à l'école) une collaboration intime du maître et des élèves, soutenus par les parents. La moindre résistance, ne serait-ce que l'abstention de la part des parents ou des enfants, mettrait en péril le succès final de l'œuvre entreprise par l'école. (idem: 121)

É grande a nossa admiração por este prodigioso pensador, porquanto teve a coragem e a audácia de desafiar a doxa europeia do século XVII, a qual é tão significativa quanto a sua modernidade. Concluímos esta breve ―homenagem‖ com palavras sábias: ―In a word, the system of education proposed by Comenius is universal by its very nature; as he says, it is ―pansophic‖. It is intended for all men, irrespective of social or economic position, religion, race or nationality.‖ (Piaget, 1993: 183)

3.3 Enquadramento do programa Comenius

A Europa está a experimentar transformações extraordinárias fazendo uso do conhecimento e da inovação na prossecução de uma economia de sucesso, demanda que necessita de uma forte aposta na educação, sendo a aprendizagem ao longo da vida uma eficaz forma de acesso a essa dinâmica de conhecimento europeu.

The Lifelong Learning Programme: education and training opportunities for all,49 permite o acesso de todos os cidadãos europeus a experiências de enriquecimento cultural, através de experiências de aprendizagem estimulantes, desenvolvendo e inovando os sistemas educativos do velho continente. Como bem remarca Roberto Carneiro: ―Aprender ao longo da vida representa um salto quântico para o século XXI.‖ (Carneiro, 2003: 50)

O programa subdivide-se em quatro níveis de ação: Comenius, desenhado para escolas dos ensinos básico e secundário; Erasmus, destinado ao ensino superior; Leonardo da Vinci reservado à formação; Grundtvig, traçado para a educação de adultos. Sob um orçamento de cerca de 7 biliões de euros, para os anos compreendidos entre 2007 e 2013, o programa financiou um abrangente conjunto de ações, incluindo intercâmbios, visitas de estudo e comunidades eTwinning. Este variado leque de projetos, foi projetado não só para discentes, mas também para professores, instrutores e outros envolvidos nas áreas da educação e formação, nomeadamente associações de pais e organizações não-governamentais, tendo sido estabelecido o objetivo de envolver 3 milhões de alunos em atividades educativas conjuntas, apenas no que à área de intervenção do Comenius diz respeito.

As ações do Comenius propõem uma revitalização do sistema educativo através da interação entre jovens e educadores provenientes de várias localizações geográficas, e consequentemente de diversas culturas, certos de que essa exposição contribuirá para um melhor conhecimento dos cidadãos europeus, cuja diversidade de línguas e valores trazem enormes benefícios a todos os que com eles contactarem diretamente. As ações desenvolvidas nesta área concorrerão para a aquisição de aptidões de vida básicas, assim como competências determinantes na construção dos indivíduos, a fim de que possam desenvolver as suas futuras obrigações no mundo do emprego e de cidadania ativa com maior facilidade e proficiência. O programa visa desenvolver questões relacionadas com as preocupações da atualidade, essencialmente a nível educativo, motivando para ―aprender a aprender‖ e ―aprender a fazer‖, assim como qualificações digitais, nunca esquecendo a vital perspetiva da inclusão, o desenvolvimento pleno de cidadania.

Posto que cada Estado Membro é responsável pela organização e conteúdo do seu sistema educativo, são evidentes as vantagens em trabalhar conjuntamente as questões de tronco comum, pelo que a Comissão Europeia investe copiosamente num trabalho estreito com os responsáveis dos diferentes ministérios de educação, congregando informação e análises, encorajando à partilha de boas práticas.

No portal da Comissão Europeia são claros os propósitos do programa Comenius:

Goals – Comenius aims to:

Improve and increase the mobility of pupils and educational staff across the EU; Enhance and increase partnerships between schools in different EU Member States; Encourage language learning, innovative ICT-based content, services and better teaching techniques and practices;

Enhance the quality and European dimension of teacher training; Improve pedagogical approaches and school management.

Priorities – The programme is currently focusing in particular on:

Motivation for learning and learning-to-learn skills;

Key competences: improving language learning; greater literacy; making science more attractive; supporting entrepreneurship; and reinforcing creativity and innovation;

Digital educational content and services; School management;

Addressing socio-economic disadvantages and reducing early school leaving; Participation in sports;

Teaching diverse groups of pupils; Early and pre-primary learning. 50

É a procura de uma educação a todo o tempo e em qualquer lugar, o que

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