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Por fim, foi aplicado um terceiro questionário intitulado de: “Questionário de avaliação do curso pelos alunos” constituído de onze perguntas, sendo nove de múltipla escolha configurada por meio perguntas fechadas do tipo “escala de concordância”, uma pergunta fechada no estilo “sim” e “não” e uma pergunta aberta para que os alunos expressassem livremente suas observações gerais sobre o curso, conforme a Tabela 11 e o Apêndice B. A pretensão desta ferramenta foi levantar o ponto de vista dos discentes que participaram do curso a fim de tentar reconhecer as vantagens, as desvantagens, assim como as facilidades e dificuldades identificadas por eles ao final do curso. Neste caso, foi adotada a Escala de Likert5 para formulação das questões fechadas do questionário aplicado aos alunos que formaram o grupo de intervenção, com vistas a captar a percepção dos mesmos acerca do Curso de Competência em Informação concluído por eles.

As principais vantagens da Escala de Likert em relação às outras, segundo Mattar (2001) são a simplicidade de construção; o uso de afirmações que não estão explicitamente ligadas à atitude estudada, permitindo a inclusão de qualquer item que se verifique, empiricamente, ser coerente com o resultado final; e ainda, a amplitude de respostas permitidas apresentam informações mais precisas da opinião do respondente em relação a cada afirmação. A atividade de tutoria possibilitou também observação participante, com objetivo de captar e registrar os efeitos da implantação do curso,

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As escalas de Likert, ou Escalas Somadas, requerem que os entrevistados indiquem seu grau de concordância ou discordância com declarações relativas à atitude que está sendo medida. Atribui-se valores numéricos e/ou sinais às respostas para refletir a força e a direção da reação do entrevistado à declaração. As declarações de concordância devem receber valores positivos ou altos enquanto as declarações das quais discordam devem receber valores negativos ou baixos. As escalas podem ir, por exemplo, de 1 a 5, de 5 a 1, ou de +2 a -2, passando por zero. As declarações devem oportunizar ao entrevistado expressar respostas claras em vez de respostas neutras, ambíguas. (BAKER, 2005).

sobretudo no que diz respeito à evolução das Competências em Informação dos alunos, segundo o ponto de vista de Creswell (Quadro 2):

Quadro 2 - Observação participante

2.3.4 Etapas da Pesquisa

A realização da pesquisa pode ser dividida em 4 etapas:

1 - Pesquisa para elaboração do Curso de Iniciação à Competência em Informação e Pré-teste

2 - Planejamento do curso e construção do Ambiente Virtual de Aprendizagem; 3 - Tutoria e execução do curso;

4 - Grupos de controles.

Seguindo a sequência conforme mencionado acima, os procedimentos da pesquisa se delinearam da seguinte forma:

1ª Etapa - Pesquisas para elaboração do Curso de Iniciação à Competência em Informação e Pré-teste Tipos de coleta de dados Opções dentro dos tipos

Vantagens do tipo Limitações do tipo

Observação Observador como participante – o papel do observador é conhecido O pesquisador pode registrar informações, caso

ocorram

Podem ser observadas informações privadas que o pesquisador não pode

relatar.

Visando a aquisição de embasamento teórico e conhecimento sobre o estado da arte do tema em questão, inicialmente, foram feitas pesquisas bibliográficas em livros, periódicos, artigos e afins para ter um entendimento mais aprofundado do objeto estudado. Conforme já mencionado, no Brasil, apesar do número de estudos relacionados à Competência em Informação terem aumentado, principalmente em meados dos anos 2000, são poucas as iniciativas relacionadas às técnicas de ensino e à formação de usuários. Como já relatado anteriormente, ao se pesquisar programas de Competência em Informação nacionais, em atividade, percebe-se que existem iniciativas pontuais e que muitas vezes não são de conhecimento da maioria das pessoas.

Ao contrário da realidade brasileira, é possível constatar, que no exterior, vários países possuem programas de ensino de Competências em Informação. Assim, foi adotada a ideia de se realizar levantamento, na tentativa de identificar e conhecer tais programas, e essa ação mostrou-se fundamental para se ter uma noção, mais precisa, de como um programa de iniciação a Competência em Informação pode ser estruturado e viabilizado na prática.

Semelhante ao que foi constatado por Hatschbach (2002), na sua pesquisa de dissertação de mestrado, existem poucas iniciativas nacionais voltadas ao desenvolvimento de programas de Iniciação a Competência em Informação. No entanto, o uso de tutorias online tem ajudado a desenvolver a Information Literacy no corpo discente de grandes instituições de ensino do exterior. No trabalho desta autora ficou constatado que o uso de ferramentas pedagógicas online, e mais especificamente os tutoriais, é tipo de material autoinstrucional que tem auxiliado a formação de estudantes de nível superior em seus processos de uso da informação, principalmente no que diz respeito às demandas acadêmicas.

Logo, foi realizado um mapeamento, na internet, na tentativa de se localizar sites de instituições que detinham algum programa, ou qualquer outro recurso equivalente, que proporcionasse o desenvolvimento de Competências em Informação, e logo foram identificadas as iniciativas apresentadas no Quadro 3

Quadro 3 - Levantamento de Programas de Competência em Informação no exterior País Instituição

promotora Título iniciativa Endereço Formato

Estados

Unidos University of California

Finding Information on the Internet: A Tutorial http://www.lib.berkeley.ed u/TeachingLib/Guides/Int ernet/FindInfo.html Tutorial Estados

Unidos University of Texas

TILT: Texas Information Literacy

http://library.utb.edu/tilt/nf/

intro/internet2.htm Tutorial

Estados

Unidos Kent State University

TRAILS: Tool for Real-time Assessment of Information Literacy Skills http://www.trails-9.org/ Ferramenta de avaliação de competência em habilidades em informação em tempo real. Portugal Universidade de Évora Tutorial da Literacia

da Informação www.evora.net/bpe/Linfo/ Tutorial Reino Unido Cranfield University Online de Information Literacy Tutorial http://infolit.shrivenham.cr anfield.ac.uk/index.html Tutorial Reino

Unido Cardiff University

Information Literacy

Resource Bank https://ilrb.cf.ac.uk/

Banco de Dados e

Tutorial Reino

Unido University of Manchester My Learning Essentials

https://www.escholar.man chester.ac.uk/learning- objects/mle/revision- strategies/ Programa de formação

Fonte: Levantamento do autor, 2015

Portanto, a estrutura do Curso de extensão de Iniciação à Competência em Informação, ofertado para a realização desta pesquisa, teve como referência os programas supracitados, levando em consideração os conteúdos, as metodologias e os

exercícios utilizados nestas iniciativas. Da mesma maneira, foram realizadas pesquisas documentais com o intuito de conhecer e adotar Padrões de Competência em Informação de instituições internacionais, visto que tampouco existem padrões nacionais amplamente divulgados ou academicamente consagrados. Para tal, foram utilizados os seguintes documentos:

 Diretrizes sobre desenvolvimento de Habilidades em Informação para a aprendizagem permanente, elaborada pela Seção de Habilidades em Informação da Federação Internacional de Associações e Instituições Bibliotecárias (IFLA);

 Padrões de Competência em Informação da IFLA;

 Padrões de Competência em Informação para o Ensino Superior da ACRL (Association of College & Research Libraries) /ALA (American Library Association)

 Handbook for Information Literacy Teaching (HILT) da Cardiff University;

 O Media Education e o Manual de Alfabetização midiática e informacional, ambos na UNESCO.