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Qual a razão da resistência das escolas aos agrupamentos que se pretendem implementar Não respondido

a V. Exª a marcação de uma entrevista, com a duração de cerca de 1.30h, de preferência durante o mês de Janeiro, numa data e hora marcada por V Exª.

6. Qual a razão da resistência das escolas aos agrupamentos que se pretendem implementar Não respondido

7. Porque razão o poder central pretende transferir para os Municípios muitas das competências que tem.

Autarquias e ministérios são órgãos do estado, portanto independentemente de quem financia o dinheiro é do estado. Ao transferir as competências para as autarquias pode não haver uma redução das verbas despendidas, mas poderá existir uma melhor gestão dos dinheiros públicos. As autarquias que estão próximas das suas comunidades conseguem fazer uma gestão diferente dos recursos financeiros, mais direcionada para as reais necessidades. Lisboa envia o dinheiro, conforme o que está tabelado da mesma forma para todos, e não consegue ter a visão específica de cada concelho. Tendo em conta a situação do país tem de haver uma melhor gestão e se calhar uma redução, mas isso é idêntico para a educação e para todos os outros setores.

8. Quais as competências que se pretendem transferir (Ex: Gestão infraestruturas, gestão de pessoal não docente e docente, organização de currículos locais, meios financeiros para a gestão dos recursos,..)

Ainda não está nada definido, estando em fase de estudo e avaliação. Terá de existir uma norma geral e dentro dessa norma cada município deverá ter margem para abordar os assuntos da forma que considere ser melhor para o seu concelho.

9. A transferência de competências é pacífica ou problemática?

Comigo não foi feito nenhum processo de transferência de competências, tenho tentado segurar os que existem e não tem sido fácil. Os contratos foram assinados, segundo o que me tenho apercebido, na perspetiva de serem realizadas obras de vulto nas escolas. Os contratos abordam essencialmente questões financeiras, mas que não definem com rigor os direitos e deveres das partes. Houve também questões de ordem estritamente política que levaram a que determinadas autarquias aceitassem essa transferência de competências.

10. Como são resolvidos os problemas existentes

Já abordado

11. Qual o “sentimento” que os serviços regionais (Ex:DRE) e nacionais (EX:DGRHE, DGIDC,..) têm sobre esta intenção de transferir competências.

A administração vê com bons olhos a transferência de competências, uma vez que está sufocada com trabalho e isso iria aligeirar o trabalho dos serviços. Os recursos humanos são hoje muito reduzidos e neste momento temos dificuldade em prestar um serviço de elevada qualidade, com respostas céleres e em que todos os aspetos sejam esclarecidos. Neste momento tenho em mãos um mero processo administrativo de junção de códigos de escolas, situação que ocupa muito do meu tempo com uma questão meramente administrativa, que já teve um procedimento longo nos serviços da DRE. Este é um exemplo, como muitos outros de assuntos que “entopem” os serviços da DRE e que poderiam ser transferidos.

Bloco D – Intervenção das DRE

1.Qual o papel das DRE na ação das escolas.

O papel principal é de apoio às escolas e fazer a ligação aos serviços centrais.

2. Quais os assuntos que predominam na relação entre as DRE e as escolas/agrupamentos.

Predominam todos os assuntos, embora a área jurídica e a da EMADAE são as que têm mais importância e volume. As escolas têm alguma falta de apoio em termos jurídicos e veem nesta área alguma zona de conforto, não só na área de contencioso, mas também na área de recursos humanos que acabam por cair no jurídico quando já estão num patamar superior. Outra área com importância são as questões da

avaliação, as questões da IGE, as auditorias e o seu resultado. Esta é uma área muito sensível e é aí que as escolas necessitam de verdadeiro apoio. As escolas não necessitam de apoio para projetos, ou para a sua gestão corrente, os restantes assuntos são burocráticos e são remetidos para a DRE porque os Diretores não têm competência e como tal remetem para nós que temos essa competência, como recursos hierárquicos, medidas disciplinares, etc.

A área do jurídico é, em conclusão, a que tem maior peso. A rede escolar também tem uma importância significativa, mas é circunscrita a um curto período temporal.

3. Nas relações com as escolas predomina a transmissão de orientações ou o apoio à tomada de

decisão das escolas.

Predomina o apoio às escolas na tomada de decisões.

4.Quais as competências que as escolas atualmente assumem em matéria de educação. Não abordado

5. Qual a percentagem do orçamento gasto nas escolas, no orçamento anual da DRE.

Os investimentos nas escolas não saem do nosso orçamento. A DRE não tem no seu orçamento qualquer verba para apoio direto às escolas, tudo é feito via Gabinete de Gestão Financeira. A DRE funciona como placa giratória, fazendo os mapas, dando pareceres, incluindo as próprias rendas pagas à parque escolar.

6. Considerando a transferência de competências, já efetuadas, para as escolas e municípios, quais

considera as mais importantes.

Talvez o pessoal não docente.

7. Dentro destas quais são as que geram mais problemas e conflitos.

Esta transferência referida tem gerado alguma discussão em torno da ADSE. Em termos da gestão de pessoal facilitou bastante, porque houve uma capacidade para gerir esse pessoal duma forma mais eficaz. Deixou de haver diferenças entre pessoal das autarquias e do ministério, embora o pagamento dos seus direitos ainda esteja por resolver.

Outro dos problemas é o pagamento dos 20.000 € anuais para a manutenção. Os acordos de colaboração têm sido inscritos em PIDAC e conseguimos resolver as coisas de forma pacífica, embora com montantes inferiores aos que estavam previstos nas adendas dos acordos, que por vezes eram muito generosas.

8. As escolas/agrupamentos assumem essas competências, evitam assumir responsabilidades ou

assumem responsabilidades que não são suas.

Muitas evitam assumir as competências transferidas. Temos bons diretores e diretores capazes, principalmente desde a implementação do 75, que têm procurado formação em gestão e liderança. Ainda assim falando com pessoas fora da educação existe a opinião que ainda falta muita liderança e capacidade de gestão. Há de tudo, diretores excessivamente autónomos que acham que podem ter turmas sem estarem devidamente autorizadas, há diretores muito cumpridores que têm feito trabalhos notáveis nas escolas e há diretores que não querem assumir as suas competências, que para coisas muito simples necessitam sempre da autorização da DRE.

9. As autarquias assumem essas competências, evitam assumir responsabilidades ou assumem responsabilidades que não são suas.

Às vezes há algumas divergências quanto às competências da DRE e dos municípios, que são pontuais, como a competência para acompanhar as crianças do 1º ciclo nas horas de refeição. No entanto, o relacionamento com as autarquias é muito bom.

10. Quais as competências que as autarquias não têm e exigem ter.

Até hoje não.

11. Quais as competências que as escolas/agrupamentos não têm e exigem ter.

Até hoje não têm aparecido exigências de mais competências. Às vezes manifestam a vontade de gerir os recursos humanos de outra forma, contudo em escolas que têm projetos muito específicos essa gestão resvala para caminhos não compreendidos pelos professores o que gera situações muito constrangedoras. A maior reivindicação dos diretores, embora nunca a tenham colocado por escrito, é poderem escolher os seus professores. No entanto, essa gestão está sujeita aos princípios de um serviço público, ao contrário do privado.

12. Que competências deverão ser transferidas para os municípios e para as escolas/agrupamentos.

A seguir.

13. Estando decidida a extinção das DRE, as competências deverão ser transferidas