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1.

(CESPE – DEPEN – 2021)

Com base na legislação especial, julgue o próximo item.

O crime de tortura é inafiançável, devendo o condenado por esse crime iniciar o cumprimento da pena em regime fechado.

RESOLUÇÃO:

Questão polêmica! Como a banca exigiu o julgamento do item “com base na legislação especial”, devemos nos ater ao que diz a letra da lei.

No caso, sobre o regime inicial de cumprimento da pena pelo crime de tortura, a Lei nº 9.455/1997 afirma que o condenado por esse crime deverá iniciar o cumprimento da pena em regime fechado.

Além disso, o crime de tortura é inafiançável, de modo que a assertiva está correta. Art. 1º (...) § 6º O crime de tortura é inafiançável e insuscetível de graça ou anistia.

§ 7º O condenado por crime previsto nesta Lei, salvo a hipótese do § 2º, iniciará o cumprimento da pena em regime fechado. Resposta: C

2.

(CESPE – PRF – 2021)

A respeito da identificação criminal, do crime de tortura, do abuso de direito, da prevenção do uso indevido de drogas, da comercialização de armas de fogo e dos crimes hediondos, julgue o item que se segue.

Praticam o crime de tortura policiais rodoviários federais que, dentro de um posto policial, submetem o autor de crime a sofrimento físico, independentemente de sua intensidade.

RESOLUÇÃO:

Item incorreto. Poderíamos considerar, em tese, a prática do crime de tortura-castigo, mas falta à conduta um elemento para a sua configuração: a submissão do sujeito passivo a INTENSO sofrimento físico, como forma de aplicar castigo pessoal.

Art. 1º Constitui crime de tortura:

II – submeter alguém, sob sua guarda, poder ou autoridade, com emprego de violência ou grave ameaça, a intenso sofrimento físico ou mental, como forma de aplicar castigo pessoal ou medida de caráter preventivo.

Pena – reclusão, de dois a oito anos.

Também não podemos considerar a prática do crime de tortura do § 1º, pois o enunciado não deixou claro se o autor do crime estava preso ou não.

Convenhamos… O fato de estar dentro de um posto policial da PRF não significa que o autor do crime necessariamente estava preso.

Art. 1º (...) § 1º Na mesma pena incorre quem submete pessoa presa ou sujeita a medida de segurança a sofrimento físico ou mental, por intermédio da prática de ato não previsto em lei ou não resultante de medida legal.

Resposta: E

3.

(CESPE – PRF/CFO – 2020)

No que se refere ao uso diferenciado da força, julgue o item a seguir.

Se um policial rodoviário federal, com o objetivo de obter confissão de uma pessoa que tenha sido flagrada cometendo infração, praticar intencionalmente algum ato para causar sofrimento mental a essa pessoa, essa conduta poderá ser caracterizada como tortura.

RESOLUÇÃO:

Isso mesmo! O crime de tortura não exige, necessariamente, a utilização de meios físicos, sendo possível a sua prática mediante grave ameaça da qual resulte sofrimento mental e com o objetivo de obter informação que diga respeito ao próprio torturado e/ou à terceira pessoa.

Art. 1º Constitui crime de tortura:

I - constranger alguém com emprego de violência ou grave ameaça, causando-lhe sofrimento físico ou mental:

a) com o fim de obter informação, declaração ou confissão da vítima ou de terceira pessoa;

Resposta: C

4.

(CESPE – PF – 2018)

Tendo como referência a legislação penal extravagante e a jurisprudência das súmulas dos tribunais superiores, julgue o item que se segue.

A condenação pela prática de crime de tortura acarretará a perda do cargo, função ou emprego público e a interdição para o seu exercício por prazo igual ao da pena aplicada.

RESOLUÇÃO:

Item incorreto, pois a prática de tortura resulta na perda do cargo, função ou emprego público, bem como na interdição para o seu exercício pelo DOBRO do prazo da pena aplicada:

Art. 1º (...) § 5º A condenação acarretará a perda do cargo, função ou emprego público e a interdição para seu exercício pelo dobro do prazo da pena aplicada.

5.

(CESPE – PM/DF – 2010)

Julgue os próximos itens, relativos aos crimes hediondos e à definição dos crimes de tortura.

Considera-se tortura constranger alguém com grave ameaça, causando-lhe sofrimento mental, com o fim de obter informação, ainda que de terceira pessoa.

RESOLUÇÃO:

Vimos que o crime de tortura não exige, necessariamente, a utilização de meios físicos, sendo possível a sua prática mediante grave ameaça da qual resulte sofrimento mental e com o objetivo de obter informação que diga respeito ao próprio torturado e/ou à terceira pessoa.

Perfeito! Vimos que o crime de tortura também prevê a figura omissiva, a qual recai sobre aquele que tinha o dever de evitar ou de apurar a sua prática:

Art. 1º Constitui crime de tortura:

I - constranger alguém com emprego de violência ou grave ameaça, causando-lhe sofrimento físico ou mental:

a) com o fim de obter informação, declaração ou confissão da vítima ou de terceira pessoa;

b) para provocar ação ou omissão de natureza criminosa; c) em razão de discriminação racial ou religiosa;

Dessa forma, a nossa assertiva está correta, pois de acordo com art. 1º, I, a). Resposta: C

6.

(CESPE – PM/DF – 2010)

Em relação às normas penais especiais, julgue o item subsecutivo. O delito de tortura também pode ser praticado na forma omissiva.

RESOLUÇÃO:

Perfeito! Vimos que o crime de tortura também prevê a figura omissiva, a qual recai sobre aquele que tinha o dever de evitar ou de apurar a sua prática:

Art. 1º (...) § 2º Aquele que se omite em face dessas condutas, quando tinha o dever de evitá-las ou apurá-las, incorre na pena de detenção de um a quatro anos.

Dessa forma, a nossa assertiva está corretíssima. Resposta: C

7.

(CESPE – PC/PE – 2016)

Rui e Jair são policiais militares e realizam constantemente abordagens de adolescentes e homens jovens nos espaços públicos, para verificação de ocorrências de situações de uso e tráfico de drogas e de porte de armas. Em uma das abordagens realizadas, eles encontraram José, conhecido por efetuar pequenos furtos, e, durante a abordagem, verificaram que José portava um celular caro. Jair começou a questionar a quem pertencia o celular e, à medida que José negava que o celular lhe pertencia, alegando não saber como havia ido parar em sua mochila, começou a receber empurrões do policial e, persistindo na negativa, foi derrubado no chão e começou a ser pisoteado, tendo a arma de Rui direcionada para si. Como não respondeu de forma alguma a quem pertencia o celular, José foi colocado na viatura depois de apanhar bastante, e os policiais ficaram rodando por horas com ele, com o intuito de descobrirem a origem do celular, mantendo-o preso na viatura durante toda uma noite, somente levando-o para a delegacia no dia seguinte.

Nessa situação hipotética, à luz das leis que tratam dos crimes de tortura e de abuso de autoridade e dos crimes hediondos,

a) os policiais cometeram o crime de tortura, que, no caso, absorveu o crime de lesão corporal. b) os policiais cometeram somente crime de abuso de autoridade e lesão corporal.

c) o fato de Rui e Jair serem policiais militares configura causa de diminuição de pena. d) os policiais cometeram o tipo penal denominado tortura-castigo.

e) caso venham a ser presos cautelarmente, Rui e Jair poderão ser soltos mediante o pagamento de fiança.

RESOLUÇÃO:

a) CORRETO. Os policiais cometeram o crime de tortura-prova, pois observamos a presença do dolo específico de obter confissão, informação ou declaração:

Art. 1º Constitui crime de tortura:

I - constranger alguém com emprego de violência ou grave ameaça, causando-lhe sofrimento físico ou mental: a) com o fim de obter informação, declaração ou confissão da vítima ou de terceira pessoa;

Pena - reclusão, de dois a oito anos.

Como o crime de lesão corporal foi cometido como meio de se praticar a tortura, aquele ficará absorvido pelo último.

b) INCORRETO. Como vimos, houve a prática do crime de tortura.

c) INCORRETO. O fato de Rui e Jair serem policiais militares confere maior reprovabilidade à conduta de ambos, representa causa de aumento de pena:

Art. 1º (...) § 4º Aumenta-se a pena de um sexto até um terço: I - se o crime é cometido por agente público;

d) INCORRETO. O crime de tortura-castigo apenas se configura se cometido contra pessoa presa ou sujeita à medida de segurança, o que não se observa no caso narrado.

(...) II - submeter alguém, sob sua guarda, poder ou autoridade, com emprego de violência ou grave ameaça, a intenso sofrimento físico ou mental, como forma de aplicar castigo pessoal ou medida de caráter preventivo.

Pena - reclusão, de dois a oito anos.

e) INCORRETO. O crime de tortura é INAFIANÇÁVEL:

Art. 1º (...) § 6º O crime de tortura é inafiançável e insuscetível de graça ou anistia. Resposta: A

8.

(CESPE – DEPEN – 2015)

Com base na Lei Antitortura e na Lei contra Abuso de Autoridade, julgue o item subsequente.

SITUAÇÃO HIPOTÉTICA: Um servidor público federal, no exercício de atividade carcerária, colocou em perigo a

saúde física de preso em virtude de excesso na imposição da disciplina, com a mera intenção de aplicar medida educativa, sem lhe causar sofrimento. ASSERTIVA: Nessa situação, o referido agente responderá pelo crime de tortura.

RESOLUÇÃO:

Para a caracterização do crime de tortura-castigo, é necessário observar o intuito do agente em causar intenso sofrimento físico ou mental à vítima, como forma de impor disciplina:

Art. 1º Constitui crime de tortura:

(...) II - submeter alguém, sob sua guarda, poder ou autoridade, com emprego de violência ou grave ameaça, a intenso sofrimento físico ou mental, como forma de aplicar castigo pessoal ou medida de caráter preventivo.

Como não foi observado o dolo de causar sofrimento ao preso, o agente responderá pela prática do crime de maus-tratos. Veja o que diz o Código Penal:

Maus-tratos

Art. 136 - Expor a perigo a vida ou a saúde de pessoa sob sua autoridade, guarda ou vigilância, para fim de educação, ensino, tratamento ou custódia, quer privando-a de alimentação ou cuidados indispensáveis, quer sujeitando-a a trabalho excessivo ou inadequado, quer abusando de meios de correção ou disciplina:

Pena - detenção, de dois meses a um ano, ou multa. Resposta: E

9.

(CESPE – Polícia Federal – 2004)

Em cada um do item a seguir, é apresentada uma situação hipotética, seguida de uma assertiva a ser julgada Agentes de polícia civil prenderam um ladrão de automóveis em flagrante delito e, para conseguir informações sobre a quadrilha de que ele participava, disseram-lhe que ele sofreria graves conseqüências caso não entregasse imediatamente seus cúmplices. Intimidado, o preso entregou o nome de seus comparsas. Nessa situação, os

policiais não cometeram crime de tortura, que somente se consuma com a violência, não bastando para a sua caracterização a existência de uma ameaça, ainda que grave.

RESOLUÇÃO:

Item incorreto. A tortura-prova também se configura com o emprego de grave ameaça, que poderá constranger a vítima a fornecer informações, causando-lhe sofrimento mental (como ocorreu no caso):

Art. 1º Constitui crime de tortura:

I - constranger alguém com emprego de violência ou grave ameaça, causando-lhe sofrimento físico ou mental: Pena - reclusão, de dois a oito anos.

Resposta: E

10.

(CESPE – PCDF – 2013)

Julgue o item que se segue, acerca da legislação especial criminal.

O agente público que submeter pessoa presa a sofrimento físico ou mental, ainda que por intermédio da prática de ato previsto em lei ou resultante de medida legal, praticará o crime de tortura.

RESOLUÇÃO:

Opa! Não cometerá crime de tortura o agente público que praticar ato previsto em lei ou resultante de medida legal, submetendo pessoa presa a sofrimento físico ou mental.

O crime só se configurará se o ato praticado não estiver previsto em lei ou não for resultante de medida legal: Art. 1º Constitui crime de tortura: (...)

Pena - reclusão, de dois a oito anos. (...)

§ 1º Na mesma pena incorre quem submete pessoa presa ou sujeita a medida de segurança a sofrimento físico ou mental, por

intermédio da prática de ato não previsto em lei ou não resultante de medida legal.

Resposta: E

11.

(CESPE – DEPEN – 2013)

Em cada um dos itens de 33 a 36 é apresentada uma situação hipotética, seguida de uma assertiva a ser julgada com base no disposto na Lei n.º 4.898/1965 e na Lei n.º 9.455/1997.

Joaquim, agente penitenciário federal, foi condenado, definitivamente, a uma pena de três anos de reclusão, por crime disposto na Lei n.º 9.455/1997. Nos termos da referida lei, Joaquim ficará impedido de exercer a referida função pelo prazo de seis anos.

RESOLUÇÃO:

Perfeito! A prática de tortura resulta na perda do cargo, função ou emprego público, bem como na interdição para o seu exercício pelo DOBRO do prazo da pena aplicada:

Art. 1º (...) § 5º A condenação acarretará a perda do cargo, função ou emprego público e a interdição para seu exercício pelo dobro

do prazo da pena aplicada.

Dessa forma, se Joaquim foi condenado a uma pena de três anos de reclusão pela prática de tortura, ele ficará impedido de exercer a função pelo prazo de seis anos!

Resposta: C

12.

(CESPE – TJDFT – 2013)

A respeito dos crimes contra a fé pública, contra a administração pública, de tortura e de abuso de autoridade, julgue os itens subsecutivos.

O crime de tortura é considerado crime comum, uma vez que não se exige qualidade ou condição especial do agente que o pratica, ou seja, qualquer pessoa pode ser considerada sujeito ativo desse crime.

RESOLUÇÃO:

Polêmicas à parte, o item está correto. Falando de uma forma mais geral, o crime de tortura pode ser praticado tanto por particular como por agente público, em regra:

Art. 1º Constitui crime de tortura:

I - constranger alguém com emprego de violência ou grave ameaça, causando-lhe sofrimento físico ou mental: a) com o fim de obter informação, declaração ou confissão da vítima ou de terceira pessoa;

b) para provocar ação ou omissão de natureza criminosa; c) em razão de discriminação racial ou religiosa;

Isso não exclui o fato de haver modalidades próprias do crime de tortura, que exigem uma condição especial do sujeito ativo, tal como o crime de tortura-castigo:

Art. 1º (...) II - submeter alguém, sob sua guarda, poder ou autoridade, com emprego de violência ou grave ameaça, a intenso sofrimento físico ou mental, como forma de aplicar castigo pessoal ou medida de caráter preventivo.

Pena - reclusão, de dois a oito anos. Resposta: C

13.

(CESPE – PC/BA – 2013)

Determinado policial militar efetuou a prisão em flagrante de Luciano e o conduziu à delegacia de polícia. Lá, com o objetivo de fazer Luciano confessar a prática dos atos que ensejaram sua prisão, o policial responsável por seu interrogatório cobriu sua cabeça com um saco plástico e amarrou-o no seu pescoço, asfixiando-o. Como Luciano

não confessou, o policial deixou-o trancado na sala de interrogatório durante várias horas, pendurado de cabeça para baixo, no escuro, período em que lhe dizia que, se ele não confessasse, seria morto. O delegado de polícia, ciente do que ocorria na sala de interrogatório, manteve-se inerte. Em depoimento posterior, Luciano afirmou que a conduta do policial lhe provocara intenso sofrimento físico e mental.

Considerando a situação hipotética acima e o disposto na Lei Federal n.º 9.455/1997, julgue o item subsequente. O delegado não pode ser considerado coautor ou partícipe da conduta do policial, pois o crime de tortura somente pode ser praticado de forma comissiva.

RESOLUÇÃO:

Epa! Vimos que o crime de tortura também prevê a figura omissiva, a qual recai sobre aquele que tinha o dever de evitar ou de apurar a sua prática:

Art. 1º (...) § 2º Aquele que se omite em face dessas condutas, quando tinha o dever de evitá-las ou apurá-las, incorre na pena de detenção de um a quatro anos.

Como o delegado de polícia tomou ciência da prática da tortura ocorrida na sala de interrogatório e se manteve inerte, ele responderá pelo crime de tortura-omissão – o que torna a nossa afirmativa errada.

Resposta: E

14.

(CESPE – PC/BA – 2013)

Considerando a situação hipotética da questão anterior e o disposto na Lei Federal n.º 9.455/1997, julgue o item subsequente.

Para a comprovação da materialidade da conduta do policial, é imprescindível a realização de exame de corpo de delito que confirme as agressões sofridas por Luciano.

RESOLUÇÃO:

Item incorreto, pois o crime de tortura pode ser cometido com o emprego de grave ameaça, de forma a causar na vítima sofrimento mental – é o que denominamos “tortura psicológica”.

Art. 1º Constitui crime de tortura:

I - constranger alguém com emprego de violência ou grave ameaça, causando-lhe sofrimento físico ou mental:

Assim, nesse caso, o exame de corpo de delito não é imprescindível, por haver outros meios de comprovação do crime, como é o caso do relato de testemunhas.

Resposta: E

O policial condenado por induzir, por meio de tortura praticada nas dependências do distrito policial, um acusado de tráfico de drogas a confessar a prática do crime perderá automaticamente o seu cargo, sendo desnecessário, nessa situação, que o juiz sentenciante motive a perda do cargo.

RESOLUÇÃO:

Item correto. A conduta do policial configura o crime de tortura-prova: Art. 1º Constitui crime de tortura:

I - constranger alguém com emprego de violência ou grave ameaça, causando-lhe sofrimento físico ou mental: a) com o fim de obter informação, declaração ou confissão da vítima ou de terceira pessoa;

Por fim, a condenação por crime de tortura acarretará, de forma automática, a perda do cargo policial, não sendo necessário que o juiz fundamente esse efeito da condenação.

Art. 1º (...) § 5º A condenação acarretará a perda do cargo, função ou emprego público e a interdição para seu exercício pelo dobro do prazo da pena aplicada.

Resposta: C

16.

(CESPE – TJAC – 2012)

Acerca das leis penais extravagantes, julgue os itens subsecutivos, de acordo com o magistério doutrinário e jurisprudencial dominantes.

Suponha que João, penalmente capaz, movido por sadismo, submeta Sebastião, com emprego de violência, a contínuo e intenso sofrimento físico, provocando-lhe lesão corporal de natureza gravíssima. Nessa situação, João deverá responder pelo crime de tortura e, se condenado, deverá cumprir a pena em regime inicial fechado.

RESOLUÇÃO:

O art. 1º, inciso I, nos apresenta três modalidades do crime de tortura, as quais se diferenciam pela motivação do agente torturador:

Art. 1º Constitui crime de tortura:

I - constranger alguém com emprego de violência ou grave ameaça, causando-lhe sofrimento físico ou mental: a) com o fim de obter informação, declaração ou confissão da vítima ou de terceira pessoa;

b) para provocar ação ou omissão de natureza criminosa; c) em razão de discriminação racial ou religiosa;

Se não houver alguma dessas finalidades descritas pela lei, o emprego de violência ou grave ameaça em relação à vítima, de modo a infligir-lhe sofrimento físico ou mental, se praticado por puro sadismo, o que torna INCORRETA a questão.

17.

(CESPE – MPU – 2010)

Com relação aos crimes de tortura, julgue os próximos itens. O crime de tortura é inafiançável e insuscetível de graça ou anistia.

RESOLUÇÃO:

Isso mesmo! A Lei nº 9.455/1997 considera inafiançável e insuscetível de graça ou anistia o crime de tortura: Art. 1º (...) § 6º O crime de tortura é inafiançável e insuscetível de graça ou anistia.

Resposta: C

18.

(CESPE – PCES – 2009)

No que tange aos crimes de tortura, julgue o item subseqüente.

O crime de tortura é crime comum, podendo ser praticado por qualquer pessoa, não sendo próprio de agente público, circunstância esta que, acaso demonstrada, determinará a incidência de aumento da pena.

RESOLUÇÃO:

Falando de uma forma mais geral, o crime de tortura pode ser praticado tanto por particular como por agente público, em regra.

Isso não exclui o fato de haver modalidades próprias do crime de tortura, que exigem uma condição especial do sujeito ativo, tal como o crime de tortura-castigo:

Art. 1º (...) II - submeter alguém, sob sua guarda, poder ou autoridade, com emprego de violência ou grave ameaça, a intenso sofrimento físico ou mental, como forma de aplicar castigo pessoal ou medida de caráter preventivo.

Pena - reclusão, de dois a oito anos.

A execução do crime por agente público configura, entretanto, causa de aumento de pena, o que torna a questão correta.

Art. 1º (...) § 4º Aumenta-se a pena de um sexto até um terço: I - se o crime é cometido por agente público;

Resposta: C

19.

(CESPE – PCPB – 2009 – Adaptada)

César, oficial da Polícia Militar, está sendo processado pela prática do crime de tortura, na condição de mandante, contra a vítima Ronaldo, policial militar. César visava obter informações a respeito de uma arma que havia sido furtada pela vítima.

O tipo de tortura a que se refere a situação mencionada é a física, pois a tortura psicológica e os sofrimentos mentais não estão incluídos na disciplina da lei que define os crimes de tortura.

RESOLUÇÃO:

Item incorreto, pois o crime de tortura abrange situações em que há emprego de grave ameaça ou de violência

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