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Provisões para Litígios e Contingências

No documento Data-Base - 31/12/2005 (páginas 92-97)

PRINCIPAL LONGO PRAZO

23. Provisões para Litígios e Contingências

Reversões

2004 Ingressos Baixas Atualizações Reclassificações 2005 2005 2004

Trabalhista (a) 86.456 44.685 (51.434) - - 79.707 266.001 220.354 Cofins (b) 695.800 - - 81.525 - 777.325 - - Pis/Pasep (c) 434.392 3.778 - 20.743 (433.485) 25.428 22.332 20.405 Cetemeq (d) 57.107 3.205 - - (6.701) 53.611 - - Plano Cruzado - Reajuste de tarifa (e) 207.452 4.808 - - (40.239) 172.021 47.331 35.788 Processo civeis (f) 55.759 1.307 - - (7.455) 49.611 - - Outros 73.364 6.154 (1.554) 1.215 (30.582) 48.597 - -

Total geral - controladora 1.610.330 63.937 (52.988) 103.483 (518.462) 1.206.300 335.664 276.547 Total geral - controladas 5.988 - (5.988) - - - - - Consolidado 1.616.318 63.937 (58.976) 103.483 (518.462) 1.206.300 335.664 276.547

Circulante 34.822 79.007 - - Longo prazo 1.575.508 1.127.293 335.664 276.547

Total geral - controladora 1.610.330 1.206.300 335.664 276.547 Total geral - controladas 5.988 - - - - - - - Consolidado 1.616.318 - - - - 1.206.300 335.664 276.547

Controladora e consolidado

Depósito judicial Ativo Passivo

b) Cofins: a Companhia, amparada por medida liminar, está questionando a constitucionalidade das modificações do ato da autoridade legislativa nos termos da Lei n°. 9.718/98, referente aos artigos 3º. e 8º., mantendo provisionada a parcela da Cofins acrescida dos encargos referentes à majoração da alíquota de 2% para 3% e ampliação da base de cálculo. A partir de fevereiro de 2004, passou a reconhecer e a recolher os valores da Cofins, apurado na modalidade não-cumulativa, na forma da Lei nº. 10.833, de 29 de dezembro de 2003.

A Companhia questionou as alterações previstas na Lei nº. 10.865/2004 e obteve Medida Liminar junto à Justiça Federal, que autorizou o pagamento da Cofins deduzindo da base de cálculo o crédito oriundo das despesas financeiras decorrentes de empréstimos e financiamentos, conforme disposto na Lei nº. 10.833/2003, referentes aos meses de maio, junho e julho de 2004.

c) Pis/Pasep: a Companhia vinha questionando judicialmente os pagamentos relativos ao Pis/Pasep. Amparadas em liminares, não vinha efetuando o recolhimento desses valores, e a partir da edição da Lei nº. 10.637, de 30 de dezembro de 2002, que instituiu o Pis não cumulativo, a Companhia vêm efetuando normalmente o recolhimento desses valores.

As discussões judiciais que a Companhia vinha mantendo tinha por objetivo afastar (i) as regras de tributação do Pis estabelecidas pela Medida Provisória nº. 1.212/95, convertida na Lei nº. 9.715/98, com base na qual o tributo estava sendo cobrado à alíquota de 0,65% sobre a venda de mercadorias e prestação de serviços, e (ii) a exigência do PIS pela sistemática da Lei nº. 9.718/98 (0,65% sobre a totalidade das receitas auferidas) e para que o tributo fosse recolhido na forma da Lei Complementar nº. 7/70 (5% do Imposto de Renda devido).

à jurisprudência deste caso, a Administração entendeu por bem solicitar à Receita Federal a concessão de parcelamento para quitar o débito correspondente às alterações promovidas pela Lei 9.715/98. Face ao exposto, foi reclassificado neste exercício, para a rubrica de Tributos e Contribuições Sociais, no Passivo Circulante e Exigível a Longo Prazo (Pis - Parcelamento), os montantes de R$ 52.689 e R$ 210.576, respectivamente - nota nº. 19.

O valor remanescente de R$ 170.039 foi revertido desta rubrica em contrapartida à crédito do Resultado do Exercício uma vez que o entendimento da Administração da Companhia, baseada, inclusive, no parecer de seus assessores legais, é de que tais valores não são mais exigíveis em função do estatuto da decadência.

Em 28 de junho de 2005, foi concedido efeito suspensivo pela Justiça Federal mantendo a discussão e a respectiva provisão contábil para a parcela relativa à ampliação da base de cálculo (Lei nº. 9.718/98), uma vez que o entendimento da Administração, baseado em opiniões de seus assessores legais é de que há fortes argumentos a favor dos contribuintes para esta questão. Neste sentido, a Companhia discute judicialmente os valores de Pis relativos à ampliação da base de cálculo, cujos valores montam R$ 25.428 e que estão provisionados na data de 31 de dezembro de 2005.

d) Cetemeq: refere-se à discussão sobre o valor do contrato de compra e venda do imóvel

denominado Cetemeq, ocorrido durante o processo de cisão da Eletropaulo decorrente de sua privatização. De acordo com esse contrato, esse imóvel foi vendido pela Empresa Paulista de Transmissão de Energia Elétrica - EPTE (incorporada pela Companhia

de Transmissão de Energia Elétrica Paulista - CTEEP) à Companhia. A

Administração da Companhia, com base em parecer de seus consultores jurídicos, decidiu registrar provisão para fazer face a eventual julgamento desfavorável na ação ordinária, a qual questiona a legalidade do contrato de compra e venda do Cetemeq, bem como seu valor de venda.

e) Plano Cruzado - reajuste de tarifa: refere-se a processos movidos contra a Companhia por consumidores industriais questionando a legalidade dos aumentos tarifários concedidos pelo DNAEE (atual ANEEL) em 1986, durante o período em que o plano econômico que estabelecia o congelamento de preços estava em vigor, de março a novembro de 1986.

Conforme preceitua o pronunciamento do Ibracon através da Norma e Procedimento de Contabilidade NPC 22, aprovado pela Deliberação CVM nº. 489, de 3 de outubro de 2005, seguem resumidas abaixo as contingências classificadas como possíveis e portanto, ainda não registradas contabilmente, embasadas em relatórios preparados pelos consultores jurídicos da Companhia em 31 de dezembro de 2005.

Classificação de Valor de Perda Risco Estimada R$ mil

IRPJ e CSLL - dedutibilidade - previdência privada Possível 183.916

Eletrobrás - Contrato de Financiamento ECF-1046/86 Possível 615.779

Plano Cruzado - Reajuste de Tarifa Possível 40.531

SIEESP - Sindicato das Indústrias de Energia Elétrica SP Possível 15.865

Enquadramento de Consumidores - Ação Civil Pública Possível Não determinado

IRPJ e CSLL - dedutibilidade - previdência privada

Refere-se a suposta falta de recolhimento de IRPJ e CSLL, decorrente da dedução integral da base de cálculo do IRPJ e CSLL dos valores repassados à Fundação Cesp a título de complementação de previdência privada, sem a limitação de 20% imposta pela Lei 9.532/97.

periodicidade de aplicação de índice de atualização monetária relativos a contrato de financiamento. A ação foi julgada procedente, tendo a Eletrobrás ajuizado a respectiva execução do título em 24 de outubro de 2001, requerendo a citação da Companhia e da EPTE - Empresa Paulista de Transmissão de Energia (atual CTEEP). Em 25 de setembro de 2002, foi apresentada exceção de pré-executividade pela Companhia arguindo preliminar de ilegitimidade passiva em virtude do débito objeto da execução ter sido integralmente transferido à EPTE (atual CTEEP) por ocasião da cisão da Eletropaulo - Eletricidade de São Paulo S.A., ocorrida em 31 de dezembro de 1997. A exceção, no entanto, foi rejeitada pelo Juiz de primeiro grau, ensejando a interposição de agravo de instrumento pela Companhia.

O recurso da Companhia foi provido em julgamento realizado em 16 de setembro de 2003, a qual reconheceu que a Companhia é parte manifestante ilegítima para figurar no pólo passivo da execução da sentença em questão, em razão da transferência de todo o passivo relativo a Eletrobrás para a EPTE (atual CTEEP), por ocasião da cisão da Eletropaulo Eletricidade de São Paulo. A Eletrobrás, inconformada, opôs embargos de declaração em 3 de outubro de 2003, seguida pela CTEEP, que também opôs embargos declaratórios, em 23 de outubro de 2003. Ambos os recursos foram rejeitados em julgamento realizado em 18 de novembro de 2003. Diante desse resultado, a CTEEP, em 10 de dezembro de 2003, opôs novos embargos de declaração, também rejeitados em julgamento realizado em 17 de fevereiro de 2004. A Eletrobrás, por sua vez, interpôs Recurso Especial e Recurso Extraordinário. Em primeira instância, aguarda-se a manifestação das partes acerca dos cálculos das custas remanescentes, podendo a execução prosseguir até o trânsito em julgado da decisão proferida em sede de agravo. Plano Cruzado - Reajuste de Tarifa

Merece análise específica e mais detalhada o caso da ação de um grande cliente industrial, que logrou obter, na sentença condenatória, a consagração do chamado “efeito cascata”, isto é da repercussão “ad infinitum” dos benefícios econômicos que perseguiu a propósito do indevido aumento da tarifa de energia elétrica quando da adoção do Plano Cruzado.

Como é cediço, e consagrado na própria jurisprudência que se produziu em decorrência das centenas de ações aforadas contra a Eletropaulo por conta desse referido aumento indevido, não cabe o chamado “efeito cascata” no caso em tela, já que o aumento foi tido por indevido em período específico, sem projetar seus efeitos para o futuro, não contaminando, portanto, aumentos futuros.

30%, do Passivo total que corrresponde a R$ 15.865. Trata-se de contingência que a princípio, cabe apenas ao Sindicato vencido suportar.

Enquadramento de Consumidores - Ação Civil Pública

Ação Civil Pública aforada pelo Ministério Público Federal visando ao enquadramento dos consumidores de baixa renda, com pedidos de multa diária e devolução de valores supostamente cobrados a maior.

No documento Data-Base - 31/12/2005 (páginas 92-97)