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O Projeto Piloto de Conciliação, instituído pela Portaria nº 4.944, de 22.11.2002, inicialmente limitado aos processos recebidos neste Regional até 2001, teve sua abrangência ampliada pela Portaria nº 386, de 04.02.2003, alcançando todas as reclamatórias trabalhistas no 2º grau de jurisdição, mantida a exceção feita às demandas em que figure como parte pessoa jurídica de direito público.

No último ano, exercício de 2007, sob a presidência do Juiz Carlos Alberto Zogbi Lontra, foram incluídos 8 processos que demandaram 11 distintas pautas conciliatórias, sendo homologados 2 acordos, num percentual de conciliação de 25%.

Em novembro de 2006, por meio da Resolução Administrativa nº 15/2006, este Egrégio Tribunal estendeu o Projeto de Conciliação aos processos em que foram interpostos recursos de revista, com intimação das partes, antes do despacho de que trata o § 1º do artigo 896 da CLT, para manifestar interesse quanto à realização de audiência com vistas à conciliação do feito.

Os processos remetidos ao Projeto Conciliação (com manifestação de interesse de uma das partes na realização de audiência para tratativas de conciliação) são analisados pelos servidores da Secretaria que, após levantamento dos dados necessários, entram em contato por telefone com a parte contrária para questionar sobre o interesse na realização de pauta conciliatória. Após, é designada data para a realização da audiência, com intimação das partes e procuradores.

No primeiro ano de ampliação do Projeto, abrangendo dos processos com interposição de recursos de revista, foram os seguintes os resultados obtidos:

PERCENTUAL DE SOLUÇÃO

Processos incluídos em pauta 728 -

Pautas realizadas 999 -

Processos conciliados 459 63,05%

Processos com pauta adiada 42 5,77%

Processos não conciliados 227 31,18%

Nesse sentido, o Projeto Conciliação representa mais uma ferramenta eficiente na redução do número de processos pendentes de apreciação pelo TRT desta 4ª Região, agilizando a entrega da prestação jurisdicional.

JUÍZO AUXILIAR DE CONCILIAÇÃO EM PRECATÓRIOS

O Tribunal Regional da 4ª Região, pela Resolução nº 08/2003, implantou o Juízo Auxiliar de Conciliação, estruturado pela Portaria nº 5427/2003, a fim de enfrentar o passivo de precatórios pendentes de pagamentos. O Juízo iniciou suas atividades realizando levantamento dos devedores e das respectivas dívidas, elegendo como estratégia inicial a verificação dos dados atinentes às entidades municipais e utilizando como critério básico a reunião de informações em microrregiões coincidentes com a área de jurisdição de cada uma das Varas do Trabalho.

As informações foram organizadas indicando o número de entidades devedoras por jurisdição, o número de precatórios pendentes de pagamento, o número de processos com acordo em andamento, a ocorrência de preterição, o número de obrigações de pequeno valor consignadas em precatório e os valores totais devidos. Para cada uma das entidades devedoras foi aberta uma pasta de controle equivalente aos autos de um processo, na qual são armazenadas todas as informações relevantes atinentes ao processo negocial.

Com a organização dessas informações, foi possível a demarcação no mapa do Estado, permitindo uma melhor visualização da situação. Após, optou-se por definir regiões para iniciar o processo negocial com as entidades devedoras. Para essa escolha, adotou-se como critério as regiões definidas no Estado para a atuação dos Conselhos Regionais de Desenvolvimento (COREDs), respeitada a jurisdição das Varas do Trabalho (VTs).

Realizadas as considerações preliminares necessárias para o início das atividades de negociação, passou-se a estudar formas de convencer os representantes das entidades municipais devedoras não só a participar do Juízo Auxiliar de Conciliação, mas também a facilitar a quitação de suas dívidas, extrapolando- se o que consigna OPVs, e incluindo todos precatórios vencidos. Nesse sentido, realizou-se a apuração de uma média dos valores repassados pelo Fundo de Participação dos Municípios (FPM), e, com base no levantamento dos custos gerados pela situação de pendência de cada uma das entidades devedoras (atualização mensal), fez-se um comparativo percentual sobre o ônus, para o Município, da mera manutenção das dívidas, tendo como parâmetro os valores recebidos do FPM. De outra parte, efetuou-se um prognóstico envolvendo eventuais propostas a serem realizadas pelas entidades devedoras, considerando o número de parcelas a serem pagas, o tempo necessário para a quitação integral da dívida e quanto representariam percentualmente os valores no montante repassado pelo FPM. A proposta é de que a entidade devedora repasse verbas mensais a uma conta bancária judicial específica (no Banco do Brasil ou Caixa Econômica Federal) para, com os recursos financeiros ali depositados, enfrentar a dívida, ficando o Juízo responsável tanto pela administração da conta quanto pela realização dos pagamentos que envolvem distintas e específicas atividades: correção e atualização das contas, verificação das parcelas componentes da dívida, retenções fiscais e recolhimentos previdenciários. Os pagamentos são realizados em audiência, na respectiva jurisdição.

Para o início das negociações, utilizou-se o contato por telefone que visava apresentar o Juízo, dando a conhecer sua finalidade e suas pendências e convidando os representantes das entidades devedoras para comparecimento em audiência a ser realizada nas respectivas jurisdições, o que deu um caráter itinerante ao Juízo.

O Juízo iniciou suas atividades externas no início de 2004 e empreendeu esforços exclusivamente com relação às dívidas das entidades municipais vencidas até o exercício de 2003. A partir de 2005, a cada mudança de exercício, foram incluídos os precatórios vencidos no exercício anterior e, em alguns casos, os que iriam vencer em exercícios futuros. Também em 2004 foi firmado um acordo com o Estado do Rio Grande do Sul viabilizando repasses mensais a partir de maio de 2005, totalizando R$ 1.800.000.00, para pagamento de dívidas vencidas a partir de 1998, consignando pequeno valor.

Os demonstrativos que seguem apresentam números acumulados desde o início das atividades: No ano de 2007, os dados compilados são os seguintes:

Entidades Municipais:

a) 267 entidades devedoras (número acumulado);

b) 8.310 precatórios pendentes (número acumulado = 6.711 + 784 + 815); c) 55 jurisdições envolvidas;

d) Precatórios incluídos na conciliação em 2007: 815 e) Audiências realizadas:

PERÍODO PÚBLICAS

(VÁRIAS ENTIDADES)

INDIVIDUAIS

(EXCLUSIVA C/ ENTIDADE) PAGAMENTO

Janeiro 0 9 - Fevereiro 0 4 2 Março 0 3 106 Abril 0 - 42 Maio 0 1 143 Junho 0 2 94 Julho 0 9 158 Agosto 0 8 16 Setembro 0 2 274 Outubro 0 7 33 Novembro 0 4 44 Dezembro 0 4 111 Totais 0 53 1.023

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f) Precatórios devolvidos a partir da ação do Juízo: 5.392 (número acumulado): — 2.036 em 2004;

— 1.681 em 2005; — 1.675 em 2006; — 1.039 em 2007.

g) Total de precatórios pendentes: 1.879;

h) Entidades solucionadas com quitação integral dos seus débitos: 191; i) Total de Entidades com dívidas administradas pelo Juízo: 44;

j) Entidades que solicitaram prazo para manifestação/regularização: 32; l) Total de pagamentos realizados em 2007: R$ 23.462.037,22;

m) Demonstrativos percentuais:

— do total de precatórios trabalhados pelo Juízo, 93,57% foram resolvidos (devolvidos + pendentes e já conciliados);

— das entidades devedoras, 88,01% resolveram seus débitos por pagamento integral ou por adesão ao Juízo;

— dos precatórios pendentes de pagamento (1.879), temos já conciliados 71,58% (1.345). Estado do Rio Grande do Sul, suas Fundações e Autarquias:

(Precatórios que consignam Obrigações de Pequeno Valor) a) número de precatórios solucionados: 527;

b) número de audiências realizadas: 537;

c) Total de pagamentos realizados em 2007: R$ 1.870.482,29.