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QUADRO 5 – PARTICIPAÇÃO POR SEGMENTO (PERCENTUAL) –

CAPITULO III – RISCO DE CRÉDITO NOS FINANCIAMENTOS DE VEÍCULOS

QUADRO 5 – PARTICIPAÇÃO POR SEGMENTO (PERCENTUAL) –

Fonte: Banco Central

Criando uma rede de distribuição mais sólida, as novas montadoras tendem, num segundo momento, a diversificar seu mix de produtos, avançando sobre segmentos mais baixos. Nesse ponto, espera-se a entrada da produção local para alavancar a venda de volumes maiores, necessária para manter a lucratividade

É nessa faixa de mercado – a dos médios para cima – que as novas montadoras começam a incomodar as tradicionais. Em especial a General Motors (GM), que tem nesta faixa de preço uma cidadela a defender. Afinal, cerca de 50% do seu faturamento decorre da vendas destes modelos.

O ponto principal a destacar é que a estratégia de entrada das novas montadoras vai ampliar a concorrência, inicialmente, nos segmentos de preço nos quais a General Motors (GM) é líder. Faz-se urgente estar preparado para enfrentar esta nova configuração do mercado. Essa tarefa é dificultada devido ao mercado estar atravessando um forte momento de retração.

Esta é a hora de reforçar pontos favoráveis aos produtos Chevrolet: a reputação de elevada qualidade deve ser sempre o diferencial desses modelos. O fator qualidade começa na produção e vai até o pós-venda.

A variedade dos produtos permite contemplar um amplo leque de consumidores. Nos segmentos de baixo preço, os consumidores são mais motivados por facilidades de financiamento que por reposicionamento de preço. Nos segmentos de alto preço, o atrativo principal está na qualidade, na atualização tecnológica e no status do veículo.

Pela própria tradição, os produtos Chevrolet contam com assistência em qualquer ponto do Brasil. Mais do que isto, mesmo as oficinas não autorizadas, mal ou bem, possuem maior conhecimento sobre os produtos Chevrolet do que sobre os das novas montadoras. A difusão de tecnologia demanda tempo e, até lá, será um diferencial dos produtos General Motors (GM).

Assumir a estratégia correta para cada segmento, com um produto adequado às necessidades dos consumidores, é o principal passo para enfrentar a concorrência nos mercados de alto preço, sem perder a importante participação nos segmentos de baixo preço. Além disso, trabalhar corretamente com as peculiaridades de cada cliente é o principal passo para a fidelização à marca.

Em síntese, a venda deve ser capaz de entusiasmar o cliente com o produto feito na medida para ele. Por isso, nunca foi tão importante uma boa capacidade de gestão e uma grande integração entre a produção e a venda. A General Motors (GM) deve buscar um produto de qualidade e competitivos nos atributos importantes para cada segmentam. As Concessionárias devem ter a capacidade de adequar sua estrutura às diferentes necessidades dos clientes, sem perder de vista a lucratividade. Está se intensificando a guerra comercial. É uma luta que sempre demanda muito investimento, seja em novos recursos ou em capacidade de gestão. Sobreviverão aqueles capazes de manter o lucro para poder reinvestir. Segundo a Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea), “as montadoras instaladas no país produziram em fevereiro 157.272 veículos, número que significa elevação de 27% em comparação com o mesmo período do ano passado. Em relação a janeiro, quando foram produzidas 146.156 unidades, houve alta de 7,6%”.

As informações foram divulgadas por meio de jornais no mês de abril de 2003, pela Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea). Somados os dois primeiros meses de 2002, a produção totalizou 303.428 veículos. No mesmo período do ano passado, foram 248.018 unidades.

Do total de veículos fabricados no Brasil em fevereiro, 148.465 foram automóveis e comerciais leves; 6.787, caminhões e 2.020, ônibus. Já as vendas de veículos nacionais e importados pelas montadoras instaladas no país totalizaram 117.865 unidades no mês março 2003. O volume refere-se aos números de carros licenciados no período, com base nos dados do Departamento Nacional de Trânsito (DENATRAN).

O número representa alta de 20,9% frente ao mesmo período do ano passado, quando foram comercializadas no varejo 97.525 unidades. Na comparação com janeiro, quando foram emplacados 112.046 veículos, houve

país 229.911 veículos, quantidade que representa elevação de 8,3% em relação ao mesmo período do ano passado (2002).

As vendas internas de veículos nacionais somaram 109.368 unidades em fevereiro de 2003, o que implica um crescimento de 23,9% ante igual mês de 2002. Também foram vendidos 8.497 importados, com queda de 8,4%.

As exportações de veículos e máquinas automotrizes alcançaram US$ 372,893 milhões em fevereiro. O montante foi 44,6% maior do que as vendas feitas ao exterior no mesmo período do ano passado, de US$ 257,940 milhões. Em relação a janeiro, houve avanço de 34,4%.

No primeiro bimestre de 2003, as exportações totalizaram US$ 650,368 milhões, volume 44,8% superior ao do mesmo período do ano passado. As vendas externas somente de veículos somaram US$ 286,568 milhões em fevereiro, o que implica alta de 41,8% sobre o mesmo período de 1997. O número também significa incremento de 30,8% sobre os US$ 219,152 milhões exportados em janeiro.

O número de veículos exportados no mês fevereiro de 2003, foi de 37.792 unidades, o que equivale a um aumento de 71,1% na comparação com fevereiro de 2002. Em relação a janeiro, quando as vendas externas somaram 28.552 veículos, houve elevação de 32,4%.

As vendas externas de máquinas agrícolas foram de US$ 86,325 milhões em fevereiro de 2003, o que revela expansão de 54,7% na comparação com o mesmo período de 1997 e de 48% antes de janeiro.

Foram exportadas em fevereiro 1.415 máquinas, quantidade 93,8% maior do que aquela verificada no segundo mês de 1997, e 67,7% superior do que a de janeiro de 2003.

3.2 – Financiamento de veículos e risco de crédito

Através de pesquisa verificou-se que pelo menos 680 brasileiros já assumiram um compromisso para 2007: eles estarão pagando as últimas prestações do consórcio que acabaram de contratar para comprar um carro. Aderiram ao mais recente lance do mercado automobilístico para tentar fisgar o consumidor e compraram uma cota do consórcio. Com as taxas de juros em queda e a volta dos prazos de pagamento a perder de vista, muitos têm caído em tentações do gênero. Para quem pensa em embarcar em uma dessas canoas, vale o alerta: ainda que a mensalidade caia com o prazo maior, algumas nuvens pesadas voltaram a aparecer no horizonte da economia brasileira e, antes de assumir um financiamento de médio ou longo prazo, é bom pensar nos riscos de prováveis tempestades para o seu orçamento e o seu emprego.

Essa onda de crédito, como tem sido chamada por especialistas, tem arrastado um número considerável de consumidores. O total de empréstimos tomados pelos brasileiros, por exemplo, deu um salto de 35% somente neste ano. Relatório do Banco Central divulgado recentemente mostrou que esse bolo somava R$ 47 bilhões no final de setembro. O segmento que mais cresce é o Crédito Direto ao Consumidor (CDC) – aumentou quase 100% desde junho de 1999.

A grande questão para quem está assumindo uma dívida para os próximos anos é que seu sono – e bolso – irão flutuar seguindo o humor do mercado financeiro. Ou seja, estará em função daquele grupo que passa o dia inteiro em frente do computador, tentando prever para que direção o vento vai soprar. Por sinal, essa equipe está um pouco desorientada, afinal, por trás do nervosismo, há

israelenses e palestinos, a economia Argentina e o futuro das empresas ligadas à Internet, só para mencionar os principais.

Percebe-se que até aqui não há motivo para pânico, ao menos para os consumidores que estão mergulhando no crédito. É preciso que os economistas estejam atentos ao mercado para evitar financiamentos que incluam a variação do dólar nas cláusulas de correção e, em segundo lugar, dar preferência aos empréstimos com juros prefixados, pois, o prazo mais longo alivia o peso da prestação. Porém o consumidor precisa avaliar se não corre o risco de perder o emprego e não ter como pagar suas dívidas. Na avaliação do economista, a chance de isso ocorrer hoje é menor do que era no início do ano.

Por exemplo, o consórcio de 80 meses, como o da Peugeot, representa uma nova ofensiva das montadoras. Em meados de 1998, o governo já havia liberado os prazos mais longos. Os mais ousados chegaram a lançar planos de até 100 meses. Pouco depois, a crise asiática e russa, num primeiro momento, e a desvalorização do real em relação ao dólar, mais adiante, fizeram os vendedores se retraírem. “Criamos uma mensalidade para não atrapalhar o cliente. Com a parcela menor, é possível também pagar mais de uma por mês”, diz Valmir Reis, gerente nacional do Consórcio Peugeot. Por se tratar de consórcio, o consumidor não paga taxa de juros, apenas a taxa de administração, no caso de 15% sobre o valor do carro e, em alguns casos, uma taxa de adesão. O valor pode ser reajustado de acordo com remarcações na tabela da montadora.

No caso dos financiamentos propriamente ditos, o consumidor precisa estar atento antes de assumir uma dívida de prazo maior. O maior atrativo é o fato de as prestações serem fixas. Ou seja, não variam de acordo com o dólar ou com os juros básicos da economia definidos pelo Banco Central e, atualmente, giram em torno de 16,5% ao ano. Por outro lado, os juros cobrados são ainda elevadíssimos, ainda. A Renault, por exemplo, está vendendo seus carros em até 60 meses. A taxa mensal, de 2,3%, chega a 81% no período. No final das contas,

Veja abaixo a pesquisa de financiamento para automóveis, de acordo com a pesquisa realizada pelo autor.

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