• Nenhum resultado encontrado

Via da proteína cinase C (PKC) A isoforma ß da proteína cinase C, induzida pelo diacilglicerol (DAG) ou pela via AGE-RAGE, activa moléculas, como o

Disfunção endotelial induzida pela hiperglicemia:

5) Via da proteína cinase C (PKC) A isoforma ß da proteína cinase C, induzida pelo diacilglicerol (DAG) ou pela via AGE-RAGE, activa moléculas, como o

NF-kB, o factor de crescimento do endotélio vascular (VEGF), o TGF-ß ou a endotelina-1, que aumentam a permeabilidade, vasomotricidade, activação endotelial, sinalização por factores de crescimento e de sinalização. A PKC inibe a produção de NO e prostaciclina [figura 17] (89,90).

A lesão das células endoteliais [figuras 15 e 18] leva a:

1) Redução da actividade da NO sintase e consumo directo de NO pelo superóxido (O2-) na formação de peroxinitrito (ONOO-). A redução do NO, assim como

da prostaciclina, causam redução da vasodilatação dependente do endotélio (91).

2) Produção aumentada de endotelina-1 e angiotensina-II, que vão actuar no músculo liso, levando a vasoconstrição e «remodeling» microvascular (92).

3) Perturbações da angiogénese (síntese deficiente de VEGF) (93).

4) Sobreprodução de factores pró-trombóticos (factor de von Willebrand, inibidor do activador do plasminogénio-1) e de moléculas de adesão leucocitária (molécula de adesão da célula vascular 1 (VCAM-1), molécula de adesão intercelular 1 (ICAM-1), E-selectina), o que facilita a agregação plaquetar e a inflamação local (94,95).

Figura 18 – Alterações associadas à disfunção endotelial (Adaptado de Crea et al. (2014). Coronary Microvascular Dysfunction. eBook. Fist edition, Springer. Milan).

Estímulo Anormal

Função endotelial normal: - Vasodilatação - Anti-agregação - Anti-inflamatório - Anti-proliferativo - Barreira biológica Disfunção endotelial: - Vasoconstrição - Agregação plaquetária - Pró-inflamatório - Proliferativo - Aumento da permeabilidade

32

«Remodeling» microvascular induzido pela hiperglicemia:

O «remodeling» microvascular ocorre com espessamento da membrana basal, hipertrofia do músculo liso e hialinização da camada média da parede vascular. Podem observar-se microaneurismas capilares (96,97). Estas alterações são induzidas por perturbações no metabolismo do músculo liso vascular (secundárias à hiperglicemia, resistência à acção da insulina e acumulação de ácidos gordos livres) e pela acção de moléculas produzidas no endotélio (angiotensina-II, endotelina-I) e citocinas inflamatórias (IL-6, TNF ) (98–100).

Uma das vias intracelulares mais importantes no «remodeling» microvascular é a do factor nuclear kB (NF-kB) [quadro 5], que activa a expressão de factores de crescimento e de sobrevivência celular, a diferenciação fenotípica fibroblasto-like (produção de TGF-ß e metaloproteinases, associados à fibrose da parede e perivascular) e a inflamação (101,102). O NF-kB é activado por:

1) Vias de lesão microvascular induzidas pela hiperglicemia, já abordadas no âmbito da disfunção endotelial.

2) Ligação da angiotensina II ao receptor de AngII tipo I (AT1R) (14).

3) Ligação da endotelina-1 ao receptor ETA (103).

Quadro 5 – Vias de sinalização do NF-kB

Indutores do NF-kB Interleucinas, factores de crescimento,

mitogénios

IL-1, TNF- , IFN-γ, PDGF, VEGF

Microrganismos, vírus e os seus componentes

LPS, Chlamydia pneumoniae, Borrelia burgdorferi,

Shigella dysenteriae, Plasmodium falciparum

Factores físicos Radiação UV, Radiação γ, Shear stress

Outros Stress oxidativo, trombina, homocisteína, lesão isquémia- reperfusão, leptina, metais pesados, complemento Genes regulados pelo NF-kB

Interleucinas, factores de crescimento IL-1, IL-6, IL-8, TNF- , G-CSF, M-CSF, GM- CSF, MCP-1 , RANTES

Citocinas e moléculas de adesão E-selectina, ICAM-1, VCAM-1, LOX-1, RAGE Indutores de apoptose A20, A1, XIAP, c-IAP1, c-IAP2

Imunomoduladores MHC-I, MHC-II, factor regulador do interferão Outros iNOS, COX-2, factor tecidual, PAI-1, MnSOD,

MMP-2, MMP-9

(Adaptado de Martin et al. Arterioscler Thromb Vasc Biol. 2000;20:e83-e88).

As consequências na função microvascular das alterações estruturais e funcionais associadas ao «remodeling» arteríolar já foram descritas anteriormente.

33

Em ratos com fenótipo diabético db/db, o bloqueio do receptor AT1R durante 4

semanas com losartan associou-se a regressão no «remodeling» microvascular e a aumento da reserva coronária (104).

O bloqueio selectivo dos receptores ETA em doentes diabéticos associou-se a

valores de reserva de fluxo coronário (3,33±0,5) superiores aos obtidos com placebo (2,3±1,2) e mais próximos dos valores obtidos nos indivíduos sem doença (4,9±2,3) (105).

A hiperglicemia está também associada à inactivação de canais de potássio dependentes de ATP (KATP) no músculo liso vascular, responsáveis pela vasodilatação arteríolar coronária em resposta à hipoxia e à isquémia, vulgo vasodilatação metabólica, que é independente do endotélio (106,107).

34

Terapêutica da disfunção microvascular coronária em

doentes diabéticos

Figura 19 – Proposta de algoritmo para diagnóstico e terapêutica da disfunção microvascular coronária (Adaptado de Kibel et al. Journal of International Medical Research. 2017; 45(6): 1901–1929).

Ecocardiografia com estudo de Doppler

PET

Ressonância magnética cardíaca

Coronariografia Doppler intra- coronário Doença Subclínica Angina Microvascular Miocardiopatia/ Insuficiência Cardíaca Se as técnicas não invasivas forem positivas Controlo glicémico Controlo dos factores de risco

Alterações do estilo de vida

Inibidores da enzima de conversão da angiotensina Antagonistas dos receptores

da Angiotensina II Prevenção das complicações da diabetes Ácido acetilsalicílico Estatinas

Todos os pacientes com Angina Microvascular

Beta-bloqueantes Bloqueadores dos Canais de Cálcio

Nitratos de longa acção Ivabradina Ranolazina Trimetazidina Sintomas de Insuficiência Cardíaca Diuréticos da ansa Antagonistas da aldosterona

35

Actualmente, as estratégias terapêuticas da angina microvascular são baseadas em evidência científica escassa, pois estão concluídos poucos ensaios clínicos nesta população (39).

O algoritmo elaborado por Kibel et al. [figura 19] é uma proposta para diagnóstico e tratamento da disfunção microvascular coronária em doentes diabéticos (15).

A minimização dos factores de risco de angina microvascular deve ser incentivada em todos os doentes (38). Pauly et al. estudaram o efeito do quinalapril (um inibidor da enzima de conversão da angiotensina) em 13 mulheres com angina microvascular e verificaram uma subida significativa na reserva de fluxo coronário (+0,55 ± 0,50) (108).

A prevenção secundária, com ácido acetilsalicílico e estatinas, está recomendada em todos os doentes diabéticos com angina microvascular. O efeito anti-inflamatório e anti-aterosclerótico das estatinas parece ser útil no tratamento da disfunção microvascular coronária (109).

Os beta-bloqueantes estão recomendados como terapêutica de primeira linha para controlo sintomático, pela redução das necessidades metabólicas do miocárdio e pelo aumento da perfusão diastólica. Os beta-bloqueantes de terceira geração (carvedilol e nebivolol) parecem ser os mais eficazes na recuperação da reserva do fluxo coronário (110).

Os bloqueadores dos canais de cálcio estão indicados se os beta-bloqueantes não permitirem um controlo eficaz dos sintomas ou não forem tolerados. Porém, um ensaio clínico com diltiazem não demonstrou correcção da diminuição da reserva coronária em doentes com angina microvascular (111).

As restantes opções terapêuticas estão suportadas por um menor nível de evidência científica. Estudos envolvendo fármacos como os moduladores do monóxido de azoto (sildenafil, L-arginina), alfa-bloqueantes ou anti-anginosos (ranolazina, ivabradina) têm tido resultados positivos, ainda que pouco significativos (39,70,112,113).

O tratamento com metformina está associado a recuperação da reserva do fluxo coronário e redução dos episódios de angina (64). Porém, não está provado que o controlo da glicémia contribua para a prevenção e reversão da disfunção microvascular coronária. Valenzuela-Garcia et al. analisaram 314 doentes com angina microvascular

36

(100 doentes com diabetes mellitus tipo 2 e 214 sem diabetes mellitus tipo 2) e concluíram que hemoglobina A1c inferior a 7,0 mg/dl não se associa a valores de reserva de fluxo coronário mais elevados (74).

37

Conclusão

Em doentes sem doença coronária obstrutiva, sobretudo se diabéticos, do sexo feminino ou idosos, a disfunção microvascular coronária pode manifestar-se clinicamente através de dor pré-cordial ou equivalentes anginosos (cansaço, dispneia, náuseas ou lipotimia) (21).

A angina microvascular tem, geralmente, um padrão estável. Porém, pode apresentar-se como síndrome coronária aguda sem supra-desnivelamento do segmento ST (18).

A angina microvascular não se associa a alterações segmentares da contractilidade miocárdica durante a ecocardiografia com teste de stress, dada a distribuição focal e predominantemente subendocárdica da isquémia provocada pela disfunção microvascular coronária (34).

Raramente, a disfunção microvascular coronária associa-se a síndrome coronária aguda com isquémia miocárdica transmural e alterações da contractilidade, em entidades com fisiopatologia muito específica e, em parte, desconhecida: a angina microvascular variante e a miocardiopatia de takotsubo (18).

O diagnóstico de disfunção microvascular coronária implica a realização de coronariografia (para excluir doença coronária obstrutiva) e teste de provocação intra- coronária com acetilcolina (para excluir angina de Prinzmetal) (33).

Porém, o diagnóstico é feito pela determinação de uma reserva de fluxo coronário igual ou inferior a 2,0, após ajuste para o sexo e idade. Este teste pode ser realizado por métodos invasivos (termodiluição ou Doppler intra-coronário durante cateterismo) (18) e não invasivos (ecocardiografia com Doppler da artéria descendente anterior, ecocardiografia de contraste miocárdico, tomografia por emissão de positrões com captação de rubídio-82 e ressonância magnética nuclear com captação de gadolínio) (18,56,57).

A disfunção microvascular coronária é uma complicação microvascular frequente da diabetes mellitus. A associação entre a hiperglicemia e a redução da reserva do fluxo coronário está bem demonstrada, mesmo em indivíduos sem evidência de doença cardiovascular (5,6,9,60).

A hiperglicemia induz disfunção endotelial e «remodeling» na microcirculação coronária, o que diminui a capacidade de ajustar o tónus vascular às necessidades metabólicas e de oxigénio do miocárdio (18).

38

A disfunção microvascular coronária é o principal mecanismo fisiopatológico da miocardiopatia diabética (66–75). Esta entidade corresponde a disfunção diastólica (e, mais raramente, sistólica) do ventrículo esquerdo, na ausência de doença arterial coronária, hipertensão arterial ou valvulopatias (76,81).

Em doentes diabéticos, a disfunção microvascular coronária prevê um aumento de risco de eventos cardiovasculares (doença coronária obstrutiva, enfarte agudo do miocárdio, insuficiência cardíaca ou morte súbita) sete vezes superior (27–29). Porém, ainda é escassa a evidência científica sobre o melhor algoritmo de diagnóstico e tratamento desta entidade.

39

Bibliografia

1. Cuculi F, Kharbanda R, Prendergast B. Low diagnostic yield of elective coronary angiography. N Engl J Med. 2010;363(1):93-94-95.

2. Adameova A, Dhalla NS. Role of microangiopathy in diabetic cardiomyopathy. Heart Fail Rev. 2014;19(1):25–33.

3. Swoboda PP, McDiarmid AK, Erhayiem B, Ripley DP, Dobson LE, Garg P, et al. Diabetes mellitus, microalbuminuria, and subclinical cardiac disease: Identification and monitoring of individuals at risk of heart failure. J Am Heart Assoc. 2017;6(7):1–11.

4. Factor, S. M., Minase, T., Cho, S., Fein, F., Capasso, J. M., Sonnenblick EH. Coronary Microvascular Abnormalities in the Hypertensive-Diabetic Rat - A Primary Cause of Cardiomyopathy? Am J Pathol. 1984;116:9–20.

5. Haffner, S. M., Lehto, S., Rönnemaa, T., Pyörälä K., Laakso M. Mortality from coronary heart disease in subjects with type 2 diabetes and nondiabetic subjects with and without prior myocardial infarction. N Engl J Med. 1998;339(4):229– 34.

6. Jenkins MJ, Edgley AJ, Sonobe T, Umetani K, Schwenke DO, Fujii Y, et al. Dynamic synchrotron imaging of diabetic rat coronary microcirculation in vivo. Arterioscler Thromb Vasc Biol. 2012;32(2):370–7.

7. Marciano C, Galderisi M, Gargiulo P, Acampa W, D’Amore C, Esposito R, et al. Effects of type 2 diabetes mellitus on coronary microvascular function and myocardial perfusion in patients without obstructive coronary artery disease. Eur J Nucl Med Mol Imaging. 2012;39(7):1199–206.

8. von Scholten BJ, Hasbak P, Christensen TE, Ghotbi AA, Kjaer A, Rossing P, et al. Cardiac 82Rb PET/CT for fast and non-invasive assessment of microvascular function and structure in asymptomatic patients with type 2 diabetes. Diabetologia. 2016;59(2):371–8.

9. Di Carli MF, Janisse J, Grunberger G, Ager J. Role of chronic hyperglycemia in the pathogenesis of coronary microvascular dysfunction in diabetes. J Am Coll Cardiol [Internet]. 2003;41(8):1387–93.

10. Lee WS, Kim J. Diabetic cardiomyopathy: Where we are and where we are going. Korean J Intern Med. 2017;32(3):404–21.

11. Sezer M, Kocaaga M, Aslanger E, Atici A, Demirkiran A, Bugra Z, et al. Bimodal pattern of coronary microvascular involvement in diabetes mellitus. J Am Heart Assoc. 2016;5(11):1–11.

12. Rydén L, Grant PJ, Anker SD, Berne C, Cosentino F, Danchin N, et al. ESC guidelines on diabetes, pre-diabetes, and cardiovascular diseases developed in collaboration with the EASD. Eur Heart J. 2013;34(39):3035–87.

40

13. Leon BM. Diabetes and cardiovascular disease: Epidemiology, biological mechanisms, treatment recommendations and future research. World J Diabetes [Internet]. 2015;6(13):1246.

14. Labazi H, Trask AJ. Coronary microvascular disease as an early culprit in the pathophysiology of diabetes and metabolic syndrome. Pharmacol Res [Internet]. 2017;123:114–21.

15. Kibel A, Selthofer-Relatic K, Drenjancevic I, Bacun T, Bosnjak I, Kibel D, et al. Coronary microvascular dysfunction in diabetes mellitus. J Int Med Res [Internet]. 2017;30006051667550.

16. Pappachan JM, Varughese GI, Sriraman R, Arunagirinathan Joseph Pappachan GM. Diabetic cardiomyopathy: Pathophysiology, diagnostic evaluation and management. World J Diabetes [Internet]. 2013;4(45):177–89.

17. Matheus ASDM, Tannus LRM, Cobas RA, Palma CCS, Negrato CA, Gomes MDB. Impact of diabetes on cardiovascular disease: An update. Int J Hypertens [Internet]. 2013;2013(Cvd).

18. Crea F, Lanza GA, Camici PG (2014). Coronary Microvascular Dysfunction. eBook. First edition, Springer. Milan.

19. Radico F, Cicchitti V, Zimarino M, De Caterina R. Angina pectoris and myocardial ischemia in the absence of obstructive coronary artery disease: Practical considerations for diagnostic tests. JACC Cardiovasc Interv. 2014;7(5):453–63.

20. Jespersen L, Hvelplund A, Abildstrøm SZ, Pedersen F, Galatius S, Madsen JK, et al. Stable angina pectoris with no obstructive coronary artery disease is associated with increased risks of major adverse cardiovascular events. Eur Heart J. 2012;33(6):734–44.

21. Sara JD, Widmer RJ, Matsuzawa Y, Lennon RJ, Lerman LO, Lerman A. Prevalence of Coronary Microvascular Dysfunction Among Patients With Chest Pain and Nonobstructive Coronary Artery Disease. JACC Cardiovasc Interv. 2015;8(11):1445–53.

22. Bolognese L, Carrabba N, Parodi G, Santoro GM, Buonamici P, Cerisano G, et al. Impact of Microvascular Dysfunction on Left Ventricular Remodeling and Long-Term Clinical Outcome after Primary Coronary Angioplasty for Acute Myocardial Infarction. Circulation. 2004;109(9):1121–6.

23. Westergren H U, Michaëlsson E, Blomster, J I, Miliotis T, Svedlund S, Gan L. Determinants of coronary flow reserve in non-diabetic patients with chest pain without myocardial perfusion defects. PLoS One [Internet]. 2017;12(4):1–16. 24. Rubinshtein R, Yang EH, Rihal CS, Prasad A, Lennon RJ, Best PJ, et al.

Coronary microcirculatory vasodilator function in relation to risk factors among patients without obstructive coronary disease and low to intermediate Framingham score. Eur Heart J. 2010;31(8):936–42.

41

25. Taqueti VR, Hachamovitch R, Murthy VL, Naya M, Foster CR, Hainer J, et al. Global coronary flow reserve is associated with adverse cardiovascular events independently of luminal angiographic severity and modifies the effect of early revascularization. Circulation. 2015;131(1):19–27.

26. Merz CNB. Persistent Chest Pain and No Obstructive Coronary Artery Disease. JAMA. 2009;301(14):1468–74.

27. Feng J, Liu Y, Chu LM, Singh AK, Dobrilovic N, Fingleton JG, et al. Changes in microvascular reactivity after cardiopulmonary bypass in patients with poorly controlled versus controlled diabetes. Circulation. 2012;126(11 SUPPL.1). 28. Chade AR, Brosh D, Higano ST, Lennon RJ, Lerman LO, Lerman A. Mild renal

insufficiency is associated with reduced coronary flow in patients with non- obstructive coronary artery disease. Kidney Int [Internet]. 2006;69(2):266–71. 29. Cortigiani L, Rigo F, Gherardi S, Galderisi M, Bovenzi F, Sicari R. Prognostic

meaning of coronary microvascular disease in type 2 diabetes mellitus: A transthoracic doppler echocardiographic study. J Am Soc Echocardiogr [Internet]. 2014;27(7):742–8.

30. Raggi P, Callister TQ, Cooil B, He ZX, Lippolis NJ, Russo DJ, et al. Identification of patients at increased risk of first unheralded acute myocardial infarction by electron-beam computed tomography. Circulation. 2000;101(8):850–5.

31. Mygind ND, Michelsen MM, Pena A, Frestad D, Dose N, Aziz A, et al. Coronary Microvascular Function and Cardiovascular Risk Factors in Women With Angina Pectoris and No Obstructive Coronary Artery Disease: The iPOWER Study. J Am Heart Assoc [Internet]. 2016;5(3):e003064.

32. Taqueti VR, Shaw LJ, Cook NR, Murthy VL, Shah NR, Foster CR, et al. Excess Cardiovascular Risk in Women Relative to Men Referred for Coronary Angiography is Associated with Severely Impaired Coronary Flow Reserve, not Obstructive Disease. Circulation. 2017;135(6):566–77.

33. Mittal SR. Diagnosis of coronary microvascular dysfunction - Present status. Indian Heart J [Internet]. 2015;67(6):552–60.

34. Lanza GA, Crea F. Primary coronary microvascular dysfunction: Clinical presentation, pathophysiology, and management. Circulation. 2010;121(21):2317–25.

35. Kothawade K. Microvascular Coronary Dysfunctoin in Women- pathophysiology, diagnosis, and management. Curr Probl Cardiol. 2011;36(8):291–318.

36. Crea F, Lanza GA, Camici PG. Coronary Microvascular Dysfunction. N Engl J Med [Internet]. 2007;356(8):830–40.

42

Long-term prognosis of patients with cardiac syndrome X: a review. Neth Heart J [Internet]. 2012;20(9):365–71.

38. Masiero G, Mojoli M, Ueshima D, Tarantini G. Current concepts on coronary revascularization using BRS in patients with diabetes and small vessels disease. J Thorac Dis [Internet]. 2017;9(S9):S940–9.

39. Marinescu MA, Löffler AI, Ouellette M, Smith L, Kramer CM, Bourque JM. Coronary microvascular dysfunction, microvascular angina, and treatment strategies. JACC Cardiovasc Imaging. 2015;8(2):210–20.

40. Vermeltfoort IAC, Raijmakers PGHM, Riphagen II, Odekerken DAM, Kuijper AFM, Zwijnenburg A, et al. Definitions and incidence of cardiac syndrome X: Review and analysis of clinical data. Clin Res Cardiol. 2010;99(8):475–81. 41. Gianni M, Dentali F, Grandi AM, Sumner G, Hiralal R, Lonn E. Apical

ballooning syndrome or takotsubo cardiomyopathy: A systematic review. Eur Heart J. 2006;27(13):1523–9.

42. Donohue D, Movahed M-R. Clinical characteristics, demographics and prognosis of transient left ventricular apical ballooning syndrome. Heart Fail Rev [Internet]. 2005;10(4):311–6.

43. van der Heijden DJ, van Leeuwen MAH, Janssens GN, Lenzen MJ, van de Ven PM, Eringa EC, et al. Body Mass Index Is Associated With Microvascular Endothelial Dysfunction in Patients With Treated Metabolic Risk Factors and Suspected Coronary Artery Disease. J Am Heart Assoc [Internet]. 2017;6(9):e006082.

44. Kaufmann P a, Gnecchi-Ruscone T, di Terlizzi M, Schäfers KP, Lüscher TF, Camici PG. Coronary heart disease in smokers: vitamin C restores coronary microcirculatory function. Circulation. 2000;102(11):1233–8.

45. Nacci C, Tarquinio M, Montagnani M. Molecular and clinical aspects of endothelial dysfunction in diabetes. Intern Emerg Med. 2009;4(2):107–16. 46. van den Heuvel M, Sorop O, Koopmans S-J, Dekker R, de Vries R, van

Beusekom HMM, et al. Coronary microvascular dysfunction in a porcine model of early atherosclerosis and diabetes. AJP Hear Circ Physiol [Internet]. 2012;302(1):H85–94.

47. Brosh D, Assali AR, Mager A, Porter A, Hasdai D, Teplitsky I, et al. Effect of No-Reflow During Primary Percutaneous Coronary Intervention for Acute Myocardial Infarction on Six-Month Mortality. Am J Cardiol [Internet]. 2007;99(4):442–5.

48. Keeley EC, Boura JA, Grines CL. Primary angioplasty versus intravenous thrombolytic therapy for acute myocardial infarction: A quantitative review of 23 randomised trials. Lancet. 2003;361(9351):13–20.

43

ST-elevation myocardial infarction: Cause, consequence, or both? Eur Heart J. 2007;28(7):788–97.

50. Hurst T, Olson TH, Olson LE, Appleton CP. Cardiac Syndrome X and Endothelial Dysfunction: New Concepts in Prognosis and Treatment. Am J Med. 2006;119(7):560–6.

51. Yokoyama I, Momomura SI, Ohtake T, Yonekura K, Nishikawa J, Sasaki Y, et al. Reduced myocardial flow reserve in non-insulin-dependent diabetes mellitus. J Am Coll Cardiol [Internet]. 1997;30(6):1472–7.

52. Nihoyannopoulos P, Carlos Kaski J, Crake T, Maseri A. Absence of myocardial dysfunction during stress in patients with syndrome X. J Am Coll Cardiol. 1991;18(6):1463–70.

53. Panza JA, Laurienzo JM, Curiel R V., Unger EF, Quyyumi AA, Dilsizian V, et al. Investigation of the mechanism of chest pain in patients with angiographically normal coronary arteries using transesophageal dobutamine stress echocardiography. J Am Coll Cardiol [Internet]. 1997;29(2):293–301.

54. Michelsen MM, Mygind ND, Pena A, Aziz A, Frestad D, Høst N, et al. Peripheral Reactive Hyperemia Index and Coronary Microvascular Function in Women with no Obstructive CAD the iPOWER Study. JACC Cardiovasc Imaging. 2016;9(4):411–7.

55. Chen C, Wei J, AlBadri A, Zarrini P, Bairey Merz CN. Coronary Microvascular Dysfunction ― Epidemiology, Pathogenesis, Prognosis, Diagnosis, Risk Factors and Therapy ―. Circ J [Internet]. 2017;81(1):3–11.

56. Mather AN, Lockie T, Nagel E, Marber M, Perera D, Redwood S, et al. Appearance of microvascular obstruction on high resolution first-pass perfusion, early and late gadolinium enhancement CMR in patients with acute myocardial infarction. J Cardiovasc Magn Reson. 2009;11(1):1–9.

57. Ostlund Papadogeorgos N, Jorneskog G, Bengtsson M, Kahan T, Kalani M. Severely impaired microvascular reactivity in diabetic patients with an acute coronary syndrome. Cardiovasc Diabetol. 2016;15(1):66.

58. Shome JS, Perera D, Plein S, Chiribiri A. Current perspectives in coronary microvascular dysfunction. Microcirculation. 2017;24(1):1–12.

59. Liu A, Wijesurendra RS, Liu JM, Forfar JC, Channon KM, Jerosch-Herold M, et al. Diagnosis of Microvascular Angina Using Cardiac Magnetic Resonance. J Am Coll Cardiol [Internet]. 2018;71(9):969–79.

60. Nishino M, Hoshida S, Egami Y, Kondo I, Shutta R, Yamaguchi H, et al. Coronary flow reserve by contrast enhanced transesophageal coronary sinus Doppler measurements can evaluate diabetic microvascular dysfunction. Circ J [Internet]. 2006;70(11):1415–20.

44

Cardiac autonomic function is associated with the coronary microcirculatory function in patients with type 2 diabetes. Diabetes. 2016;65(10):3129–38.

62. Banovic M, Brkovic V, Nedeljkovic I, Nedeljkovic M, Popovic D, Djordjevic- Dikic A, et al. Diabetes mellitus and coronary microvascular function in asymptomatic patients with severe aortic stenosis and nonobstructed coronary arteries. Diabetes Vasc Dis Res [Internet]. 2016;13(3):220–7.

63. Erdogan D, Yucel H, Uysal BA, Ersoy IH, Icli A, Akcay S, et al. Effects of prediabetes and diabetes on left ventricular and coronary microvascular functions. Metabolism. 2013;62(8):1123–30.

64. Jadhav S, Ferrell W, Greer IA, Petrie JR, Cobbe SM, Sattar N. Effects of Metformin on Microvascular Function and Exercise Tolerance in Women With Angina and Normal Coronary Arteries. A Randomized, Double-Blind, Placebo- Controlled Study. J Am Coll Cardiol. 2006;48(5):956–63.

65. Leung M, Biostat M, Leung DY. Coronary microvascular function in patients with type 2 diabetes mellitus. EuroIntervention [Internet]. 2016;11(10):1111–7. 66. Cheung N, Wang JJ, Rogers SL, Brancati F, Klein R, Sharrett AR, et al. Diabetic

Retinopathy and Risk of Heart Failure. J Am Coll Cardiol. 2008;51(16):1573–8. 67. Akasaka T, Yoshida K, Hozumi T, Takagi T, Kaji S, Kawamoto T, et al.

Retinopathy identifies marked restriction of coronary flow reserve in patients with diabetes mellitus. J Am Coll Cardiol [Internet]. 1997;30(4):935–41.

68. Vivid V, Healthcare GE, Mri C, Mri A, Coil SC, Lv A, et al. Increased Left Ventricular Torsion in Uncomplicated Type 1 Diabetic Patients The role of coronary microvascular function. Diabetes. 2009;32(9):1710–2.

69. Araszkiewicz A, Janus M, Prech M, Grygier M, Pyda M, Olasińska-Wiśniewska A, et al. Relations of diabetes mellitus, microvascular reperfusion and left ventricular remodelling in patients with acute myocardial infarction treated with primary coronary intervention. Kardiol Pol. 2014;72(1):20–6.

70. Shah NR, Cheezum MK, Veeranna V, Horgan SJ, Taqueti VR, Murthy VL, et al. Ranolazine in symptomatic diabetic patients without obstructive coronary artery disease: Impact on microvascular and diastolic function. J Am Heart Assoc. 2017;6(5).

71. Enomoto M, Ishizu T, Seo Y, Kameda Y, Suzuki H, Shimano H, et al. Myocardial dysfunction identified by three-dimensional speckle tracking echocardiography in type 2 diabetes patients relates to complications of microangiopathy. J Cardiol [Internet]. 2016;68(4):282–7.

72. Kawata T, Daimon M, Miyazaki S, Ichikawa R, Maruyama M, Chiang S-J, et al. Coronary microvascular function is independently associated with left ventricular

Documentos relacionados