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PROJECTO 2 – RUGBY JUVENIL | PROGRAMA NACIONAL U14/U17 1 RUGBY JUVENIL

SÉRIE 2 NÃO (APURADOS) Todos x todos a 1 volta

C. CAPTAÇÃO DOS ALUNOS PARA OS CLUBES

2.6.2. PROJECTO 2 – RUGBY JUVENIL | PROGRAMA NACIONAL U14/U17 1 RUGBY JUVENIL

Na área do desenvolvimento, em articulação com as Associações Regionais, foram definidos os seguintes objectivos para o rugby juvenil: consolidar o número de praticantes nos clubes, a melhoria da qualidade da organização das competições, a formação dos treinadores de jovens e reforço dos valores do rugby, de forma a contribuir para fidelizar os jogadores.

Este balanço reflete principalmente, o trabalho desenvolvido pelas associações regionais, quer ao nível das suas direções quer ao nível do trabalho desenvolvido pelos técnicos que no terreno organizaram, apoiaram e enquadraram todas as competições, as equipas e os treinadores durante toda a época desportiva.

Começamos por identificar e caracterizar a evolução do número de jogadores federados no Rugby Juvenil (sub 14), que nesta época desportiva registou um aumento, identificar os principais aspectos

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positivos desta época e os aspectos a melhorar para a próxima época 2016/2017, ao nível dos escalões de Sub-12 e Sub-14. Analisaremos, ainda, as atividades desenvolvidas na área da Formação de Treinadores, Jogadores e Árbitros e na área do Desenvolvimento, e por último terminaremos com algumas notas finais, perspectivando a próxima época desportiva.

2.6.2.1.1. Caracterização do Rugby Juvenil

A. Análise da Demografia Federada (Sub 8, 10, 12 e 14)

Nos últimos 12 anos, o número total de jogadores (sub 14) inscritos na FPR não parou de aumentar, o crescimento, atingiu os 69% em 2017, face ao número de jogadores inscritos em 2005 (ver gráfico 1). De realçar que está época foi atingido o número recorde de jogadores federados até ao escalão sub 14 (2853), que corresponde a um aumento de 5% (+129) relativamente à época passada.

O número de jogadores inscritos até aos sub 14 (2853), corresponde a 44% do número total (6527) de jogadores inscritos na FPR, este é um dado que reflete a importância do trabalho desenvolvido na sustentabilidade do rugby português, sendo determinante que o rugby juvenil em Portugal continue a ter uma imagem apelativa e atrativa para quem o quer praticar.

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Verificamos que este aumento na “curva de crescimento” obriga a um grande esforço dos clubes, na organização interna, nomeadamente na capacidade de retenção dos seus jogadores, e ainda na captação de novos jogadores. Continuam a surgir novos clubes, com base no associativismo e também com origem no rugby escolar, que iniciaram a sua atividade competitiva, filiando os seus jogadores na FPR, o que também contribuiu para este aumento. No gráfico abaixo, apresentamos a variação do número de jogadores em cada escalão ao longo das últimas doze épocas (2005 a 2017). Registámos esta época, um crescimento com máximos nacionais nos escalões Sub 10 (682/+77) e Sub 12 (772/+43), o que reforça o crescimento sustentado na base. Relativamente aos sub 14 (935/+24) registou-se um aumentou e ainda não foi suficiente para superar a diminuição (-128) registada na época 2014/15.

Por último o escalão sub 8 foi o único a registar uma diminuição de 17 jogadores, não sendo significativa deve alertar para uma análise mais pormenorizada dos fatores que poderão ter contribuído para esta diminuição.

No período em análise estes escalões registam uma tendência de crescimento que em média situa-se nos 7%/ano.

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O escalão sub 14 deve merecer por parte de todos os clubes uma atenção especial, quer na captação de jogadores quer na retenção dos jogadores que permanecem no escalão e também nos que transitam de escalão. No que se refere ao escalão sub 8, devemos fazer um reforço juntamente com os clubes sobre a importância integração gradual e progressiva destes jogadores nos treinos e competição.

Quando analisamos o crescimento por região, verificamos que o número de jogadores aumentou consideravelmente desde 2005 até 2017 em todas as regiões. Este aumento em média por ano é de 6% na região norte e centro e de 5% na região sul.

No decorrer da última época, verificou-se um aumento em todas as regiões, a região sul atingiu os 2076 jogadores (3%/+59), a região norte os 376 jogadores (8%/+29 jogadores), e a região centro os 401 jogadores (10%,+42), facto que consideramos relevante para a consolidação e crescimento do rugby juvenil em Portugal.

Do número total de jogadores inscritos até ao escalão de Sub 14 (2853), 2076 pertencem aos clubes da ARS (73%), 401 aos clubes do CRRC (14%) e 376 aos clubes da ARN (13%). No gráfico 3, podemos observar essa distribuição, sendo evidente a assimetria existente entre a região sul e as restantes regiões.

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A região Norte, Centro e Alentejo/Algarve, deverão merecer uma abordagem diferenciada, pois são colocados outros desafios ao desenvolvimento, principalmente por questões culturais e de infraestruturas no norte do país, enquanto no Centro e Alentejo/Algarve a maior dificuldade é o número de habitantes localizados nestas regiões.

2.6.2.1.2. COMPETIÇÕES

A. Sub-8, Sub-10 e Sub-12 – Convívios

Nos últimos 12 anos passámos de 546 para 1918 praticantes de rugby Sub-12. Registou-se um aumento de 5%, 103 jogadores (+77 nos sub 10 e +43 nos sub 12) relativamente à época passada.

As Associações Regionais (Norte, Centro e Sul) realizaram vários convívios de carácter regional, inter-regional e nacional.

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Os convívios decorrem num ambiente de “festa”, tendo como principal objetivo a competição formativa, no qual o processo é claramente mais importante que o resultado. Os aspetos pedagógicos e os valores do rugby são repetidamente relembrados, através de documentação elaborada pelos técnicos das AR’S e distribuída aos “Pais e Mães”, Espectadores, Treinadores, Jogadores e Árbitros. Neste sentido foi atualizado no início da presente época o Guia do Rugby Juvenil, documento que regula toda a atividade destes escalões. Este é um documento que todos os intervenientes do rugby juvenil devem conhecer e respeitar, fazendo cumprir as suas orientações pedagógicas e de ensino. Após a análise das adaptações às Leis de Jogo e orientações pedagógicas e técnico-táticas, com o intuito de acompanhar a evolução dos jogadores, decidiu-se manter o mesmo regulamento pedagógico.

Ao longo desta época foram organizados vários convívios pelas Associações Regionais:

• 4 Convívios de apoio a Seleção Nacional;

• 3 Convívios Nacionais (1 no Norte, 1 no Centro e 1 no Sul);

• Convívios de Clube, Regionais e Inter-Regionais.

Positivo

• Aparecimento de novas equipas/clubes nos convívios durante toda a época;

• Participação regular da maioria dos clubes em todos os convívios;

• Presença de apoio médico em todos os convívios (regionais e inter-regionais);

• Coordenação realizada pela ARN e CRRC, na organização de atividades inter-

regionais, tornando possível aos clubes do Norte e Centro participarem numa competição regular;

• Consolidação do regulamento técnico-pedagógico por parte de todos os agentes do

rugby juvenil (à exceção dos sub 8).

A melhorar

• Inscrição de todos os atletas na FPR;

• Pré-inscrição do número exato de equipas em cada escalão, por convívio;

• Comportamento e atitude dos treinadores na condução técnica das equipas em

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• Muitas equipas/clubes competem em convívios mais de duas vezes por mês;

• Participação das Escolas de Arbitragem nos convívios;

• Participação das equipas da região do Sul, no convívio nacional do Norte e Centro;

• Introdução do tag rugby e do regulamento específico do escalão sub.

B. Sub-14 – Torneios, Circuitos AR’ Sevens

Registou-se em relação à época passada um aumento de 3% no escalão de Sub-14 (+26 jogadores), atingindo um total de 935 jogadores, o que continua a colocar grandes desafios à organização das competições sub-14.

Tem sido necessário organizar diferentes competições, de acordo com as necessidades dos clubes, que sejam capazes de envolver equipas de todo o país, desde o Norte, o Centro, passando por Lisboa, Alentejo e Algarve. Destacamos o trabalho de cooperação da ARN e CRRC no torneio inter-regional sub 14 e da ARS na coordenação do Torneio Nacional, envolvendo as equipas do Norte e Centro do país.

Positivo

• Integração de todos os clubes/equipas nas várias competições (Inverno, Primavera, Regional e

Nacional);

• Ajuste do modelo da organização da competição no escalão de Sub-14 (Rugby VII e XIII);

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• Organização dos clubes, nomeadamente ao nível do registo dos resultados e cumprimento do

prazo para envio dos relatórios da jornada e boletins de jogo;

• Apresentação do Dossier de Equipa (Identificação dos Atletas)

• Coordenação realizada pela ARN e CRRC, na organização de atividades inter-regionais,

tornando possível aos clubes do Norte e Centro participarem numa competição regular;

• Organização do AR’ Sevens, que contou com a participação recorde de equipas nas duas

jornadas organizadas (Centro e Sul).

A melhorar

• Possibilidade de presença regular da Escola de Arbitragem nas competições;

• Conhecimento das leis de jogo e dos regulamentos, por parte dos treinadores e dirigentes;

• Comportamento dos treinadores e dirigentes nos momentos decisivos das competições;

• Tempo de antecedência com que é comunicada a marcação das jornadas/locais de realização;

• Maior acompanhamento e formação dos jovens, ou membros, dos clubes que realizam a

arbitragem;

• Participação dos clubes da região Norte no AR Sevens, praticamente não marcaram presença

clubes do norte nesta competição.

Medidas que terão continuidade em 2017/18 no Rugby Juvenil (Sub 8, 10,12 e 14)

• Definição de um Plano de Ação de Captação e Formação de Jovens Árbitros;

• Obrigatoriedade do Dossier de Equipa (Todos os Escalões) + Cartão Individual do Jogador;

• Campanha de Inscrição dos Jogadores na FPR;

• Reforço dos Valores do Rugby (Campanha para todos os Agentes do Rugby Juvenil);

• Será organizada uma competição inter-regional (Norte/Centro) de rugby XIII na fase inicial da

época para o escalão Sub-14;

• Torneio Nacional, terá o nome de Lobinhos a Lobos, evitando assim qualquer analogia a um

campeonato nacional, será estudada a realização desta competição em rugby de XV;

• Campanha de captação de jogadores sub-14.

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