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Ilha de SC 18 de maio a 23 de junho de 2006 Sede da Fundação Franklin Cascaes – Forte Santa Bárbara

Traplev Agenciamentos

Nos dias de abril depois de iniciado o processo de contato com os artistas para conversar sobre suas práticas e trabalhos e olhando algumas propostas, me identifiquei com uma imagem de cor quase magenta com a frase inscrita: PORQUE EU SEMPRE MESMO

ESTIVE AQUI76 de Priscila Zaccaron. O sentido sugerido pela frase da artista, de uma forma

contemplava um desejo e ao mesmo tempo deflagra uma falta no contexto de arte da cidade que está se formando, criando um diálogo de acesso.

Realizar uma exposição num espaço institucional é o desafio que se coloca na possibilidade de estar “dentro”, re-ativando um espaço com possibilidade crítica, sendo evidente uma reforma de política cultural e fomento para as artes visuais.

A condensação dos 20 artistas reunidos é um deflagrador da idéia de princípio, do porquê apresentar um conjunto de trabalhos em dada situação, e qual motivo para este deslocamento. Iniciar uma busca com referências estabelecidas me perturbava, ao mesmo tempo em que procurar algo para deixar clara minha intenção me confortava. Era um alívio pensar nesse vácuo entre possibilitar e realizar. Reunir artistas e obras para uma

“exposição de arte” em espaço específico77, primeiramente com o propósito de evidenciar o

processo histórico da montagem de situações, são possibilitar olhares e reintegrar o diálogo.

Em processo de desenvolvimento das idéias no campo relacional78 ao espaço de

performação79, pra mim ficou cada vez mais intenso, produzir algo contextualizando todas

as insistências que dizem respeito a uma cadeia produtiva específica e seu fluxo. Sendo isto um subtítulo ou sobre-texto, quase subliminar, parti para abster-me de vícios de linguagens e abarcar no que cada artista em potência tinha a contribuir para a construção deste texto. A relação com o espaço, o registro de situações dadas, o desenvolvimento de um processo, o estudo da imagem, o local como experiência, a sensibilidade praticada em proposições

sonoras e intervenções a deriva80 na cidade refletem já uma boa parte das insistências de

proposições práticas apresentadas aqui nesta ocasião, que prefiro deixar ao silêncio dos visitantes e/ ou ao barulho de uma banda as prerrogativas de uma emergência.

Artistas:

Raquel Stolf, Julia Amaral, Teresa Siewert, Ricardo Basbaum, Giórgia Mesquita, Gustavo Meneguini, Armando Athaíde, Nara Milioli, Priscila Zaccaron, Amanda Cifuente, Cláudia Zimmer, Tiago Franco, Bruna Mansani, Erro Grupo, Fê Luz, Thaís Gil, Edmilson Vasconcelos, Daniel Acosta, Flávia Fernandes, Traplev (projeto

curatorial).

75

Texto em desenvolvimento parte 01 - Traplev.

76

Sem-título - imagem impressa dimensões variáveis - 2005.

77

Sede física da Fundação Municipal de Cultura de Florianópolis, Fundação Franklin Cascaes – Forte Santa Bárbara, e histórico político de mais de 8 anos de “atuação local”.

78

Deflagrados nas aulas do Prof. Dr. Zé Kinceler no Programa de Pós-graduação Mestrado de Artes Visuais (ceart-udesc), com textos de Nicolas Borriaud, entre outros.

79

Termo de Regina Melin e projeto de pesquisa do Centro de Artes-UDESC, decorrente da tese de Doutorado: Incorporações – agenciamentos do corpo no espaço relacional, PUC, SP, 2003.

80

Conceito de Gui Debord desenvolvido a partir da Internacional Situacionista na década de 50. A idéia contida neste trecho corresponde a uma relação histórica, não se restringindo a uma abordagem de similariedade.

Publicação Esporádica e Lim it ada

recibo

(desde 2002).

Este proj eto teve início em 2002, proposto por m im para conj unto de artistas, na época da universidade, que se reuniram para editar a publicação. No inicio a idéia era realizar m ais de um núm ero, m as naquele m om ento financiam os apenas um a edição de 2000 exem plares. Em 2005 retom ei o proj eto e após a exposição Proj eto Novos Laboratórios na ACAP, realizei um “ boneco” do que seria o segundo núm ero cham ado recibo05 que registrava a exposição com fotos e textos. Produzi um a edição de 10 núm eros ( assinadas e num eradas) , para apresentar na tentativa de conseguir financiá- la em núm ero m ínim o, com im pressão frente e verso, tam anho A4, preto e branco em folhas de cor. Na época não consegui apoio e o proj eto ficou apenas nos 10 núm eros im pressos inicialm ent e.

Em 2006, quando da Residência El Basilisco que part icipei na Argent ina, produzi um núm ero especial de

recibo/// no qual evidenciei o pr ocesso de t r abalho do

período na cidade. No Brasil fiz um a edição lim itada de 10 núm eros e distribui em São Paulo e Florianópolis para am igos. Na exposição da Residência no El Basilisco foi produzido um a série de 50 e distribuído na abertura.

Em j aneiro de 2007 a partir do Ciclo de Discussão sobre Práticas Artísticas está em produção outra edição especial cham ada recibo//// - welcom e t o

Mont gom ery in Florianópolis, que regist ra a passagem

e o diálogo sobre práticas artíst icas com a artista alem ã Roseline Rannoch coordenadora j unto com Julia Pfeiffer do espaço de arte Montgom ery em Berlim , esta edição será bilíngüe e será distribuída nos dois países, no segundo sem estre de 2007.

Com o proj et o editorial específico pensado para a dissertação, será lançado com o proj eto m ais um núm ero especial cham ado recibo 87, no qual reuni um a série de trabalhos sobre o tem a A Noção de

Despesa. Além dest e núm ero será lançada a edição

especial: recibo 10 em parceria com Nara Milioli para a m ostra Contram ão em sua casa, refletindo sobre o tem a proposto: observat ório m óvel. Est e t erá um a edição de 1000 exem plares, sendo este núm ero um a retom ada do proj eto para distribuição. A publicação

recibo está em aber t o e ainda é possível haver out r os núm er os a par t ir de out r as pr opost as, a

idéia é reedit ar os j á exist ent es e im prim ir os inédit os que serão lançados, tornando disponível para circulação em ocasião da defesa desta dissertação.

Ciclo de Discussões sobre Prát icas Artísticas – Museu Hassis – 2007.

A partir da invest igação realizada sobre a prát ica do art ist a e a art iculação ent re as diferent es esferas do circuit o, abordo um a série de espaços e proj et os geridos por art ist as que m odificam e com plem ent am a cena local com est rat égias de parcerias e difusão da produção art íst ica visando o int ercâm bio.

O proj eto busca através de encontros com art ist as e t eóricos desenvolver e aprofundar a idéia de aut onom ia e prát ica polít ica no sist em a de art e relacionando vários fat ores e pensam ent os para pot encializar as prát icas desenvolvidas transbordando esses lim it es.

O Ciclo, iniciado no m ês de j aneiro com a art ista convidada Roseline Rannoch de Berlim que apresentou, no Museu Hassis o espaço coordenado j unt o com a t am bém art ist a, Julia Pffeifer da Alem anha, teve um desdobram ento que foi a confecção do m odelo de Mont gom ery em Berlim num a escala de m aquet e apresent ada t am bém durant e a sua fala no Museu. Est a fala foi à part ida do proj et o no qual os art ist as: Traplev e Roseline iniciaram um a expedição pela cidade regist rando o m odelo nas diversas paisagens. O result ado dest e t rabalho est a sendo produzido para a edição de um a publicação onde estarão às fotos desses percursos e um a ent revist a ent re Traplev, ( art ist a coordenador do Ciclo) , Julia e Roseline ( art ist as coordenadoras de Mont gom ery) sobre prát icas art íst icas e out ros aspect os, que será lançada em breve.

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www.unit ednat ionsplaza.org www.encuent rom edellin2007.com www.m ont gom ery- berlin.de

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