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As drogas produzem efeitos primários e secundários no indivíduo que delas faz uso. Segundo Reghelin, efeitos primários são aqueles produzidos pela droga em si, independentemente da sua criminalização. Os efeitos secundários são aqueles decorrentes da criminalização. Nem todos os efeitos primários das drogas são negativos, pois temos que considerar os aspectos farmacológicos de algumas delas, além da condição orgânica e emocional do consumidor, quantidade, contexto social em que o consumo acontece etc. (REGHELIN, 2002).

Para a mesma autora, entre os efeitos primários negativos tem-se, tanto em relação às drogas lícitas como às ilícitas, os danos provocados à saúde do usuário, o risco da dependência, entre outros. Quanto aos efeitos secundários, estes são sempre negativos, razão pela qual são também denominados de “custo social” da criminalização da droga. Esse “custo social” ocorre em relação:

a) aos consumidores – a marginalização produz o isolamento social, o qual, por sua vez, impulsiona o indivíduo a procurar apoio entre seus pares. É o que faz a pessoa buscar respaldo, a partir de sua própria percepção da realidade, nas chamadas subculturas dos “adeptos”.

b) ao seu ambiente social – referimos aqui, basicamente, o sofrimento dos familiares e das pessoas próximas aos usuários, mas não apenas isso. Temos ainda que referir que o consumo de drogas ocorre em todas as

camadas sociais, porém, quando se trata de camadas mais desfavorecidas socioeconomicamente, a visibilidade é maior, o que conduz, inclusive, a um maior número de prisões e intervenções policiais. Já em relação a integrantes de extratos sociais mais privilegiados, temos uma visibilidade bem mais reduzida. (REGHELIN, 2002, p.58).

Assim é que existem profissionais das mais diversas áreas, como empresários, médicos, professores, juízes, policiais e demais categorias que fazem uso de drogas, lícitas e ilícitas, porém no recesso do lar, em ambientes discretos e invisíveis. Estes e suas famílias não sofrem um impacto tão grande das consequências do custo social da criminalização.

c) à justiça penal – segundo especialistas, essa via retira do mercado em torno de 5 a 10% das drogas ilícitas. Com muito esforço, poder-se-ia, talvez, dobrar esses percentuais. (REGHELIN, 2002).

A diminuição do consumo de drogas, em certos países, não pode ser relacionada ao impacto da ação penal. Ao revés, as experiências de descriminalização da “maconha” realizadas na Holanda e em parte dos Estados Unidos comprovam que essa experiência não aumentou o consumo. Afora isso, no sistema penal encontramos problemas graves de violação a direitos fundamentais em relação a algumas práticas policiais, como negociação e infiltração de agentes em meio a traficantes. (CORREIA, 2014).

Segundo Reghelin, o modelo ou estratégia preventiva de redução de danos é uma tentativa de minimização das consequências adversas do consumo de drogas do ponto de vista da saúde e dos seus aspectos sociais e econômicos sem, necessariamente, reduzir esse consumo. (REGHELIN, 2002).

Porém, há que se considerar que a redução pode acontecer somente em longo prazo, e que, por enquanto, deve-se eleger prioridades.

Reghelin (2002, p.75), descreve alguns princípios e ações que compõem a estratégia da redução de danos:

a) é uma “política social que visa minorar os efeitos negativos do uso de drogas”;

b) “é uma política de prevenção dos potenciais danos relacionados ao uso de droga, em vez de tentar prevenir o próprio uso de droga”;

c) “baseada em princípios de saúde pública, a redução de danos oferece um conjunto de estratégias pragmáticas, ainda que providas de compaixão, que são desenhadas para reduzir as consequências danosas do comportamento aditivo, tanto para os consumidores quando para as comunidades nas quais eles vivem”.

Os defensores do modelo de redução de danos contrapõem a essas posições mais herméticas o argumento de que não se pode despender dinheiro público com programas ineficazes, diante de epidemias de impactos catastróficos para tal sociedade. O quadro explicativo de Wodak (1998), apud REGHELIN, 2002, p. 76-77, auxilia na compreensão das diferenças entre a estratégia da redução de danos e a da redução da oferta:

Quadro 1 – Comparativo entre os dois modelos

Redução de danos Redução de oferta

Aceita a inevitabilidade de um dado nível de consumo de drogas na sociedade.

Objetivo: reduzir as consequências adversas desse consumo.

Parte do pressuposto de que é possível chegar a uma sociedade sem drogas.

Objetivo: eliminar qualquer consumo. Enfatiza a obtenção de metas “sub-ótimas” a

curto e médio prazo. É, portanto, mais tolerante.

Enfatiza a obtenção de metas “ótimas” (abstinência) a longo prazo.

Orientação: visão tradicional de saúde pública. Orientação: política populista. Percebe que os usuários de drogas como

membros da sociedade e almeja reintegrá-los a ela.

Percebe os usuários de drogas como marginais perante a sociedade, apenas aceitáveis desde que livres das drogas.

Enfatiza a mensuração de resultados no âmbito da saúde, da vida em sociedade e da economia, frequentemente, com metas definidas e determinados objetivos.

Enfatiza a mensuração da quantidade de drogas consumidas.

Enfatiza a efetividade e a relação custo- benefício das intervenções.

Enfatiza a obtenção de uma situação de ausência absoluta de consumo de drogas, independentemente do preço a ser pago.

Implementa as suas intervenções com o envolvimento relevante da população-alvo.

As intervenções são planejadas por autoridades governamentais, possivelmente com contribuições da sociedade de um modo geral. Enfatiza a importância da cooperação

intersetorial entre as instituições do âmbito jurídico-policial e da saúde.

A predominância das ações jurídico-políticas é absoluta, o envolvimento das instituições de saúde é restrito e aceito de modo relutante. A proposta é amplamente adotada na Europa,

no Canadá, na Austrália e na Nova Zelândia, entre outros.

É apoiada fortemente pelos Estados Unidos, Suécia, Japão, Cingapura, Malásia e alguns outros países asiáticos.

Enfatiza a prevenção e o tratamento dos usuários de drogas, fazendo com que as atividades de repressão se dirijam basicamente ao tráfico de grande escala.

Enfatiza a eliminação da oferta de drogas, com tolerância zero em relação a todos os usuários, inclusive àqueles que fazem uso moderado.

Julga que as atividades educativas referentes às drogas devem ser de natureza factual, ter

As atividades educativas referentes às drogas veiculam uma mensagem única de abstinência:

credibilidade junto ao público-alvo, basear-se em pesquisas e traçar objetivos realistas.

“diga não às drogas!”.

Inclui drogas lícitas, como o álcool e o tabaco. Restringe-se às drogas ilícitas. Dá preferência à utilização de terminologia

neutra, não-pejorativa e científica.

Dá preferência à utilização de terminologia veemente e valorativa.

Fonte: (Reghelin, 2002, p.76-77)

Verificando o sistema tradicional da “guerra às drogas” e o sistema de redução de danos, observa-se que, para o primeiro, o usuário é alguém que usa drogas para obter prazer, é um ser autodestrutivo, antissocial e anormal. A solução é o tratamento que leve à abstinência.

A punição serve para proteger a sociedade desse mal e para “salvar” o usuário. Já o sistema da redução de danos percebe o usuário como sujeito ativo, ciente de seu comportamento, ainda que queira continuar fazendo uso da droga. A mudança de comportamento, ainda que queira continuar fazendo uso da droga. A mudança de comportamento serve para evitar problemas maiores à sua própria saúde e a de seus parceiros e filhos. A ênfase à terapia que prega a abstinência dará lugar à redução de danos, priorizando a melhora nas condições gerais (físicas e sociais) para o usuário. (REGHELIN, 2002).

Segundo Conselho Regional de Psicologia (2011, p.128)6, “a Redução de Danos é a definição que encontramos no folder institucional da Associação Brasileira de Redutores e Redutoras de Danos”. É um paradigma que constitui outro olhar sobre a questão das drogas, instituindo novas tecnologias de intervenção comprometidas com o respeito às diferentes formas de ser e estar no mundo, promovendo saúde e cidadania.

Redução de Danos “é também um conjunto de estratégias de promoção de saúde e cidadania construídas para e por pessoas que usam drogas, que buscam minimizar eventuais consequências do uso de drogas lícitas ou ilícitas, sem colocar a abstinência como o único objetivo do trabalho de Saúde”. (ANDRADE, 2011, p.272). Por fim, uma única definição de Redução de Danos, mais no âmbito das políticas públicas, aponta que Redução de Danos também pode designar uma política pública igualmente centrada no sujeito e constituída com o foco na promoção

de saúde e cidadania das pessoas que usam drogas, respeitando a premissa de que saúde é um direito de todos.

No âmbito do Sistema Único de Saúde, pode-se pensar, por exemplo, a Redução de Danos como uma intervenção política que parte do reconhecimento dos próprios princípios do SUS e propõe, de certo modo, um esgarçamento desses princípios.

O princípio do SUS diz, está lá na universalidade, a saúde é um direito de todos. A Redução de Danos vai e leva até o serviço de Saúde pessoas que, eventualmente, não conseguem ou até mesmo as mais radicais que não querem parar de usar drogas. Os serviços de Redução de Danos constituem-se por essas redes de cuidados que aproximam essas pessoas dos serviços de saúde. (ANDRADE, 2011).

A boa notícia que a Redução de Danos traz é essa de que não é preciso abrir mão desses princípios éticos, muito pelo contrário. É justamente quando radicalizamos esses princípios que conseguimos produzir algo de novo no cuidado de pessoas que usam álcool e outras drogas. (ANDRADE, 2011).

A noção da dimensão da cidadania, da promoção de cidadania, traz também outra reflexão importante, que é a ideia de que existem alguns discursos que são interditos e alguns que são quase obrigatórios na hora de acolhermos pessoas que usam drogas. (CONSELHO REGIONAL DE PSICOLOGIA, 2011).

É como se houvesse apenas dois discursos permitidos às pessoas que usam drogas: os que vou chamar de heroicos, aquele da pessoa que já superou o problema das drogas e que hoje se apresentou como um exemplo, ou então, aquilo que eu chamo de discurso desesperados, da pessoa que ainda não superou o problema da droga e que precisa desesperadamente de ajuda, qualquer ajuda.

As representações sociais sobre as drogas estão, na maioria das vezes, agregadas ao medo e à ameaça, estando o contexto de vida de boa parte de pessoas que usam álcool e outras drogas fortemente marcados por preconceito,

exclusão, discriminação e violência. Tem-se observado gradativamente uma mudança nos sentidos destas representações, incluindo a perspectiva dos direitos humanos a serem defendidos e uma intervenção no campo da saúde pública. (CORREA, 2014).

A experiência acumulada sobre redução de danos tem comprovação da sua influência na mudança de paradigmas e na importância para redução das vulnerabilidades referentes à saúde das pessoas que usam álcool e outras drogas.

Em saúde, entender as vulnerabilidades de cada pessoa é compreender as condições que podem deixá-la em situação de fragilidade e expô-la ao adoecimento, não pelo seu comportamento de risco e, sim, pelo conjunto de aspectos de sua vida particular e coletiva, das condições socioambientais em que ela vive e, ainda, das respostas que as instituições público-sociais podem dar às suas necessidades de saúde. (CONSELHO REGIONAL DE PSICOLOGIA, 2011).

Nesse sentido, o Manual para Redução de Danos no Ministério da Saúde conforme Correa (2014, p.119), considera que:

a) Vulnerabilidade individual refere-se ao grau e à qualidade da informação que cada indivíduo dispõe sobre as doenças, capacidade de preparação das informações e aplicação das mesmas na sua vida prática;

b) Vulnerabilidade social diz respeito a um conjunto de fatores sociais que definem o acesso a informações, serviços, bens culturais, as restrições ao exercício da cidadania, exposição à violência, grau de prioridade política ou de investimentos dados à saúde e condições de educação, moradia e trabalho;

c) Vulnerabilidade programática relaciona-se às ações que o poder público, a iniciativa privada e organizações da sociedade civil empreendem, ou não, no sentido de minimizar as chances de ocorrência das enfermidades, assim como se refere ao grau e à qualidade de compromisso das instituições, dos recursos, da gerência e do monitoramento dos programas nos diferentes níveis de atenção.

Nesta perspectiva, as ações de redução de danos devem considerar as especificidades de grupos populacionais, vulnerabilidades e suas estruturas socioeconômicas, organizadas de maneira que respeitem diretrizes gerais do SUS. Uma estratégia central para o êxito das ações é a articulação entre os diversos setores governamentais e da sociedade civil. (CONSELHO REGIONAL DE PSICOLOGIA, 2011).

Na definição das estratégias, é importante considerar cinco princípios básicos, pressupostos e valores que estão relacionados à redução de danos (CORREA, 2014).

- O primeiro deles coloca a redução de danos como alternativa de saúde pública, contrastando com o modelo moral/criminal e de doença, do uso e da dependência de drogas.

- O segundo diz que a redução de danos reconhece a abstinência como um dos resultados positivos para o uso de drogas, mas aceita também alternativas que possuem como resultado uma redução dos danos associados ao uso.

- O terceiro princípio discute a redução de danos como uma abordagem que se iniciou de “baixo para cima”, baseada na defesa do usuário, e não como política de “cima para baixo”, e que é promovida pelos formuladores de políticas de drogas.

- O quarto enfatiza que a redução de danos deve promover serviços de fácil acesso e pronto acolhimento, como uma alternativa para as abordagens tradicionais de difícil acesso e distantes da realidade do usuário.

- Por último, a redução de danos tem suas bases em princípios do pragmatismo empático versus idealismo moralista. (CORREA, 2014).

Com isso, é possível entender que a redução de danos tem como objetivo fazer acrescentar subsídios e ações que minimizem consequências danosas do uso de drogas, levando em conta o direito à liberdade de escolha e pensando na saúde como resultado de ações conjuntas interinstitucionais, intersetoriais e interdisciplinares nos mais diversos níveis. (CONSELHO REGIONAL DE PSICOLOGIA, 2011).

A redução de danos contribui para um modelo de prevenção e atuação mais democrático na área da saúde. Portanto, é necessário que o saber circule entre os usuários dos serviços, trabalhadores de saúde e a comunidade em geral.

Os diferentes conselhos, organizações redes de interação social e os grupos de apoio, entre outros, devem estar integrados ao processo de gerenciamento e implantação de projetos, visando à efetiva participação comunitária e ao alcance das estratégias (CORREA, 2014).

Segue abaixo estratégias usadas com vistas ao controle das drogas:

- Redução de oferta (repressão ao tráfico);

- Redução da demanda (programas de prevenção primária, clínicas de tratamento);

- Redução de danos (prevenção à saúde em detrimento do uso de drogas, sem interferir no consumo). (CORREIA, 2014).

Principais desafios em relação a essas estratégias:

a) Conflito de paradigmas distintos: A existência de paradigmas distintos no Estado brasileiro neste campo de conhecimento é grande (redução de danos x abstinência, guerra às drogas), refletindo na ação prática de forma conflituosa, estressante e, muitas vezes, com impossibilidades de convivência. (ANDRADE, 2011).

Há a necessidade de desfazer o mito de quem é a pessoa que consome drogas, avançar no campo legislativo, divulgar esta estratégia de redução de danos como mais uma possibilidade que favorece a inclusão das pessoas que usam álcool e outras drogas e respeitar alternativas na atenção já existentes e que servem às proposições de muitas pessoas. (ANDRADE, 2011).

b) Novos contextos do uso de drogas: Mudanças no consumo de drogas no país exigem estratégias específicas. Além da tendência ao uso de crack e não mais da cocaína injetável, já aumento no uso de estimulantes, como consta no II Levantamento Domiciliar sobre Uso de Drogas Psicotrópicas no Brasil. Existem poucas informações sistematizadas, algumas experiências isoladas nestes contextos que têm que ser mais bem compreendidas e ampliadas. (ANDRADE, 2011).

c) Serviços de saúde: Apesar dos progressos conquistados em relação ao acesso aos serviços pelas pessoas que usam álcool e outras drogas, observam-se, na maioria dos serviços do SUS, principalmente na rede básica, dificuldades de acolhimento, abordagem e atendimento resolutivo das necessidades específicas deste segmento. Ainda é marcante a situação dos usuários que não confiam no Estado e suas questões sobre o uso de drogas; soma-se a isso o fato de os profissionais não estarem à vontade para abordar o assunto, por razões de preconceito, insegurança ou desconhecimento do tema, caracterizando uma situação de invisibilidade. (ANDRADE, 2011).

d) Sustentabilidade das ações de redução de danos na comunidade: Há necessidade de sensibilização dos gestores de saúde para reconhecer o papel do redutor de danos como porta de entrada do sistema, que facilite e promova o acesso e a confiança nos serviços. Devem fazer parte das estratégias neste campo a melhoria da articulação entre governo e sociedade civil, o apoio e ações das redes organizadas integradas com os serviços, a criação de mecanismos jurídicos para contratação de redutores de danos, o apoio à capacitação e supervisão do trabalho com vistas a não precarização e nem criminalização da atividade. (ANDRADE, 2011).

e) Incentivo à pesquisa: São uma constatação antiga a insignificância de informações sistematizadas na área de drogas e a necessidade de embasamento científico para nortear as políticas e ações neste campo. Há

necessidade de facilitar as resistências na realização de estudos e pesquisas qualitativas para contribuir nos trabalhos. (ANDRADE, 2011).

f) Situações de violência: A violência é um aspecto da ação sócio-política que relaciona os serviços de saúde, seus custos; sua organização envolve também os profissionais muitas vezes como vítimas (alvos de atos violentos nos espaços dos serviços) ou também como protagonistas que reproduzem ou exacerbam expressões de violência. O contexto de vida das pessoas que usam álcool e outras drogas está comumente ligado a situações de violência. Dessa forma, ao definir estratégias de redução de danos é essencial considerar esta questão, observando que a violência ocorre em cada localidade de forma específica. (ANDRADE, 2011).

Programas de redução de danos conforme Correa (2014, p.120):

-Estratégias/Políticas/Medidas de Saúde Pública que visam minimizar os danos à saúde (DST/HIV-aids, hepatites e outras doenças) e danos sociais decorrentes do uso/abuso de drogas lícitas e ilícitas;

- Pessoas que não querem, não conseguem, não podem parar de usar drogas;

- Respeita o contexto sociocultural;

- Construído para e por pessoas que usam drogas; - Centrado no sujeito;

- Promoção da saúde, cidadania e direitos humanos; - Prevenção x Tratamento;

- Muitos caminhos – inclusive a abstinência.

Contudo, conforme Andrade (2011), a redução de danos constitui uma estratégia de abordagem dos problemas relacionados ao uso indevido e abusivo de drogas, que não parte do princípio de que deve haver imediata e obrigatória extinção do uso de drogas, seja no âmbito da sociedade, seja no caso de cada indivíduo.

Com todo este estudo, entendeu-se que as drogas são substancias utilizadas pelos seres humanos desde os primórdios da humanidade que tem a propriedade de agir no cérebro, modificando as funções mentais como o julgamento, o humor, a percepção e o comportamento de maneira geral.

Ao longo da história da humanidade, cada grupo social determinou as regras de utilização de drogas e suas proibições. Com essa ideia, encerra-se o terceiro e ultimo capítulo deste estudo.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

Quando pensa-se em drogas, vem a mente substâncias com potencial de danos a saúde, como cocaína, crack e maconha, ou seja, drogas ilícitas, entre outras. Entende-se portanto, que o usuário é o sujeito principal da reabilitação, mas não pode-se esquecer de seus familiares, pois, assim como os usuários, suas famílias merecem atenção e devem procurar ajuda profissional para receber um tratamento adequado para auxiliá-los a enfrentar as dificuldades que envolvem o processo de reabilitação.

Viu-se neste estudo, que existem diversos programas de redução de danos relacionados as Políticas Públicas sobre drogas no Brasil. Quando fala-se em Políticas Públicas, fala-se em projetos e ações eficazes, efetivas e permanentes dos Estados, compreendidos nas três esferas, Federal, Estadual e Municipal.

Com isso, pode-se dizer que os objetivos deste estudo foram alcançados, uma vez que buscou-se através de nomeados autores, conceituar e debater o estudo proposto.

Para tanto, conceituar as drogas no Brasil a fim de verificar o seu consumo

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