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Provisões para Litígios

71.308 Passivo não circulante

26 Provisões para Litígios

A Companhia responde por diversos processos judiciais perante diferentes tribunais e instâncias. A Administração da Companhia, fundamentada na opinião de seus assessores legais, mantém provisão para litígios sobre as causas cuja probabilidade de perda é considerada provável.

Mutações das provisões para litígios

Consolidado Saldo em Const. imob. Saldo em

31.12.2010 Constituições Reversões em curso Quitações 30.06.2011

Fiscais Cofins (26.1) 234.563 - - - - 234.563 Outros 86.916 21.923 (41.811) - (553) 66.475 321.479 21.923 (41.811) - (553) 301.038 Trabalhistas 146.348 3.987 (2.793) - (7.493) 140.049 Benefícios a Empregados 53.245 10.812 (550) - (9.028) 54.479 Cíveis Fornecedores (26.2) 86.101 1.886 (176) - - 87.811

Cíveis e direito administrativo 73.237 16.708 (1.004) - (6.154) 82.787

Servidões de passagem 9.065 1.310 (4.370) - (484) 5.521

Desaprop. e patrimoniais (26.3) 132.709 8.591 - 4.884 - 146.184

Consolidado Saldo em Saldo em

31.12.2009 Constituições Reversões Quitações 30.06.2010

Fiscais 77.858 14.613 (1.223) - 91.248 Trabalhistas 123.259 27.785 (1.807) (4.970) 144.267 Benefícios a Empregados 35.172 5.786 (564) - 40.394 Cíveis

Fornecedores 84.024 2.123 - - 86.147

Cíveis e direito administrativo 57.213 15.296 (21.868) (3.422) 47.219

Servidões de passagem 14.902 1.259 (6.299) - 9.862 Desapropriações e patrimoniais 125.339 6.666 - (71) 131.934 Consumidores 5.324 180 - (14) 5.490 286.802 25.524 (28.167) (3.507) 280.652 Ambientais 10 - - - 10 Regulatórias 37.010 49 (56) - 37.003 560.111 73.757 (31.817) (8.477) 593.574

Controladora Saldo em Saldo em

31.12.2010 Constituições Reversões Quitações 30.06.2011

Fiscais Cofins (26.1) 234.563 - - - 234.563 Outras 45.718 1.820 (10.943) (517) 36.078 280.281 1.820 (10.943) (517) 270.641 Cíveis 7.883 1.935 - - 9.818 Regulatórias (26.4) 10.296 - - - 10.296 298.460 3.755 (10.943) (517) 290.755

Controladora Saldo em Saldo em

31.12.2009 Constituições Reversões Quitações 30.06.2010

Fiscais 44.357 9.204 (274) - 53.287 Cíveis 328 6.454 (189) (2.317) 4.276 Regulatórias 9.249 - - - 9.249 53.934 15.658 (463) (2.317) 66.812

Ações Prováveis

Os detalhamentos das naturezas das ações respondidas pela Companhia em 30.06.2011 são consistentes com aqueles apresentados na NE nº 28 das Demonstrações Financeiras Anuais Completas de 31.12.2010.

26.1 Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social - Cofins Processo nº 10980.004398/2010-09 – Receita Federal do Brasil de Curitiba

No último semestre de 2010, transitou em julgado, perante o TRF/4ª Região a Ação Rescisória nº 2000.04.01.100266-9 favoravelmente à União Federal, desconstituindo a sentença proferida no Mandado de Segurança nº 95.0011037-7 que havia reconhecido a imunidade da Companhia quanto ao recolhimento da Cofins.

Como resultado desse julgamento, a Receita Federal lavrou a Intimação nº 9/2010, em 07.12.2010, expedida por agente fiscal da Receita Federal do Brasil de Curitiba, por meio do qual pretende exigir, da Copel, o pagamento de Cofins relativo ao período de Agosto de 1995 a Dezembro de 1996.

Essa cobrança decorre do entendimento da Receita Federal do Brasil de que a Copel teria declarado por meio de DCTF e/ou DIPJ, em época própria, ser devedora da quantia de R$ 40.678 a título de Cofins no período cobrado, e que o prazo prescricional do fisco para cobrança do referido crédito tributário teria ficado suspenso desde o trânsito em julgado do mandado de segurança nº 95.0011037-7, que reconheceu a imunidade da Companhia quanto ao recolhimento da Cofins, mas que foi rescindido por acórdão proferido pelo Tribunal Regional Federal da 4ª Região no julgamento do processo n.º 2000.04.01.100266-9.

Esse entendimento da Receita Federal, somada à complexidade e peculiaridade tanto dos fatos quanto da questão jurídica envolvidas no processo em questão, justifica a Diretoria Jurídica considerar como perda provável o valor do principal de R$ 40.246.

Por outro lado sustenta a Companhia, em sua defesa, em síntese, que essas declarações não tiveram o efeito de confessar o débito objeto da cobrança, até porque o referido débito era objeto de questionamento judicial (Mandado de Segurança nº 95.0011037-7), tendo ainda o fisco decaído do seu direito de constituí-lo.

Finalmente, é importante destacar que o crédito tributário, objeto desse processo administrativo, está com a sua exigibilidade suspensa, nos termos do art. 151, IV, do Código Tributário Nacional, por força de liminar proferida no Mandado de Segurança nº.5005264-27.2011.404.7000, em trâmite perante a 1ª Vara Federal de Curitiba, impetrado pela Companhia Paranaense de Energia.

Processo nº 10980.720458/2011-15 – Receita Federal do Brasil de Curitiba

No último semestre de 2010, transitou em julgado, perante o TRF/4ª Região a Ação Rescisória nº 2000.04.01.100266-9 favoravelmente à União Federal, desconstituindo a sentença proferida no Mandado de Segurança nº 95.0011037-7 que havia reconhecido a imunidade da Companhia quanto ao recolhimento da Cofins.

Como resultado desse julgamento, a Receita Federal lavrou o referido auto de infração, por meio do qual pretende exigir o pagamento de Cofins do período de outubro de 1998 a junho de 2001 em razão da procedência da ação rescisória nº 2000.04.01.100266-9.

Esse entendimento da Receita Federal, somada à complexidade e peculiaridade tanto dos fatos quanto da questão jurídica envolvidas no processo em questão, justifica a Diretoria jurídica considerar como perda provável o valor do principal de R$ 194.317.

Contudo, a Companhia sustenta, em sua defesa, que a União Federal decaiu do seu direito de constituir o referido crédito tributário, tendo em vista a ausência da constituição tempestiva do crédito tributário, para prevenir a decadência.

26.2 Rio Pedrinho Energética S.A. e Consórcio Salto Natal Energética S.A.

A Copel Distribuição discute judicialmente a validade de cláusulas e condições do contrato de compra e venda de energia firmado com as empresas Rio Pedrinho Energética S.A. e Consórcio Salto Natal Energética S.A., ao entendimento de que estabelecem benefícios às empresas vendedoras. Concomitantemente, as vendedoras, depois de rescindirem o contrato, levaram o conflito para decisão da Câmara de Arbitragem da Fundação Getúlio Vargas que condenou a Copel a pagar a multa contratual, ao entendimento de que esta dera causa à rescisão. A Copel pleiteia judicialmente a anulação dessa decisão.

Considerando que ambas as empresas já levantaram os valores penhorados (R$ 35.913 em 17.06.2010, R$ 22.823 em 01.10.2009 e R$ 11.833 em 03.02.2010), permanece a classificação da ação, pela Diretoria Jurídica, como perda provável, ressaltando que foram apresentadas pelas mesmas cartas de fiança bancária como garantia à referidos levantamentos, remanescendo, além da discussão judicial em questão, a possibilidade de execução de eventual saldo remanescente que possa vir a ser apurado em decorrência das ações judiciais em questão, razão pela qual a Administração decidiu por constituir provisão financeira para referidos litígios, no valor originário das dívidas que corrigidas até 30.06.2011, apontam para a importância de R$ 101.941. Deste valor, R$ 14.959 estão contabilizados na conta Fornecedores.

26.3 Ivaí Engenharia de Obras S.A.

Em ação de declaratória que tramitou perante a 1.ª Vara da Fazenda de Curitiba, foi reconhecido o direito da empresa Ivaí em receber créditos que teriam junto a Copel Geração e Transmissão em consequência da execução do contrato D-01, cujo objeto era execução de obras de derivação do rio Jordão, consistido em quantia compensatória de suposto desequilíbrio da equação econômico- financeira do mesmo. Com base nesta decisão a Ivaí propôs ação de cobrança, que tramitou perante a 4.ª Vara da Fazenda de Curitiba, cuja decisão, atualmente contestada pela Copel determinou o pagamento do valor de R$ 180.917, valor histórico relativo a 31.10.2005, que deverá ser corrigido pela média do INPC e do IGP-DI, acrescido de juros moratórios de 1% ao mês desde aludida data, além de honorários advocatícios na ordem de 3,2% de referida importância.

No que concerne à discussão em questão, em Medida Cautelar de relatoria do Ministro Castro Meira, autuada no STJ sob nº 15.372 – PR, foi concedida liminar em favor da Copel para atribuir efeito suspensivo ao processo de cobrança em questão, resultando, também na suspensão da execução provisória então movida pela Ivaí.

Aguarda-se o julgamento do Recurso Especial já recebido na ação de cobrança, também de relatoria do Ministro Castro Meira, autuado sob n.º 1096906, e do Agravo Regimental no Recurso Especial na ação rescisória, de relatoria do Ministro Arnaldo Esteves Lima, autuado sob n.º 1.121.458.

De todo modo, diante das peculiaridades do processo em questão a Diretoria Jurídica considera a presente demanda como perda provável. Como provisão financeira para o presente litígio, em 30.06.2011, a importância de R$ 120.664.

26.4 Regulatórias

A Companhia está discutindo nas esferas administrativa e judicial notificações do Órgão Regulador sobre eventuais descumprimentos de normas regulatórias, dentre eles, o valor de R$ 33.812, refere-se às ações judiciais envolvendo a Companhia Estadual de Energia Elétrica - CEEE e Dona Francisca Energética S.A., contra o Despacho Aneel nº 288/02. O provável êxito nas ações citadas resultará em modificações na contabilização da CCEE, o que torna necessária a constituição de provisão destes valores, visto que a Copel será acionada a quitar os montantes de sua responsabilidade.

Ações Possíveis

Consolidado 30.06.2011 31.12.2010 Fiscais 1.170.263 1.049.099 Trabalhistas 142.800 115.626 Benefícios a Empregados 34.681 32.796 Cíveis 316.249 141.233 Regulatórias (a) 116.324 1.629.001 1.780.317 2.967.755

a) O Mercado Atacadista de Energia - MAE foi extinto e suas atividades, seus ativos e passivos foram, em 12.11.2004, absorvidos pela CCEE, que foi constituída sob forma de pessoa jurídica de direito privado, sob regulação e fiscalização da Aneel.

Os dados de comercialização de energia elétrica da Copel Distribuição, considerados na contabilização do MAE, atualmente CCEE, não foram reconhecidos pela Companhia como efetivos e definitivos para os exercícios de 2000, 2001 e primeiro trimestre de 2002. Esses dados foram calculados através de critérios e valores que levaram em conta decisões da agência reguladora, sendo objeto de contestação, e tendo a Companhia já encaminhado, pelas vias administrativas e judiciais, providências contra aquelas decisões.

O pleito está embasado substancialmente no fato de a Companhia ter efetuado transações de venda de energia, as quais não deveriam servir de base de cálculo efetuado pelo órgão regulador, para cumprir exclusivamente com contratos com clientes localizados no mercado da região sudeste. Em 31.12.2010, o montante estimado relativo às diferenças de cálculo era de aproximadamente R$ 1.473.000, não reconhecido pela Companhia no passivo de fornecedores.

Em 31.03.2011, a Administração, baseada em decisão de primeira instância na esfera judicial em favor da Companhia e suportada por opinião de seus assessores jurídicos, reconsiderou como remotas as chances de perda quando da decisão final desses processos judiciais, mantendo esta decisão em 30.06.2011.