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3.1 RESÍDUOS SÓLIDOS: DEFINIÇÃO E CLASSIFICAÇÃO

3.1.4 Quanto à Origem

Baseando-se na NBR 10.004, os resíduos sólidos podem ser classificados quanto à origem em:

Resíduo doméstico ou domiciliar: esse resíduo sólido normalmente é encaminhando para aterros sanitários. Compõem-se principalmente de grandes quantidades de matéria orgânica (sobras de alimentos), embalagens, papéis, papelões, plásticos, vidros e trapos.

Resíduo Comercial: originados por estabelecimentos comerciais, cujas características dependem da atividade desenvolvida. Pode ser dividido em subgrupos chamados de “pequenos geradores” e “grandes geradores”. Geralmente adota-se como parâmetro: Pequeno Gerador de Resíduos Comerciais, o estabelecimento que origina até 120 litros de lixo ao dia e; Grande Gerador de Resíduos Comerciais, aquele que gera um volume de resíduos superior a esse limite.

Resíduo Público: presentes nos logradouros públicos, em geral resultantes da natureza, tais como: folhas, galhadas, poeira, terra e areia, também aqueles descartados irregularmente e indevidamente pela população, como entulhos, bens considerados inservíveis, papéis, restos de embalagens e alimentos.

Resíduo de Serviços de Saúde ou hospitalar: pelas múltiplas possibilidades que apresenta de transmitir as doenças dos hospitais, deve ser transportado em veículos especiais. Assim como o resíduo sólido industrial, a menos que passe por processos de tratamento específico, deve ser disposto em local apropriado ou ir para os incineradores.

Resíduos especiais: resíduos que, devido as suas características peculiares, passam a merecer cuidados especiais em seu manuseio, acondicionamento, estocagem, transporte ou disposição final. Dentro da classe de resíduos de fontes especiais, merecem destaque: resíduos industriais, radioativos e de portos, aeroportos e terminais rodoferroviários.

Resíduos de Pilhas e Baterias: esses itens são comercializados em vários formatos: cilíndricas, retangulares e botões. Geralmente contém um ou mais dos seguintes metais: chumbo (Pb), cádmio (Cd), mercúrio (Hg), níquel (Ni), prata (Ag), lítio (Li), zinco (Zn), manganês (Mn) e seus compostos. Esses metais são classificados como Resíduos Perigosos – Classe I e possuem características de

corrosividade, reatividade e toxicidade.

Resíduos de Lâmpadas Fluorescentes: quando quebradas, queimadas ou enterradas em aterros sanitários, as lâmpadas fluorescentes liberam mercúrio, o que as transforma em resíduos perigosos, Classe I, uma vez que o mercúrio é tóxico para o sistema nervoso humano e, quando inalado ou ingerido pode causar uma enorme variedade de problemas fisiológicos.

Resíduos de Óleos Lubrificantes: devido ao fato de apresentar toxicidade, são considerados resíduos perigosos. O uso prolongado de um óleo lubrificante acabado resulta na sua deterioração de forma parcial, podendo refletir na formação de ácidos orgânicos, compostos aromáticos polinucleares potencialmente carcinogênicos, resinas e lacas. Caso o descarte seja realizado no solo ou em cursos de água, são gerados graves danos ambientais. Quando submetidos à queima, os óleos lubrificantes usados geram gases residuais nocivos ao meio ambiente e à saúde pública.

Resíduos de Pneus: inúmeros são os problemas ambientais causados pela destinação inadequada de pneus. Quando expostos ao tempo, são sujeitos a chuvas, podem acumular água e culminar na proliferação de insetos. Ao serem encaminhados para aterros, provocam “ocos” na massa de resíduos, ocasionandoinstabilidade no solo do aterro. Por fim, se submetidos àincineração, dissipam no ar grandes volumes de material particulado e gases tóxicos, requerendo portando, um sistema de tratamento dos gases extremamente eficiente e caro.

Resíduos de Embalagens de Agrotóxicos: as embalagens de agrotóxicos utilizadas são consideradas resíduos perigosos, e apresentam risco de contaminação humana e ambiental se descartadas sem controle.

Resíduos Radioativos: assim são considerados os resíduos que emitem radiações acima dos limites permitidos pelas normas ambientais. No Brasil, o manuseio, o acondicionamento e a disposição final do lixo radioativo estão a cargo da Comissão Nacional de Energia Nuclear (CNEN).

Resíduos de Construção Civil / Entulho Industrial: é o resíduo sólido produzido pelas indústrias, que possui diferentes características dependendo das matérias-primas utilizadas. Pode ser perigoso, até mesmo tóxico, e não deve ter sua disposição final no mesmo local do lixo domiciliar. Este resíduo deve ser disposto em aterro industrial classe I.

resíduos gerados tanto nos terminais, como dentro dos navios, aviões e veículos de transporte. Os resíduos dos portos e aeroportos são decorrentes de passageiros em veículos e aeronaves e sua periculosidade está no risco de transmissão de doenças já erradicadas no País. Esta transmissão também pode se dar por meio de cargas eventualmente contaminadas, tais como: animais, carnes e plantas.

Baseando-se na Lei nº 12.305/2010, BRASIL (2010), os resíduos sólidos podem ser classificados quanto à origem em:

a) resíduos domiciliares: os originários de atividades domésticas em residências urbanas;

b) resíduos de limpeza urbana: são provenientes da varrição, limpeza de logradouros, vias públicas e outros serviços de limpeza urbana;

c) resíduos sólidos urbanos: engloba os resíduos domiciliares e de limpeza urbana;

d) resíduos de estabelecimentos comerciais e prestadores de serviços: os resíduos gerados nessas atividades. Nessa categoria excetuam-se os resíduos de limpeza urbana, dos serviços públicos de saneamento básico, de serviços de saúde, da construção civil e agrossilvopastoris;

e) resíduos dos serviços públicos de saneamento básico: os gerados nessas atividades, excetuando-se os resíduos sólidos urbanos;

f) resíduos industriais: os gerados nos processos produtivos e instalações industriais;

g) resíduos de serviços de saúde: os gerados nos serviços de saúde, de acordo com o que foi definido em regulamento ou em normas estabelecidas pelos órgãos do Sisnama e do SNVS;

h) resíduos da construção civil: são os gerados em obras de construção civil, tais como: construções, reformas, reparos e demolições. Incluem-se também, os resultantes da preparação e escavação de terrenos para obras civis;

i) resíduos agrossilvopastoris: os originados nas atividades agropecuárias e silviculturais, incluídos os relacionados a insumos utilizados nessas atividades;

j) resíduos de serviços de transportes: os provenientes de portos, aeroportos, terminais alfandegários, rodoviários, ferroviários e passagens de fronteira; k) resíduos de mineração: os gerados na atividade de pesquisa, extração ou

3.2 APROFUNDANDO A QUESTÃO DOS RESÍDUOS SÓLIDOS URBANOS: