• Nenhum resultado encontrado

Projeto Educativo de criação de um Gabinete de Estágios/Emprego e

No documento DM Artur Passos (páginas 108-111)

CAPÍTULO V Desenho do Projeto de Intervenção

1. Projeto Educativo de criação de um Gabinete de Estágios/Emprego e

com o Planeamento Estratégico, contudo inclui adaptações do autor do trabalho, nomeadamente no que respeita aos quadros apresentados e à seleção dos parâmetros que se consideraram mais pertinentes para a elaboração de um Projeto Educativo adaptado às circunstâncias da instituição educativa em análise.

1. Projeto Educativo de criação de um Gabinete de Estágios/Emprego e Empreendedorismo

1.1. Fundamentação do Projeto

Nas sociedades atuais um dos grandes objetivos da educação e das escolas é preparar os indivíduos para desempenharam um papel ativo e produtivo na sociedade. Uma educação orientada para carreira deverá incluir programas que visam o desenvolvimento profissional, o aumento de competências específicas e a entrada no mercado de trabalho. A comunidade escolar recebe algumas propostas de emprego e a relação com as empresas por vezes é estabelecida, no entanto, é sem qualquer plano ou base consistente de sustentação. Ou seja, não há auxílio permanente e sistemático a fim de que o aprendiz possa encontrar um posto de trabalho adequado ou de criação do seu próprio emprego.

Deste modo, o desenvolvimento do Projeto Educativo de criação de um Gabinete de Estágios/emprego e Empreendedorismo inclui uma pedagogia ligada a uma série de princípios que orientam a atuação de todos os elementos da comunidade escolar e empresarial. Sendo necessário uma lógica pedagógica e de gestão, bem como, a integração e articulação de todos os subsistemas que a compõem. Assim, o presente Sistema Educativo terá de ser capaz de preparar quadros técnicos com formação especializada, evidentemente com o suporte empresarial. Portanto, com o aumento da oferta de Cursos de Dupla Certificação para jovens ou adultos, torna-se necessário criar

99

nas escolas uma estrutura que estabeleça a ligação entre a aprendizagem e a aplicação no contexto real do trabalho.

Apesar das instituições possuírem autonomia para criar as suas próprias estruturas, é necessário que o Ministério da Educação forneça as linhas condutoras para a implementação deste sistema, bem como os recursos de software para a atualização dos dados que as escolas podem canalizar de outros programas como J.P.M. § Abreu,

Lda. – Software para Gestão e Administração Escolar.

A elaboração de um Projeto Educativo que se apresenta como um instrumento de Planeamento Estratégico para a instituição resulta do reconhecimento da importância do mesmo para responder a mudanças externas ou internas que possam ameaçar a estabilidade da instituição, exigindo dela uma rápida e eficaz capacidade de resposta que assegure a sua sobrevivência, garanta a sua reputação e comprove o seu espírito de iniciativa em resposta à necessidade de inovação. O Planeamento Estratégico auxilia igualmente na correta distribuição dos recursos existentes, organizando o trabalho em prioridades que vão sendo alcançadas, redefinidas ou abandonadas, consoante a avaliação aos seus resultados e necessidades.

A proposta de criação do Gabinete de Estágios/Empregos e Empreendedorismo é de grande valor e a descrição acima efetuada sobre as suas potencialidades é, por si só, um suporte vantajoso. A minha proposta tornou-se mais premente dado que no âmbito do POCH (Programa Operacional do Capital Humano) as candidaturas aos cursos profissionais estão condicionadas à eficiência dos resultados. Assim, só serão financiadas operações que se proponham atingir no mínimo 50% de empregabilidade dos formandos nos seis meses seguintes ao final dos cursos, cursos profissionais, cursos vocacionais do secundário, cursos técnicos superiores profissionais, cursos de educação e formação de adultos. Estas metas de resultado serão contratualizadas com os beneficiários. Se o nível de empregabilidade se situar abaixo de 50%, o curso não pode ser novamente apoiado em operação subsequente do mesmo beneficiário.

100 1.2. Fundamentação Legal

A Criação dos Gabinetes de Aconselhamento tem o reconhecimento Institucional da Direção – Geral de Inovação e Desenvolvimento Curricular que, para o efeito, remete para a autonomia de gestão das escolas a sua criação e desenvolvimento, devendo os responsáveis dos gabinetes ser professores com formação adequada. Também se fundamenta a proposta com o Estatuto da Carreira Docente, quando no início é referida a importância de valorizar o trabalho do professor, de qualificá-lo e de promover o seu reconhecimento social. É neste quadro que se insere o projeto de criação destes gabinetes, pois um profissional deve estar habilitado a «intervir» na educação e na formação integral dos alunos. De salientar que muitos dos problemas dos estudantes prendem-se com questões relacionadas com o emprego, como por exemplo, a angústia perante o futuro, a falta de trabalho, a precariedade no trabalho e a instabilidade que esta situação provoca nas suas vidas. Estes problemas não são de ordem psicológica, são problemas provocados pela presente situação económico-social, que devem ser e podem ser seguidos por estes gabinetes.No novo Estatuto da Carreira Docente, o professor é definido como um profissional dotado de diversos direitos (artº 4º - 9º) e deveres (artº 10º), que neste novo quadro legislativo aparecem codificados. Para além desta nova deontologia docente (artº10º), temos também, algumas funções docentes gerais (artº 35º):

1. com a função de facultar «orientação» e «aconselhamento» em matéria educativa, social e profissional, em colaboração com os Serviços Especializados de Orientação Educativa [artº 35º, alínea i)];

2. com a função de acompanhar e orientar as aprendizagens dos alunos, em colaboração com os respetivos pais e encarregados de educação;

3. com a função de participar em atividades de investigação, inovação e experimentação científica e pedagógica [artº 35º, alínea i)];

O aconselhamento não é mais do que prosseguir o preceituado na legislação e exercer as funções que possam contribuir para a resolução de problemas. De acordo com a legislação vigente, as Direções das escolas dispõem de um elevado número de horas não letivas, provenientes das horas de trabalho de estabelecimento e do artº 79 do

101

ECD que poderiam ser canalizadas para a implementação deste projeto, não havendo necessidade de afetar custos com a contratação de pessoal.

No documento DM Artur Passos (páginas 108-111)

Documentos relacionados