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1.4. Procedimento e instrumentos

1.4.1. Questionário sócio-demográfico

Para obtenção das características sócio-demográficas da população em estudo, foi desenvolvido um Questionário Sócio-Demográfico, com o objetivo de identificar variáveis como o género, idade, localidade, estado civil, habilitações académicas, nível de escolaridade atingido, profissão e nível socioeconómico dos participantes.

1.4.2. Questionário CERQ - Cognitive Emotion Regulation Questionnaire (N. Garnefski, V. Kraaij & P. Spinhoven, 2002 ; versão: F. Cardoso & T. Gomes,

2009)

A aplicação desta escala, autorizada pelos autores, implicou a sua tradução, retroversão, preteste e estudo de adequação psicométrica. O preteste foi realizado com um pequeno grupo de sujeitos (N = 50), permitindo concluir existir a necessidade de se proceder somente a ligeiras alterações de redação dos itens.

Este questionário de autorresposta é composto por 36 itens (Garnefski et al., 2002, p. 8), cada um referindo-se, exclusivamente, a pensamentos decorrentes de acontecimentos de vida ameaçadores ou stressantes, em adolescentes (a partir dos 12 anos de idade) e adultos. Este questionário permite, assim, avaliar aquilo que as pessoas pensam, após terem experienciado uma situação traumática ou negativa. As estratégias cognitivas de coping são aqui definidas como estratégias de regulação emocional (Thompson, 1991, cit. por Garnefski et al., 2002, p. 7). Cada sujeito deverá indicar a frequência desses pensamentos, numa escala de tipo Likert que vai desde 1 - Quase Nunca a 5 - Quase Sempre (Garnefski et al., 2002, p. 10), sendo que a existência de resultados elevados correspondem a um maior uso de determinada estratégia de regulação emocional.

Os itens são divididos, proporcionalmente, ao longo de nove subescalas ou estratégias de regulação emocional (Garnefski et al., 2002, p. 7), de forma que todas as subescalas do CERQ fiquem compostas por 4 itens, nomeadamente: Auto-Acusação/Culpa (Self-blame) – atribuição de pensamentos de culpa pelo que foi experienciado, nesta estratégia o sujeito atribui a responsabilidade a si mesmo pelo que aconteceu de negativo, refletindo sobre os erros que julga ter cometido (itens 1, 10, 19, 28); Aceitação/Resignação (Acceptance) – atribuição de pensamentos de resignação pelo que aconteceu (itens 2, 11, 20, 29); Ruminação (Rumination) – implica estar, constantemente, a pensar sobre os sentimentos e pensamentos associados ao acontecimento negativo (itens 3, 12, 21, 30); Centrar-se nos Aspetos Positivos/Reorientação

(Positive Refocusing) – focalizar o pensamento noutros assuntos agradáveis e positivos em vez do acontecimento real (itens 4, 13, 22, 31); Reorientação do Planeamento (Refocus on Planning) – esta estratégia implica pensar sobre os passos e medidas a tomar para lidar com a situação ou pensar num plano para a modificar (itens 5, 14, 23, 32); Reapreciação/Reavaliação Positiva (Positive Reappraisal) – implica observar o lado agradável da situação, atribuindo-lhe um significado positivo, permitindo uma maior valorização pessoal (itens 6, 15, 24, 33); Colocação em Perspetiva (Putting into Perspective) – perspetivar pensamentos que minimizem a gravidade da situação, quando comparada com outros acontecimentos (itens 7, 16, 25, 34); Catastrofização/Efeito Catastrófico (Catastrophizing) – enfatiza-se, explicitamente, o quanto foi horrível ou terrível a situação experienciada, implica pensamentos extremamente negativos, colocando a situação vivenciada como a pior coisa que pode acontecer, em comparação com as outras experiências (itens 8, 17, 26, 35); Atribuição da Culpa aos Outros (Other-blame) – atribuição da culpa e responsabilidade aos outros pelo que aconteceu (itens 9, 18, 27, 36).

Garnefski et al. (2001, cit. por Martin & Dahlen, 2005, p. 1250) caracterizam as estratégias Aceitação/Resignação, Reorientação do Planeamento, Centrar-se nos Aspetos

Positivos/Reorientação, Reapreciação/Reavaliação Positiva e Colocação em Perspetiva como

mecanismos de coping de carácter adaptativo; inversamente, as estratégias Auto-Acusação/Culpa,

Atribuição da Culpa aos Outros, Ruminação e Catastrofização/Efeito Catastrófico são

consideradas como mecanismos de coping de carácter inadaptativo.

Na versão original, os coeficientes alfa (α) de Cronbach das subescalas para as diferentes populações investigadas situaram-se entre bom e muito bom (na maioria dos casos, coeficientes superiores a .70 e noutros casos a .80) (Garnefski et al., 2002, p. 17). Em relação às consistências internas, estas situam-se entre .68 e .93, bem como a evidência da convergência e validade discriminante ter sido fornecido através das relações com a depressão e a ansiedade (Garnefski & Kraaij, 2006a, p. 1047; Garnefski, et al., 2001, 2002, 2004 ; Kraaij et al., 2003, cit. por Martin & Dahlen, 2005, pp. 1250-1251). As correlações entre as nove subescalas variaram, entre .30 e .70 (moderadamente elevadas). Apenas para a correlação entre as subescalas Reorientação do

Planeamento e Reapreciação/Reavaliação Positiva são encontrados dois valores superiores a .70,

mas a correlação entre estas duas subescalas, também, detêm coeficientes que não excedem .70 (próxima de .67) (Garnefski et al., 2002, p. 25). A maioria das correlações item-total acabam por ser superiores a .40 e o menor valor nunca é inferior a .35. Estes resultados confirmam, mais uma

vez que as subescalas são homogéneas e nenhum dos itens pertencentes às subescalas poderiam ser ignorados ou removidos (Garnefski et al., 2002, p. 23).

Neste estudo, o valor de alfa (α) de Cronbach para os nove fatores foi de .82. Os valores de consistência interna das subescalas para a amostra investigada são elevadas situando-se entre

.60 e .78 (na maioria dos casos, coeficientes superiores a .70), especificamente:

Auto-acusação/Culpa α = .62, Aceitação/Resignação α = .60, Ruminação α = .71, Centrar-se nos Aspetos Positivos/Reorientação α = .73, Reorientação do Planeamento α = .68, Reapreciação/Reavaliação Positiva α = .75, Colocação em Perspetiva α = .71, Catastrofização/Efeito Catastrófico α = .74, Atribuição da Culpa aos Outros α = .78.

As correlações item-total situam-se entre .32 (Atribuição da Culpa aos Outros) e .63 (Reorientação do Planeamento). Estes resultados confirmam, mais uma vez que as subescalas são homogéneas e nenhum dos itens pertencentes às subescalas poderiam ser ignorados ou removidos.

Uma análise da amostra (principais medidas de posição e dispersão), relativamente aos nove fatores (estratégias de regulação emocional) do questionário CERQ, encontra-se representada na Tabela 2.

Tabela 2

Análise das Principais Medidas de Posição e Dispersão das Estratégias de Regulação Emocional do Questionário CERQ (N = 448).

Tal como é possível verificar na Tabela 2, de uma forma geral, os nove fatores ou estratégias de regulação emocional do CERQ, apresentam coeficientes de variação, reveladores de uma dispersão média nas respostas dos sujeitos. Salienta-se que o Fator 5 (M = 13.39;

MD = 3.07) - Reorientação do Planeamento, apresenta o coeficiente de variação mais baixo

9 Fatores CERQ M DP Mediana Variância Coeficiente

Variação (%)

F1 Auto-acusação/Culpa 8.89 2.64 9.0 6.97 29.70

F2 Aceitação/Resignação 11.34 2.89 11.0 8.36 25.49

F3 Ruminação 10.78 3.11 11.0 9.69 28.85

F4 Centrar-se nos Aspetos Positivos/Reorientação 12.13 3.34 12.0 11.18 27.54

F5 Reorientação do Planeamento 13.39 3.07 14.0 9.40 22.93

F6 Reapreciação/Reavaliação Positiva 13.51 3.34 14.0 11.15 24.72

F7 Colocação em Perspetiva 11.81 3.23 12.0 10.45 27.35

F8 Catastrofização/Efeito Catastrófico 8.49 3.20 8.0 10.22 37.69

(22.93%), enquanto que o Fator 8 (M = 8.49; DP = 3.20) - Catastrofização/Efeito Catastrófico e o Fator 9 (M = 7.66; DP = 2.86) Atribuição da Culpa aos Outros apresentam uma maior dispersão (37.69 e 37.34, respetivamente), em comparação com os restantes fatores.

1.4.3. Questionário ERQ - Questionário de Regulação Emocional (J. Gross & O. John, 2003; versão: F. Machado Vaz & C. Martins, 2008)

Gross e John (2003, pp. 349, 350) desenvolveram uma medida de autorrelato, o Emotion

Regulation Questionnaire (ERQ), com o objetivo de criar um método de avaliação de estratégias

de regulação emocional e de compreensão das diferenças individuais na utilização destas estratégias em situações específicas. Paralelamente, os autores pretendiam compreender as implicações da utilização de diferentes estratégias de regulação emocional em sujeitos com percursos adaptativos e desadaptativos. O ERQ assume-se, assim, como uma das ferramentas mais utilizadas de autorresposta para avaliar as estratégias de regulação emocional.

Em ambas as versões (original e portuguesa), o instrumento é constituída por 10 itens que se distribuem por duas subescalas. Os sujeitos devem responder a cada item baseando-se numa escala de tipo Likert de 7 pontos, avaliando o que mais se aplica a si próprio em cada item. As categorias de resposta variam entre 1 (Discordo Totalmente) até 7 (Concordo Totalmente) e os resultados elevados refletem uma tendência maior, por parte dos sujeitos, para usarem estratégias de regulação emocional. Na versão portuguesa do ERQ, a Análise de Componentes Principais com rotação Varimax identificou a existência de dois fatores ou subescalas coerente com a estrutura do instrumento original, explicativos de 49.64% de variância dos dados, nomeadamente:

Fator 1 - Reavaliação Cognitiva (que integra seis itens 1, 3, 5, 7, 8 e 10) – a qual envolve a

modificação do significado atribuído à situação, com impacto na emoção experienciada pelo sujeito e o Fator 2 - Supressão Emocional (que integra quatro itens 2, 4, 6 e 9) – que se refere a esforços no sentido de inibir ou diminuir o comportamento da emoção em curso (Gross, 2002, p. 283, 2008, p. 504; Gross & John, 2003, p. 349; Richards & Gross, 1999, p. 1033; Vaz, Martins, & Vieira, no prelo, p. 7).

Os resultados obtidos na construção do instrumento original registaram um alpha de Cronbach de .79 para o Fator 1 - Reavaliação Cognitiva e de .73 para o Fator 2 - Supressão

Emocional (Gross & John, 2003, p. 352). Paralelamente, em termos de precisão de teste-reteste,

os autores obtiveram .69, em três meses, para ambas as subescalas. Na versão portuguesa os valores de consistência interna variaram entre .81 na Reavaliação Cognitiva e .66 na Supressão

Emocional. Os resultados para a precisão de teste-reteste, com seis semanas de intervalo, foram altamente significativos, com resultados de .42 (p < .00) para a subescala de Reavaliação Cognitiva e de .53 (p < .00), para a subescala de Supressão Emocional (Vaz, Martins, & Vieira,

no prelo, p. 8). Ressalva-se que o item 5 (Quando estou perante uma situação stressante, forço-me a pensar sobre essa mesma situação, de uma forma que me ajude a ficar calmo), foi o

único item que não saturou acima de .30, em qualquer um dos dois fatores. Os autores decidiram incluir este item no Fator 1 - Reavaliação Cognitiva (onde pertence originalmente), pois garante a equivalência direta entre a versão portuguesa e a original, mantendo um Coeficiente alfa aceitável, pois a sua inclusão no Fator 2 - Supressão Emocional, poderia diminuir a consistência interna deste fator (.61). A correlação entre as duas subescalas foi baixa (r =. 30, p < .001).

No presente estudo, o coeficiente alfa (α) de Cronbach para os dez itens das duas subescalas foi de .44. Assim, para a amostra investigada, os valores de consistência interna foram de .80 para os seis itens da subescala Reavaliação Cognitiva e de .70 para os quatro itens da subescala Supressão Emocional. Estes valores indicam uma adequada consistência interna de cada uma das duas subescalas deste instrumento. As correlações item-total para estes dois factores é . 30. Estes resultados confirmam, mais uma vez que as subescalas são homogéneas e nenhum dos itens pertencentes às subescalas poderiam ser ignorados ou removidos.

Uma análise da amostra (principais medidas de posição e dispersão), relativamente aos dois fatores (estratégias de regulação emocional) do questionário ERQ, encontra-se representada na Tabela 3.

Tabela 3

Análise das Principais Medidas de Posição e Dispersão das Estratégias de Regulação Emocional do Questionário ERQ (N = 448).

2 Fatores ERQ M DP Mediana Variância Coeficiente Variação (%)

F1 Reavaliação Cognitiva 27.44 7.082 28.0 50.15 25.81

F2 Supressão Emocional 15.17 5.173 15.0 26.76 34.10

Com base na Tabela 3, destacam-se coeficientes de variação, reveladores de uma baixa

dispersão nas respostas dos sujeitos. Destaca-se que o Fator 1 - Reavaliação Cognitiva

(M = 27.44; DP = 7.082) apresenta uma menor dispersão (25.81%) do que o Fator 2 - Reavaliação Cognitiva (M = 27.44; DP = 7.082).

1.4.4. Inventário BSI - Breve Inventário de Sintomas (L. R. Derogatis, 1983; versão: M. C. Canavarro, 1995)

A sintomatologia psicopatológica foi avaliada através da versão portuguesa do Inventário

BSI - Brief Symptom Inventory (Derogatis, 1983) traduzida e adaptada para a população

portuguesa (Canavarro, 1995). Constituindo-se como uma versão abreviada do SCL-90-R (Derogatis, 1977), este inventário de autorresposta é constituído por 53 itens, no qual o sujeito deve classificar o grau em que cada problema o afetou durante a última semana, numa escala de tipo Likert que vai desde 0 (Nunca) a 4 (Muitíssimas vezes).

Este instrumento avalia a presença de sintomas psicopatológicos em nove dimensões de sintomatologia e o cálculo de três índices globais ou gerais. Os padrões psicopatológicos são: a

Somatização – dimensão que reflete o mal-estar resultante da perceção do funcionamento

somático, isto é, queixas centradas nos sistemas cardiovascular, gastrointestinal, respiratório ou outro qualquer sistema com clara mediação autonómica, dores localizadas na musculatura e

outros equivalentes somáticos da ansiedade (itens 2, 7, 23, 29, 30, 33 e 37); as

Obsessões-Compulsões – esta dimensão inclui cognições, impulsos e comportamentos que são

percecionados como persistentes e aos quais o sujeito não consegue resistir, embora sejam de natureza indesejada (itens 5, 15, 26, 27, 32 e 36); a Sensibilidade Interpessoal – centra-se nos sentimentos de inadequação pessoal e inferioridade, em comparação com outras pessoas, tais como, a autodepreciação, a hesitação, o desconforto e a timidez, durante as interações sociais (itens 20, 21, 22 e 42); a Depressão – os itens que compõem esta dimensão refletem o grande número de indicadores de depressão clínica, representados através dos sintomas de afeto e humor disfórico, perda de energia vital, falta de motivação e de interesse pela vida (itens 9, 16, 17, 18, 35 e 50); a Ansiedade – inclui os estados de nervosismo e tensão, os sintomas de ansiedade generalizada e de ataques de pânico, os componentes cognitivos que envolvem apreensão (itens 1, 12, 19, 38, 45 e 49); a Hostilidade – inclui pensamentos, emoções e comportamentos característicos do estado afetivo negativo da cólera (itens 6, 13, 40, 41 e 46); a Ansiedade Fóbica – é definida como a resposta de medo persistente (em relação a uma pessoa, local ou situação específica) que sendo irracional e desproporcionada em relação ao estímulo, conduz ao comportamento de evitamento e nesta dimensão os itens centram-se nas manifestações do comportamento fóbico mais disruptivas (itens 8, 28, 31, 43 e 47); a Ideação Paranóide – representa o comportamento paranóide, fundamentalmente, como um modo perturbado de funcionamento cognitivo, dos quais se destacam, o pensamento projetivo, a hostilidade, a

suspeição, a grandiosidade, o egocentrismo, o medo da perda de autonomia e delírios (itens 4, 10, 24, 48 e 51) e o Psicoticismo – abrange itens indicadores de isolamento e de estilo de vida esquizóide, assim como sintomas primários de esquizofrenia (alucinações, controlo de pensamento) e fornece, ainda, um contínuo graduado, desde o isolamento interpessoal ligeiro à evidência dramática da psicose (itens 3, 14, 34, 44 e 53). Salienta-se que, quatro dos itens do BSI (itens 11, 25, 39 e 52) embora contribuam com algum peso para as dimensões descritas não pertencem, univocamente, a nenhuma delas. Neste sentido, por critérios estatísticos não são incluídos no inventário mas, dada a sua relevância clínica são apenas considerados nas pontuações dos três índices globais. Estes são avaliações sumárias e gerais a respeito da perturbação emocional e representam diferentes aspetos da psicopatologia individual, assim como o seu grau de intensidade, especificamente: o Índice Geral de Sintomas (IGS) – este índice representa uma pontuação combinada que pondera a intensidade do mal-estar experienciado com o número de sintomas assinalados; o Total de Sintomas Positivos (TSP) – é indicativo do número de queixas sintomáticas sintomas assinalados pelo sujeito e o Índice de Sintomas Positivos (ISP) – é uma medida que tem por função agregar a intensidade da sintomatologia com o número de sintomas presentes (Canavarro, 2005, pp. 1, 2).

Os estudos psicométricos efetuados na versão portuguesa (Canavarro, 1999) revelaram que a escala apresenta níveis adequados de consistência interna para as nove escalas, com valores de alfa (α) de Cronbach entre .62 (Psicoticismo) e .80 (Somatização), coeficientes teste-reteste entre .63 (Ideacção Paranóide) e .81 (Depressão).

No presente estudo, os resultados obtidos revelaram boas qualidades psicométricas. O valor de alfa (α) de Cronbach para os nove fatores foi de .95. Os valores de consistência interna das subescalas para a amostra investigada são elevadas situando-se entre .72 e .88 (na maioria

dos casos, coeficientes superiores a .75), especificamente: Somatização α = .88,

Obsessões-Compulsões α = .79, Sensibilidade Interpessoal α = .76, Depressão α = .84, Ansiedade

α = .81, Hostilidade α = .77, Ansiedade Fóbica α = .84, Ideação Paranóide α = .75, Psicoticismo α = .72. As correlações item-total situam-se entre .72 (Ideação Paranóide) e .89 (Ansiedade).

Uma análise da amostra (principais medidas de posição e dispersão), relativamente aos nove fatores (padrões psicopatológicos) do BSI, encontra-se representada na Tabela 4.

Tabela 4

Análise das Principais Medidas de Posição e Dispersão dos Padrões Psicopatológicos do Inventário BSI (N = 448).

9 Fatores BSI M DP Mediana Variância Coeficiente Variação (%)

F1 Somatização .74 .69 .57 .48 93.24 F2 Obsessões-Compulsões 1.14 .63 1.17 .40 55.26 F3 Sensibilidade Interpessoal .99 .70 1.00 .49 70.71 F4 Depressão .87 .68 .83 .46 78.16 F5 Ansiedade .92 .65 .83 .43 70.65 F6 Hostilidade .96 .67 .80 .44 69.79 F7 Ansiedade Fóbica .56 .66 .40 .44 117.86 F8 Ideação Paranóide 1.29 .70 1.20 .49 54.26 F9 Psicoticismo .76 .63 .60 .40 82.89

IGS Índice Geral de Sintomas .918 .565 .87 .32 61.55

TSP Total de Sintomas Positivos 30.96 13.356 32.0 178.39 43.14

ISP Índice de Sintomas Positivos 1.482 .408 1.39 .17 27.53

Com base na Tabela 4, constatamos que existe uma dispersão significativa dos dados obtidos em relação ao Fator 7 – Ansiedade Fóbica (M = .56; DP = .66), assim como, no geral, para as nove formas de organização psicopatológica apresentam-se coeficientes de variação elevados, reveladores de uma alta dispersão nas respostas dos sujeitos. Relativamente, aos índices

Total de Sintomas Positivos e Índice de Sintomas Positivos apresentam uma menor discrepância

dos dados obtidos, mostrando coeficientes de variação mais baixos (43.14% e 27.53%, respetivamente).

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