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Quando a Constituição diz que é vedado cobrar impostos das instituições de educação sem fins

lucrativos, é porque nega a competência para tanto,

não sendo dado ao intérprete perquirir quanto à

repercussão jurídica ou econômica do tributo para o

efeito de decidir se é devido ou não. Assim, se a lei

coloca o vendedor como contribuinte e, num caso

concreto, temos entidade imune em tal posição, não

há que se discutir acerca da cobrança do imposto.

Jurisprudência...

Sumula 591 do STF: A imunidade ou a isenção tributária do comprador não se estende ao produtor, contribuinte do imposto sobre produtos industrializados.

"(...) 5. A imunidade tributária recíproca não se aplica ao Imposto sobre Produtos Industrializados, pois o contribuinte desse imposto é o industrial ou o produtor. O município não realiza o fato gerador desse tributo, razão pela qual não há que se falar em contrariedade ao disposto no art. 150, inc. VI, alínea a, da Constituição da República. Este Supremo Tribunal assentou que 'a imunidade ou a isenção tributária do comprador não se estende ao produtor, contribuinte do Imposto sobre Produtos Industrializados' (Súmula n. 591 do Supremo Tribunal Federal)." (RE 371243, Relatora Ministra Cármen Lúcia, Decisão Monocrática, julgamento em 1.2.2011, DJe de 18.2.2011)

Art. 150, VI

Instituir impostos sobre

d) livros, jornais, periódicos e o papel destinado a sua impressão.

Caso...

Determinada Editora, tributante do Imposto de Renda, entende que por expressa previsão constitucional não se vê obrigada a pagar o IR sobre suas receitas auferidas da venda de livros e periódicos.

Diante disso, ingressa com medida judicial requerendo o benefício. O TRF negou a aplicação do benefício por entender que ela é de caráter objetivo e não subjetivo. Agiu corretamente a autoridade judiciária?

Jurisprudência...

"IPMF. Empresa dedicada à edição, distribuição comercialização de livros, jornais, revistas e periódicos. Imunidade que contempla, exclusivamente, veículos de comunicação e informação escrita, e o papel destinado a sua impressão, sendo, portanto, de natureza objetiva, razão pela qual não se estende às editoras, autores, empresas jornalísticas ou de publicidade – que permanecem sujeitas à tributação pelas receitas e ,pelos lucros auferidos. Consequentemente, não há falar em imunidade ao tributo sob enfoque, que incide sobre atos subjetivados (movimentação ou transmissão de valores e de créditos e direitos de natureza financeira)" (STF, 1.ª T., RE-ED 206.774/RS, Rei. Min. limar Galvão, j. 04.04.2000, OJ 09.06.2000, p. 30).

Caso...

A Livraria Cultura, decidi realizar a importação da China de um tablete do formato “Kindle”, utilizado exclusivamente para a leitura de livros digitais. Acredita que pela imunidade prescrita na Constituição Federal no artigo 150, VI, “d”, CF não deve pagar o referido imposto. Ao atracar o navio no porto de Santos, o mesmo é apreendido pela Receita Federal com o argumento que o mesmo não é considerado Livro para fins de imunidade, conforme a Lei 10.753/03, em seu artigo 2º.

A liberação da mercadoria está condicionada ao pagamento do mencionado Imposto.

Jurisprudência...

Os ministros negaram provimento aos Recursos Extraordinários (REs) 330817 e 595676, julgados em conjunto na sessão desta quarta-feira (8). Para o colegiado, a imunidade tributária a livros, jornais, periódicos e ao papel destinado a sua impressão deve abranger os livros eletrônicos, os suportes exclusivos para leitura e armazenamento, além de componentes eletrônicos que acompanhem material didático.

No RE 330817, com repercussão geral reconhecida, o argumento de que a vontade do legislador histórico foi restringir a imunidade ao livro editado em papel não se sustenta. O vocábulo “papel” constante da norma não se refere somente ao método impresso de produção de livros, afirmou. “O suporte das publicações é apenas o continente, o corpus mechanicum que abrange o seu conteúdo, o corpus misticum das obras. Não sendo ele o essencial ou, de um olhar teleológico, o condicionante para o gozo da imunidade”, explicou.

Jurisprudência...

O Plenário aprovou, também por unanimidade, duas teses de repercussão geral para o julgamento dos recursos. O texto aprovado no julgamento do RE 330817 foi: A imunidade tributária constante do artigo 150, VI, “d”, da Constituição Federal, aplica-se ao livro eletrônico (e-book), inclusive aos suportes exclusivamente utilizados para fixá-lo. Para o RE 595676 os ministros assinalaram que “a imunidade tributária da alínea “d” do inciso VI do artigo 150 da Constituição Federal alcança componentes eletrônicos destinados exclusivamente a integrar unidades didáticas com fascículos”.

Caso...

A Gráfica Sonhos Tributários realiza a atividade de impressão a diversos jornais da cidade de Ananindeua, promovendo também a distribuição dos livros e jornais produzidos. Entende ser alcançada pela Imunidade Cultural a qual afastaria a incidência de impostos sobre as operações realizadas.

Em face disto, não realizou o pagamento de ISS referente aos serviços prestados. Recebeu a pouco, uma fiscalização da prefeitura que ao entender ser devido o recolhimento do tributo, promoveu o devido bloqueio das mercadorias envolvidas, bem como do estabelecimento.

Jurisprudência...

As prestadoras de serviços de composição gráfica, que realizam serviços por encomendas de empresas jornalísticas ou editoras de livros, não estão abrangidas pela imunidade tributária prevista no artigo 150, VI, d, CF. A imunidade cultural possui natureza objetiva, ou seja, incide sobre os próprios livros, jornais, periódicos e papel. Já os serviços de composição gráfica envolvem prestação de serviços, o que gera a não incidência, portanto, da referida imunidade.

Deve portanto, recolher o ISS, por praticar a prestação de serviços conforme o Artigo 156, III da CF e LC 116/2003.

Caso...

A entidade de assistência social Viver Bem, com rigor e atenta a suas obrigações tributárias, com frequência contrata escritório de advocacia para confirmar se as práticas que operam em sua instituição estão coadunando com a legislação tributária em vigor.

A nobre casa promove o assistencialismo as adolescentes em vulnerabilidade social, além de promover a integração ao mercado de trabalho. O Presidente em exercício da “Viver Bem” promoveu um aumento no salários dos dirigentes, atingindo valor superior aos que atualmente são pagos aos servidores do Poder Executivo Federal.

Em recente fiscalização promovida pela Receita Federal, o auditor afastou o alcance da imunidade da entidade, alegando o descumprimento dos requisitos que condicionam o alcance da benesse tributária, fundamentando na Lei 9.532/1997, artigos 12 e 14.

Jurisprudência...

A ação foi ajuizada pela Confederação Nacional de Saúde (CNS) contra dispositivos da Lei 9.532/1997 que conferem imunidade tributária a instituições de educação ou de assistência social que preste serviços em caráter complementar às atividades do Estado. Por unanimidade e nos termos do voto do relator, ministro Dias Toffoli, o Plenário confirmou medida cautelar anteriormente deferida e julgou parcialmente procedente a ação, com a declaração da inconstitucionalidade do parágrafo 1º e da alínea “f” do parágrafo 2º do artigo 12; do artigo 13,caput; e do artigo 14 da lei, por invadirem campo reservado a lei complementar previsto no artigo 146, inciso II, da Constituição Federal.

Art. 153, §4º, II

O imposto previsto no

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