PARTE I Enquadramento Teórico
3. Técnica decorrente do posicionamento paradigmático – a análise de conteúdo
1.2 Quadro de caracterização dos entrevistados
Figura 14 Quadro de caracterização dos entrevistados
** Apenas avaliado (sem qualquer função de avaliação) * Coordenador de Departamento Curricular
Nota: A entrevista foi enviada a oito professores contratados e nenhum respondeu. Esta não resposta será
também alvo de análise.
Designação Cargo Desempenhado Escalão na carreira Ida d e Géner o Vínculo profissional Formação
A1 Avaliada ** 4º 43 Feminino PQND S/formação específica (SFE) A2 Avaliada ** 4º 46 Feminino PQND S/formação específica (SFE) A3 Avaliada ** 5º 44 Feminino PQND C/formação específica (CFE) A4 Avaliada ** 6º 46 Feminino PQND C/formação específica (CFE)
R1 Relator 8º 53 Masculino PQND S/formação específica (SFE) R2 Relatora 4º 43 Feminino PQND S/formação específica (SFE) R3 Relatora 4º 37 Feminino PQND C/formação específica(CFE) R4 Relatora 7º 49 Feminino PQND C/formação específica (CFE)
C1 Coordenador de D.C* 7º 50 Masculino PQND S/formação específica (SFE) C2 Coordenadora de D.C. 9º 57 Feminino PQND S/formação específica (SFE) C3 Coordenadora de D.C. 9º 55 Feminino PQND C/formação específica ( CFE) C4 Coordenador de D.C. 7º 44 Masculino PQND C/formação específica ( CFE)
D1 Diretor 7º 48 Masculino PQND S/formação específica (SFE) D2 Diretora 8º 48 Feminino PQND C/formação específica (CFE)
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As entrevistas pretenderam responder aos seguintes critérios:
o preencher os vários grupos dos sub-universos em estudo (apenas avaliados, Relatores, coordenadores de departamento curricular e Diretores).
o abranger o maior leque possível de escalões etários – esta tentativa não foi completamente satisfeita, uma vez que em determinadas funções da carreira (Relatores, coordenadores de departamento e Diretores têm um certo nivelamento na idade que se situa nas cercanias dos 40/50 anos)
o subdividir esses sub-universos em dois grupos: com (CFE) e sem formação especifica (SFE) em supervisão pedagógica e avaliação de docentes
o apontar para uma amostra representativa dos professores portugueses (em termos de género) pois foram enviadas mais entrevistas a mulheres do que homens embora não fossem procuradas proporcionalidades rigorosas ,uma vez que a não era possível controlar o envio das respostas .
Quadro de categorização – entrevistas
Figura 15- Quadro de categorização – entrevistas
Nota: As categorias em análise serão a supervisão pedagógica e a avaliação de docentes, sendo que as subcategorias em análise correspondem às perguntas feitas nas entrevistas enviadas.
Indicações para a compreensão das opões de análise:
o Esta categorização visa essencialmente utilizar como referência os dois conceitos-base do processo de avaliação do desempenho docente. É na conceptualização e fundamentação que cada professor faz destes conceitos que se fundam as linhas de ação da sua postura
CATE G ORI ZAÇ ÃO CATEGORIAS SUB-CATEGORIAS
SP- SUPERVISÃO A supervisão pedagógica como instrumento da melhoria do ensino
AV-AVALIAÇÃO
A importância da avaliação do desempenho docente O atual Modelo de Avaliação do Desempenho Docente Avaliação do desempenho docente interpares/externa à Escola A observação de aulas na avaliação do desempenho docente Consequências dos resultados da avaliação docente
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perante um processo que avalia o seu desempenho (apenas uma das questões particulariza o posicionamento perante o modelo de avaliação em vigor). 41
o Nos quadros de análise, na maior parte dos casos, estão registadas respostas integralmente; pontualmente, quando estas eram muito extensas foi feita uma seleção significativa da essência da resposta.
o Para facilidade de exposição, identificou-se os dois universos de professores com a nomenclatura numérica 1/2 e 3/4, sendo que os entrevistados dos com a nomenclatura 1 e 2 são professores sem formação específica na área da supervisão ou da avaliação do desempenho docente e os entrevistados com a nomenclatura 3 e 4 são professores com formação específica nestas áreas.
1.4- Quadros categoriais de análise de conteúdo
Categoria1: Supervisão Pedagógica
No quadro seguinte estão sistematizadas as respostas à questão: Considera a supervisão pedagógica um instrumento ao serviço da melhoria do ensino? Estas refletem o posicionamento dos professores de carreira SFE e SFE com diferentes cargos avaliativos (ou ausência destes, no caso dos apenas avaliados) sobre o acompanhamento supervisivo.
SUBCATEGORIA: A supervisão pedagógica como instrumento da melhoria do ensino.
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Figura 16- A supervisão pedagógica como instrumento da melhoria do ensino.
Questã o
Considera a supervisão pedagógica um instrumento ao serviço da melhoria do ensino?
C A TE G O R IA 1 (S u p er v isã o Ped a g ó g ic a )
Avaliados s/ formação específica Avaliados c/ formação específica
A 1 A2 A3 A4 Em princípio sim. À partida, a supervisão pedagógica visa a melhoria da qualidade do ensino. No entanto, esta supervisão deverá ser formativa e não apenas avaliativa (que o é que está acontecer agora - o que leva os docente s a não se sentirem motivados a cooperar)
Se por supervisão pedagógica se entender troca de saberes entre pares, sem que tal cause constrangimentos, esta constituirá, a meu ver, um instrumento muito importante de motivação ao serviço da melhoria do ensino.
Muito. A supervisão visa um crescimento e desenvolvimento
profissional, centrado na melhoria da ação pedagógica e no investimento em todas as dimensões da sua profissionalidade
Sim. (…) deve ser encarada com serenidade, pelos professores. Só a observância da nossa prática docente por um par exterior à aula que tem um espírito crítico construtivo - «amigo crítico» - sobre o nosso desempenho profissional é que nos permite tornar a nossa prática docente uma prática docente reflexiva, motivadora e comprometida com a docência....
R 1 R2 R3 R4
Só na fase inicial da carreira docente ou em casos anómalos, que exijam uma verdadeira supervisão, mas sempre com uma intenção formativa.
Sim se exercida por profissionais habilitados e com provas dadas para o efeito. Concerteza; a supervisão pedagógica permite um trabalho colaborativo em prol da melhoria, a monitorização de práticas de ensino, a discussão sobre atividades pedagógicas e a motivação para novas formas da sua operacionalização
A meu ver, a supervisão pedagógica faz sentido numa perspetiva essencialmente formativa, isto é, com o intuito de corrigir atuações e aperfeiçoar as práticas de ensino (…) nenhum professor deve ficar isento da observação de aulas ainda que esteja nos últimos escalões da carreira….
C1 C2 C3 C4
Sim. O mais importante éa melhoria das práticas educativas e aí a supervisão é fundamental
Sim, mas a supervisão é sobretudo necessária como formação inicial; depois é muito difícil combater práticas instituídas
Sim, Numa lógica do desenvolvimento profissional em contextos colaborativos entre pares, para apoio à resolução de problemas do quotidiano Escolar, deve fazer-se apelo a uma “supervisão” que se colocará no papel de apoio, de colaboração em metas acordadas, ao serviço do crescimento individual profissional, à aprendizagem do aluno e ao crescimento organizacional (…) Cada Escola deveria desenvolver (…) uma cultura de avaliação de Escola. Sim considero fundamental. A supervisão pedagógica deve ser mesmo o cordão umbilical que alimenta e dinamiza e motiva o trabalho científico e pedagógico do professor quer se trate do supervisor ou do supervisionado. Ela deve ser o melhor testemunho da autonomia da Escola
D1 D2
Sim. É fundamental um acompanhamento permanente do trabalho de cada professor, mas também de cada equipa de professores.
A supervisão pedagógica só faz sentido quando o seu objetivo é precisamente o de melhorar o ensino. Mas a supervisão não pode ser encarada de forma redutora, como um simples acompanhamento, temperado de algumas sugestões. Ela implica reflexão conjunta e faseada, entre supervisor e supervisionado. (…)
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