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O que dizem os Documentos sobre a Recriação da Prática Curricular na PEC

Neste subcapitulo analisamos os documentos que são referência para a estruturação da LC, dentre os quais, destacamos: Diretrizes Curriculares Nacionais dos Cursos de Graduação em Computação, Plano de Desenvolvimento Institucional do IFFAR e o Projeto Pedagógico do Curso de LC, visando construir indícios de como a integração curricular é contemplada nesses documentos.

Nas Diretrizes Curriculares Nacionais dos Cursos de Graduação em Computação e PPC da LC, ao abordarem o perfil dos egressos, percebemos a preocupação com a formação integrada do futuro professor de Computação, pois, além de atender ao perfil geral previsto para os egressos dos Cursos para formação de professores para educação básica, está previsto

formar professores para o ensino de Computação e Informática para atuar na Educação Básica, mediante a construção de conhecimentos e saberes docentes relacionados com o desempenho da prática pedagógica, visando desenvolver o espírito crítico e o exercício competente da docência, pautado nos valores e princípios políticos e éticos estimulando os professores ao aperfeiçoamento de modo a contribuir para a melhoria das condições do desenvolvimento e qualidade da educação (IFFAR, 2014, p. 14).

Assim, a LC é composta por disciplinas específicas da Computação, Matemática, dos Fundamentos da Educação (Psicologia da Educação, História da Educação, Filosofia da Educação e Sociologia da Educação), disciplinas político- pedagógicas e didáticas que têm como objetivo a formação de um professor de Computação. Estas matérias estão contempladas nos Núcleos Específico, Básico e Pedagógico, respectivamente, e são perpassadas pelas práticas profissionais, sendo abrangidas uma diversidade de disciplinas, em cada Núcleo.

A PEC tem o papel de promover uma formação integrada dos sujeitos, com desenvolvimento de um pensamento crítico, contemplando a exigência do PDI (2014- 2018), que trata dos objetivos da Educação Superior, dos quais destacamos dois: a) “Dar

prioridade à formação integral aliada à formação profissional nos campos tecnológicos e da educação”; b) “Estimular a integração disciplinar e a flexibilidade no desenvolvimento dos currículos de cursos” (IFFAR, 2014-2018, p. 74). Com isso, no IFFAR o ensino tem ênfase na “integração de uma forma geral, com princípios humanistas e de base cultural ampla, partindo de contextos regionais, e de uma formação voltada para o trabalho” (IFFAR, 2014-2018, p. 14).

Novamente, chamamos atenção para que, dentre outros cuidados82, esse

espaço/tempo reservado à PEC não seja visto como uma disciplina separada das demais, em que atuam diferentes professores, pois para que ocorra uma recriação da prática curricular é necessário mais do que um trabalho conjunto entre professores e disciplinas em um mesmo tempo e espaço. Em outras palavras, não se trata de uma soma de disciplinas segmentadas ou de pensar uma distribuição de disciplinas fragmentadas de diferentes núcleos entre os semestres. Nem mesmo a elaboração de um projeto para que todos se empenhem em sua execução. Mais do que isso, há a necessidade de instituir movimentos de mudança nas concepções de cada sujeito participante desse processo no curso, visto como um todo, mas que só pode existir por meio de cada parte que o compõe. Algo importante para a LC, pois é uma área interdisciplinar que precisa articular Ciência da Computação com Ciências Humanas e Sociais. Nesse contexto, a maioria de seu corpo docente é proveniente da Computação e da Pedagogia, exigindo uma maior interlocução entre estes sujeitos para efetivar um trabalho integrado, como exigem os documentos legais.

Disciplinas correspondem ao momento analítico em que necessito identificar os diferentes elementos. É o momento em que diferencio a matemática da biologia, da sociologia, da história, da geografia. No entanto, elas nunca se dissociam. Numa visão sincrética, isso tudo parece caótico, parece que tudo está em tudo. Mas na visão sintética percebe-se com clareza como a matemática se relaciona com a sociologia, com a história, com a geografia e vice-versa (SAVIANI, 2013, p. 124).

O processo interdisciplinar organiza-se em um todo fractal, qualquer novo elemento revela-se composto por toda uma rede de significados e assim por diante, indefinidamente. Então, em uma atitude interdisciplinar não existe um centro, um saber

82 No subcapitulo 1.1 “Origem e contextualização da problemática de pesquisa”, já destacamos nossas

preocupações relativas a essa alteração de PPI para PEC. Mas é importante ressaltar que a criação de espaços coletivos, como o DPDLiC é necessário para que qualquer uma dessas metodologias se concretize.

mais importante que o outro, mas diversos pontos, que se ramificam em infinitas raízes,

que constituem outras significações e novas ramificações83.

O Campus Santo Augusto ousa ao apresentar uma proposta diferenciada, no sentido de integrar a prática profissional dentro dos componentes curriculares específicos de cada licenciatura, pois a integração do conteúdo não é algo já dado com que ensino e professores possam contar. É uma aspiração e exigência cujo fim é a formação geral (SACRISTÁN, 1998). Entende-se que a intenção da legislação vigente é a de que as IES busquem a melhor forma de preparar o futuro professor no sentido de articular os conteúdos específicos de cada Curso com as metodologias apropriadas, desde o momento em que o aluno entra na Instituição (IFFAR/SA, 2014, p. 28).

Sabemos que ainda estamos no começo da caminhada. Ainda precisamos criar uma tessitura entre as linhas de formação Básica, Pedagógica e Específica da

Computação84, para que não se tenha a ideia de que são cursos diferentes: um de

Computação e outro de Pedagogia. Esta constatação é verificada pelos discursos de alguns alunos, que preferem e se identificam melhor com as disciplinas pedagógicas às da Computação, ou vice-versa. Relacionam as disciplinas específicas de computação às disciplinas práticas, e as pedagógicas às teóricas. Ou, ainda, as que realizam estudos em sala de aula são as consideradas teóricas, e as que utilizam com mais frequência o laboratório de informática são consideradas práticas. Alguns chegam a cursar apenas as disciplinas que lhes interessam, esquecendo que se trata de um curso de Licenciatura em Computação, e que essa integração é imprescindível para a formação docente.

Na figura 7 visualizamos a distribuição dos Núcleos e disciplinas do curso, com a finalidade de integrar a Ciência da Computação com outras áreas do conhecimento. Ao observar a organização dos semestres, percebe-se que nenhum semestre concentra apenas disciplinas do Núcleo Específico, Básico ou do Pedagógico. A presença dos diferentes núcleos no mesmo semestre pode desencadear um processo dialógico interdisciplinar, que conduz a uma recriação da prática curricular, desde que o planejamento colaborativo, acompanhamento da ação executada e reflexão sobre a mesma sejam priorizadas com o DPDLiC.

83 Isso se relaciona com o capítulo 5, especificamente com as subcategorias ‘escrita hipertextual para

construção da autonomia docente’ e ‘interdisciplinaridade’.

84 Para saber sobre as disciplinas que compõem cada núcleo, consultar a Figura 8, que é a Representação

Fonte: (IFFAR, 2014, p.36)

Figura 7: Representação gráfica do processo formativo na LC.

No PPC consta a proposta “de integrar a prática profissional dentro dos componentes curriculares específicos de cada licenciatura” (IFFAR, 2014, p. 29); este tem sido uma das preocupações dos professores e da coordenação do curso. Acreditamos que essa integração proporciona a construção de conhecimentos por meio de movimentos dialógicos, e que, de forma isolada, não seria possível elaborar, retratando a realidade que os futuros professores enfrentarão. Trata-se de uma postura mais

reflexiva nas tomadas de decisões, de forma coletiva, sobre os problemas que nos desafiam no dia-a-dia. Sobre isso, no PPC é ressaltado que

as disciplinas teóricas e as práticas educativas desenvolvidas de forma articulada a partir do semestre inicial deverão utilizar metodologias que estimulem a observação, a criatividade e a reflexão; que evitem a apresentação de soluções prontas e busquem atividades que desenvolvam habilidades necessárias para a solução de problemas. Ao aluno devem ser apresentados desafios que busquem retratar a realidade que vai enfrentar como cidadão e como profissional (IFFAR, 2014, p. 30).

Trata-se de potencializar uma formação integrada do futuro professor, no sentido de articular conteúdos específicos com metodologias apropriadas de ensino, reconstruindo e significando teorias e práticas e, nesse processo colaborativo de planejamento e desenvolvimento dos projetos integradores, promover um DPD. Para isso, um trabalho integrado entre as áreas é necessário, como descreve o § 2 das diretrizes curriculares dos cursos de graduação em computação:

Os conteúdos poderão ser ministrados em diversas formas de organização, observando-se o interesse do processo da formação acadêmica e a legislação vigente, e deverão ser planejados de modo integrado, dando sentido de unidade ao projeto pedagógico do curso (SBC, 2012, p. 26).

O Parecer CNE/CP 9/2001 define a prática profissional como uma dimensão do conhecimento em que se articulam reflexão teórica e ação docente, e “que tanto está presente nos cursos de formação, nos momentos em que se trabalha na reflexão sobre a atividade profissional, quanto durante o estágio, nos momentos em que se exercita a atividade profissional” (BRASIL, 2001, p. 23). O Parecer CNE/CES nº 15/2005, para fazer uma distinção entre essas práticas, ratifica esta compreensão ao afirmar que

(...) a prática como componente curricular é o conjunto de atividades formativas que proporcionam experiências de aplicação de conhecimentos ou de desenvolvimento de procedimentos próprios ao exercício da docência. Por meio destas atividades, são colocados em uso, no âmbito do ensino, os conhecimentos, as competências e as habilidades adquiridos nas diversas atividades formativas que compõem o currículo do curso. As atividades caracterizadas como prática como componente curricular podem ser desenvolvidas como núcleo ou como parte de disciplinas ou de outras atividades formativas. Isto inclui as disciplinas de caráter prático relacionadas à formação pedagógica, mas não aquelas relacionadas aos fundamentos técnico-científicos correspondentes a uma determinada área do conhecimento. Por sua vez, o estágio supervisionado é um conjunto de atividades de formação, realizadas sob a supervisão de docentes da instituição formadora, e acompanhado por profissionais, em que o estudante experimenta situações de efetivo exercício profissional. O estágio supervisionado tem o objetivo de consolidar e articular as competências desenvolvidas ao longo do curso por meio das demais atividades formativas, de caráter teórico ou prático (p.3).

Neste sentido, a PEC é complementar ao trabalho com os estágios85, em que

ambas priorizam a presença do licenciando na escola, oportunizando um movimento reflexivo-propositivo entre escola de Educação Básica e Instituição de Ensino Superior, para romper a dicotomia entre teoria e prática na formação docente. Com isso, a dimensão prática deve ser entendida como práxis, em que se reconstrói pensamentos e ações

pedagógicas ao vivenciar processos reflexivos sobre as práticas. Assim, a integração

curricular na PEC

se difere das demais atividades práticas desenvolvidas no processo de ensino de determinado conteúdo, uma vez que esta não se restringe à aplicação dos conhecimentos científicos, mas constitui um espaço de criação e reflexão acerca do trabalho docente e do contexto social em que se insere, com vistas à integração entre a formação e o exercício do trabalho docente (IFFAR, p. 35, 2014).

Assim, a PEC contribui com processos reflexivos na docência e para repensar o trabalho de cada núcleo, potencializando uma maior contextualização e significação dos conceitos trabalhados, uma maior integração curricular e, na medida em que desenvolve suas atividades pautadas em temáticas, proporciona a criação de situações de alta vivência (MALDANER, 2000).

Zeichner (1998; 1993) ressalta que os momentos estruturados da prática profissional na formação de professores (PEC, estágio, aula prática, tirocínio), a que ele denomina de Practicum, interligam três dimensões fundamentais: “além da importância dada à aprendizagem dos alunos-mestres, acentua-se também o desenvolvimento profissional do professor (inicial e contínuo) e a reestruturação e reforma educativas” (ZEICHNER, 1993, p. 68). Assim, no contexto da LC, a PEC pode contribuir para o DPD dos formadores, alunos e professores da educação básica, na medida em que considera esses fatores elencados.

Na Resolução 13/2014 - Diretrizes Curriculares dos Cursos Superiores de Graduação do IFFAR, no Art. 120 - a PEC tem o objetivo de

proporcionar experiências de articulação de conhecimentos construídos ao longo do curso em situações de prática docente; oportunizar o reconhecimento e reflexão sobre o campo de atuação docente; proporcionar o desenvolvimento de projetos, metodologias e materiais didáticos próprios do exercício da docência, entre outros, integrando novos espaços educacionais como locus da formação dos licenciandos (IFFAR, 2014a, p. 34).

85 No livro Estágio Curricular Obrigatório e Prática como Componente Curricular: que prática é essa?

de Vera Rejane Coelho e Marilane Maria Wolf Paim e no artigo “A prática como componente curricular na formação de professores”, de Júlio Emilio Diniz-Pereira, encontramos uma reflexão acerca dos distanciamentos e aproximações entre essas práticas.

Com esses pressupostos, planejamos o Projeto Integrador (PI). Cada proposta de trabalho para a PEC é planejada com antecedência. Geralmente, ao encerrar e avaliar as atividades de um semestre iniciamos o planejamento do próximo.

No início de cada período letivo (semestres) será elaborado pelo Colegiado de Curso um Projeto a ser desenvolvido no Componente Curricular Articulador (Prática de Ensino de Computação) a partir da temática especificada neste Projeto Pedagógico do Curso e das disciplinas envolvidas. O desenvolvimento deste projeto no âmbito das Práticas de Ensino de Computação será de responsabilidade de um docente das disciplinas envolvidas, sendo indispensável a participação dos demais docentes (IFFAR, 2014, p. 39).

Como já explicado, esse planejamento é realizado de acordo com uma temática construída pelo coletivo de professores e registrada no PPC. Ou seja, não foi algo imposto de fora, foi uma construção coletiva pautada na realidade do curso. Então, cada semestre possui uma temática diferente. Dessa forma, não se trata de um trabalho descontextualizado e sem significados. Conforme Marques (2000), valem os processos de construção dos entendimentos a respeito da temática, sustentando a constituição dos futuros professores de Computação e possibilitando que os professores/formadores planejem e executem um projeto que impulsiona um DPD. Nas palavras dos professores do curso, “trata-se da construção e reconstrução permanente de uma ‘espinha dorsal’ que sustenta a constituição do professor de Computação mediante uma religação de saberes docentes com a produção técnica e científica” (CAMBRAIA, PEDROSO,

2016, p. 1239)86.

Não se trata de uma generalização do ser professor, mas uma vivência no contexto concreto de cada profissional, tendo em vista as experiências de formação e o modo como as elabora na sua trajetória de formação. Conforme Bolzan (2009), os professores vão se constituindo e se transformando ao longo da trajetória docente, tendo presente as demandas da vida, da profissão e os processos interativos e mediacionais, “o que pressupõe a compreensão compartilhada, partindo de perspectivas mútuas” (BOLZAN, 2009, p. 15), propiciando a constituição docente pautada na práxis.

Conforme orientações no Projeto Pedagógico do Curso de 2014, a PEC tem como foco Identidade Docente e Campo Profissional, com diferentes temáticas de acordo com cada semestre: 1º - “Diagnóstico e análise do contexto global, Estado da Arte sobre Informática na Educação e o Ensino de Computação”; 2º - “Diagnóstico e

86 Para diferenciar os relatos de experiência analisados na tese das demais citações, colocaremos os

fragmentos selecionados dos relatos em itálico e a referência bibliográfica dos mesmos em separado, posterior as referências bibliográficas da tese.

análise do contexto regional/local, a informática na educação e/ou o ensino da Computação nas escolas”; 3º - “Políticas Públicas de inclusão digital”; 4º - “Conceitos e reflexões sobre o uso de tecnologias como ferramenta pedagógica e a ciência da computação como um conhecimento para todos”; 5º - “Pesquisa e metodologias no Ensino da Computação. Proposta pedagógica para o ensino de computação para os níveis/modalidades fundamental, médio e técnico. Práticas do Ensino da Computação”; 6º - “Pesquisa e metodologias no ensino da computação. Uso e construção de Tecnologias de Informação e Comunicação para o ensino da computação. Práticas do Ensino da Computação”; 7º - “Interação no campo profissional. Identificação, diálogo e interação entre os sujeitos (professores, gestores, alunos, pais), potencializando as relações pedagógicas para promover uma formação permanente”; 8º - “Interação no campo Profissional e Sistematização das Práticas Pedagógicas. Relação entre Escola e IF. A caminhada para a constituição do professor-pesquisador e a importância desse diálogo entre professores/formadores, licenciandos e escola” (IFFAR, 2014). Dessa maneira, precisamos entender a proposta temática do semestre e sua importância para a constituição do professor de computação para que, independente da área dos professores/coordenadores da PEC, ocorra uma recriação da prática curricular.

Essas temáticas foram construídas e amplamente discutidas na comunidade escolar. Assim, “o momento desse buscar é o que inaugura o diálogo da educação como prática da liberdade. É o momento em que se realiza a investigação do que chamamos de universo temático” (FREIRE, 2011, p. 121), proporcionando “a apreensão dos ‘temas geradores’ e a tomada de consciência dos indivíduos em torno dos mesmos” (Idem).

Com essa sustentação esperamos que tais componentes curriculares “integrem o currículo no sentido horizontal e vertical, desenvolvendo atividades com nível de complexidade crescente ao longo do curso” (IFFAR, 2014, p. 36). As temáticas foram pensadas com o intuito de criar uma sustentação ao curso, o qual inicia com pesquisa em periódicos para fazer fichas de leitura, e essas produções vão sendo aprimoradas até resultar em reflexões com a escola.

No primeiro semestre, momento em que os licenciandos estão se ambientando com a vida acadêmica, eles desenvolvem uma pesquisa “do tipo ´estado da arte´ em Revistas e CDs de Eventos sobre [...] metodologias no Ensino da Computação e/ou

Informática na Educação, dos últimos 3 anos” (Plano de Ensino, ciberespaço)87, com

vistas a identificar espaços e formas de atuação do futuro professor. Trata-se de um reconhecimento da profissão do docente de computação num contexto global, ou seja, práticas de inclusão digital ou ensino da computação, que ocorrem no Brasil e no exterior.

Insere-se, a partir do segundo semestre, um projeto que aborda a Identidade Docente e o Campo Profissional - diagnóstico e análise do contexto regional. Principalmente em Santo Augusto e cidades vizinhas – de onde nossos alunos são provenientes. Conforme o PPC, trata-se de desenvolver uma “constituição identitária do Licenciado em Computação”, pois o acesso e estudo “do Projeto Político Pedagógico à prática docente” (IFFAR, 2014, p. 57) propicia ao futuro professor perceber a importância da Computação na escola e, ao interagir com a comunidade escolar, verificar como todos vislumbram essa ideia. De uma forma geral, no anexo II, visualizamos a intenção em relacionar com o semestre anterior (ao assistir as gravações do seminário integrador passado). Nesse momento, visitamos escolas e estudamos seus PPP (Projeto Político Pedagógico) com o intuito de identificar e dialogar com os professores de educação básica sobre a educação tecnológica. Geralmente não se encontram muitas referências sobre tecnologias nos PPP, mas no diálogo com os professores da Educação Básica emergem

ideias de projetos interdisciplinares para serem organizados na escola88. Nesse ponto,

também vale a pesquisa do semestre anterior, que sugere alternativas de projetos para serem desenvolvidos com as escolas.

No seguimento da proposta, adentramos no terceiro semestre89, com a temática

“Políticas Públicas de inclusão digital”, em que a ideia é estudar um “Guia de Tecnologias Educacionais” desde o Edital para submissão dos softwares até a avaliação de alguns materiais didáticos existentes nesse catálogo, com o intuito de, futuramente, “potencializar a construção de softwares nas respectivas áreas” (plano de ensino, ciberespaço)90.

87 Postado no ciberespaço e disponibilizado no ANEXO 2.

88 A respeito do projeto integrador desenvolvido nesse semestre, acessar trabalho apresentado no VIII

ENCONTRO BRASILEIRO DA RED ESTRADO – UFSM, de autoria de Adão Caron Cambraia e Eliana Regina Fritzen Pedroso, intitulado: “Teoria e prática na formação de professores de computação: articulação de saberes nos componentes curriculares”, disponível em: http://redestrado.com.br/wp- content/uploads/2015/06/REDESTRADO_ANAIS2016.pdf.

89 No capítulo 4 detalhamos o processo de planejamento, desenvolvimento e avaliação do projeto integrador

desenvolvido no 3º semestre da LC.

No quarto semestre, a ideia exposta no Plano de Ensino (Anexo II) é de, a partir do diagnóstico identificado nos semestres anteriores, iniciar as ações. Assim, propõe-se a “elaboração de plano de ensino e plano de aula” com vistas a “compreender o sentido do planejamento da prática docente considerando o contexto histórico e suas relações com a realidade da escola” (Projeto integrador, ciberespaço). No relato da prática desse