ESTUDO II: Automonitoria como base da competência social: relações com habilidades
Apêndice 8. Protocolo de Avaliação de Automonitoria (versão final)
PROTOCOLO DE AVALIAÇÃO DE AUTOMONITORIA
Instruções para os juízes
Leia atentamente o Roteiro de Situações Estruturadas (RSE), que funcionava como demanda de comportamentos sociais, e o Roteiro de Entrevista (RE), no qual cada uma das perguntas visava avaliar um indicador específico de automonitoria.
Assista ao vídeo e observe o comportamento de cada criança (uma por vez) em cada situação estruturada e na entrevista posterior.
Analise a resposta dada pela criança à pergunta da pesquisadora avaliando o quanto ela contempla o indicador de automonitoria que está sendo avaliado na pergunta. Para isso, use a escala:
0 = A resposta não contempla o indicador avaliado.
1 = A resposta contempla parcialmente o indicador avaliado. 2 = A resposta contempla completamente o indicador avaliado.
Observações:
Antes de avaliar, leia atentamente o “Guia para a Avaliação”, apresentado a seguir.
Nas perguntas 1 e 5 compare a resposta da criança ao que você observou no vídeo (concordância).
Preencha a “Folha de registro” com o número correspondente à avaliação realizada (0, 1 ou 2) em cada uma das questões.
GUIA PARA A AVALIAÇÃO Pergunta realizada
(RE)
Indicador de automonitoria
avaliado Definição operacional para a avaliação
1
Você consegue me dizer tudo o que você fez quando...?
Descrever suas próprias ações
0 = A criança não responde ou responde que não sabe (ex: nada, não).
1 = A criança fornece uma resposta mínima em relação ao que foi observado no vídeo (ex: só
desenhei, só formei um quadrado) ou descreve ações que não condizem com o observado (falta de concordância entre fazer e dizer).
2 = A criança descreve suas ações com detalhes e em concordância com o observado durante o vídeo.
Observações:
A fala da criança pode envolver ações da criança cúmplice apenas como suporte para descrever o próprio comportamento (atender à autodescrição).
Após a pergunta 1, em alguns casos a pesquisadora faz algumas perguntas que visam direcionar a fala da criança à pergunta 2. Considerar para a avaliação somente a resposta da criança pertinente à pergunta 1 (Você
consegue me dizer...?).
2 Por que você…? Justificar o rumo de ação escolhido
0 = A criança não responde ou responde que não sabe (ex: sei lá, não sei).
1 = A criança apresenta uma resposta mínima (ex:
porque sim, porque eu quis).
2 = A criança justifica de forma coerente suas ações (ex: porque achei injusto eu ter que ler
muito mais, porque o desenho era meu).
3 O que você estava pensando quando...? Identificar e descrever os próprios pensamentos
0 = A criança não responde ou responde que não sabe (ex: sei lá, não sei, nada).
1 = A criança fala de sentimentos (ex: eu senti
vontade) ou ações (ex: eu estava olhando). 2 = A criança fala o que pensou, ainda que se referindo a somente um aspecto (ex: eu pensei que
não podia).
4 O que você sentiu quando...?
Identificar e descrever os próprios sentimentos
0 = A criança não responde ou responde que não sabe (ex: sei lá, não sei, nada).
1 = A criança fala de pensamentos (ex: eu pensei
que devia fazer isso, eu senti... “ah, eu queria ajudar”).
2 = A criança fala o que sentiu, ainda que se referindo a somente um aspecto (ex: bem, mal,
5 O que ele/ela fez quando você...?
Descrever as ações dos outros
0 = A criança não responde ou responde que não sabe (ex: nada, não sei, sei lá).
1 = A criança fornece uma resposta mínima em relação ao que foi observado no vídeo (ex: ela me
olhou, ele só ficou tentando) ou descreve ações que não condizem com o observado (falta de concordância entre fazer e dizer).
2 = A criança descreve o comportamento do outro com detalhes e em concordância com o observado durante o vídeo. 6 O que você acha que ele/ela sentiu quando você...? Identificar e descrever os sentimentos dos outros
0 = A criança não responde ou responde que não sabe (ex: sei lá, não sei, nada).
1 = A criança fala de pensamentos (ex: ela pensou
que estava certa) ou ações (ex: ela ficou brava). 2 = A criança fala o que acha que o outro sentiu, ainda que se referindo a somente um aspecto (ex:
sentiu alegria, se sentiu bem).
7 Você consegue me dizer outras coisas que você poderia ter feito naquele momento? Elaborar alternativas possíveis de ação
0 = A criança não responde ou responde que não sabe (ex: não, não sei, nada).
1 = A criança verbaliza uma alternativa de comportamento (ex: eu podia ter ajudado). 2 = A criança verbaliza mais de uma alternativa de comportamento (ex: eu podia ter ficado rindo
dela ou tampado o meu quadrado para ela não ver). 8 Se você tivesse feito isso (pergunta 7)... como você teria se sentido depois? Prever os próprios sentimentos
0 = A criança não responde ou responde que não sabe (ex: sei lá, não sei).
1 = A criança fala de pensamentos (ex: eu teria
pensado que fiz errado) ou ações (ex: eu teria
rido).
2 = A criança prevê seus sentimentos, ainda que referindo-se a somente um aspecto (ex: teria me
sentido contente, mal, normal, bem).
9 Se você tivesse feito isso (pergunta 7)... como ela/ele teria reagido? Prever as reações dos outros
0 = A criança não responde ou responde que não sabe (ex: sei lá, não sei).
1 = A criança fala de pensamentos (ex: teria
pensado coisa boa) ou sentimentos (ex: teria se
sentido feliz, bem).
2 = A criança prevê reações, ainda que se referindo a somente uma (ex: teria me
agradecido). 10 Se você tivesse feito isso (pergunta 7)... como ele/ela teria se sentido depois? Prever os sentimentos dos outros
0 = A criança não responde ou responde que não sabe (ex: sei lá, não sei).
1 = A criança fala de pensamentos (ex: teria
pensado “que legal!”) ou ações (ex: teria falado para mim que gostou).
2 = A criança prevê sentimentos do outro, ainda que se referindo a somente um aspecto (ex: teria
se sentido agradecido, mal).
11
Da próxima vez que você estiver em uma situação similar, você agiria da mesma forma ou de forma diferente? Em que sentido? Capacidade de relatar, quando necessário, alterações no rumo futuro de ação
0 = A criança não responde ou responde que não sabe (ex: sei lá, não sei).
1 = A criança responde, porém sua resposta não indica alteração do rumo da ação quando o comportamento emitido foi inadequado.
2 = A criança responde que agiria da mesma forma quando o comportamento emitido foi adequado ou que agiria de forma diferente quando o comportamento foi inadequado.
Observações:
Consideram-se como adequados os seguintes comportamentos: oferecer ajuda sem que outro solicite (situação 1), defender o direito de não trocar de desenho (situação 2) e questionar a distribuição injusta do texto (situação 3). Se a criança responde a esta pergunta com
“depende”, considerar aquilo falado após a pergunta “Em que sentido?”.
FOLHA DE REGISTRO Nome da criança avaliada: ___________________________ Nome do avaliador (juiz): ____________________________
Pergunta realizada (RE) automonitoria Indicador de avaliado
Situações estruturadas referidas (RSE)
I II III
1 Você consegue me dizer tudo o que você fez quando...? Descrever suas próprias ações 2 Por que você…? Justificar o rumo de ação escolhido 3 O que você estava pensando quando...? Descrever os próprios pensamentos 4 O que você sentiu quando...? Descrever os próprios sentimentos 5 O que a ele/elavocê...? 21 fez quando Descrever as ações dos outros 6 O que você acha que a ele/ela sentiu quando você...? Identificar/descrever os sentimentos dos
outros 7 Você consegue me dizer outras coisas que você poderia ter feito
naquele momento?
Elaborar alternativas possíveis de ação 8 Se você tivesse feito isso 7)... como você teria se sentido (pergunta
depois?
Prever os próprios sentimentos
9 Se você tivesse feito isso 7)... como ele/ela teria reagido? (pergunta Prever as reações dos outros 10 Se você tivesse feito isso 7)... como ele/ela teria se sentido (pergunta
depois?
Prever os sentimentos dos outros
11
Da próxima vez que você estiver em uma situação similar, você agiria da mesma forma ou de forma diferente? Em que sentido?22
Capacidade de alterar, quando necessário, o rumo de ação
Para uso exclusivo da pesquisadora Escore total
Observação: preencher com um traço (-) aqueles espaços referentes às perguntas não realizadas pela pesquisadora (ex: quando a criança não responde a pergunta 7 ou responde “não”, então a pesquisadora pulava as perguntas 8, 9 e 10).
Obrigado!
21 Nota-se que, na entrevista referente às situações I e II eram utilizados os nomes das crianças cúmplices e, na
situação III, a pesquisadora fazia referência a si mesma.
Apêndice 9. Roteiro de Situações Estruturadas