O projeto insere-se num vazio existente e identificado como ponto estratégico para a proposta de grupo, sendo delimitado pela Alameda da Paz a Sul.
O edifício que, programaticamente, constitui as residências para investigadores, um ginásio e um restaurante, implanta-se no limite Este do terreno, libertando todo o espaço a Poente, que se destina a um parque/jardim. Todo o programa se insere num bloco com 236 metros de comprimento e 18 metros de largura, que no seguimento do eixo definido na estratégia de grupo, pretende fazer o encerramento da entrada da cidade de Sines. Procura-se, assim, que o edifício clarifique o traçado da cidade, servindo de porta de entrada para mesma.
O acesso principal das residências é feito à cota 38m, voltado para o mar e para o centro de investigação, no seguimento do passadiço criado na estratégia de grupo, recuado relativamente ao piso superior, sendo que o edifício é constituído apenas por dois níveis. No piso térreo das residências encontram-se os espaços comuns para os utilizadores. Destes espaços fazem parte a receção, dez gabinetes/salas de estudo, dois espaços de estar, cozinha, instalações sanitárias e espaços técnicos. Os espaços de estar encontram-se rebaixados um metro, em relação ao restante piso e as entradas de luz para estes espaços fazem-se tanto pelas extremidades envidraçadas, como através de lanternins que no piso superior funcionam como bancos. A esta cota tem-se acesso direto, pedonal, ao estacionamento, que apenas tem acesso para os carros à cota 41.5m.
No piso superior encontram-se os quartos individuais e os T2. É possível fazer-se o acesso a este nível através de duas cotas. À cota do piso térreo, o acesso dá-se tanto exterior como interiormente. Pelo exterior, e sem que seja necessária a entrada no piso térreo, existe uma rampa que ocupa grande parte do espaço gerado pelo recuo do piso térreo, bem como umas escadas em caracol. A rampa é suportada pelos pilares que marcam o ritmo na chegada ao piso térreo. O acesso ao piso superior, no interior do edifício, faz-se através de uma escadaria em caracol, suportada por quatro pilares redondos de betão, onde assenta uma laje que abriga da chuva. Existe ainda um terceiro acesso ao piso dos quartos/apartamentos, que é feito à cota 41.5m. Daqui, tem-se acesso direto à receção do piso superior e à escadaria em caracol que permite o acesso ao nível inferior. Esta entrada encontra- se numa das duas perfurações que o edifício tem, permitindo que o mesmo seja atravessável. Este nível é constituído por vinte quartos individuais, oito apartamentos T2, duas zonas de lavandaria, receção e espaços técnicos. Uma vez que o programa referido se encontra nos extremos laterais do edifício, o espaço resultante a meio é ocupado por uma zona de estar exterior com bancos, os quais funcionam como lanternins para o piso inferior; bem como por uma zona de galeria, que permite o acesso aos quartos/apartamentos e a comunicação
visual e de entrada de luz para o nível inferior. Existe um vão longitudinal que acompanha todo o edifício, e que permite a entrada de luz para o espaço da rampa, escadas e da zona de estar exterior que se encontra a esta cota.
À cota 41.5 acede-se, também, aos restantes espaços que constituem o edifício: ginásio e restaurante. O restaurante encontra-se localizado por cima do parque de estacionamento e tem ligação direta através de um monta-cargas. O monta-cargas situa-se no economato/armazém, que se encontra no estacionamento. A ser utilizados pelos clientes, para além da sala de refeições, existem as instalações sanitárias e um bengaleiro. Os três pilares existentes no interior do restaurante sugerem o limite da sala de refeições. No restaurante existem ainda espaços destinados aos funcionários: balneários, instalações sanitárias, gabinete do chef, copa suja, copa limpa, cozinha, cozinha de sobremesas e uma despensa com ligação ao monta-cargas. O restaurante é delimitado pelas duas perfurações que permitem a passagem transversal do edifício.
Acede-se ao espaço do ginásio, pedonalmente, à cota 41.5m, no extremo Sul do edifício, no alçado virado para a cidade de Sines. Afastada do alçado Este do edifício, encontra-se uma rampa para carros, que dá acesso ao parque de estacionamento. Do parque de estacionamento acede-se ao ginásio através de escadas e de elevadores. Daí, entra-se no espaço da receção, onde existe uma sala de espera e também a entrada para os restantes espaços do ginásio. O ginásio alberga a receção, balneários femininos e masculinos, dois estúdios para aulas de grupo, uma sala de máquinas e espaços técnicos. As entradas de luz são feitas através dos extremos do edifício, bem como de pequenos vãos que marcam o ritmo na fachada. Existem, ainda dois pátios interiores/exteriores, que iluminam o interior do ginásio e tomam parte na compartimentação e divisão do espaço.
O edifício, em betão cinzento aparente, tem uma laje contínua, que permite que apesar de existirem espaços muito distintos no mesmo edifício, o mesmo consiga manter a leitura de continuidade.
No jardim/parque, são criados vários caminhos que permitem que se cruze e atravesse o espaço de maneira rápida. Estes caminhos fazem a ligação entre os espaços atravessáveis do edifício e as ruas criadas na estratégia de grupo aquando das alterações propostas ao PU.
Programa
Residências:
Quartos com casa de banho e varanda privativas – 20x30m2
T2 com kitchenette, duas casas de banho e duas varandas – 8x70m2 Lavandarias – 2x23m2
Cozinha comum – 35m2
Espaços de estar comuns – 2x65m2 Receção piso térreo – 12m2 Receção piso superior – 20m2 Instalações sanitárias – 24m2 Restaurante: Sala de refeições – 140m2 Bengaleiro – 7m2 Instalações sanitárias – 9m2 Cozinhas – 60m2 Gabinete do chef – 7m2 Despensa – 9m2
Balneários e instalações sanitárias – 25m2 Ginásio:
Receção – 20m2
Sala e instalações sanitárias de funcionários – 30m2 Sala de espera e instalações sanitárias públicas – 65m2 Balneários – 2x80m2
Estúdios para aulas de grupo – 2x40m2 Sala de máquinas – 122m2
Áreas técnicas: 240m2
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Estudar
Conviver
Passagem Cozinha Monta- Cargas PassagemGinásio
R eceç ã oSala de espera